sábado, 31 de outubro de 2009

Todos os Santos


1 de Novembro

Dia de todos os Santos ou dos Santos todos

Do Padre António Vieira, Sermão de Todos os Santos, Lisboa,1608 - Bahia,1697.

"A festa mais universal e a festa mais particular,
a festa mais de todos e a festa mais de cada um,
é a que hoje celebra e nos manda celebrar a Igreja.

É a festa mais universal e mais de todos, porque, começando pela fonte de toda a santidade, que é Cristo, e pela Rainha de todos os santos, que é a Virgem Santíssima, fazemos festa hoje a todas as hierarquias dos anjos, fazemos festa aos patriarcas e aos profetas, aos apóstolos e aos mártires, aos confessores e às virgens. E não há bem-aventurado na Igreja triunfante, ou canonizado ou não canonizado, ou conhecido ou não conhecido na militante, que não tenha a sua parte ou o seu todo neste grande dia.

É também o mais particular e mais próprio de cada um, porque hoje se celebram os santos de cada nação, os santos de cada reino, os santos de cada religião, os santos de cada cidade, os santos de cada família. Vede quão nosso e quão particular é este dia. Não só celebramos os santos desta nossa cidade, senão cada um de nós os santos da nossa família e do nosso sangue. Nenhuma família de cristãos haverá tão desgraciada que não tenha muitos ascendentes na glória.

Fazemos pois hoje festa a nossos pais, a nossos avós, a nossos irmãos, e os que tendes filhos no céu, ou inocentes ou adultos, fazeis também festa hoje a vossos filhos. Ainda é mais nossa esta festa, porque, se Deus nos fizer mercê de que nos salvemos, também virá tempo, e não será muito tarde, em que nós entremos no número de todos os santos, e também será nosso este dia. Agora celebramos, e depois seremos celebrados: agora nós celebramos a eles, e depois outros nos celebrarão a nós. Esta última consideração, que é tão verdadeira, foi a que fez alguma devoção à minha tibieza neste dia tão santo, e quisera tratar nele alguma matéria que nos ajude a conseguir tão grande felicidade.

Pois, que é necessário para ser santo?
Uma só coisa, e muito fácil, e que está na mão de todos, que é a boa consciência ou limpeza de coração: Beati mundo corde (Bem-aventurados os puros de coração).
Olhai como Deus quis facilitar o céu e o ser santos, que pôs a bem-aventurança e santidade numa coisa que ninguém há que não tenha, e a mais livre e mais nossa, que é o coração. Assim como o coração é a fonte da vida, assim é também a fonte da santidade; e assim como basta o coração para viver, ainda que faltem outros membros e sentidos, assim, e muito mais, basta a pureza de coração para ser santo, ainda que tudo o mais falte.

Se o ser santo dependera dos olhos, não fora santo Tobias, que era cego;
se dependera dos pés, não fora santo Jacob, que era manco;
se dependera de algum outro membro do corpo, não fora santo Job, que estava tolhido de todos, e só lhe ficou a língua;
e, ainda que não tivera língua, também fora santo, porque Santa Cristina, sendo-lhe a língua cortada, louvava a Deus com o coração, e com o coração, sem língua, eram tais as suas vozes, que as ouviam não só os anjos no céu, senão também os circunstantes na terra.
De sorte que, para um homem ser santo, não é necessário coisa alguma fora do homem, nem ainda é necessário todo o homem: basta-lhe uma só parte, e essa a primeira que vive e a última que morre, para que lhe não possa faltar em toda a vida, que é o coração.

Tendo o coração puro, e ou vos faltem ou sobejem todas as outras coisas, nem a falta vos será impedimento, nem a abundância estorvo para ser santo.

A mais poderosa inclinação e o mais poderoso apetite do homem é desejar ser.
Sede Santos.
Não está o erro em desejarem os homens ser,
mas está em não desejarem ser o que importa.
Uns desejam ser ricos,
outros desejam ser nobres,
outros desejam ser sábios,
outros desejam ser poderosos,
outros desejam ser conhecidos e afamados,
e quase todos desejam tudo isto,
e todos erram.
Só uma coisa devem os homens desejar ser,
que é ser santos.
Se sois tão amigos e tão ambiciosos de ser, sede santos,
e sereis, porque tudo o que não é ser santo, é não ser.
Sede rei, sede imperador, sede papa:
se não sois santo, não sois nada.

Pelo contrário, ainda que sejais a mais vil
e mais desprezada criatura do mundo,
se sois santo,
sois tudo o que pode chegar a ser o maior
e mais bem afortunado homem,
porque sois como aquele que só é e só tem ser, que é Deus.
Todo o outro ser, por maior que pareça, não é,
porque vem a parar em não ser.
Só o ser santo é o verdadeiro ser,
porque é o que só é, e o que há de permanecer por toda a eternidade.

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

Em dia de sábado

6ª Feira - XXX Semana Comum

No evangelho de hoje os fariseus e doutores da lei mostram-se mais preocupados com o dia em que se faz algo do que o bem que se faz a alguém. Preocupam-se mais com o envólucro do que com o interior, mais com o continente do que com o conteúdo...
"Não podes fazer o bem porque hoje é sábado... faz amanhã..."
Mas afinal o que é mais importante?

