terça-feira, 23 de abril de 2013

Maior do que todos


3ª Feira - IV Semana da Páscoa












Do Evangelho de hoje:
"Eu conheço as minhas ovelhas e elas seguem-Me. Eu dou-lhes a vida eterna e nunca hão-de perecer, ninguém as arrebatará da minha mão. Meu Pai, que Mas deu, é maior do que todos e ninguém pode arrebatar nada da mão do Pai."

segunda-feira, 22 de abril de 2013

Homem novo

 
2ª Feira - IV Semana da Páscoa
 
- Da 1ª Leitura podemos reter a mensagem de que é mais fácil adquirir hábitos novos do que retirar hábitos velhos. Os discípulos tinham adotado novos comportamentos como seguidores de Jesus... Eram assim homens novos. Mas continuavam a manter alguns hábitos do judaismo, como homens velhos.
Nós hoje também podemos ter a mesma dificuldade. Queremos ser diferentes sem mudar maneiras antigas. Há que converter-se por completo. Para sermos criaturas novas devemos deixar tudo o que nos prende ao passado...
 
- Do Evangelho concluimos que Jesus é ao mesmo tempo o Pastor, a Porta e o Cordeiro. Ele faz-se tudo para todos: É o Pastor para alimentar as ovelhas famintas; é a Porta para acolher as ovelhas perdidas; é o Cordeiro para fazer companhia às ovelhas que se sentem sozinhas.
Também num prefácio Pascal rezamos: Jesus é o Sacerdote, é o Altar e é o Cordeiro...Ele quer ser aquilo que nós mais precisamos que ele seja.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Eis-me aqui

Semana de oração pelas vocações


Deus tinha necessidade de um pai para muitos povos
e escolheu um velhinho aposentado
e Abraão disse: Eis-me aqui.

Deus tinha necessidade de um porta-voz para o seu povo
e escolheu um gago tímido
e Moisés disse: Eis-me aqui.

Deus tinha necessidade de um chefe para o seu rebanho
e escolheu o mais jovem e o mais débil
e David disse: eis-me aqui.

Deus tinha necessidade de habitar entre os homens
e escolheu uma jovem desconhecida
e Maria disse: Eis-me aqui.

Deus tinha necessidade de uma rocha para edificar a sua igreja
e escolheu um cobarde pescador
e Simão Pedro disse: Eis-me aqui.

Deus tinha necessidade de um rosto para falar do amor e da misericórdia
e escolheu uma pecadora pública
e Maria Madalena disse: Eis-me aqui.

Deus tinha necessidade de um testemunho para proclamar a sua mensagem entre os gentios
e escolheu um perseguidor implacável
e Paulo disse: Eis-me aqui.

Deus tinha necessidade de um profeta para firmar a esperança de todos os povos
e escolheu um peregrino que veio de longe
e João Paulo II disse: Eis-me aqui.

Deus tinha necessidade de um mestre para conservar a fé da sua Igreja
e escolheu um humilde servo da vinha do Senhor
e Bento XVI disse: Eis-me aqui.

Deus tinha necessidade de um irmão para restaurar a caridade fraterna entre todos os homens
e escolheu um amigo pobre e humilde do fim do mundo
e o Papa Francisco disse: Eis-me aqui.

Deus tem necessidade de alguém para reunir a sua assembleia e alimentá-la com o Pão da Vida
e escolheu-te a ti
e que tens tu para dizer?

