segunda-feira, 19 de outubro de 2020

Aos olhos de Deus


2ª feira – XXIX semana comum

1ª reflexão

Ser rico para possuir a terra ou para possuir o céu?

 Ser rico para possuir a terra – é preciso ter muito dinheiro, ouro ou prata, ter muito poder e prazer.

Ser rico para possuir o céu – é preciso ter muito amor, fé e esperança, ter muita humildade, generosidade e confiança.

 É pena que nós só investimos na primeira riqueza.

Devíamos dedicar-nos tanto ou mais ainda em conquistar o céu do que em conquistar a terra.

Somos capazes de fazer tudo para ser mais ricos aqui e agora, tantas canseiras e preocupações, mas esquecemos de procurar ser ricos para sempre no céu e não fazemos nenhum sacrifício ou investimento nesse sentido.  

Geralmente nos afeiçoamos demais às coisas insignificantes e efémeras como são todos os bens deste mundo, mas todos eles fazem pouca ou nenhuma diferença na felicidade com Deus.

Não quero ser como o homem da parábola que se envergonhou de morrer rico.

De ouro só quero ter o meu coração.

De prata só quero ter os meus cabelos brancos.

Guardo somente aquilo que dou e não terei dado nada enquanto não tiver dado a mim mesmo.

Conclusão:

O homem rico nem sempre é sábio, mas o homem sábio é sempre rico (Tales de Mileto).

O rico soberbo não possui, é possuído.

O rico não come oiro, mas o oiro come o rico.


2ª reflexão

Na parábola do rico insensato, mais ninguém é nomeado. Nem a família, mulher, filhos, irmãos, nem mesmo os trabalhadores… Só ele tem, só ele pensa, só ele faz, só ele se satisfaz ou disfruta

Ele só fala na primeira pessoa do singular - EU

- Que hei de eu fazer

- Eu não tenho onde guardar

- Eu vou fazer assim

- Eu deitarei abaixo

- Eu construirei outros maiores

- Onde eu guardarei

- Eu poderei dizer

- A mim mesmo

- Tens muitos bens

- Descansa, come, bebe, regala-te

O pronome possessivo para os seus bens também está na primeira pessoa, porque são só dele:

- A minha colheita

- Os meus celeiros

- Todo o meu trigo

- Os meus bens

- Minha alma

Quer isto dizer que a riqueza ou os bens deste mundo isola-nos, cega-nos e ilude-nos:

1º - isola-nos, concentra-nos apenas em nós.

2º - cega-nos, pois não vemos mais nada e mais ninguém.

3º - dá a ilusão de autossuficiência e de liberdade, pois não depende de ninguém.


Ver também:

Celeiros do esquecimento

Pobres dos ricos

Autossuficiência

O que vale mais

 

sexta-feira, 16 de outubro de 2020

Jerusalém é minha casa


Festa de aniversário da dedicação da Sé de Angra

A 16 de outubro de 1808 foi dedicada a Sé de Angra ao Santíssimo Salvador.

Ao rezar as orações próprias desta festa, o meu pensamento desviou-se várias vezes para uma canção que está nos tops musicais um pouco por todo o lado, contagiando toda a gente com flashmob, performance ou dance challenge chamada Jerusalema, de Master KG e feat. Nomcebo. É a música e a dança mais apropriada  para animar o pessoal neste tempo de pandemia respeitando os distanciamentos recomendados.

 

De facto na Colecta pedimos que o Espírito Santo desça sobre a Igreja para que ela se transforme na Jerusalém celeste.

E na pós-comunhão agradecíamos a Deus ter feito da Igreja na terra o sinal visível da Jerusalém celeste… de modo a entrarmos um dia nessa morada celeste.

 

Da Igreja à Jerusalém celeste.

Da Jerusalém celeste à Igreja.

Eis a nossa casa, a nossa morada para sempre.

 

É precisamente o que diz o canto zulu Jerusalema.

Apenas as primeiras linhas em zulu e sua tradução:

Jerusalema ikhaya lami

Ngilondoloze

Jerusalém é minha casa

Salva-me

… …

Clicar aqui:

Para ouvir

Para dançar

 

quinta-feira, 15 de outubro de 2020

As castanholas da santa


Memória de Santa Teresa de Jesus, de Ávila, 

1515-1582

Doutora da Igreja, ensina-nos hoje, não apenas grandes lições místicas, mas as pequenas lições de alegria e santidade através de palavras simples e gestos bem-humorados.