Recordo uma simples parábola que copiei de http://oclubedosquarenta.blogspot.com

Chávena de cacau quente

"Um grupo de jovens licenciados, todos bem sucedidos nas carreiras, decidiu fazer uma visita a um velho professor, agora reformado.
Durante a visita, a conversa dos jovens alongou-se em lamentos sobre o imenso stress que tinha tomado conta das suas vidas e do seu trabalho.
O professor não fez qualquer comentário sobre isso e perguntou se gostariam de tomar uma chávena de cacau quente.
Todos se mostraram interessados e o professor dirigiu-se à cozinha, de onde regressou vários minutos depois, com uma grande chaleira e uma grande quantidade de chávenas, todas diferentes (de fina porcelana e de rústico barro, de simples vidro e de cristal, umas com aspecto vulgar e outras caríssimas).
Apenas disse aos jovens para se servirem à vontade.
Quando já todos tinham uma chávena de cacau quente na mão, disse-lhes:
- Reparem como todos procuraram escolher as chávenas mais bonitas e caras, deixando ficar as mais vulgares e baratas... Embora seja normal que cada um pretenda para si o melhor, é isso a origem dos vossos problemas e stress.
-A chávena por onde estais a beber não acrescenta nada à qualidade do cacau quente. Na maioria dos casos é apenas uma chávena mais requintada e algumas nem deixam ver o que estais a beber. O que vós realmente queríeis era o cacau quente, não a chávena; mas fostes conscientemente para as chávenas melhores...
Enquanto todos confirmavam, mais ou menos embaraçados, a observação do professor, este continuou:
- Considerai agora o seguinte: a vida é o cacau quente; o dinheiro e a posição social, as honras, a importância, o prestígio, são as chávenas. Estas são apenas meios de conter e servir a vida. A chávena que cada um possui, não define nem altera a qualidade da vossa vida. Por vezes, ao concentrarmo-nos apenas na chávena acabamos por nem apreciar o cacau quente que Deus nos ofereceu. As pessoas mais felizes nem sempre têm o melhor de tudo, apenas sabem aproveitar ao máximo tudo o que têm.”

quinta-feira, 29 de outubro de 2009

A raposa, a galinha e os pintaínhos

5ª Feira - XXX Semana Comum

O Evangelho de hoje apresenta uma história cujo enredo cada um deve tecer:
Era uma vez uma RAPOSA, uma GALINHA e os seus PINTAÍNHOS.

1º Quem é quem?
Jesus identifica-se com a galinha, os seus discípulos são os pintaínhos e o maligno é a raposa.
Enquanto esta última ataca e dispersa os discípulos, Jesus reune-os e proteje-os debaixo das suas asas.

2º De vez em quando nós somos como a galinha, agentes de unidade, defensores...
Outra vezes temos necessidade de protecção e de convocação pois estamos dispersos...
Às vezes, porém, somos provocadores, criadores de desunião.

3º Era uma vez uma raposa, uma galinha e os seus pintaínhos... que história queremos fazer?

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

Pe. Dehon Profeta do Humor


Ter espírito de humor é descobrir os aspectos brejeiros de uma coisa séria ou revelar os aspectos sérios de uma coisa brejeira.
Tomamos a liberdade de brincar com as palavras ou o pensamento do Pe. Dehon. Não será por falta de respeito da nossa parte, mas apenas para difundir, reflectir e aderir à mensagem que ele veiculou.
A seu exemplo queremos ser PROFETAS DO HUMOR E SERVIDORES DA RECREAÇÃO.
Depois de termos partilhado alguns exemplos genuínos do humor do Pe. Dehon, tentamos agora copiar esse modelo e aplicar o seu estilo através de algumas frases retiradas dos seus livros, cartas e outras referências.

1 -
- Meu caro Irmão, vejo-te tão triste. Que se passa contigo?
- Mon Très Bon Père, não presto mesmo para nada. Não tenho virtude nenhuma...
- Mas toda a gente sabe que és um religioso exemplar. Porque dizes que não tens virtude?
- É que sou um irmão, não sou padre. Nunca recebi o sacramento da Ordem e Mon Très Bon Père diz que onde não há ordem não há virtude. (DE 183)

2 –
- Mon Très Bon Père, eu acho que Deus não gosta de mim.
- Mas filho, isso é impossível. Deus gosta de todos. Como podes dizer o contrário?
- É que todos dizem que sou muito carrancudo. Como Vossa Reverência ensina que Deus não gosta de santos carrancudos, então Deus não gosta de mim.
- E quem é que te disse que és santo?

3 –
- A Educação não se faz com negações.
- Se é assim, neste momento, Mon Très Bon Père não está a educar pois isso é uma negação.
- Tu é que não estás a ser educado.

4 -
- As igrejas estão cada vez mais vazias. É preciso sair da igreja e ir ao povo.
- Sim, sim. Se o Padre sair da igreja, esta fica mais vazia pois não é saindo que se enche a igreja.
- Mas para entrar é preciso estar fora. (O Reino do Coração de Jesus, Abril 1895)

5 -
- Quando eu era seminarista em Roma, todos os dias fazia a via-sacra que era a minha recreação da tarde.
- Mon Très Bon Père, isso quer dizer que eu também posso brincar enquanto rezo?
- Não. Quer dizer que podes rezar enquanto brincas. (NHV, Volume III, Outubro 1865-Outubro 1869, Página 90)

6 -
- Mon Très Bon Père, Vossa Reverência viaja muito. Deve ser muito incómodo.
- Nem por isso. Tenho o costume de, durante as viagens, recitar com frequência o terço do rosário.
- Mas que boa ideia. Vou também viajar para poder rezar mais depressa.

7 -
- Eu procurava a união com Deus. Muitas vezes com tensão espiritual. Cheguei algumas vezes a sentir dor de cabeça de tanto esforço que fazia para viver plenamente nele.
- Mon Très Bon Père, também eu quero ser assim. Que devo fazer?
- Procura primeiro arranjar uma cabeça pois não se pode sentir aquilo que não se tem. (NHV, Volume III, Outubro 1865-Outubro 1869)

8 -
- Meu filho, nunca mais te vi rezar o Rosário. Que se passa?
- Mon Très Bon Père, eu estou a seguir os vossos conselhos. Então Vossa Reverência não diz que o Rosário é o livro dos que não sabem ler? Portanto já não é para mim.
- Estou a ver, estou a ver. De facto o Rosário está ao alcance de todas as inteligências. Para rezá-lo é preciso ter alguma inteligência... (ACJ 2, página 309)

9 -
- Meu filho, em vez de rezar o terço, porque andas a passear essa cruz de um lado para o outro?
- Mas Mon Très Bon Père, assim estou a rezar mais terços que os outros todos juntos.
- Mas como é isso, se não te vejo com as contas na mão?
- É que Vossa Reverência diz que uma cruz vale 500 rosários... (Carta ao Pe. Paris, 15/05/1913, Inv 300.03, AD: B20/7)

