quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Natal (24)


Que tens meu filho?
 
 
Conta-se esta lenda relativa à Sagrada Família.
Estava Nossa Senhora com o Menino Jesus dormindo, no regaço, à porta da casa de Nazaré.
Passou por ali um grupo de jovens, que andavam a divertir-se, em algazarra, mas o Menino não acordou.
Passou o cortejo de um casamento, com música e flores, mas o Menino não acordou.
Nesse momento, a Virgem tinha no pensamento aquelas palavras trágicas de Simeão, que lhe anunciavam uma espada de dor trespassando o seu coração de Mãe. Vieram-lhe as lágrimas aos olhos e em tal abundância que caíram sobre o peito do Menino Jesus.
O Menino acordou, sobressaltado.
- Que tens, meu filho? – perguntou Maria.
- Mãezinha: senti uma pancada de qualquer coisa que caiu sobre o coração!
 
 
As lágrimas dos pais fazem despertar o coração dos filhos.
As lágrima de Maria movem o coração de Jesus)

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Natal (23)


Em tempo de crise generalizada temos de nos centrar no essencial.

Eu pensava que assim devia ser, mas neste Natal sucedeu precisamente o contrário.


Li no Jornal da Madeira do dia 12 de Dezembro na página 9, o seguinte título:
“O que lembra o Natal é a morte do porco”

Outras declarações:

 “Este é, acima de tudo, um dia de festa, convívio e união entre familiares e amigos que, para muitos, é o que verdadeiramente marca a ‘Festa’ madeirense.”

“Natal sem a matança do porco não é Natal.”


Li também no Diário de Notícias, Madeira, do dia 21 de Dezembro, na página 29, outro título:

“Natal sem romagens não é Natal”

E mais declarações:

“Não consigo imaginar o Natal sem nenhuma romagem.”

“Acho que isto faz parte do ser do Madeirense no Natal.”


Também vi uma entrevista de rua na RTP Madeira:

“Para mim o Natal é sinónimo de Circo, pois se não for ao circo não parece que estou no Natal.”


E ainda, ouvi na Rádio:

“A primeira coisa que me faz lembrar que está a chegar o Natal é o cheiro a carne de vinho e alhos!

“Para mim é o cheiro ao bolo de mel… ou então dos junquilos!”


Afinal, a crise não conseguiu levar-nos ao essencial…

Eu pensava que o essencial do Natal fosse o EMANUEL, o Deus connosco!

O essencial do Natal não pode ser a morte do porco, nem as romagens ou as folias, nem as jantaradas, nem os cheiros variados, nem sequer os cânticos ou os presentes…

O essencial do Natal é o DEUS MENINO que nos é dado.



Perdoai-me, Senhor, este mau pensamento, mas parece que está tudo invertido.

Quando Jesus nasceu em Belém, os homens ficaram surpreendidos, pois esperavam um Messias Glorioso a descer do Céu e encontraram um Menino pobre e humilde no seio da terra.

Hoje a lógica humana continua a contrastar com os esquemas de Deus:

Em Belém os anjos cantavam:

Glória a Deus nos Céus; Paz na terra aos homens!

Hoje os homens querem cantar:

Paz nos Céus para Deus; E glória para nós cá na terra!

Isto é, que Deus fique em Paz no Céu, esquecido e sossegado lá em cima, que nós homens, viveremos em glória nesta terra, na mesa, na festança…

Nem sequer em tempo de crise pensamos no mais importante!

Que os homens, meus irmãos, me perdoem estes maus pensamentos, pois tenho a certeza de que Deus me perdoará a mim e a todos!

João Evangelista

Hoje a liturgia, ainda em ambiente natalício, sugere-nos a festa de São João, Apóstolo e Evangelista.

1ª Mensagem
VER e ACREDITAR
Ver o Deus na gruta - de Belém ou do Sepulcro.
Ver  Deus no meio da terra, no centro do mundo, como semente lançada à terra.
O mistério é o mesmo - Encarnação e ressurreição,
o Cristo é o mesmo – Jesus Menino e o Jesus Ressuscitado
o espaço é o mesmo – o seio da terra da gruta de Belém ou do monte Calvário.

2ª Mensagem
DEUS É AMOR – Diz São João
E o Pe. Dehon acrescenta: Deus fazendo-se homem, concentra todo o seu amor num coração humano.
- Meu Deus quem vos fez assim tão pequenino? – Perguntava São Bernardo.
- Foi o amor! – Respondia a Sabedoria divina.
E eu pergunto ao meu coração:
- Quem te fez assim tão grande?
- Foi o amor! – Responderá a mesma Sabedoria divina.
É porque o amor de Deus torna grande, enobrece, dilata o nosso coração, pois Deus fazendo-se homem concentrou todo o amor num coração igual ao meu.
O amor fez com que Deus se fizesse tão pequenino ao mesmo tempo que o homem  se tornasse tão grande, porque Deus encarnou…

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Santo Estêvão


Hoje a liturgia propõe-nos a festa de Santo Estêvão, o proto mártir do cristianismo.
Porque hoje?

No dia de Natal, contemplamos o Deus Menino, feito homem.
Contemplamos o Original, o Modelo da nosso jeito de vida.
Logo no dia seguinte queremos aplicar isso, reproduzir, copiar ou imitar na nossa vida.