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Pão e Alegria

 
4ª Feira - III Semana da Páscoa
 
(1ª Leitura de hoje)
“E houve muita alegria naquela cidade.”
“E aqui temos a primeira palavra que vos queria dizer: alegria! Nunca sejais homens e mulheres tristes: um cristão não o pode ser jamais! Nunca vos deixeis invadir pelo desânimo! A nossa alegria não nasce do facto de possuirmos muitas coisas, mas de termos encontrado uma Pessoa: Jesus, que está no meio de nós; nasce do facto de sabermos que, com Ele, nunca estamos sozinhos, mesmo nos momentos difíceis, mesmo quando o caminho da vida é confrontado com problemas e obstáculos que parecem insuperáveis… e há tantos! (Papa Francisco no Domingo de Ramos)
 
(Evangelho de hoje)
Procurar o verdadeiro pão – “Eu sou o pão da vida: Quem vem a Mim nunca mais terá fome e quem acredita em Mim nunca mais terá sede.
Não podemos ser frios para o alimento celeste quando somos de fogo ou ardentes para a comida terrestre. (Pe. Dehon, CF, 15 de Fevereiro de 1880)
Não se diga que quem trabalha para o mundo e para as honras tem mais ardor que nós que trabalhamos para Deus e para o céu. (Pe. Dehon, NHV, volume III, Outubro 1865 – Outubro 1869, Pág. 16)
 

 

terça-feira, 16 de abril de 2013

Bela obra do Espírito

 
Parece-me que foi hoje, pelo menos que eu saiba, que o Santo Padre Francisco falou abertamente como Papa dos 50 anos do Concílio Vaticano II. Foi na homilia da missa celebrada hoje, 16 de abril, na capela de residência Santa Marta:
“…Há resistência na Igreja à ação do Espírito Santo…
Não queremos mudar. Mais: há vozes que querem voltar atrás em relação ao Concílio…
O Concílio foi uma bela obra do Espírito, mas 50 anos depois é preciso que a Igreja se questione.
Fizemos tudo o que nos disse o Espírito Santo no Concílio, naquela continuidade do crescimento da Igreja que ele foi? Não!...
Este problema deriva do facto de haver pessoas teimosas que querem domesticar a ação do Espírito.
O Espírito Santo incomoda e faz a Igreja seguir em frente.
Não colocar resistência ao Espírito Santo: É esta a graça que eu gostaria que todos nós pedíssemos ao Senhor, a docilidade ao Espírito Santo, a esse Espírito que vem até nós e nos faz seguir pela estrada da santidade…”
 
Até hoje parecia-me haver um silêncio papal de palavras e não silêncio da mensagem do Vaticano II. De facto o Papa Francisco falou eloquentemente da doutrina do Concílio não através de discursos, mas através de gestos: dando centralidade ao povo de Deus (Este deu primeiro a bênção ao Papa. Só depois ele a deu ao povo), ativando a colegialidade, apresentando-se simplesmente como bispo que Roma que preside à unidade, assumindo a condição de uma Igreja pobre ao serviço dos pobres, de servos simples e humildes (igreja de avental a lavar os pés).
As palavras de hoje são apenas um complemento dos gestos já afirmados.
É tempo de descongelar o Concílio, não para abrir feridas, separações ou catálogos, mas para unir.
Aliás, tenho para mim que se o Papa Francisco evitou falar do Concílio foi para não dar oportunidade de ninguém desqualificar os seus contrários. É que há quem queira reivindicar a sua aplicação e há quem queira descativá-la. Mais uma vez o Papa está para unir e somar e não para dividir.
 

 

O melhor pão


3ª Feira - III Semana da Páscoa
 
 
“Meu Pai é que vos dá o verdadeiro pão que vem do Céu. O pão de Deus é o que desce do Céu para dar a vida ao mundo… Eu sou o pão da vida: quem vem a Mim nunca mais terá fome, quem acredita em Mim nunca mais terá sede».
 
