Todos os Santos de Deus

Solenidade de todos os Santos

Não louvaremos suficientemente a Deus se não louvarmos os seus santos.

Os santos são aqueles em quem mais sobressaiu a imagem e semelhança de Deus.

Celebrá-los é celebrar a glória de Deus.

Celebrar a memória dos santos e dos mártires é reconhecer a eficácia do Evangelho e da vida cristã.

Os santos não são personagens do passado. São de hoje e de sempre. É por isso que os celebramos hoje e sempre.

Os santos são eternos, porque o bem e a felicidade de Deus nunca acabam.

Ver também:

Comemorar os santos

Todos os santos

Santos todos

Tantos santos

Santos modernos

Quem são e donde vieram

Ilustres filhos da Igreja

Santos, companhia ilimitada

ABC da santidade

Pão por Deus

Dia do Pão por Deus

Tão próximos e tão diferentes

Oração missionária

Ao terminar o mês missionário, fazendo eco da mensagem do Papa para a Jornada Mundial das Missões 2020: Eis-me aqui, envia-me…, podemos fazer a nossa oração missionária a partir da nossa localização.

 

Primeiro há uma reflexão sobre a mensagem em que se refere que Jesus é o primeiro missionário, o primeiro apóstolo, o primeiro a ser enviado. Afinal, os missionários de hoje, pais, catequistas, animadores, pastores e enviados para terras distantes, não levam a Cristo para essas terras, é Cristo quem os leva; não levam a Palavra de Deus, afinal é a Palavra quem os leva. Eles não levam, são levados. É preciso deixar-se levar...

Finalmente: Eis-me aqui! Onde? Quem não sabe onde está, não saberá partir para direção nenhuma. É preciso estabelecer as coordenadas através da bússola. É preciso saber para onde vamos, qual a direção, quem nos espera ou quem encontraremos. Por isso é preciso colocar as figuras ilustrativas em cada um dos pontos cardeais, bem como as outras dimensões.

Convite à oração:

Nesta celebração missionária vamos rezar olhando em diferentes direções para nos sentirmos irmãos de todos os povos, unidos na evangelização e no cuidado da nossa casa comum que é esta terra.

Rezemos juntos dirigindo o nosso olhar para cada uma das direções apontadas pela bússola e cantando o refrão:

- Eis-me aqui, eis-me aqui, Senhor, eis que venho.

Eis-me aqui, eis-me aqui, faça-se em mim tua vontade.

Olhando para o LESTE (casal chinês)

- Do leste, a direção de onde o sol nasce, recebemos paz, luz, sabedoria e conhecimento.

- Nós Vos agradecemos esses dons e rezamos por todos os povos do Leste, do Médio Oriente, Rússia, Ásia e Oceania, e por todos os seus missionários.

- Refrão: Eis-me aqui...

Olhando para o SUL (casal africano)

- Do sul vem o calor, a educação, o começo e o fim da vida.

- Nós Vos agradecemos esses dons e rezamos por todos os povos do Sul, da África e por todos os seus missionários.

- Refrão: Eis-me aqui...

Olhando para o OESTE (casal índio americano)

- Do oeste vem a chuva, a água potável que mantém os seres vivos.

- Nós Vos agradecemos esses dons e rezamos por todos os povos americanos, índios ou nativos e por todos os seus missionários.

- Refrão: Eis-me aqui...

Olhando para o NORTE (casal esquimó)

- Do norte vem o vento frio e forte e a neve branca que nos dá força e resistência.

- Nós Vos agradecemos esses dons e rezamos por todos os povos da Europa, pelos refugiados e seus acolhedores e por todos os missionários europeus.

- Refrão: Eis-me aqui...

Olhando para CIMA (pomba Espírito Santo)

- Dos céus recebemos as trevas e a luz e o ar que respiramos.

- Nós Vos agradecemos todos esses dons e rezamos pelos jovens a quem chamais para uma vocação sacerdotal, missionário e religiosa, e para que o Espírito Santo seja a fonte da sua força e discernimento.

- Refrão: Eis-me aqui...

Olhando para BAIXO (ramo de flores)

- Da terra viemos e à terra voltaremos, porque somos barro nas mãos de Deus. É preciso florir aqui onde Deus nos plantou.

- Nós Vos agradecemos estes dons e rezamos por todos os missionários perseguidos, pelos que já partiram para a eternidade e por todos os profetas que zelam pela criação e trabalham pela paz do mundo.

- Refrão: Eis-me aqui...

Olhando para DENTRO DE NÓS (com os olhos fechados-coração aberto)

- No nosso interior sentimos o nosso coração a palpitar e uma voz que nos diz: Quem enviarei.