Como se ao nascermos tivessemos recebido uma tela em branco, pincéis e muitas cores para podermos pintar um quadro pessoal.
Temos de olhar para o modelo, contemplar, tirar-lhe medidas, analisar aspectos e tentar copiar na nossa tela, isto é, na nossa vida.

De vez em quando temos de parar de pintar e contemplar o modelo, para depois reiniciarmos melhor a nossa pintura,

Santo Estêvão, nesta sua festa lembra-nos que afinal todos nós somos imitadores de Deus, como ele o foi...

Sejamos bons pintores, sem perder de visto o original... para que a nossa tela seja uma cópia fiel... perfeitos como é perfeito o nosso Deus...

Natal (22)



Natal florido
Na terra terra, apesar de estar no hemisfério norte em pleno inverno, o Natal é celebrado no meio de muitas flores de cores e formas mais variadas - são os sapainhos, safaris, orquídeas, antúrios etc... todas de cores bem vivas.
Jesus nasce assim no meio de um jardim... ou é neste jardim que Deus nos plantou e onde nos quer ver florir.
Natal florido é uma boa oportunidade de viver o Natal com mais alegria...


"Alegrias do Natal
São Francisco de Assis teve sempre um amor terníssimo aos mistérios do Natal.
Sucedeu que certo ano esta festa calhou numa sexta-feira. Frei Morico propôs aos frades que se abstivessem de carne na refeição do Natal. São Francisco disse então:
- Quando é Natal, não há sexta-feira. Se as paredes pudessem comer carne dar-lha-íamos neste dia…
São Francisco repetia amiúde:
- Se eu conhecesse o Imperador pedir-lhe-ia que ordenasse que todos neste dia espalhassem grão para as avezinhas, nossas irmãs, e que todos os que tivessem animais no estábulo fossem obrigados a dar-lhes neste dia uma ração muito abundante e boa. Queria que neste dia os ricos recebessem à sua mesa todos os pobres...

Tontarias
Santa Teresa de Jesus, a grande mística e navegadura das alturas do infinito, dizia, que “ao contemplar estes mistérios natalícios a alma tem de desafogar em tontarias. Ainda hoje se conservam em Ávila as castanholas e a pandeireta com que a santa dançava acompanhada das suas religiosas em frente do presépio. "
(CF. Mensageiro do Coração de Jesus, tomo LXVI, 1948, página 85)


……………………

sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal (21)




Que Santo Nascimento!

Jesus vem ao nosso mundo

Para nos lembrar

Que pertencemos ao mundo de Deus!




























Sabedoria infinita
Vinde já ao nosso mundo
Ensinar-nos o caminho
Da salvação e da graça.

Poder de Deus infinito
Vinde já ao nosso mundo
Libertar-nos do inimigo
No poder do vosso braço.

Vós que sois luz infinita
Vinde já ao nosso mundo
Iluminar a cegueira
Para vermos o caminho.

Palavra do amor de Deus,
Vinde já ao nosso mundo.
Nascei, Senhor, na minha alma,
E ficai para todo o sempre.

(Hino II de Vésperas da Liturgia das Horas)


Santas FESTAS NATALÍCIAS

Glória a Deus

Paz aos Homens!



sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Natal (20)




Presente de Natal

São Jerónimo passou alguns anos da sua vida em Belém junto da gruta em que nasceu o Menino Jesus.
Ali estava uma noite de Natal a meditar no nascimento do Salvador.
Eis que lhe apareceu o Menino Jesus cheio de resplendores e lhe perguntou:
- Jerónimo, que me dás no dia do meu nascimento?
- Divino Menino, dou-vos o meu coração.
- Aceito-o, mas quero mais.
- Dou-vos todas as orações e afectos da minha alma.
- Está bem, mas queria anda mais.
- Dou-vos quanto sou, tenho e valho.
- Ainda não me satisfizeste. Desejo que me dês outra coisa.
- Divino Menino, não tenho mais nada. Que mais posso eu dar-vos?
- Jerónimo, dá-me os teus pecados.
- Os meus pecados?!... Que quereis fazer com eles?
- Dá-me os teus pecados que eu tos perdoarei todos.
- Ó meu Menino, a vossa infinita misericórdia faz-me chorar.
E as lágrimas borbulharam dos seus olhos sulcando-lhe as faces.
E para Jerónimo foi este o Natal mais Santo!


(CF. Mensageiro do Coração de Jesus, tomo LXVI, 1948, página 37)

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Natal (19)

O Primeiro Presépio

Em 1223 Francisco de Assis encontrava-se em Greccio.
Veio-lhe ao pensamento celebrar o Natal de maneira que até então ninguém imaginara.
Pediu ao seu amigo João Vellita que lhe preparasse uma manjedoura cheia de feno numa gruta no meio dos rochedos do bosque.
Ao lado havia de pôr um burrinho e uma vaca como em Belém.
- Quero – disse-lhe o santo – festejar a vinda do Filho de Deus à terra e ver com meus próprios olhos como ele quis ser pobre e miserável quando nasceu por nosso amor.
João Vellita arranjou tudo conforme os desejos de São Francisco.
Na noite santa vieram os frades e o povo da redondeza assistir àquelas simples solenidades.
A missa foi celebrada em cima da manjedoura para que o celestial Menino, debaixo das formas de pão e vinho, estivesse ali presente em pessoa como em Belém.
Ao Evangelho São Francisco, revestido de diácono, colocara-se junto da manjedoura e prega cheio de piedade e transbordando de alegria.
Chama sempre a Jesus o “Menino de Belém”.
Foi este o primeiro presépio.
Ele deu origem a tantos outros que se propagaram pelo mundo todo.