10 -
- Que ideia é a tua, caro confrade? Por que é que colocaste o poster do Coração de Jesus pregado no tecto do teu quarto?
- Estou a fazer aquilo que Mon Très Bon Père disse para fazer, pois o Coração de Jesus deve ser a estrela que nos deve guiar sempre… Ora as estrelas querem-se lá no alto… (NHV, Volume III, Outubro 1865-Outubro 1869)

11 -
- Mon Très Bon Père, durante as próximas férias, eu gostaria de fazer uma peregrinação até…
- Ó filho, incomodar-te tanto para quê? Faz como eu. Faz uma peregrinação espiritual ao escreveres a narração das viagens que já fizestes. (NHV, Volume II, Agosto 1864-Outubro 1865, página 112)

12 -
- Todos os Santos amaram o trabalho assíduo e santificado.
- Também eu, Mon Très Bon Père, também eu adoro o trabalho, pois sou capaz de ficar horas e horas a ver alguém a trabalhar sem me cansar nunca… (ACJ 1, Página 112)

13 -
- Mon Très Bon Père, eu preciso urgentemente fazer uma viagem de férias…
- Mas filho, o que aconteceu para teres assim tanta pressa?
- É para cumprir as ordens de Mon Très Bon Père que me disse: escutaste um pouco o tentador, é preciso agora que o mandes passear(Carta ao Ir. Maurice-André Hospital, 26/07/1825, Inv 1165.45, AD: B108/1)

14 -
- Ainda agora amanheceu e tu já dizes que o dia está a declinar e que deves descansar?
- Então Mon Très Bon Père não diz que a celebração da missa é o acto culminante do dia? Como já celebrei a missa… o resto do dia não tem valor, é só declínio… (CF, 6 de Agosto de 1880)

15 -
- Então meu filho, esqueceste-te de me pagar o serviço que prestei, pregando o retiro no mês passado?
- Não esqueci não, Mon Très Bon Père. Agradeci e muito…
- Mas, meu filho, não basta agradecer.
- Então não foi Mon Très Bon Pére que disse que a gratidão das almas é também o salário do padre? (CS, Página 625)

16 -
- Que aconteceu, meu filho? Fizeste da Capela um ginásio? Por que passaste toda a oração da manhã a fazer flexões junto ao altar?
- Só fiz aquilo que Mon Très Bon Père aconselhou. Estava a fazer um exercício de santificação.
- Mas, meu filho, para isso não é preciso fazer flexões…
- Ai não? Então se a santidade não consiste em não cair nunca, mas em levantar-se tantas vezes quanto for necessário, isto só tem um nome: encher ou fazer flexões… (Carta ao escolástico Bodin, 24/12/1909, Inv 315.16, AD: B20/8.7)

17 -
- Mon Très Bon Père, os nossos sapatos perderam a sola e as nossas batinas estão rotas nas mangas.
O Très Bon Père olha para os seus sapatos e para a sua batina e com ar surpreso:
- Meu irmão, não sei o que pretendes. Os meus sapatos estão bem aprumados. Os teus é que estão a precisar de reforma.
- Pois é, mas Mon Très Bon Père sempre disse que a palavra ‘meu’ foi apagada do vocabulário de um religioso
- E tenho a nossa razão… (CF, 12 de Novembro de 1879)

18 -
- Meu caro filho, por que é que caíste na mesma falta? Sabes que Deus castigar-te-á por isso?
- Deus já me castigou uma vez e por isso agora estou descansado…
- Como podes dizer isso, meu filho?
- Foi Mon Très Bon Père que me ensinou que Deus não castiga dias vezes a mesma falta(CF, 22 de Fevereiro de 1880)

19 -
- Meu filho, a tua carta que me escreveste mostra bem que a tua alma tem falta de contenção e de calma… Não escrevas então durante as insónias. Nessa altura somos todos um pouco escaldantes e exagerados…
- Está bem, Mon très Bon Père. Durante as insónias, nada! Só rescreverei durante o sono… (Carta ao Pe. Falleur, 31/12/1884, Inv 335.02, AD: B20/14)

20 -
- Meu filho, por que é que dizes que não precisas de muito tempo para te preparares para a eternidade?
- Mon Très Bon Père disse-nos que a vida é curta e a eternidade é longa. Preparemo-nos então. Se esta vida é curta, a preparação deve ser curta porque esta vida não dá para mais… (Carta a um confrade, 02/03/1910, Inv 122.12, AD: B16/6bis.12)

21 -
- Meu filho, pedi-te um projecto de vida neste final de retiro para engrandeceres a tua alma e tu simplesmente propões-te ver uma passagem de modelos?
- Eu sigo apenas o seu conselho, pois Mon Très Bon Père ensinou-me que a vista do belo engrandece a alma… (NHV, Volume I, Março 1843-Maio 1864, Página 45)

22 -
- Meu filho, não percebo porque é que durante as orações passas o tempo todo escondido debaixo da toalha do altar. Que se passa?
- Foi Mon très Bon Père que me instigou a isso, pois sempre o ouvi dizer que devíamos desejar ser santos escondidos, santos só conhecidos por Deus e sem manifestações extraordinárias, mas todavia santos e santos verdadeiros. (Avisos e Conselhos in Apêndice DE, página 242)

23 -
- Meu filho, por que é que te recusas celebrar a eucaristia? Então não queres fazer-te santo?
- Mon Très Bon Père sempre me ensinou que é a Eucaristia que faz os santos. Não são os santos que fazem a eucaristia… ( NQ, 1886, Página 129)

24 -
- Mon Très Bon Père, eu gostava de ter uma aliança com a inscrição ECCE VENIO.
- Sim, meu filho. Acho bem, mas já agora podias escrever também ECCE ANCILLA…
- Para essa expressão eu tinha pensado pôr no brinquinho na minha orelha direita. Que acha, Mon Très Bon Père? (ACJ 1, Pág. 328)