- Nós Vos agradecemos estes dons e pedimos que Nossa Senhora da Misericórdia continue a olhar por nós e por todos os nossos irmãos para sairmos de nós mesmos, e como Ela dizermos o nosso Sim a Deus, formando um só coração e uma só alma.

- Refrão: Eis-me aqui...

 

Oração conclusiva:

- Que possamos, Senhor nosso Deus, caminhar juntos pelos caminhos deste mundo de fraternidade com todos os nossos irmãos e de harmonia com toda a criação, à imagem do Vosso Filho Jesus Cristo, o primeiro missionário por Vós enviado. Que o Espírito divino nos ajude a renovar assim a face da terra.

T: Ámen!

 

Apóstolos a postos

Festa dos Apóstolos Simão Zeloso e Judas Tadeu ou Corajoso

 

Ao amanhecer Jesus chamou doze discípulos a quem deu o nome de Apóstolos, que quer dizer enviados.

- Ao amanhecer – o chamamento e envio dos apóstolos é um novo dia, nova oportunidade. Novo começo. O novo dia é uma missão para os chamados.

- Chamou a si – os designados são os que devem estar junto de Jesus, estar unidos para receber, para ser evangelizados. Jesus chamou para junto de si para lhes lembrar que estaria sempre junto deles.

- Nome de Apóstolos – Jesus chama para enviar. Aproximar-se e afastar-se. Receber e levar, ser evangelizados e evangelizar.

Simão, o Zeloso.

Judas, o Corajoso (= Tadeu)

O que é que mais preciso hoje?

Ser zeloso ou piedoso como Simão?

Ou ser Corajoso como Judas Tadeu?

Judas Tadeu tinha o rosto parecido com Jesus, para nos lembrar que também nós devemos ser cada vez mais parecidos com Jesus, na vida, no coração, na santidade. (Era parente de Jesus, mais precisamente seu primo direto, irmão de Tiago, o Menor).

Simão, era chamado de Zeloso, para nos lembrar que devemos arder de zelo pelas coisas de Deus. Tinha pertencido à seita dos Zelotas que queriam estabelecer o Reino do Messias com violência, para nos lembrar que o mesmo Reino é dom de Deus, mas também nosso empenho e conquista.

 

Como eles sejamos verdadeiros apóstolos a postos.

 

Ver também:

Imagem e semelhança

Apóstolos

Judas Tadeu

O símbolo dos apóstolos

 

Semeando mostarda

3ª feira – XXX semana comum

Vamos semear 5 grãos de mostarda. Cada grão vai nos dar uma pequena grande lição:

1º - O reino de Deus constrói-se com pequenos sinais

2º - O reino não é obra nossa, é obra de Deus

3º - O reino exige colaboração, pois se eu não plantar não colherei

4º - O reino exige espera e maturação

5º - O reino torna-se grande e torna-nos grandes.

 

Ver também:

A praga da mostarda

Fazer crescer

Jesus é o grão de mostarda

Lições do fermento

Sementes de humildade

Receita para mudar o mundo

Mostarda

 

Andar curvado

2ª feira – XXX semana comum

No trecho do Evangelho de hoje a assembleia estava reunida na sinagoga no dia do Senhor:

- Jesus ensinava e curava.

- A mulher curada dava glória a Deus.

- O Chefe da Sinagoga indignava-se contra todos.

- Os adversários de Jesus envergonhavam-se.

- A multidão alegrava-se.

 

Quem dizia que se devia respeitar o Dia do Senhor, era apenas aqueles que não estavam a respeitar o espírito do sábado  – o chefe da sinagoga e os adversários de Jesus a quem lhes chama hipócritas.

Todos os outros estavam a viver o espírito e o sentido do dia do Senhor:

- Servir a Palavra (Jesus ensinava e curava)

- Louvar a Deus (a mulher curada dava glorificava a Deus)

- Celebrar ou festejar (a multidão partilhava a alegria)

 

Hoje peço ao Senhor que endireite a minha vida de modo que:

- Em relação a mim, eu acolha a Sua Palavra e a viva.

- Em relação a Deus, eu O glorifique.

- Em relação aos outros, eu saiba partilhar as alegrias e esperanças.

 

À margem:

A mulher curvada apareceu na sinagoga por acaso.

Nada pediu a Jesus, aliás, nem podia olhar para Ele.

Jesus, como sempre tomou a iniciativa e curou-a.

Depois de curada, ela esqueceu-se de si mesma e só pensava em Deus, glorificando-o.

Se fosse comigo como é que teria sido?

Primeiro, se eu estivesse assim doente no físico e no psíquico, nem ia à assembleia.

Depois, se soubesse da presença de Jesus, não me cansaria de lhe pedir a cura.

Finalmente, depois de curado, cheio de alegria, punha-me a correr e a mostrar-me a todos os meus amigos para verem o que me tinha acontecido.