A) As palavras

Dizia Santa Teresa de Ávila:

- Tristeza e melancolia não as quero na minha casa.

- Tenho mais medo de uma monja infeliz e triste do que uma corja de demónios.

- Uma monja triste e ou infeliz é como uma mulher mal casada.

Ela gostava muito do bom humor, da simplicidade e da naturalidade e rezava assim:

- Deus me livre dos santos acabrunhados… pois quanto mais santos mais coloquiais.

Certa ocasião, estando no mosteiro de Sória, uma monja perguntou a uma noviça o que pensava da Madre Fundadora. A noviça respondeu simplesmente que não a achava assim tão santa como lhe diziam, porque ela ria muito e que a prioresa dessa casa lhe parecia mais santa, pois era mais séria.

A Madre Teresa de Jesus, tendo ouvido, respondeu logo à noviça:

- Para aí! A Madre prioresa é mais santa do que eu porque ela é muito virtuosa, nisso tens toda a razão. Eu pareço ter a fama e ela as virtudes. Mas ela não é mais santa, porque ri pouco, que isso não é uma virtude, mas um defeito.

A Abadessa de Madrid quando conheceu Teresa de Jesus em 1569, disse às suas monjas:

- Bendito seja Deus, que nos permitiu ver uma santa a quem todos podemos imitar, que come, dorme e fala como nós e anda sem cerimónia.

Na verdade, ela ria, dançava, tocava castanholas com toda a simplicidade, sem deixar de inspirar santidade. Gostava da vida simples e sem artifícios.

Não aconselhava levantar-se de madrugada para rezar:

- Por mais fervor que sinta, ninguém roube horas de sono para rezar. É preciso dormir pelo menos seis horas por noite. Todos nós devemos cuidar do nosso corpo para que não derrube nem enfraqueça o espírito.

Finalmente concluía:

- Que no céu haja santos mais elevados do que eu, não tenho dúvidas. Que haja quem ame mais do que eu, não me posso permitir.

B) Os gestos

Uma vez uma rica senhora colocou à disposição da Abadessa Teresa de Ávila um carrão de luxo que aceitou sem muitas preocupações. Uma mulher do povo vendo isso ficou escandalizada e disse:

- É esta a monja que chamam de santa que anda como rica num carrão!?

Teresa de Jesus ouviu, desceu e nunca mais na sua vida usou estes carros de luxo puxados por belos cavalos. Ela e as suas monjas só usavam o humilde transporte do povo.

Outra vez, num dia de chuva, a mula que a transportava agitou-se e fê-la cair no caminho lamacento. Ela levantou-se, molhada, suja e magoada numa perna, olhou para o céu e perguntou:

- Senhor, não podíeis ter escolhido pior altura para isto acontecer?

Uma voz respondeu do Céu:

- É assim que eu trato os meus amigos.

Ao que a santa respondeu, sorrindo:

- Pois se é assim que os tratais, não me admira que tenhais tão poucos!

Por fim, ainda hoje se conservam em Ávila as castanholas e a pandeireta com que a santa dançava acompanhada das suas religiosas em frente ao presépio, pois dizia que ao contemplar os mistérios divinos a alma tinha de desafogar em tontarias.

 

Ver também:

A esmola da oração

A caçadora de Ávila

Teresa de Ávila

Santa Teresa de Ávila

Por entre as panelas

Pedir para os outros

Grande Teresa

 

quarta-feira, 14 de outubro de 2020

As quatro tentações


4ª feira – XXVIII semana comum

4 tentações ou 4 esquecimentos de ontem e de hoje

1 - Dar mais importância ao acidental e não ao principal – pagar o imposto da hortelã é valorizar o tempero em vez do prato principal – (desprezar ou esquecer o principal)

 

2 - Dar mais importância a si do que aos outros – gostar de ocupar o primeiro lugar em público ou ficar acima dos outros – (desprezar ou esquecer os outros)

 

3 - Dar mais importância ao exterior que o interior – o que interessa é mostrar-se pintado de branco - (desprezar ou esquecer o interior)

 

4 - Dar mais importância às palavras que as ações – obrigar os outros a cumprir o que próprio não cumpre – (desprezar ou esquecer o bom exemplo)

 

Ver também:

Apenas condimento

Obras da carne e obras do Espírito

 

segunda-feira, 12 de outubro de 2020

Nós somos o sinal


2ª feira – XXVIII semana comum










A multidão aglomerada exigia a Jesus um sinal de sucesso.