25 -
- Meu filho, onde está a tua obediência? Ausentaste-te o dia todo sem teres pedido nem informado o teu superior? Que se passa contigo?
- Mon Très Bon Père, eu pedi autorização ao fundador e superior…
- Deve haver algum engano, pois a mim não me falaste.
- Mon Très Bon Père ensinou-nos que o Coração de Jesus é o nosso verdadeiro fundador e superior, então fui à Capela e pedi-Lhe autorização.
- Meu filho, e achas que Ele te autorizou?
- Eu acho que sim, pois quem cala consente… (CF, 14 de Maio de 1880)

Judas Tadeu e Simão Zelotas

28 de Outubro
Memória dos santos Apóstolos Judas Tadeu e Simão Zelotas

São Judas
Judas, também conhecido por Tadeu, era irmão de Tiago. Não há certeza de qual tenha sido o seu campo de trabalho missionário. A tradição diz que trabalhou com Simão, o Zelota e que teriam viajado de navio. Este é o motivo do navio que aparece em seu escudo.


São Simão
Este discípulo era também conhecido por Simão o Zelotas ou Zeloso. Há dados que dizem que tenha trabalhado no oeste da Palestina e acompanhado Judas nas suas viagens. O seu escudo indica que foi um pescador de homens através da pregação do evangelho.
Segundo a Tradição, estes dois santos Apóstolos estão reservados para atender casos difíceis, pois estão mais disponiveis. Como têm nomes semelhantes a outros apóstolos, são poucos os que se lembram deles. É por isso que atendem mais rapidamente... Mas no céu não há quem seja mais santo do que ninguém. Todos partilham da santidade de Deus.

segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Pe. Dehon e os Jornais

Se me pedissem para fotografar o Pe. Dehon, eu sugeria que na sua pose ele tivesse um jornal aberto. De facto não podemos separar o jornal do Pe. Dehon nem vice-versa. Ele escreveu em vários jornais, fundou outros, colaborou em tantos, leu muitos, divulgou vários... estudou, rezou e trabalhou sempre com um jornal aberto.
Tal como o Pe. Dehon não ignorava o jornal, também o jornal não podia ignorar o Pe. Dehon.
Até parece que o Pe. dehon era mesmo um jornal aberto...

A) O que fez o Pe. Dehon:
Fundou em São Quintino o Jornal Católico “Le Conservateur de L’Aisne” em 1889, publicando-se durante 10 anos, fundindo-se então com o “Le Journal de Saint Quentin”.
Fundou também nesse ano a revista “O Reino do Coração de Jesus nas almas e nas sociedades” que dirigiu durante 14 anos.
Escreveu no jornal quotidiano “La France Libre”, da Cidade de Lião.
Colaborou em várias revistas:
“L’ Association Catholique” de Paris
“Démocratie Chrétienne” de Lille
“Sociologie Chrétienne” de Montpellier
“Le XX Siècle” de Marselha
“La Corporation” de Paris
“Chronique des Comités du Sud-Est” de Lião

B) O que ensinou o Pe. Dehon
As jornadas do Pe. Dehon passavam com a regularidade de um relógio. Mesmo com 82 anos, nas últimas semanas da sua vida, em Bruxelas, levantava-se às 5 horas, celebrava a missa às 7, seguiu pontualmente todos os exercícios comuns e, em especial, as práticas de piedade. Cada manhã, às 8, saia para comprar os jornais. Lia e fazia ler as notícias.
“Lembro a admiração que causou entre meus companheiros da União dos Superiores Gerais quando contei que nosso Fundador quis ter em mãos o jornal diário até seu último dia, e que, não podendo mais ler, entregou-o aberto à comunidade.” (Mensagem do Superior Geral Pe. Virgínio Bressanelli para a festa do Sagrado Coração de Jesus – O futuro da Congregação, Roma 31 de Maio de 2001, Prot nº 117)

C) O que o Pe. Dehon disse dos Jornais
“Acrescentemos que uma das formas mais actuantes de apostolado é a imprensa”. (João Leão Dehon, A Renovação Social Cristã – Conferências Romanas 1897-1900, Centro Geral de Estudos SCJ, Roma 2001, pag 210)

“Eu compro os jornais para a comunidade, parece-me bom que se esteja ao corrente da história contemporânea e que se tenha algum assunto de conversa. Reza-se melhor pela Igreja quando se lê as investidas que ela deve sofrer cada dia e os valorosos esforços que fazem os católicos para se organizar.” (NQ XLV Janeiro 1925 pag. 538)

D) O que os Jornais disseram do Pe. Dehon
Aos 10 de Janeiro de 1897, o jornal romano “La Voce della Veritá”, que acompanha de perto os acontecimentos da Igreja, anuncia nestes termos as cinco Conferências do Pe. Dehon para Janeiro-Março: “Pe. Dehon é um excelente conhecedor dos estudos sociais, e a sua palavra forte e eficaz é sempre bem recebida onde quer que fale. A sua competência sobre a questão faz dele um orador procurado para os Congressos católicos da França. Testemunho desta sua capacidade incontestável é o seu magnífico “Manuel Social Chrétien”, que recebeu a aprovação de numerosos Bispos e que em pouco tempo conheceu quatro edições; foram publicados mais de 13.00 exemplares.” Cada quinze dias, o mesmo jornal informa sobre o tema especial que Pe. Dehon vai tratar, como um ilustre orador que fala magistralmente diante de um auditório bem selecto e numeroso”. (João Leão Dehon, A Renovação Social Cristã – Conferências Romanas 1897-1900, Centro Geral de Estudos SCJ, Roma 2001, pág 19)