(Cf. Mensageiro do Coração de Jesus, tomo LXVI, 1948, página 37)

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Natal (18)


É teu irmão
Recordo a experiência do antigo Superior Geral dos Dehonianos, hoje bispo na Argentina, D. Virgínio Bressanelli:
“Nasci na húmida pampa argentina: uma planície verde, cujo único limite ou fronteira é a linha infinita do horizonte. Ali cresci até aos seis anos, relacionando-me apenas com a minha família e com as outras quatro famílias vizinhas. Éramos os únicos que habitávamos, por vários quilómetros, essa imensa solidão. Éramos famílias numerosas, por isso, tive a sorte de ver nascer vários irmãos e vizinhos.
De cada vez que, numa dessas famílias, nascia um bebé, cumpria-se uma espécie de ritual. Mesmo quando era muito pequeno, ia ver o recém-nascido no berço e beijá-lo; depois, um adulto pegava nele com cuidado e colocava-o nos meus braços, ao mesmo tempo que me animava e dizia:
- Toma-o; é teu irmão. Não tenhas medo!
O mesmo se cumpria com as outras crianças presentes. Um calafrio percorria o meu corpo e eu sentia uma dupla sensação: a da fragilidade (do bebé e minha), e uma profunda alegria.
Hoje esses sentimentos voltam a repetir-se sempre que tomo m bebé nos braços. Mas ressoa também o eco da voz mais velha:
- Toma-o; é teu irmão. Não tenhas medo!”
Que cada ser humano possa rever-se, junto do presépio, nesta fragilidade, fraternidade, alegria e esperança.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Zacarias ficou mudo

Advento 19 de Dezembro

O silêncio de Zacarias

- Por não ter acreditado que a sua esposa, já de idade avançada, lhe daria um filho, Zacarias ficou mudo.

1. O seu silêncio é de vergonha por não ter acreditado.
2. É também de amadurecimento interior, fica em retiro interior, de crescimento interior.
3. É ainda sinal de que ficou a poupar a sua voz para depois poder cantar com novo entusiasmo e com toda a novidade: O Senhor visitou e redimiu o seu povo...
4. Com humildade, cala-se uma voz porque outra mais alta se deve levantar para apregoar: O Senhor restá próximo.
5. Por fim, é expressão de testemunho não por palavras mas pelo exemplo, pelas obras, pelas acções. Para falar de Deus, o melhor é ficar calado, e mostrar pelas maravilhas que Deus continua a operar.

domingo, 18 de dezembro de 2011

Abri o coração

Ano B - IV Domingo Advento

- Vigiai - Estai despertos (1º Domingo)
- Preparai - Não basta estar acordado, é preciso fazer alguma coisa. (2º Domingo)
- Alegrai-vos - Não basta estar desperto,fazer algo, mas fazê-lo com alegria e amor. (3º Domingo)
- Abri o coração -Não basta olhar para fora, é preciso abrir o coração para que ele seja uma digna morada do Deus Menino. (4º Domingo)

Nas leituras deste domingo encontramos alguém a procurar casa para alguém:
É o rei David que quer uma casa para o seu Deus.
É o anjo Gabriel enviado por Deus a escolher uma habitação para o filho de Deus no coração da Jovem Maria de Nazaré.

Essa casa, morada ou habitação de Deus somos nós.

História:

"Mão no peito

Brotel, poeta bretão, foi chamado ao tribunal para depor como testemunha, num julgamento.

Quando o juiz o mandou jurar, Brotel olhou para todos os lados, em busca do crucifixo, mas não o encontrou. Colocou então a mão no peito, numa atitude de fé, e exclamou:

- Ao menos, Deus está aqui!"


Nós também podemos dizer o mesmo neste Natal:
- AO MENOS, DEUS ESTÁ AQUI!

Para isso, basta ABRIR O CORAÇÃO.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Palavras e Actos

3ª Feira - III Semana Advento

“- Filho, vai hoje trabalhar na vinha.
Mas ele respondeu:
- Não quero.
Mais tarde, porém, arrependeu-se e foi.
Dirigindo-se ao segundo, falou-lhe do mesmo modo e ele respondeu:
- Vou sim, senhor.
Mas não foi.”


“João veio até vós, ensinando-vos o caminho da justiça, e não acreditastes nele.”

João Baptista ensina com palavras e actos.
O verdadeiro mestre, mostra pelo seu exemplo
aquilo que afirma com a sua palavra.
O saber faz o mestre,
mas é a conduta que confere autoridade.
Ensinar pelos actos é a única regra
daquele que quer instruir.
A instrução pelas palavras é sabedoria;
mas quando passa pelos actos é virtude.
Por conseguinte, a sabedoria é autêntica
quando unida à virtude:
só então é divina e não humana.

São Pedro Crisólogo (c. 406-450), bispo de Ravena, doutor da Igreja, Sermão 167

domingo, 11 de dezembro de 2011

Alegrai-vos

Ano B - III Domingo do Advento

A - GAUDETE - Alegrai-vos

1º Foi VIGIAI, isto é, fazei vigílias, estai acordados, despertos.
2º Foi PREPARAI, porque nãi basta estar acordado, é preciso estar activos...
3º Agora é ALEGRAI-VOS. Não basta estar despertos e activos, é preciso tudo fazer com alegria, entusiasmo, dedicação e amor.