- Qual é o verdadeiro pão? Qual é o melhor pão, o mais saboroso, o mais eficaz, o único pão que não endurece nem se estraga, mas que dura pela eternidade?
Não é o pão mais barato ou mais caro, não é o pão feito com a melhor farinha ou bem cozido nos melhores fornos a lenha, ou servido com manteiga, com sementes ou passas… Nada disso!
O pão mais saboroso é aquele que partilhamos com quem não tem pão!
Jesus partilha o seu pão com a humanidade faminta de Deus…
Ele é o pão partilhado… o verdadeiro pão, o pão mais saboroso.
E nem sei como dizê-lo: Se Jesus é o Pão ou se o Pão é Jesus.

segunda-feira, 15 de abril de 2013

Curiosidade, interesse, amor

2ª Feira - III Semana da Páscoa
 
A multidão procurava Jesus…
E este chamou a atenção:
- Vós procurais-me, não por verdes milagres, mas por causa do pão que vos foi dado…
Isto quer dizer que nós vamos até Jesus, no 1º dia por curiosidade, no 2º por interesse e no 3º dia devíamos ir por amor.
É esta a pedagogia de Jesus. Com todo a paciência ele vai deixando que nos aproximemos dele e que passemos da curiosidade ao interesse e deste ao amor.
Por outro lado Jesus não afasta ninguém, pois não lhe importa as suas motivações. O que lhe interessa é que chegue aonde ele quer que se chegue.
Assim dizia Santo Inácio de Loiola: Não importa com o que a pessoa venha; importa que saia com o que é nosso”.

Anunciar, testemunhar, adorar

 
Ano C - III Domingo de Páscoa
 
Não se reconhece nem se vê diretamente a Jesus ressuscitado: vemos sim as suas obras, os efeitos da sua presença. Ao ver a pesca milagrosa, João disse: É o Senhor!
Ainda hoje é assim: não vemos, nem sentimos a presença de Jesus, mas podemos ver os sinais da sua presença, os efeitos da sua ação. Estes estão sempre perto de nós; nós é que estamos distraídos.
 
Papa Francisco na sua homilia de ontem:
“Encontramo-nos sobre o túmulo de São Paulo, um Apóstolo humilde e grande do Senhor, que O anunciou com a palavra, testemunhou com o martírio e adorou com todo o coração. É precisamente sobre estes três verbos que queria refletir à luz da Palavra de Deus que escutámos: anunciar, testemunhar, adorar.
ANUNCIAR:
Na primeira Leitura, impressiona a força de Pedro e dos outros Apóstolos. À ordem de não falar nem ensinar no nome de Jesus, de não anunciar mais a sua Mensagem, respondem com clareza: «Importa mais obedecer a Deus do que aos homens». Pedro e os Apóstolos anunciam, com coragem e desassombro, aquilo que receberam: o Evangelho de Jesus. E nós? A fé nasce da escuta, e fortalece-se no anúncio…
TESTEMUNHAR:
Mas, façamos mais um passo: o anúncio de Pedro e dos Apóstolos não é feito apenas com palavras, mas a fidelidade a Cristo toca a sua vida, que se modifica, recebe uma nova direção, e é precisamente com a sua vida que dão testemunho da fé e anunciam Cristo.
Trata-se de uma palavra dirigida primariamente a nós, Pastores: não se pode apascentar o rebanho de Deus, se não se aceita ser conduzido pela vontade de Deus mesmo para onde não queremos, se não estamos prontos a testemunhar Cristo com o dom de nós mesmos, sem reservas nem cálculos, por vezes à custa da nossa própria vida. Mas isto vale para todos: tem-se de anunciar e testemunhar o Evangelho.
ADORAR:
Só é possível anunciar e dar testemunho, se estivermos unidos a Ele, precisamente como, no texto do Evangelho de hoje, estão ao redor de Jesus ressuscitado Pedro, João e os outros discípulos; vivem uma intimidade diária com Ele, pelo que sabem bem quem é, conhecem-No. Está aqui um dado importante para nós: temos de viver num relacionamento intenso com Jesus, numa intimidade tal, feita de diálogo e de vida, que O reconheçamos como «o Senhor». Adorá-Lo! Adorar o Senhor quer dizer dar-Lhe o lugar que Ele deve ter; adorar o Senhor significa afirmar, crer – e não apenas por palavras – que Ele é o único que guia verdadeiramente a nossa vida; adorar o Senhor quer dizer que vivemos na sua presença convencidos de que é o único Deus, o Deus da nossa vida, o Deus da nossa história.
Todos os dias o Senhor nos chama a segui-Lo corajosa e fielmente; fez-nos o grande dom de nos escolher como seus discípulos; convida-nos a anunciá-Lo jubilosamente como o Ressuscitado, mas pede-nos para o fazermos, no dia-a-dia, com a palavra e o testemunho da nossa vida. O Senhor é o único, o único Deus da nossa vida e convida-nos a despojar-nos dos numerosos ídolos e a adorar só a Ele. Anunciar, testemunhar, adorar.