Jesus mostrou-lhe, não um, mas dois sinais:

- Jesus é o próprio sinal – A sua mensagem atrai muito mais do que Salomão e leva mais longe que a Rainha do Sul.

- Nós somos o sinal – Através da nossa conversão mostramos o verdadeiro sucesso e o poder de Jesus.

 

O Cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI) no Retiro pregado no Vaticano em 1983:

“Esta geração pede um sinal". Também nós esperamos a manifestação, o sinal do sucesso, tanto na história universal como na nossa vida pessoal. Por isso, perguntamos se o cristianismo transformou o mundo, se produziu esse sinal de pão e de segurança de que falava o diabo no deserto (Mt 4,3s). De acordo com a interpretação de Karl Marx, o cristianismo dispôs de tempo suficiente para estabelecer a prova dos seus princípios, para provar o seu sucesso, para demonstrar que criou o paraíso terrestre; para Marx, depois de todo este tempo, seria necessário apoiar-nos agora em princípios diferentes.
Esta argumentação não deixa de impressionar muitos cristãos que chegam a pensar que seria necessário, pelo menos, inventar um cristianismo muito diferente, um cristianismo que renunciasse ao luxo da interioridade, da vida espiritual. Mas é precisamente assim que eles impedem a verdadeira transformação do mundo, que se baseia num coração novo, num coração vigilante, um coração aberto à verdade e ao amor, um coração libertado e livre.
Na raiz deste pedido descarado de um sinal está o egoísmo, a impureza de um coração que só espera de Deus o sucesso pessoal e uma ajuda para afirmar o absoluto do eu. Esta forma de religiosidade é a recusa absoluta de conversão. Mas quantas vezes não dependemos nós mesmos do sinal do sucesso! Quantas vezes não reclamamos o sinal e recusamos a conversão!”


Ver também:

Jesus o novo Jonas

Jesus, Jonas e nós

Sinal de Jonas

Jonas, sinal de Cristo

Sinal P

Nova história de Jonas

Razão e coração

Sinais ou milagres

 

quarta-feira, 7 de outubro de 2020

Terços do Rosário


Memória de Nossa Senhora do Rosário

1 – O terço do Papa Francisco:

O seu secretário particular, numa entrevista, referiu:

-  O Papa Francisco não perde sequer um minuto! Trabalha incansavelmente. E quando sente a necessidade de fazer uma pausa, não é que fecha os olhos e não faz nada: senta-se e reza o Terço. Creio que reze pelo menos três por dia. Ele disse-me: “Isto ajuda-me a relaxar”. Depois recomeça e retoma o trabalho.

Conclusão – O terço é uma espécie de escape ou compensação. É preciso rezar o terço para aliviar a tensão, as preocupações e o stress da vida. Quem o reza sente-se leve. O terço é um oásis na aridez do mundo.

 

2 – O terço de Santa Madre Teresa de Calcutá

Um jornalista perguntou-lhe porque é que ela andava sempre com o Rosário nas mãos, a Madre Teresa respondeu:

- Está a ver, o Rosário é uma das ferramentas que nos foi dada pelo nosso Empregador – ela sorriu – sem esta ferramenta, seria impossível para nós empreendermos dias cansativos de trabalho. As nossas constituições, pede-nos que nenhuma de nós saia para trabalhar sem primeiro ter rezado o terço.

Conclusão – O terço é uma espécie de reforço energético. Quem não o reza desfalece no trabalho. Quem reza nunca se cansa…

 

3 – O terço de São Carlos Borromeu

Segundo São Carlos Borromeu os 5 Pai-nossos significam as 5 chagas de Cristo.

As 10 ave-marias são os 10 mandamentos.

As 150 representam as 150 folhas de que é formada a Rosa de Jericó, de Maria Rosa Mística, representa também os 150 salmos, como chamam o saltério mariano. Recordam também os 150 dias depois dos quais começaram a diminuir as águas do dilúvio pois também com o rosário cessam os flagelos de Deus, e somos livres das águas da tribulação e aparece a iris da paz.