Um dia um casal discutiu para valer. Perderam a paciência, fizeram mútuas acusações, palavras duras... Foi uma autêntica tempestade com raios e coriscos. Em determinado momento calaram-se, amuados. E assim se mantiveram até ao cair da noite. Como sempre a mulher preparou o chá e foi levá-lo ao marido, sem proferir nenhuma palavra. O marido começou a beber o chá, mas expressou desagrado... a mulher provou também a sua chávena e achou estranho. Então começou a perguntar:
- Marido, o teu chá também está diferente? O meu não me sabe a nada.
- Tens razão, mulher, não sei explicar mas este chá não é igual ao de ontem... como é que o fizeste?
- Fiz como sempre, das mesmas ervas, com a mesma quantidade de água, o mesmo tempo de fervura...
- Sim, a chaleira é a mesma, a chávena também, a mesma medida de açucar...
- É um mistério. Não sei porque é que hoje o chá não tem o mesmo sabor.
- Já sei o que falta! É que hoje o chá não foi feito com o mesmo amor de ontem, nem está a ser servido ou bebido com o mesmo amor de antes...

Não basta fazer, é preciso fazê-lo com amor; não basta preparar, é preciso fazê-lo com alegria; não basta caminhar, é preciso fazê-lo com entusiasmo; não basta converter-se, é preciso maior  dedicação e generosidade.
É a mensagem deste III Domingo, patente nas duas primeiras leituras.


B - TESTEMUNHO

Hoje no Evangelho de hoje aparce o exemplo de João Baptista que dava testemunho de Jesus. Lemos 4 vezes esta palavra nesta página do Evangelho. João veio dar testemunho, isto é, veio defender, falar positivamente de Jesus...
Também hoje nós podemos ser testemunhas do mesmo Senhor, defendendo-o e falando dele.

Um dia bateram-me à porta.
- Quem é - perguntei lá de dentro.
- É uma testemunha de Geová!
Então abri a porta e respondi com toda a simplicidade:
- Você é uma Testemunha de Geová, e eu sou uma Testemunha de Cristo... Eu vou rezar para que seja fiel no seu testemunho como eu me esforço a ser fiel ao testemunho de Cristo.
A partir daí, sempre nos cumprimentamos recordando a condição de cada um:
- Olá Testemunha de Geová!
- Olá Testemunha de Cristo!
E claro, nunca deixámos de rezar um pelo outro!

É preciso dar testemunho como João Baptista.

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

Imaculada

Hoje celebramos a Imaculada Conceição de Maria.

- Deus não só nos manda preparar os caminhos, como dá o exemplo e mostra como desde toda a eternidade preparou em Maria uma digna morada para o seu Filho.
Ainda hoje somos morada previlegiada do altíssimo.
Saibamos prepará-la a exemplo de Maria.

- Maria foi cheia de graça desde o seu nascimento para que nós sejamos cheios de graça ao longo da nossa vida. Ela foi imaculada na sua conceição, desde o início para que nós o sejamos até ao fim.

- Deus contou com uma jovem... Nós costumamos dizer: CRESCE E APARECE. Nas coisas de Deus é o contrário: APARECE E CRESCE. Maria apareceu e cresceu na comunidade. Ainda hoje Deus conta connosco apesar de sermos pequenos.
Ele quer que apareçamos e que juntos crescermos.

terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Ovelha Perdida

3ª Feira - II Semana Advento

Parábola da Ovelha Perdida

Versão A – original
Um homem tinha cem ovelhas e uma delas se tresmalhou. Deixou então as 99 nos montes e foi procurar a que andava tresmalhada.
Ao encontrá-la, alegrou-se mais por causa dela do que pelas 99 que não se tresmalharam.

Versão B – adaptada
O Papa João Paulo II dizia que nos nossos dias esta parábola tinha de ser invertida, ou seja, não era mais as 99 ovelhas que estavam no aprisco e uma estava perdida, mas sim, uma no aprisco e 99 perdidas.
Mas o resultado seria o mesmo porque o amor de uma só ovelha continuaria a ser igual ao amor das 99.

Versão C - homófona
Eu diria assim: um pastor tinha CEM ovelhas. Como UMA se perdeu, o pastor deixou as 99 para ir à procura da única perdida e ficou assim SEM ovelhas nenhumas.
Mas o resultado foi o mesmo, pois deixar as 99 ovelhas para recuperar a ovelha perdida é ter a capacidade de dar um passo para trás para poder avançar mais, é perder para ganhar…

Versão D – pessimista
Um pastor tinha cem ovelhas e uma delas se perdeu. Deixou então as 99 ovelhas e nunca mais quis ser pastor, pois não estava para aturar aquilo.
Afinal ele não era pastor; era apenas uma ovelha perdida do rebanho do Senhor.

Versão E – realista
Um pastor ficou desgostoso ao reparar que perdera uma ovelha do seu rebanho. Tapou o buraco da cerca, apertou o controlo das outras ovelhas, não fossem elas também fugir. Uma semana depois apareceu-lhe a ovelha fugitiva, ferida e maltratada. O pastor ignorou-a, não lhe abriu a porta para que ela e as outras aprendessem a lição. E todos, ovelhas e pastor, ficaram muito tristes. E o Pastor é que aprendeu a lição e foi ao encontro da ovelha perdida enquanto as 99 preparavam uma festa para o seu Pastor.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Martinho de Dume

Reunidos na mesma comemoração 3 santos bispos de Braga dos séculos VI, VII e XI, antes da independência de Portugal - Martinho, Frutuoso e Gerardo.