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Quem é da terra, da terra fala

5ª Feira - II Semana da Páscoa


 “Aquele que vem do alto está acima de todos; quem é da terra, à terra pertence e da terra fala. Aquele que vem do Céu dá testemunho do que viu e ouviu…”

 

Todo o ponto de vista é a vista de um ponto

Cada um lê com os olhos que tem. E interpreta a partir de onde os pés pisam.

Para entender como alguém lê, é necessário saber como são os seus olhos e qual é a sua visão do mundo.

A cabeça pensa a partir de onde os pés pisam. Efetivamente, se alguém sempre pisa em palácios e em sumptuosas catedrais, acaba pensando na lógica dos palácios e das catedrais.

Para compreender, é essencial conhecer o lugar social de quem olha. Vale dizer: como alguém vive, com quem convive, que experiências tem, em que trabalha, que desejos alimenta, como assume os dramas da vida e da morte e que esperanças o animam.

Sendo assim, fica evidente que cada leitor é co-autor. Porque cada um lê e relê com os olhos que tem. Porque compreende e interpreta a partir do mundo que habita.

L.B.

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Amou de tal modo...


4ª Feira - II Semana da Páscoa
 
"Deus amou de tal modo a humanidade que ..."
 
- Então quem foi o carrasco de Jesus? Quem o levou à morte?
Não foram os juízes iníquos, nem os soldados romanos, nem as autoridades judaicas.
Nem mesmo foi Deus Pai...
Diz o Pe. Leão Dehon:
"O amor, eis o carrasco de Jesus!… Foi o amor que O levou à morte… (ACJ 1, Pág. 367) "
De fato não foram os pregos que prenderam Jesus na cruz... foi o amor.
 
- De tal modo quer dizer de maneira infinita, sem limites, ou sem medida.
Então queres definir o infinito?
O infinito só tem uma definição:
É o amor de Deus por nós!

domingo, 7 de abril de 2013

Meu Senhor e meu Deus


Ano C - II Domingo de Páscoa

Este dia é designado por 5 expressões diferentes:
- É o II Domingo de Páscoa - Como São Tomé digamos: Meu senhor e meu Deus!
- É o Domingo de Pascuela - É a Páscoa pequena. Saibamos assinalar sempre a Páscoa Semanal, que é o Domingo.
- É o Domingo do Quasimodo - Como crianças recem-nascidas deixemos crescer em nós a vida nova da graça.
- É o Domingo In Albis - Como os neo-batizados vestidos de branco vivamos sempre como criaturas sempre revestidas de Cristo.
- É o Domingo da Divina Misericórdia. Com a intercessão da Irmã Faustina e o Papa João Paulo II rezemos: Jesus, eu confio em vós!

A mensagemdo dia:
Saibamos nós preparar-nos para contemplar no céu aquilo que Tomé quis contemplar e tocar aqui na terra.
O que será?
Qual é a coisa qual é ela, a única que está no Céu e que foi feita por mãos humanas?
Parece que tudo o que está no Céu não foi feito por mãos humanas: as pessoas, as boas obras, os santos, os anjos... tudo isso é obra das mãos divinas.
Mas existe algo que lá está, mas é obra das mãos humanas. Que será?
São as Chagas de Cristo.
É por isso que Jesus aponta e diz: vede as minhas mãos e o meu peito...
Saibamos então contemplar as nossas obras lá no Céu.
Saibamos resistir à tentação de ver essas obras aqui na terra, pois só devem ser contempladas no Céu.