Preciso aprender mais do Evangelho, das grandes lições de Jesus e da grande lição desta mulher curada para endireitar a minha vida e não andar mais curvado.

 

Ver também:

Endireitar-se

Ver a Deus

Encurvada

Em dia de sábado

 

O amor acima de tudo

Ano A – XXX domingo comum

Já que os saduceus não foram capazes de entalar Jesus com as suas perguntas, então os fariseus tentaram experimentá-lo. A pergunta venenosa foi:

- Qual o maior mandamento?

Se Jesus respondesse que era amar o próximo, então estaria a esquecer-se de Deus e a pôr a sua fé a um nível apenas humano.

Se respondesse que o maior era apenas o primeiro mandamento, então estaria a contradizer-se a si mesmo, pois não cumpria o Sábado para atender e curar o próximo.

Então Jesus uniu as duas tábuas dos mandamentos e disse que o principal é Amar.

De facto os dois mandamentos cabem perfeitamente num só coração.

E nós como responderíamos – o que é que está primeiro? O Amor a Deus ou o amor ao próximo?

Se pusermos os dois lado a lado, como retas paralelas, nunca se encontrarão. Não está correto.

Se pusermos um sobre o outro, qualquer que seja, estamos a anular ou um ou outro. Não pode ser.

Se pusermos como duas faces da mesma moeda, estamos a relativizá-los; ora viro um, ora viro outro, dependendo das minhas circunstâncias. Não está certo.

Só há uma solução: unir os dois em forma de coração, pois o nosso coração deve ter lugar para os dois amores, de Deus e do próximo.

Qual é o maior mandamento?

O maior mandamento é amar… amar a Deus, amar o próximo, amar o bem, amar a vida, amar a criação…

 

Ver também:

A lei do amor e o amor da lei

Amar com fé e esperança

Dois amores

Dois remos

O maior mandamento

Inseparáveis

Escutar é amar e amar é escutar

 

Mudam-se os tempos

6ª feira – XXIX semana comum

As mudanças do tempo

e o tempo das mudanças

 

Na Palestina, o vento que vem do mar (ocidente) traz chuva, o vento que vem do deserto (sul) traz calor.

Eram sinais que o povo observava e comprovava.

Mas outros sinais eram dados observar, mas o povo via, mas não enxergava; ouvia, mas mão escutava. Tantos convites para a conversão, mas ninguém atendia.

Os tempos fazem o que devem – mudam.

Os discípulos de Cristo devem fazer aquilo que o tempo faz – mudar.

Contemplando a mudança do tempo, cada um deve fazer do seu tempo uma mudança.

Santo Agostinho ensinava que a natureza, a criação, foi o primeiro livro que Deus escreveu. Por meio dela Deus nos ensina, por exemplo, que o tempo muda, e que cada criatura deve mudar ou melhorar, fiel ao seu Criador.

A Bíblia, a Sagrada Escritura, é o segundo livro escrito por Deus. Nele não só se diz que devemos mudar, mas sobretudo como devemos mudar.

Como pessoas inteligentes, devemos ler não só o primeiro livro, mas sobretudo o segundo que nos ensina como e em que devemos mudar.

Qual é o sinal dos tempos?

O sinal dos templos é a mudança.

Saibamos mudar, crescer, melhorar a nossa relação, aperfeiçoar a nossa vida, converter o nosso coração.  

Se o tempo muda, porque é que nós não mudamos?

Assim concluiu o grande poeta Camões:

 

Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.

 

Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.

 

O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.

 

E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.

 

Ver também:

Os sinais dos tempos e o tempo dos sinais

Saber discernir

 

On-line com Deus

Memória de São João Paulo II

No 42º aniversário do início do seu Pontificado.

Quando jovem, um dia Karol Wojtyla apanhou o seu pai de joelhos, junto à cama, a rezar. Ficou tão impressionado com isso que a partir desse dia sempre quis ter a mesma atitude e a mesma felicidade de estar sempre on-line com Deus, orar sem cessar.

Um dia o seu secretário foi chamá-lo à capela:

- Sua Santidade, é um assunto importante, venha atender o telefone…

- Eu sei que é importante. Por isso preciso de rezar mais ainda… - respondeu o Papa, continuando a rezar por mais uns momentos.

Deus está sempre on-line, isto é, disponível para nós entrarmos em contacto com Ele.

Ignorar a Deus, pecar, não rezar é desconectar-se, é ficar off-line.

Os nossos compromissos, as nossas ocupações, ou a falta de tempo não devem ser ocasião de faltar à oração. Antes pelo contrário, quanto mais temos que fazer, mais teremos que rezar. São Francisco de Sales pedia: "Cada um de nós precisa de meia hora de oração por dia, a não se que esteja muito ocupado. Nesse caso precisa de uma hora."