A lição pode ser retirada do exemplo de São Martinho de Dume.
Ele criticou energicamente os cristãos por darem aos dias da semana nomes pagãos. São Martinho conseguiu o que desejava. A alternativa foi juntar ao ordinal a palavra FÉRIA (significando 'festa' ou 'dia de oração' na liturgia). Desde segunda-feira até sexta, isto só vingou no território ocidental da Península Ibérica (hoje espaço português e galego). As outras línguas românicas designam ainda hoje os dias com o nome dos deuses pagãos.
Isto que quer dizer?
Já que no tempo de São Martinho de Dume mudaram os costumes pagãos para os costumes cristãos, não podemos cair na tentação de hoje mudar os costumes cristãos pelos costumes pagãos.
Já que no tempo de São Martinho de Dume não deixaram que os usos pagãos dominassem os usos cristãos, não deixemos hoje que os costumes pagãos dominem os nossos usos cristaos.

domingo, 4 de dezembro de 2011

Preparai

Ano B - II Domingo Advento

Depois do I Domingo - Vigiai, a palavra de ordem desta segunda etapa é PREPARAI.

Porquê?

- Porque não basta estar vigilante, estar acordado (fazer vigílias), é preciso estar activo, entrar em acção.
Podemos estar despertos, mas sem nada fazer. É preciso preparar-se, mexer-se, apurar-se.

- Porque não pode acontecer como na outra vez: quando Jesus nasceu ninguém estava à espera nem preparado, nem havia lugar para Ele em Belém... Então é preciso preparar-se para que não volte a acontecer o mesmo. Que Ele nos encontre vigilantes e preparados (à sua espera).

- Porque quem vai para o mar avia-se em terra. É preciso preparar-se aqui e agora, senão será tarde.

Xavier

Celebrou-se a festa de São francisco Xavier, no dia 3,  padroeiro das Missões.

Nasceu em 1506, como ultimo rebento de uma nobre família no castelo de Xavier em Navarra.
Dedicou-se ao estudo de filosofia em Paris mas foi conquistado por Santo Inácio de Loiola.
Quando um de dois missionários destinados para a índia adoeceu gravemente, e como urgisse a partida, deu-se-lhe um substituto em Francisco Xavier que aceitou com prazer a incumbência.
Depois de cinco meses de mar, invernou a nau em Moçambique. Passados seis meses na Ilha de Moçambique, continuou Francisco Xavier em outra nau e chegou a Goa no princípio de Maio de 1542. Percorreu quase toda a índia e partiu para o Japão em 1549 onde esteve dois anos tendo convertido o rei de Bungo.
Em 1552 foi a Malaca e de lá para a Ilha Sanchão, que está em frente de Cantão, pretendendo daí penetrar no império da China. Morreu de esgotamento na noite de 2 para 3 de Dezembro de 1552, na idade de apenas 46 anos.

Método missionário de Francisco Xavier:
 
- Estudar as condições do trabalho no próprio lugar da acção.
- Francisco Xavier é o típico missionário ambulante, que não se demora muito em nenhum lugar.
- Tratava de ganhar antes de tudo as classes dirigentes, influência vertical.
- Investimento na redacção de orações e catecismos nas línguas indígenas para dar aos indígenas as verdades da fé na sua própria língua materna.
- Fornecer a gente necessária aos trabalhos missionários. Embora pouco se demorasse nas novas fundações, nunca deixava de provê-las de agentes missionários, novos missionários ou auxiliares leigos.
- Tolerância canónica: Baptizava depois de pouquíssima preparação e sem cerimónias. A catequese posterior ao baptismo deveria completar o que faltara antes. Aos casados legitimava o matrimónio logo depois do baptismo. Se algum missionário se desalentava com as faltas dos novos cristãos, consolava-o, que tivesse paciência, que os filhos seriam melhores. E assim foi com efeito.
Estes são alguns traços relevantes da pedagogia missionária de Francisco Xavier. Mas esta teoria sem a prática pouco teria valido. Os grandes frutos de Francisco Xavier deve-se sobretudo ao seu grande exemplo de vida santa, que deu a todos e que o velou à honra dos altares.
(José Wickl SJ, Brotéria, Vol LV, Julho 1952, Fasc 1, página 5ss)


sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

A vista dos cegos

6ª Feira - I Semana Advento

1ª Reflexão
“O essencial é invisível aos olhos,
Só se vê bem com o coração.”
É por isso que os dois cegos, afinal já viam muito bem, mas com o coração:
Já estavam a seguir Jesus, gritavam chamando-lhe filho de David, entraram em casa com ele, aproximaram-se dele, dialogaram com ele… tudo isto mostra que afinal eles não eram assim tão cegos, pois viam interiormente, viam muito bem com os olhos da fé.
A cura exterior foi apenas para apontar uma capacidade de ver muito mais importante e que poucos se apercebiam.
Que aprendamos então a ver as coisas a partir do nosso coração, com os olhos da fé e todo o resto nos será acrescentado.

2ª Reflexão
“Que queres que eu faça?”
“Acreditais que posso curar-vos?”
Tudo se resume a duas palavras analógicas:
QUERER e CRER.
Querer para crer, crer para querer.
Vontade e fé, duas capacidades que nos fazem ver as coisas de um modo diferente.


quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sobre a Rocha

5ª Feira - I Semana Advento

Construir sobre a Rocha
Porquê?