sexta-feira, 5 de abril de 2013

Não há 2 sem 3

 
6ª feira - Oitava da Páscoa
 
- 1º - Esta é a primeira sexta-feira deste mês.
Estamos habituados nesta quadra pascal a olhar para o Lado Aberto de Jesus. Isso não diz respeito apenas às experiências da Ressurreição. Sempre que alguém contempla a Jesus Ressuscitado está a contemplar o Coração de Jesus. E sempre que alguém contempla Cristo Ressuscitado está a contemplar o Coração de Jesus.
 
- 2º - Foi a 3ª vez que Jesus apareceu aos seus discípulos.
E desta vez até estava Tomé, o Dídimo. Mas nem mesmo assim os discípulos o reconheceram, pois levaram o seu tempo. Isto quer dizer que Jesus foi-lhes dando sinais com insistência... e não houve duas sem três. Isto faz-me lembrar uma anedota:
Havia um cantor que preparou uma canção nova para apresentar num espetáculo. Ao cantá-la, teve a sensação de completa frustração. Desafinado, com hesitações, mudanças de ritmo etc.... tinha sido um autêntico fiasco. Mas o público aplaudiu e pediu insistentemente que cantasse outra vez, pedindo bis, bis, bis.
O cantor, surpreendido, pois afinal parecia que a plateia tinha gostado, lá cantou segunda vez. E de facto saíu-lhe melhor desta vez, mas ainda se enganou numa ou noutra nota musical. E o público aplaudiu novamente e pediu outra vez bis, bis, bis. Que maravilha! Afinal o público parecia dizer-lhe que ele era um bom cantor e que a sua canção era boa.
E lá cantou pela terceira vez, cheio de orgulho e confiança. E a canção ainda saíu melhor... a afinação quase perfeita... No final perguntou a um dos que tinham pedido bis:
- Porque é que gostaram tanto da minha música?
- Nós não gostamos assim tanto. Quisemos apenas que tivesses a oportunidade de ensaiar 3 vezes para ver se eras capaz de aprender a cantá-la melhor.
Pois, não há 2 sem 3!
Esta foi a terceira vez que Jesus ressuscitado se manifestou aos seus discípulos.
Esa foi a terceira vez que Jesus lhes deu a oportunidade para eles o reconheceram... Ele está sempre presente, mas os seus discípulos tinham dificuldade em reconhecê-lo.
 
- 3º - Jesus aparece só a quem está a fazer alguma coisa.
Só quem está ocupado a fazer algo é que o reconhece. Ele está sempre presente, mas só quem está ativo, produtivo é que é capaz de o contemplar.
Assim aconteceu com Maria Madalena: Em casa Madalena não fazia nada. Apenas se sentava aos pés de Jesus para ouvi-lo. Sua irmã Marta até se queixou disso. Mas na manhã do primeiro dia da semana, no dia de Páscoa, Madalena levantou-se cedo e foi a correr para junto do sepulcro. Tenho a impressão que Marta deve ter notado essa agitação de Madalena, a sair, a correr... E Madalena viu Cristo Ressuscitado. Só o reconhece quem está em ação,em movimento, em atividade, a trabalhar...
Também os discípulos de Emaús não estavam sem fazer nada, mas estavam em viagem, talvez de negócios... E foi nessa ação, nessa atividade e a servir um jantar que reconheceram a Jesus ressuscitado.
Finalmente Pedro, João, Tomé e outros tantos estavam inativos, de braços cruzados em casa, e de Cristo nem sombra! Pedro disse que ia pescar e todos foram com ele. E foi nessa faina, quando estavam ocupados a trabalhar, a produzir que se aperceberam da presença de Jesus...
Ainda hoje é assim. Se estamos desocupados, se não temos vontade de fazer nada nem nos apercebemos da presença de Alguém.
Por vezes fazemos precisamente o contrário: paramos, ficamos passivos, inativos à espera de contemplar o nosso Deus... e nada acontece.
Estejamos então ativos, produtivos e envolvidos nalguma tarefa para que sejamos capazes de sentir, ver e saborear a presença de Cristo vivo e ressuscitado.
 