Que São João Paulo II, que viveu sempre conectado com Deus, sempre on-line com Ele, nos ajuda a manter a mesma relação com Deus.

Que São Paulo, como nos lembra a Primeira Leitura, nos ajude a “dobrar os nossos joelhos” diante do Pai, ou melhor, a dobrar a nossa vontade, para que “Cristo habite pela fé em nossos corações.”

Ver também

São João Paulo II

João Paulo II, o santo

Os papas que conheceram o Pe. Dehon

Basílica de Cristo Rei

Duas memórias seguidas

Duplo centenário

Aprender a ser

 

Aos olhos de Deus

2ª feira – XXIX semana comum

1ª reflexão

Ser rico para possuir a terra ou para possuir o céu?

 Ser rico para possuir a terra – é preciso ter muito dinheiro, ouro ou prata, ter muito poder e prazer.

Ser rico para possuir o céu – é preciso ter muito amor, fé e esperança, ter muita humildade, generosidade e confiança.

 É pena que nós só investimos na primeira riqueza.

Devíamos dedicar-nos tanto ou mais ainda em conquistar o céu do que em conquistar a terra.

Somos capazes de fazer tudo para ser mais ricos aqui e agora, tantas canseiras e preocupações, mas esquecemos de procurar ser ricos para sempre no céu e não fazemos nenhum sacrifício ou investimento nesse sentido.  

Geralmente nos afeiçoamos demais às coisas insignificantes e efémeras como são todos os bens deste mundo, mas todos eles fazem pouca ou nenhuma diferença na felicidade com Deus.

Não quero ser como o homem da parábola que se envergonhou de morrer rico.

De ouro só quero ter o meu coração.

De prata só quero ter os meus cabelos brancos.

Guardo somente aquilo que dou e não terei dado nada enquanto não tiver dado a mim mesmo.

Conclusão:

O homem rico nem sempre é sábio, mas o homem sábio é sempre rico (Tales de Mileto).

O rico soberbo não possui, é possuído.

O rico não come oiro, mas o oiro come o rico.

2ª reflexão

Na parábola do rico insensato, mais ninguém é nomeado. Nem a família, mulher, filhos, irmãos, nem mesmo os trabalhadores… Só ele tem, só ele pensa, só ele faz, só ele se satisfaz ou disfruta

Ele só fala na primeira pessoa do singular - EU

- Que hei de eu fazer

- Eu não tenho onde guardar

- Eu vou fazer assim

- Eu deitarei abaixo

- Eu construirei outros maiores

- Onde eu guardarei

- Eu poderei dizer

- A mim mesmo

- Tens muitos bens

- Descansa, come, bebe, regala-te

O pronome possessivo para os seus bens também está na primeira pessoa, porque são só dele:

- A minha colheita

- Os meus celeiros

- Todo o meu trigo

- Os meus bens

- Minha alma

Quer isto dizer que a riqueza ou os bens deste mundo isola-nos, cega-nos e ilude-nos:

1º - isola-nos, concentra-nos apenas em nós.

2º - cega-nos, pois não vemos mais nada e mais ninguém.

3º - dá a ilusão de autossuficiência e de liberdade, pois não depende de ninguém.

Ver também:

Celeiros do esquecimento

Pobres dos ricos

Autossuficiência

O que vale mais

 

Jerusalém é minha casa

Festa de aniversário da dedicação da Sé de Angra

A 16 de outubro de 1808 foi dedicada a Sé de Angra ao Santíssimo Salvador.

Ao rezar as orações próprias desta festa, o meu pensamento desviou-se várias vezes para uma canção que está nos tops musicais um pouco por todo o lado, contagiando toda a gente com flashmob, performance ou dance challenge chamada Jerusalema, de Master KG e feat. Nomcebo. É a música e a dança mais apropriada  para animar o pessoal neste tempo de pandemia respeitando os distanciamentos recomendados.

 

De facto na Colecta pedimos que o Espírito Santo desça sobre a Igreja para que ela se transforme na Jerusalém celeste.

E na pós-comunhão agradecíamos a Deus ter feito da Igreja na terra o sinal visível da Jerusalém celeste… de modo a entrarmos um dia nessa morada celeste.

 

Da Igreja à Jerusalém celeste.

Da Jerusalém celeste à Igreja.

Eis a nossa casa, a nossa morada para sempre.

 

É precisamente o que diz o canto zulu Jerusalema.

Apenas as primeiras linhas em zulu e sua tradução:

Jerusalema ikhaya lami

Ngilondoloze

Jerusalém é minha casa

Salva-me

… …

Clicar aqui:

Para ouvir

Para dançar