Porque quer queiramos quer não, teremos de enfrentar sempre as mesmas adversidades:
Tanto a casa construída sobre a areia como a casa construída sobre a rocha enfrentaram as mesmas adversidades:

- Vindas de cima = caiu a chuva

- Vindas de baixo = vieram as torrentes

- Vindas dos lados = sopraram os ventos.

A casa construída sobre a areia ruiu, não por causa das adversidades, mas porque não estava firme.
A casa construída sobre a rocha não ruiu, não porque isenta de adversidades, mas porque estava firme sobre a rocha.

Recuperação da história dos 3 porquinhos:

Era uma vez três porquinhos, três irmãos que viviam junto à floresta.
O mais novo chamava-se Palhacinho, descontraído, divertido, mais interessado em gozar a vida do que em trabalhar…
O do meio chamava-se Paulinho, mais equilibrado, mas sem grandes aspirações, queria apenas viver das aparências.
O mais velho chamava-se Pedrinho, sério, trabalhador, responsável… Não se furtava a esforços para viver com segurança e realismo, com os pés bem assentes na terra.
Cada um tinha construído a sua própria casa.
Cada um escolhera o material da casa fazendo jus ao seu nome próprio:
O Palhacinho tinha uma casa de PALHA.
O Paulinho, construíra uma casa de PAU, isto é, de madeira.
O Pedrinho edificara uma casa de PEDRA.
E todos viviam felizes, cada um à sua maneira, consoante as suas opções de vida.
Um gozando a vida, outro à sombra das aparências, e o mais velho com toda a seriedade e responsabilidade.
Um dia veio um aviso: Atenção! Um lobo mau saiu da floresta e, esfomeado, anda à procura de presas…
Os três irmãos refugiaram-se cada um dentro da sua casa.
O lobo mau sentiu logo o cheiro do Palhacinho, pois a casa de Palha não conseguia disfarçar.
Aproximou-se então e começou a soprar de todos os lados com toda a força… a palha começou a voar.
A sorte do Palhacinho é que a palha saltou para os olhos do lobo mau, pois enquanto ele esfregava os olhos, conseguiu refugiar-se na casa do seu irmão Paulinho.
Ali sentiu-se mais seguro. A casa era de pau, isto é, de madeira, e não voaria com o soprar do lobo mau.
Pelas brechas das tábuas, os dois irmãos mais novos viram o devorador aproximar-se. Estavam à espera que ele começasse a soprar, mas não.
O animal começou a escavar um buraco junto às paredes de madeira e depois levantou a casa, derrubando-a…
Os dois irmãos saltaram e refugiaram-se em casa do seu irmão mais velho, Pedrinho
Aí estariam em segurança, pois a casa era de pedra e não podia ser derrubado como a de palha ou a de madeira.
O lobo mau soprou por todos os lados e a casa continuou igual, apenas levantou um pouco de poeira.
Tentou então derrubar as paredes, escavar junto às paredes e não conseguia nada, ele é que estremecia e sentia-se de rastos.
Então esperou pela noite. Se não conseguia pelos lados, ou por baixo, havia de conseguir por cima.
Noite escura subiu ao telhado e começou a descer pela chaminé.
Os três irmãos estavam sentados à lareira a aquecer-se…
O lobo mau já ia a meio percurso da chaminé quando todos começaram a sentir um forte cheiro a queimado: era o rabo do lobo mau que estava a arder…
O lobo mau saltou então para fora da chaminé, fugiu para a floresta e nunca mais apareceu… dizem as más línguas, que não apareceu não por não ter fome, mas por ter vergonha do rabo queimado…
(esta é a fábula que já existia nas recolhas escritas no século XVIII. Disney deu-lhe animação em 1933…)

Isto quer dizer que a casa somos nós... A nossa casa é a montra da nossa vida...
Se alguma vez nos sentimos derrubados ou de rastos, a culpa não é das pancadas que recebemos, mas da nossa falta de firmeza.
Se estivermos unidos a Deus, podem tirar-nos o tapete (de baixo), podem espremer-nos (dos lados) ou reduzir-nos (de cima) que não conseguirão derrubar-nos.


quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Protóclito

Festa da de Santo André, Apóstolo


Santo André foi o Protóclito entre os discípulos,

isto é, o primeiro a ser chamado.

Foi o primeiro a responder ao chamamento de Cristo

e a tornar-se o seu amigo íntimo.

Com a linha da pregação

e o anzol da fé,

trocou a pesca dos peixes

pela pesca dos homens,

abandonou o barco do mar

para singrar na barca da Igreja.

Jesus chamou-o primeiro do que a Simão, seu irmão,

para nos sugerir que a sua vocação

nada tem a ver com a posição de Pedro.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

O Centurião

2ª Feira - I Semana Advento

Senhor eu não sou digno:
Santo Agostinho diz que
quando o homem descobre as suas faltas
Deus esconde-as.
Quando o homem esconde as suas faltas
Deus revela-as.
Quando as reconhece
Deus esquece-as.