O número 15 eram as escadas do templo de Jerusalém símbolo dos graus da virtude porque se sobe a Deus. O Rosário é precisamente uma escada de 15 degraus descida do céu pela Santíssima Virgem.

Conclusão – O terço é a chave para entrar nos mistérios da vida de Jesus, da Virgem e da Igreja. O terço é o livro sagrado de quem não sabe ler.

 

4 – O terço do Pe. Américo

O Pe. Américo passava todos os momentinhos livre agarrado ao Terço. Beijava o crucificado amorosamente como a criancinha beija o rosto do Pai, e depois punha-se a mandar Ave-marias para as estrelas, como dizia.

Conclusão – Rezar o terço é fazer companhia aos santos do céu. Quem reza o terço nunca está só.

 

5 – O terço dos humildes:

Um ateu que estava a passar férias no campo, ao passar por uma velha aldeã que trazia o terço na mão. Disse-lhe, mofando:

- Deus não precisa das suas orações, santinha!...

- Acredito! – respondeu a boa mulher – mas eu preciso eu dele…

E continuou rezando.

Conclusão – O valor do terço, o seu poder ou importância não depende de quem o reza, mas de quem o ouve.

 

Ver também:

O Rosário em Portugal

Rosário

O Pe. Dehon e o Rosário

A melhor maneira de rezar

Escada do céu

 

terça-feira, 6 de outubro de 2020

Receber Jesus em casa


3ª feira – XXVII semana comum

Jesus era recebido na casa de Marta

Jesus era recebido no coração de Maria

Jesus era servido à mesa por Marta

Jesus servia a sua palavra a Maria


Precisamos de Marta e de Maria para nos lembrarmos que não basta servir a Cristo, é preciso deixar que Ele nos sirva.

Não basta ser acolhidos por Cristo, é preciso acolhê-lo nas pessoas que nos rodeiam.

Cada pessoa tem o seu caminho:

Marta precisava primeiro de receber Jesus em sua casa para se lembrar que o devia receber também no seu coração.

Maria precisava de acolher primeiro Jesus no seu coração para se lembrar que o devia receber também em sua casa.

É preciso passar da casa ao coração e do coração à casa.

É necessário acolher para depois ser acolhido e ser acolhido para depois saber acolher.

É preciso receber Jesus em nossa casa para nos lembrar que O devemos receber no nosso coração.


Afinal, não somos nós a receber Jesus, é Ele quem nos recebe.

Não somos nós a servir Jesus, é Ele quem nos serve.


A fé exige serviço para ser compromisso.

O compromisso exige fé para ser serviço.


Ver também:

Chaves de Santa Marta

Por entre panelas

Hóspede e hospedeiro

Santa Marta

Dois mundos

Parar para escutar

Marta e Maria

Marta, Marta

Em defesa de Marta

Falar, escutar, servir

Ora et labora

Não precisa justificar-se


 

segunda-feira, 5 de outubro de 2020

O coração do samaritano


2ª feira – XXVII semana comum

O coração do bom samaritano

Comentando esta página do Evangelho, o Pe. Dehon escreveu:

“O bom samaritano não tem um coração de juiz, mas um coração de pai, de irmão e de amigo. E sabemos todos que o bom samaritano é Jesus, que tem um coração compassivo” (cf. La Couronne du Sacré Coeur).

 

Ver também:

Jesus samaritano

Vai e faz o mesmo

Um samaritano bom

Versão alegórica

Bom samaritano

Ver com o coração

Fazer o mesmo

 

domingo, 4 de outubro de 2020

Parábola autobiográfica


Ano A – XXVII domingo comum

É fácil identificar os traços biográficos de Jesus patentes nesta parábola dos vinhateiros assassinos.

Jesus é o filho daquele proprietário que enviou os seus mensageiros para zelar pela sua vinha. Depois de várias tentativas sem sucesso, enviou o seu próprio Filho, Jesus, que levaram à morte…

É mais difícil identificarmo-nos com as restantes personagens da parábola.

Mas esta parábola fala de mim, de cada um de nós. Eu sou aquele que devia dar frutos de vida eterna e que muitas vezes não aceito os mensageiros de Deus, que se apresentam quando menos espero, nem o seu Filho, que não vem ao som da trombeta e sobre as nuvens, mas disfarçado de enfermo, de ancião, pessoa com fome, migrante ou sem vez nem voz na sociedade. Com certeza que não os mato, mas ignoro-os ou desvio o olhar para o lado.