Ao comentar eventos contemporâneos dignos de atenção, em Fevereiro de 1897, a famosa revista dos Padres Jesuitas “La Civilità Cattolica” (Série XVI, vol IX, pag 616) escreve:
Em Roma, actualmente, duas personagens ilustres dão Conferências sobre Rerum Novarum e a questão social: o professor Toniolo… e o Pe. Dehon, francês, Geral dos Sacerdotes do Coração de Jesus… O Pe. Dehon fala numa sala dos Padres Agostinianos da Assunção, na praça de Aracoeli. Os discursos são em francês, e o Pe. Dehon se revela óptimo conhecedor da matéria. Fala de pé, com grande desenvoltura, o tom de voz é ao mesmo tempo de quem ensina e de quem conversa familiarmente. Tem diante de si apenas poucas folhas de papel e que olha só rapidamente, às vezes as toma nas mãos para ler uma estatística, uma citação, uma data. De vez em quando, sobrevém-lhe um raio de eloquência, mas logo, gradualmente, volt a ser a luz normal e tranquila da conversação familiar…” (João Leão Dehon, A Renovação Social Cristã – Conferências Romanas 1897-1900, Centro Geral de Estudos SCJ, Roma 2001, Pág. 24)

Ao chegar ao Brasil (13 de Setembro de 1906) o Pe. Dehon refere com uma certa ironia: “Estava lá um redactor do Diário de Recife para entrevistar-me. Ele queria anunciar a chegada ‘do doutor Dehon, notável sociólogo”. (Leon Dehon, Mille lieues dans l’Amerique du Sud: Brésil, Uruguay, Argentine, 1909)

E) Conclusão
O Pe. Dehon foi alguém sempre atento aos apelos do mundo ou aos apelos de Deus que fazem eco nas coisas do mundo.
Só mais tarde o concílio Vaticano II ia equacionar esta atitude permanente consagrando a expressão que se encaixa perfeitamente no Pe. Dehon: estar atentos aos sinais dos tempos. As nossas Constituições falam em “Atentos aos apelos do mundo” (Constituições SCJ nº 35: atentos aos apelos que o Pai nos dirige através dos acontecimentos pequenos e grandes e das expectativas e realizações humanas).

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Abrir os Olhos

Ano B - XXX Domingo Comum

Perguntei na catequese:
- Qual é a primeira coisa que fazes quando acordas de manhã?
Eu queria motivar as crianças para a oração da manhã, para assim iniciarem o novo dia na companhia de Jesus mas as respostas diversificavam-se:
- Ponho música, tomo o pequeno-almoço, vou para o duche etc.
Uma criança, à laia de brincadeira, sentenciou:
- A primeira coisa que faço é abrir os olhos!
Nem mais. Quem reza abre os olhos, encara a realidade na perspectiva de Deus.
No episódio da cura do cego de Jericó, não sei o que foi mais importante: se a oração que começou por fazer ou a vista que a seguir recuperou.
- Jesus, Filho de David, tem compaixão de mim.
Antes de abrir os olhos da cara, abriu os olhos da fé.
Todos nós somos, em certa medida, cegos. Só pela fé podemos descobrir o sinal da presença de Deus.
E o texto evangélico conclui que logo que recuperou a vista, Bartimeu começou a seguir Jesus pelo caminho e não mais pediu esmola. Quem acorda reza e quem reza acorda. Só assim não irá sozinho pelos caminhos da vida.

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Trazer o Fogo

5ª Feira - XIX Semana Comum

"Eu vim trazer o fogo..."

Há três baptismos pelos quais devemos passar
1º. Baptismo com água, que é para arrependimento;
2º. Baptismo com o Espírito, que é para testemunhar,
3º. Baptismo com fogo, que é a morte da vontade própria para poder renascer.

O Espírito Santo é o fogo que Jesus veio trazer à terra.
A verdadeira energia que dinamiza o mundo é o fogo que Jesus trouxe à terra – o seu Espírito Santo.

quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Carlos da Áustria

21 Outubro - Memória do Beato Carlos da Áustria

Pensamento:
“Agora devemo-nos conduzir um ao outro para o céu.”
(Beato Carlos Imperador da Áustria e Rei da Hungria no dia do seu casamento com Zita Duquesa de Parma a 21 de Outubro de 1911)
Este foi o dia escolhido pelo Papa João Paulo II, aquando da beatificação em 2004, para comemorar a Memória Litúrgica de Carlos da Áustria: o dia do seu casamento.

Que digamos o mesmo às pessoas com quem vivemos ou convivemos: a partir de agora nós nos ajudaremos mutuamente a caminhar para o céu!

Oração do dia
Ó Deus, vós conduzistes o Beato Carlos da Áustria, pelas vicissitudes deste mundo,
do reinado terrestre à coroa reservada para ele nos céus. Concedei-nos, por sua intercessão,
que sirvamos ao vosso Filho e aos nossos irmãos e, assim, alcancemos a vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo…

Sobre as oferendas
Ó Deus todo-poderoso,trazemos as nossas oferendas ao vosso altar.Aceitai-as e dai-nos aquele fervor de coração
com que agraciastes o Beato Carlos da Áustria.Purificai o nosso coração e fazei arder o nosso amor, para que celebremos este sacrifício de um modo que vos agrade e nos salve. Por Cristo, nosso Senhor…

Depois da comunhão
Eterno Deus Omnipotente,Pai de misericórdia e Deus de toda consolação, reunimo-nos aqui para o louvor de vosso nome,
na memória do Beato Carlos da Áustria.Dai-nos pelo Corpo e Sangue do vosso Filho o penhor daquela perfeição
que foi prometida a todos os que vos amam.Por Cristo, nosso Senhor.


