2ª Freira - XXVIII Semana Comum
Sinais ou milagres são a mesma coisa.
Estar ao pé de Jesus e pedir um sinal é ter falta de senso.
É desprezar o santo e querer só o milagre.
É sofrer de estrabismo, pois os olhos estão desviados da verdadeira
direção.
É estar na presença de alguém e querer ver apenas a fotografia dessa
pessoa em vez de ver a sua presença.
É fixar o olhar ponteiro em vez de olhar em direção para onde aponta.
É contentar-se em agarrar o dedo que aponta, em vez de agarrar o
tesouro para onde aponta o dedo.
É fixar o olhar na legenda de um quadro em vez de contemplar a própria
pintura.
É sentar-se numa mesa bem servida e contentar-se com a leitura do
menu.
Recordo que a primeira vez que fui a Fátima só consegui ver a
Capelinha das aparições, a Basílica, o recinto, a azinheira, a imagem de nossa
Senhora etc., isto é, só consegui ver os SINAIS.
Algum tempo depois, voltei a Fátima e então já consegui ver algo mais
do que SINAIS… Já consegui concentrar-me em ORAÇÃO, apesar de ainda me
sensibilizar com os SINAIS.
Agora quando vou a Fátima, já nem penso nesses SINAIS, já nem vou aos
Valinhos, nem me preocupo com as manifestações exteriores… Apenas REZO, procuro
contemplar a DEUS, rezar com a Mãe Igreja e com a Mãe do Céu.
Preciso de sinais, mas preciso de dispensá-los depressa para me apegar
ao essencial.
Em Fátima as aparições e outras manifestações foram necessárias para
atrair a nossa atenção, para convocar, para formar comunidade.
Agora já não podem ter a importância dos inícios. Não podemos ficar
dependentes dos primeiros sinais.
É o que acontece com os sinais de trânsito que indicam uma localidade.
No início, quando não conhecemos, precisamos muito de seguir esses sinais e
damos-lhe importância, mas depois nem ligamos para eles pois já conhecemos o
caminho e o local para onde apontavam…
Há quem diga que estes sinais do Evangelho seriam os milagres. Os próximos
de Jesus queriam sinais, isto é , queriam MILAGRES… E Jesus respondeu que só
lhes apontaria o sinal de Jonas, isto é, o Milagre do profeta Jonas: o milagre
da conversão através da pregação do arrependimento.
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