Do oriente e do ocidente muitos virão sentar-se à mesa do Reino dos Céus:
São Boaventura diz que
Quando muitos tomam parte da mesma alegria,
a alegria de cada um torna-se mais abundante
porque todos se arrebatam uns aos outros.
Deus quer salavar a todos
porque quer que a alegria seja completa.
A alegria só é perfeita
quando transborda para todos.

domingo, 27 de novembro de 2011

Vigiai

Ano B - I Domingo Advento

A B C

A de Advento
B de Bigiai
C de Compromisso

A
Advento
Advento quer dizer vinda.
Deus não está escondido, não está fechado, não está parado.
Deus vem ao nosso encontro.
Podemos encurtar essa distância, se também formos ao seu encontro.
Se Deus não está paraddo, é para nos lembrar que temos de nos mexer.
Advento é tempo de caminhar, se se mexer, de ser activo.

B
Bigiai
É como dizem os do norte, trocando os ves pelos bes.
O que vos digo a vós digo a todos: VIGIAI.
Na minha terra VIGIAR quer dizer ver bem: Olha, vigia.
Mas no contexto do evangelhode hoje VIGIAR quer dizer não estar a dormir, isto é, fazer vigília, uma noitada ou uma directa sem dormir.
Vigiai é estar acordado, ficar desperto.
Advento é tempo de estar desperto, não podemos adormecer...

C
Compromisso
O Advento é tempo de se comprometer, é tempo de assumir compromissos, tempo de tomar decisões, de oltar ou de escolher.
Partilho uma Parábola de William Douglas:
PARÁBOLA DA INDECISÃO
Um jovem sonhou:
Havia um grande muro separando dois grandes grupos.
De um lado do muro estavam Deus, os anjos e os servos de Deus, Do outro lado do muro estavam Satanás, os seus seguidores e todos os que não seguem a Deus.
Em cima do muro estava o jovem, indeciso, que havia sido criado um lar cristão, mas que agora estava em dúvida se continuaria servindo a Deus ou se deveria aproveitar um pouco os prazeres do mundo. O jovem indeciso oservou que o grupo do lado de Deus chamava e gritava sem parar para ele:
- Ei, desce do muro agora... vem para aqui. junta-te a nós!
Já o grupo de Satanás não gritava e nem dizia nada, Essa situação continuou por muito tempo, até que o jovem indeciso resolveu pergntar a Satanás:
- O grupo do lado de Deus fica o tempo todo chamando por mim para descer e ficar do lado deles. Por que não me chamam vocês também, porque não me convencem a descer para o vossso lado?
Grande foi a surpresa do jovem queno Satanás respondeu:
- É porque o muro é meu!
De facto não existe meio termo. Estar em cima do muro é já pertencer ao outro lado.
Deus quer-nos decididos, não nos quer sobre o muro da indecisão...
Advento é tempo de decisões, de opções! Que seja este o nosso compromisso.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Nunca passará

6ª Feira - XXXIV Semana Comum


O CÉU E A TERRA PASSARÃO
MAS A PALAVRA DE DEUS NUNCA PASSARÁ


Não passará porque ela é eterna:

- É eterna porque sempre actual e actualizada.

- Porque nunca se esgota nem se acaba.

- Porque é o princípio e fim de tudo, alfa e ómega.

- Porque Jesus Cristo é a incarnação dessa Palavra,
  e Ele é eterno como Verbo de Deus.

- Porque esta Palavra é acolhida por nós
  e temos em nós a vida eterna
  e a Palavra permanece em nós.




quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Levantai a cabeça

5ª Feira - XXXIV Semana Comum

1ª Leitura

Na 1ª Leitura Daniel foi condenado porque rezava três vezes ao dia...
Os Muçulmanos rezam 5 vezes ao dia...
E nós cristãos?

Tradicionalmente os Judeus rezam 3 vezes ao dia:
- na hora Terceira (09H00),
- na hora Sexta (meio-dia)
- e na hora Nona (3horas da tarde).

Os Muçulmanos rezam 5 vezes ao dia:
- antes do nascer do sol
- ao meio-dia
- a meio da tarde
- ao pôr-do-sol
- à noite.

E os cristãos?
Dizem que a oração para o comum dos fiéis limita-se a 2 momentos:
- oração da manhã
- oração da noite
Oficialmente para os mais activos (padres e consagrados) as horas de oração estão assim:
- Laudes (manhã)
- Vésperas (tarde)
- Completas (noite)
(outras horas neste intervalo: Matinas (madrugada), Intermédia (Tércia 09h00, Sexta 12h00, Noa 15h00).

Parece que nós cristãos não somos assim tão rigorosos.
Um leigo judeu ou muçulmano reza mais vezes do que um leigo cristão, porquê?

Os cristãos não têm horário fixo de oração, nem momentos precisos de oração durante o dia para que possam fazer de todo o dia uma contínua oração.
Nós não queremos fazer oração durante o dia, queremos sim fazer da nossa jornada uma oração.

2ª Leitura

Quando acontecerem todas estas desgraças, na terra e nos céus... erguei-vos e levantai a cabeça porque a vossa libertação está próxima.

Estas páginas apocalípticas não estão aqui para intimidar, nem para meter medo. Não é para nos fazer chorar, nem rir.
É para nos espevitar a assumir algumas atitudes.

Levantar a cabeça, que significa?