Primeira leitura: Ef 6,10-13.18
Evangelho: Mt 7,21-27 ou Mc 9,34-37

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Padre Dehon Missionário

No rescaldo do Dia Mundial das Missões, recordamos o Pe. Dehon e a sua dimensão missionária:

A) O que escreveu o Pe. Dehon sobre as Missões:

“O ideal da minha vida, o voto que eu formulava com lágrimas na minha juventude, era ser missionário e mártir.
Parece-me que este voto se concretizou.
Sou missionário por meio da centena de missionários ou mais que enviei a todas as partes do mundo.
Sou mártir pela consequência que Nosso Senhor deu do meu voto de vítima, sobretudo de 1878 a 1882; por todas as espoliações e aniquilamentos até ao Consummatum est; por todos os jorros de sangue perdidos em diversas ocasiões.”
(NQ, 2 de Janeiro de 1925, Pág. 173)

“A primeira condição para o sucesso nas missões é a santidade. Ide para as missões com o ardente desejo de aí viver como santos.” (Aos meus missionários, AD, B 38/6)

É preciso deixar o mais possível pais, pátria, diocese, etc. É preciso sobretudo deixar-se a si próprio, para submeter-se à obediência mais completa.” (Carta ao Escolástico Blandin, 28/04/1905, Inv 471.21, AD: B21/9a)

Vós sois missionários pela paciência e pela imolação.” (Carta às irmãs Baume, 24/10/1922, Inv. 1166.28, AD: B108/2)


B) O que fez o Pe. Dehon ou que Missões iniciou

1. Missão do Equador 1888-1896
Foi a primeira experiência missionária, mas durou pouco.
Os primeiros missionários foram o Pe. Irineu Blanc e Gabriel Grison. A 2 de Novembro de 1888 celebrou-se na capela do Colégio São João o envio e a partida destes dois missionários. O Pe. Dehon presidiu à celebração começando com as palavras de Isaías 66, 19: Eu virei para reunir os povos de todas as línguas; todos virão e contemplarão a minha glória. No final o Pe. Dehon convidou todos os presentes a beijar os pés dos dois missionários. Este acto de fé e de humildade impressionou a todos. Segundo as palavras do Pe. Dehon foi para eles um autêntico retiro.
Juntaram-se-lhes mais tarde outros missionários dehonianos, mas foram expulsos do Equador a 12 de Junho de 1896 por motivos políticos.

2. Missão do Brasil do Norte, 1893

3. Missão do Congo, 1897

4. Missão da Tunísia, 1898-1900

5. Missão do Brasil do Sul, 1903

6. Missão da Boémia, 1904, incorporada na Checoslováquia em 1918
7. Missão da Finlândia, 1907

8. Missão do Canadá Francês, 1910

9. Missão da Suécia, 1911

10. Missão dos Camarões, 1912, mas foram expulsos durante a 1ª Guerra Mundial

11. Recomeço da Missão dos Camarões, 1920

12. Recomeço da Missão da Finlândia, 1921

13. Missão de Gariep na África do Sul, 1923

14. Missão de Dakota nos Estados Unidos, 1923

15. Missão da Sumatra na Indonésia, 1923

16. Missão da Noruega, 1923

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Servir é Reinar

Ano B - XXIX Domingo Comum

A Palavra de Deus chega hoje até nós, não só pelo Evangelho do dia mas também pelos gestos da vida de Jesus Cristo, pela sensibilidade de Maria Santíssima como inspiradora da evangelização, e também pelo exemplo anónimo de tantos missionários, neste dia mundial das Missões.
Em primeiro lugar a vida contagiante de Jesus:
- Servir é caber nalgum sítio, ter lugar.
Jesus diz que veio para ter lugar neste mundo. É preciso deixar espaço para Ele.
- Servir é pôr-se à disposição de alguém.
Jesus é Emanuel, Deus Connosco, é Alguém que está próximo e nos é acessível.
- Servir é proporcionar alimento a alguém.
Jesus não só servia pessoalmente o alimento, passando por entre os discípulos mas também soube contagiar a todos para que se servissem mutuamente.
- Servir é ajudar alguém.
Jesus não só dava algo aos outros mas sobretudo dava-Se a todos. Ele continua a doar-Se àqueles que precisam do seu amor.
- Servir é ser útil, é prestar para alguma coisa.
Jesus nunca Se cansou de ser útil. Não precisou de coisas extraordinárias:
Bastou uma palavra, um olhar, uma presença amiga ou um gesto simples e pequeno.
Mesmo quando os outros eram indiferentes, incompreensivos ou duros de coração, mesmo quando não mereciam, Ele foi útil para despertar vida ao seu redor.

Servir a Cristo é reinar, diziam os antigos pregadores. Poderíamos precisar melhor este pensamento, para definir o cristão, dizendo: Servir a Cristo no nosso irmão é reinar. Porque é fácil dizer que amamos a Deus, mas na verdade o que demonstra esse amor a Deus é o serviço ao irmão necessitado. Os filhos de Zebedeu procuravam os melhores lugares no reino que Jesus prometia. Não se tinham dado conta ainda de que só quem serve merece entrar no Reino que Jesus anuncia. É por isso que o Papa se assina como ”servo dos servos de Deus”.

Quem não vive para servir, não serve para viver, repetimos nas nossas pregações. Assim entendeu a Madre Teresa de Calcutá: “O que me faz mais feliz? É ser útil aos demais”. Ela que gastou a sua vida ao serviço dos últimos da sociedade, recomendava às suas Missionárias que se dessem, mas com alegria. Assim a doação seria dupla.

Neste Dia Mundial das Missões, recordamos Maria, a servidora, evangelizada e evangelizadora. A Igreja pede hoje ajuda para os missionários que fazem da sua vida um serviço aos irmãos. Homens e mulheres que esquecidos de si mesmos deixaram pátria e família, cultura e língua para levar a outros o conhecimento de um Deus irmão que deu também por eles o seu corpo num acto de serviço e de amor. E todos nós podemos ser também missionários, mensageiros desse amor de Deus e mestres na arte de servir os outros.

É sem dúvida bom ser importante, mas o importante mesmo é ser bom.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O Primeiro e o Último

Ano B - XXIX Domingo Comum

O Evangelho propõe-nos uma inversão de valores: São os discípulos a pedir que Deus faça a sua vontade em vez de procurarem fazer a vontade de Deus. É Jesus a dizer que só é grande quem for servo; só é o primeiro quem se colocar em último lugar, servindo em vez se procurar ser servido.

Isto faz-me lembrar três exemplos:

Uma professora bibliófila ensinou-me que são as letras grandes que dão o nome aos livros mas são as letras pequenas que fazem os livros. Se procurarmos só as letras grandes, seremos livros apenas com título mas vazios por dentro. Mais vale um livro sem título do que um título sem livro, ou seja, sem conteúdo.