quinta-feira, 4 de abril de 2013

Fé e Agape


5ª Feira - Oitava da Páscoa
 
 
Da 1ª Leitura
O Paralítico que fora curado por Jesus, tinha ou não tinha fé?
Clara que não tinha. Só estava à espera de uma esmola.
Pedro e João é que tinham fé em Cristo Jesus e foi essa fé que fez ocorrer o milagre.
Então se à nossa volta não há milagres não deve ser por culpa dos outros, mas por nossa própria culpa. Nós é que não temos fé e por isso à nossa volta não vemos milagre algum.
Em todo o caso estou convencido de que milagres há sempre, nós é que não os vemos, não os simalisamos nem os notificamos, porque falta-nos olhos de fé.
 
Do Evangelho
Jesus manifestou-se ao grupo de discípulos, mas mesmo assim estes estavam resistentes para acreditar... Então Jesus convidou-os a sentar-se à mesa, numa agape fraterna, numa refeição amistosa e então abriu-se o seu entendimento e desvaneceram-se todas as dúvidas.
Ainda hoje é assim. Quando temos dúvidas, quando nos falta alento, quando precisamos de maiores esclarecimentos, é preciso sentar-se num encontro fraterno, numa refeição de amigos e então aderimos aos ideiais comuns, desvanecem-se as sombras e alentam-se as forças.
Às vezes fazemos precisamente o contrário. Quando não nos sentimos bem ou duvidamos, deixamos logo de ir ao Agape, ao encontro de irmãos, à mesa da eucaristia.
Que Jesus continue a abrir o nosso entendimento, sobretudo a abrir o nosso coração para que possamos ter uma fé cada vez mais fortalecida.

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Os amigos de Emaús

 
4ª Feira - Oitava da Páscoa
 
Hoje vou ceder a uma tentação que me persegue há muito tempo.
Sempre resisti à tentação de querer saber quem são os Discípulos de Emaús em vez de procurar saber acima de tudo quem é Jesus e de O reconhecer.
Também sempre resisti a outra tentação: a de olhar ou prestar atenção para as mãos de Jesus em vez de olhar para a fração do pão ou para o próprio pão que é a Eucaristia.
 
Hoje vou refletir sobre o que sempre evitei.
 
1ª - Quem são os discípulos a caminho de Emaús?
O nome de um discípulo já sabemos - "um deles, de nome Cléofas.."
E o outro companheiro de viagem? Não sabemos.
Atrevo-me a apontar para alguém muito próximo deste primeiro.
Quem? No relato da Paixão lemos que "junto à cruz de Jesus estavam Maria, Sua mãe, Maria, mulher de Cléofas e ..."
Então este Cléofas tinha uma mulher, de nome Maria, que segundo a tradição seria irmã de Nosssa Senhora.
Conclusão: Os dois caminhantes de Emaús eram Marido e Mulher, Cléofas e Maria sua esposa.eram um casal e familiares de Jesus.
Que lições posso acolher desta situação?
- As duas personagens conheciam bem Jesus, mas não o reconheceram. A mulher de Cléofas até tinha sido uma das últimas pessoas a ver Jesus descido da cruz, mas não o reconheceu no caminho de Emaús. Isto quer dizer que a partir da ressurreição vemos Jesus não com os olhos do rosto, mas com os olhos da fé. Se fosse apenas necessário ver com os olhos normais, os seus colegas de viagem ter-se-iam apercebido de imediato pois conheciam-no bem. Só nos apercebemos de Jesus com os olhos da fé.
- As duas personagens são um casal. É a comunidade base, qual semente de novas comunidades. São marido e mulher, pois é em comunidade, em família que Jesus quer ser reconhecido e acolhido.
- Finalmente são seus familiares, são seus tios, para nos eninar que a paritr de agora há outro tipo de ligação e de envolvimento. É a confirmação das palavras ditas anteriormente por Jesus: Quem são minha mãe, meus irmãos e minhas irmãs... só quem fizer a vontade de Meu Pai é que são meus familiares.
 