- Atitude de vigilância - Estar alerta ou atento, como sentinela sempre desperta.
- Atitude de esperança - Como alguém que aguarda ou espera alguém.
- Atitude de perseverânça - Manter a cabea erguida é não desanimar, nem desistir.
- Atitude de coragem - Não estar depressivo, sem vontade nem perspectivas de futuro.
- Atitude de confiança - Não estar envergonhado, com medo ou com remorsos.
- Atitude de desafio - Querer mostrar a sua força ou o seu poder superior.
- Atitude de gratidão - Tal como as galinhas ao beberem elevam a cabeça ao céu para agradecer a gota de água, assim levantar a cabeça é agradecer a Deus cada momento que nos dá a viver.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

Santa Cecília

Hoje celebramos a memória de Santa Cecília, virgem e mártir da igreja de Roma do Séc II ou III.
Foi dada em casamento, mas queria viver totalmente consagrada a Deus.
Enquanto os convidados estavam a cantar as núpcias que não se realizariam, Cecília sofreu o martírio. Ela foi declarada depois a padroeira da música e do canto religioso.

Isto que quer dizer?

Cecília sofreu enquanto cantavam...
para que nós aprendamos a cantar enquanto sofremos.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Apresentação

Hoje a Igreja sugere-nos a memória da Apresentação da Virgem Santa Maria.
Segundo a tradição Maria de Nazaré foi levada ao Templo de Jerusalém aos 3 anos de idade, subiu os 15 degraus com toda a prontidão de tal modo que todos ficaram impressionados.

Ainda hoje Maria continua a ser nos apresentada.

Um certo rapaz católico falava com um professor universitário apresentando a figura de Maria, Mãe de Jesus. O professor disse, zombando:
- Afinal não há qualquer diferença entre Ela e minha mãe!
- Vós o dizeis! - respondeu o jovem - Mas há uma terrível diferença entre os dois filhos!

A Mãe de Jesus está para além de todas as mães, visto Jesus ser um Filho diferente de todos os filhos.
É essa a Apresentação que nos é feita hoje.

domingo, 20 de novembro de 2011

Família Real

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Rei do Universo


Olhar em 3 direções:
Olhar para Cristo, Rei do Universo
Olhar para nós mesmos, como participantes dessa realeza
Olhar para e eternidade, para o encontro entre Deus e nós, nós e Deus.

 
1ª Reflexão
Olhar para Cristo Rei do Universo
É preciso reconhecer que o Papa Pio XI, quando instituiu esta festa em 1925 no fim do Ano Santo, teve uma feliz intuição: A figura de Cristo não só sintetiza todo o ano litúrgico, mas também nos recorda que Deus é o nosso Senhor, nosso Rei e que nós também participamos da sua realeza.
O ano litúrgico é uma espécie de puzzle ou de construção. Ao longo do ano vamos formando a sua figura. Agora é altura de pôr ponto final, de colocar a coroa.
A solenidade de Cristo Rei é o coroamento desse puzzle.
Mas não é nada de que não estejamos habituados:
Sempre que dizemos que Deus é nosso Senhor, estamos a chamá-lo de Rei.
Sempre que rezamos o Pai Nosso, dizemos Venha a Nós o Vosso Reino, estamos a chamá-lo de Rei.
Que Ele seja de facto nosso Rei e Senhor.
Somos Dele, a Ele pertencemos, a Ele prestamos obediência.

2º Reflexão
Olhar para nós mesmos, como participantes desse realeza
De facto no dia do nosso baptismo todos nós somos declarados membros de Cristo, sacerdote, profeta e rei. Isto quer dizer que todos nós somos participantes da realeza de Cristo.
Dizer que Cristo é rei, é dizer que ele é o Nosso Senhor, somos dele, a ele pertencemos.
Deixemos que ele reine em nós…
Dizer que participamos da realeza de Cristo é dizer que nós fomos feitos não para sermos dominados mas sim para dominar as forças deste mundo, nós não somos escravos, mas senhores e reis. Não estamos subjugados ao mundo, nós é que governamos o mundo. Nós é que regemos o mundo e não o contrário, as riquezas deste estão sob a nossa alçada e não o contrário… O mundo está ao nosso serviço, pois Deus tudo nos submeteu.
Estamos aqui na terra como vencedores, Cristo vence, Cristo impera através de nós.

3ª Reflexão
Olhar para e eternidade, para o encontro entre Deus e nós, nós e Deus.
Somos cidadãos do Reino de Deus. A Ele havemos de prestar contas.
“Credes, mortais, que há-de haver juízo? Uma de duas é certa: ou o não credes, ou o não tendes” (assim pregava o Pe. António Vieira).
“Chegou ao tribunal de Deus um cristão feliz:
- Vede, Senhor, as minhas mãos. Estão imaculadas, pois não cometi pecado algum, nada fiz de mal… vede as minhas santas mãos limpas…
- Tens razão – rexpondeu Pedro – as tuas mãos estão limpas, mas estão também vazias… pois não fizeste aquilo que podias ou devias fazer…”
Assim acontecerá connosco. Seremos julgados não por aquilo que fizemos, o muito ou o pouco, mas por aquilo que deixámos de fazer…Deus indicar-nos-á sobretudo não as nossas acções, mas as nossas omissões… porque tive fome e não me destes de comer, não me destes de vestir, não me visitastes, não me prestastes assistência…

Unção pós-baptismal:
“Deus todo-poderoso,
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
Deu-vos uma vida nova pela água e pelo Espírito Santo,
E concedeu-vos o perdão de todos os pecados;
Agora que fazeis parte do seu povo,
Ele vos assinala com o Crisma da salvação,
Para que sejais eternamente
Membros de Cristo, sacerdote, profeta e rei.”