Em segundo lugar, o Pe. António Vieira alertava, no seu tempo: “Antigamente os ministros estavam às portas da cidade para servir o povo. Hoje as cidades estão às portas dos ministros para servi-los.” E todos nós somos ministros ou servidores.

Finalmente, conheci um Padre italiano que se chamava Primo, Primeiro de nome e primeiro de facto. Era sempre o primeiro em tudo. Mas na verdade era o último a perder a paciência, o último a ter medo, o último a escapar-se. Os seus amigos eram os primeiros a protestar, os primeiros a fugir... E ele, apesar de Primo, foi toda a vida o último.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Há 50 Anos

Na mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2009, o Papa Bento XVI refere:
“4. Chamados a evangelizar também por meio do martírio
Neste dia dedicado às missões, recordo na oração aqueles que fozeram de suas vidas uma exclusiva consagração ao trabalho de evangelização. Menciono em particular as Igrejas locais, os missionários e missionárias que testemunham e propagam o Reino de Deus em situações de perseguição, com formas de opressão que vão desde a discriminação social até à prisão, à tortura e à morte. Não são poucos aqueles que nos últimos anos morreram por causa do seu Nome… Foi-lhes reservado o mesmo destino do seu Mestre”.

Recordamos juntamente com o Santo Padre os missionários dehonianos franceses martirizados nos Camarões:

TRÊS MISSIONÁRIOS DEHONIANOS
MARTIRIZADOS NOS CAMARÕES
HÁ 50 ANOS

- A 30 de Agosto de 1959 o P. André Musslin foi morto na sua missão, tinha 43 anos. Era natural de Riedisheim, na Alsásia, e estava nos Camarões desde 1951 como missionário.

- A 29 de Novembro, a missão de Banka-Banfang foi tomada de assalto. No dia 30 o P. Gilles Laurent Héberlé foi primeiro atingido por uma bala, depois decapitado. Na parede da sala onde foi assassinado, na sua missão de Bafang, pode-se ver ainda hoje os traços do sangue da sua ferida mortal. O Pe. Gilles Laurent Hérberlé tinha nascido a 11 de Novembro de 1907, em Albé, na Alsácia. Fez a Profissão Religiosa como SCJ a 22 de Setembro de 1926. Foi ordenado sacerdote a 10 de Julho de 1932 em Lille. Morreu martirizado a 30 de Novembro de 1959 na Missão de Bafang nos Camarões onde era missionário há mais de 25 anos.

- O P. Valentin Sarron, de 39 anos, nascido a 23 de Julho, ainda conseguiu escapar, mas depois foi apanhado e decapitado também no dia 30 de Novembro. Juntamente com eles morreram um padre e um catequista naturais dos Camarões.













































terça-feira, 13 de outubro de 2009

Sem Vergonha

3ª Feira - XXVIII Semana Comum

São Paulo escreve aos Romanos:
"Não me envergonho do Evangelho..."

De facto nem Paulo nem nenhum de nós pode envergonhar-se de Deus.
Deus nunca nos envergonha, Tudo o que faz é motivo de orgulho e de alegria para nós.

Eu não me envergonho de Deus, não há perigo disso.
Quero é que Deus nunca se envergonhe de mim...
Que eu nada faa para que Deus tenha vergonha de mim, da criatura que sonhou e criou.

O Pe. Dehon e o Rosário


No Directório Espiritual, ao abordar os exercícios de Piedade, o Pe. Dehon recomenda a oração do Rosário e a devoção a Maria a todos os seus confrades:

O Rosário e a devoção a Maria

O nosso Directório não pode omitir esta bela devoção, a que, aliás, nos é mais querida a seguir à devoção ao Coração de Jesus.
A reza do terço é de regra para nós. Muitos gostam de rezar todos os dias o rosário completo.
Honramos de modo particular a Santíssima Virgem sob alguns dos seus mais belos títulos: a Virgem Imaculada, Nossa Senhora de Lourdes, a Virgem Mãe, Nossa Senhora do Sagrado Coração.
Celebramos com alegria e devoção o mês de Maria e o mês do Santo Rosário. Consagramos o mês de Agosto ao Coração de Maria.
A Santíssima Virgem está unida ao Salvador em todos os mistérios da vida oculta em Belém e Nazaré, e no mistério da Paixão no Calvário.
A devoção a Maria, tal como a ensina o Beato Grignon de Monfort, é-nos muito querida, Encontraremos a forma de a praticar no livro do Pe. Andre: L’Anné avec Maria.”
(Leão Dehon, Directoire Spirituel des Prêtres duSacré-Coeur de Jésus, Lovaina, 1919).

“O rosário é o livro dos que não sabem ler.” (ACJ 2, Pág. 309)

“O rosário é uma maravilhosa escola de santificação.” (ACJ 2, Pág. 309)

“O rosário resume toda a pregação do Evangelho.” (ACJ 2, Pág. 310)

Mas atenção:
“Uma cruz vale 500 rosários.” (Carta ao Pe. Paris, 15/05/1913, Inv. 300.03, AD: B20/7)

O Pe. Dehon não só ensinava com a palavra escrita ou anunciada, mas também através do exemplo:
“Tenho o costume de, durante as viagens, recitar com frequência o terço do rosário...”

O seu terço do Rosário estava gasto de tanto uso: o seu exemplo e os seus ensinamentos continuam actuais.

segunda-feira, 12 de outubro de 2009

Maior que Salomão

2ª Feira - XXVIII Semna Comum

Do Evangelho do dia:

Aqui está quem é maior que Salomão:

A) - Não é difícil ser maior que Salomão: Olhai os lírios do campo: não trabalham nem fiam! Nem Salomão, em toda a sua magnificência, se vestiu como qualquer deles…
Aqui está quem é mais que Salomão, quem é livre, simples, mas importante aos olhos de Deus.
B) - Aqui está quem é mais importante que Salomão, famoso pela sua Sabedoria, mas Cristo é o Mestre é a Fonte de Sabedoria.
C) - Aqui está quem é mais que Salomão, pois ele era PAZ só de nome (Salomão vem de Shalom ou paz) e Jesus é o Príncipe da Paz, é a incarnação ou a personificação da PAZ.