2ª - Porque O reconheceram só ao partir do pão?
Hoje quero recuperar essa cena imaginando-me lá.
Ao ouvir as explicações de Jesus pelo caminho, nem me aperceberia das suas mãos. Estaria tão absorto pelos seus ensinamentos, tão animado pelas suas palavras, tão hipnotizado pelo seu olhar que nem teria olhado para as suas mãos.
Só depois, estando eu mais à vontade, descansado no aconchego ou no conforto de uma mesa é que me teria percebido que afinal era Ele, era mesmo Jesus. Não teria dúvida: Eram as suas mãos, pois estavam perfuradas...
Mas nesse preciso momento, deixaria de ver Jesus e veria apenas o Pão partido por Ele...
Aliás ainda hoje se passa o mesmo...
Nós não vemos a Cristo a abençoar o pão e a reparti-lo. Só nos apercebemos do seu Pão.
Muitas vezes Jesus atrai-nos mostrando alguns sinais, mensagens ocultas para nos aproximar da sua presença Eucarística.
Na celebração da Missa passa-se o mesmo: Eu começo por ver o padre, depois vejo o pão... mas com os olhos da fé posso passar a ver o Cristo e o seu Corpo feito pão ou o seu pão feito corpo...

Com fé e humor



A fé sem humor leva ao fanatismo.

O humor sem fé leva ao cinismo.


terça-feira, 2 de abril de 2013

Lágrimas de Maria Madalena

3ª Feira - Oitava da Páscoa

Partilho duas simples mensagens da liturgia de hoje.
A primeira é a reflexão que o Papa Francisco fez hoje mesmo na celebração eucarístia com os elementos da polícia do Vaticano.
A outra é uma vinheta que mostra que Cristo mudou-se do sepulcro para outro lugar... para que nós também aprendamos a mudar alguma coisa na nossa vida... porque depois da ressurreição nada nem ninguém pode continuar na mesma...

"Maria Madalena foi chorar junto do sepulcro vazio num momento de escuridão na sua alma por ver deitadas por terra todas as suas esperanças…
As lágrimas podem ser os óculos para ver Jesus na vida de cada um e preparar os olhos para observar, para ver o senhor Jesus.
Possamos também nós pedir ao Senhor a graça das lágrimas, que é uma bela graça.
Chorar por tudo, pelo bem, pelos nossos pecados, pelas dádivas, pela alegria."

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Carlos Imperador

Hoje assinalamos os 91 anos do falecimento do Imperador de Áustria, o Beato Carlos.
Não sei como chamá-lo: se Imperador Santo ou se Santo Imperador.

Partilho o Memorandum dessa data, que muito zelo como relíquia e agradeço a quem me ofereceu.

 























Guardo como lição das suas últimas palavras:
- Procurou sempre conhecer a Vontade de Deus.
- Empenhou-se em realizá-la com perfeição.

Isto quer dizer que não basta fazer a Vontade de Deus.
É preciso conhecê-la, pois se não se conhece como poderemos cumpri-la.
E para conhecer é preciso procurá-la, descobri-la... sempre, em todas as circunstâncias e não apenas nos momentos mais delicados ou mais dolorosos.
Mas também não basta descobrir e conhecer a Vontade de Deus.
É preciso praticá-la.
E não basta realizá-la, é preciso realizá-la com perfeição.

Que o Santo Imperador ou o Imperador Santo nos ajude a descobrir e a realizar a Vontade de Deus na nossa vida com a mesma humildade, constância e dedicação.