 

Dois exemplos:

 

1 – Contado pelo cardeal Seán O’Malley, de Boston

Certo dia, o Arcebispo de Nova Iorque recebeu, pelo telefone interno, a chamada de uma rececionista que tinha acabado de ser contratada para o secretariado.

- Eminência, está aqui um homem na entrada que diz ser Jesus Cristo. O que é que eu faço?

O arcebispo respondeu:

- Dê a impressão de estar muito ocupada!

Embora as palavras do arcebispo mereçam um sorriso, num outro registo, são justíssimas. O sem-abrigo esquizofrénico, fora do seu juízo, que diz ser Jesus Cristo, é de facto Jesus Cristo em aparência confrangedora.

Reconhecemos Cristo presente na sua Igreja, no seu povo. Não temos de parecer ocupados, temos mesmo é de estar ocupados a cumprir o grande mandamento que Ele nos deu, de continuarmos a sua missão.

 

2 – Contado por um peregrino russo, do século XIX

Depois de me analisar atentamente cheguei à conclusão que não amo a Deus, não amo o próximo, sou orgulhoso e ambicioso – Não amo a Deus porque se o amasse, pensava permanentemente nele, sentiria um grande prazer e deleitar-me ia sempre que pensasse em Deus. Ao contrário penso com mais frequência e com mas Vontade nos acontecimentos diários e o pensamento em Deus dá-me trabalho e frieza. Se eu o amasse, então a minha conversa com Ele seria o meu alimento, deleitar-me-ia e levar-me-ia ao permanente contacto com Ele. Mas eu não só não me deleito com a oração como ainda sinto que me dá trabalho. Quem ama alguém pensa nele todo o dia, imagina-o, ocupa-se dele, e esse alguém não lhe sai do pensamento. Dificilmente dispenso uma hora durante o dia para me entregar profundamente ao pensamento de Deus, sentir prazer com o seu amor. No entanto durante as outras 23 horas entretenho-me com os meus ídolos preferidos.

 

Ver também:

Virtudes gémeas

 

quinta-feira, 1 de outubro de 2020

Chamem-me Teresinha


Memória de Santa Teresinha do Menino Jesus (1873-1897)

Virgem e Doutora da Igreja

 

Um dia, perguntaram à Irmã Teresinha do Menino Jesus:

- Com que nome devemos invocar-te quando estiveres no céu?

- Chamem-me Teresinha – respondeu ela humildemente.

Isto é santidade: Assim na terra como no Céu, ou assim no Céu como na terra.

Ela sofreu 3 martírios:

 

- Martírio do coração – morte da sua mãe, a entrada da sua irmã Paulina para convento, a doença do pai, a convivência com monjas azedas…

 

- Martírio da alma – aridez, secura na oração, escuridão, tentação da dúvida…

 

- Martírio do corpo – dores, tuberculose, gangrena do estômago…

 

Isto faz parte da pequena via ou infância espiritual, isto é, o caminho das coisas simples e pequenas que nos leva à santidade plena.

 

Teresinha do Menino Jesus via os santos como grandes montanhas cujos cimos tocavam as nuvens.

Ela, por seu lado, via-se como um pequeno grão de pó, mas se se deixasse arrebatar pelo amor, podia chegar ao mesmo lugar.

Para Teresinha a santidade consistia no amor das pequenas coisas e na valorização das pequenas coisas do amor.

Foi esta a sabedoria da mais jovem Doutora da Igreja.

 

Também nós, se aspiramos à santidade, passaremos por estes 3 martírios: teremos de sofrer no coração, na alma e no corpo.

E não será necessário buscar grandes coisas. Basta mostrar o nosso amor a Deus nas pequenas coisas da vida e ser fiel às pequenas coisas do amor.

 

Ver também:

Teresinha de Lisieux e o Leão Dehon

As uvas do Menino Jesus

Do Menino Jesus

Santa Teresinha

Rezar é amar

Conversão de Santa Teresinha

Elevador Celeste

Teresinha

Teresinha do Menino

Pequenos grandes santos

Missionária de clausura

ABC da santidade

Santa e feliz

Sermão sobre Maria

Amar os inimigos