Por tudo isto Jesus é maior do que Salomão!
E qualquer um de nós pode ser também maior que Salomão:
basta ser simples como os lírios,
basta beber da fonte dasabedoria que é Deus,
basta ser pacífifico ao jeito de Jesus Cristo.

sábado, 10 de outubro de 2009

Pe. Dehon e a Ilha da Madeira

1. O Pe. Dehon conhece o Bordado Madeira
O Pe. Dehon ao visitar a cidade de Recife no Brasil em Setembro de 1906 espreitando para o interior de algumas casas observa:
“Frequentemente vê-se as mulheres ocupadas na confecção de bordados ou rendas. Esta produção veio-lhes da Madeira”[1].

2. O Pe. Dehon conhece o espírito dos Madeirenses
Existem ainda outras duas referências à Madeira, também no mesmo livro[2], realçando o carácter dos lusitanos das Ilhas (Madeira, Açores e Cabo Verde) como pequenas Lusitânias perdidas no Atlântico e cuja população tem maior capacidade de adaptação às regiões quentes.

3. Os madeirenses conhecem o Pe. Dehon
A presença de um livro do Pe. Dehon na Biblioteca de um sacerdote madeirense do princípio do século XX é um testemunho elucidativo de como o Fundador e a sua obra é um património universal. A sua presença chegou a Portugal, e mais surpreendentemente à Ilha da Madeira, mesmo antes dos seus herdeiros a terem trazido. O “Manuel Social Chrétien” era conhecido na Madeira e, tudo leva a crer, usado no Seminário Maior. Prova disso é o facto de o Pe. Fernando Ribeiro, SCJ, ter encontrado na Ponta do Pargo (Madeira), na biblioteca de um sacerdote madeirense primo de sua mãe, um exemplar da 5ª edição francesa, cheia de anotações a lápis.

4. Gesto de gratidão
A Sra. Maria da Conceição, pertenceu, tal como grande parte da sua família, ao Grupo Missionário que se reunia na sua Paróquia das Eiras (Caniço, Ilha da Madeira), animado pelos Dehonianos do Colégio Missionário. Ouviu falar muito do Pe. Dehon que identificava como o Padre da França.
Emigrou sazonalmente para a Inglaterra e mais tarde para a França. Daí só conhecia uma personagem – o Pe. Dehon – e o espírito missionário veio ao de cima. Começou a namorar com um Português, também emigrante. Casaram, mas o filho esperado tardava. A sua devoção fê-la recorrer à intercessão do Pe. Dehon, não estivesse ela no seu país natal.
No Verão de 1987 nasceu um rapaz a quem, por gratidão, pôs o nome de Dehon José. Nem imaginava que este não era nome, mas apelido. O seu registo foi aprovado, de nacionalidade Portuguesa, mas natural da França. Ainda criança, o Dehon José, regressou definitivamente a Portugal.
Ainda hoje a Sra. Maria da Conceição recorre nas suas aflições ao Padre da França, de quem o filho herdou o nome, para sossegar o seu coração de mãe. É que o Dehon José é um jovem do nosso tempo, exposto às mais variadas solicitações e a protecção do seu Patrono tem de ser grande.

[1] Leon Dehon, Mille lieues dans l’Amerique du Sud: Brésil, Uruguay, Argentine, (1909), Pág. 70.
[2] Ibidem, Pág. 235-237

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Encontro

Ano B - XXVIII Domingo Comum

O JOVEM RICO

1. “Jesus ia pôr-se a caminho.”
Ele está sempre no encalço do Homem.
Mais cedo ou mais tarde cruzam-se nos caminhos da vida.
Não há lugares exclusivos para encontrar este Deus.
Jesus está sempre a caminho para que possamos fazer caminho com Ele.

2. “Um homem aproximou-se correndo...”
É toda a humanidade que tenta aproximar-se de Deus.
Isto só acontece porque Deus está próximo.
Mesmo na azáfama da vida, na correria do quotidiano, é possível procurar e encontrar Deus. Muitas vezes o homem procura sem encontrar até que encontra sem O procurar.
Somos famintos de Deus, temos pressa ou urgência de estar com Ele.

3. “E ajoelhou-se diante d’Ele.”
Diante de Deus é esta a atitude mais adequada.
Não basta ficar deliciado com as Suas palavras ou maravilhado com as Suas obras.
É preciso ajoelhar-se, isto é, aceitar a própria pequenez com humildade e devoção,
predispondo-se a acolhê-l’O.

4. “E perguntou-lhe...”
Nós fomos feitos para o diálogo com os outros e também com o Outro que é Deus.
A proximidade de Deus faz com que nos questionemos.
É através do diálogo que nos equacionamos frente à vida, ao homem e a Deus.
Ninguém pode ficar calado diante de Deus.

5. “ Vai e vende... Vem e segue-me.”
Não basta conhecer os mandamentos, é preciso construir, esquecer-se de si mesmo e partir para outra margem.
Só assim podemos aderir a Cristo, seguindo-O pelos caminhos desta vida onde Ele quer caminhar connosco.


Saber os Mandamentos

Ano B - XXVIII Domingo Comum

SABER A LEI DE DEUS

Um grupo de jovens estava a reflectir sobre o diálogo de Jesus com o jovem rico. Nas conclusões alguém referiu, maliciosamente, que Jesus não sabia os mandamentos da Lei de Deus.
Fiquei surpreendido e pedi explicações.
É que Jesus pergunta ao jovem se sabia os mandamentos para alcançar a vida eterna, e enumera-os mas de maneira incompleta. Faltam os três primeiros, que dizem respeito a Deus, inclusivamente o primeiro de todos que é o amor a Deus.
Todos os outros jovens esforçaram-se para justificar esta aparente omissão de Jesus.
- Para Jesus basta a observância da segunda parte do decálogo, a que fala dos deveres em relação ao homem, para receber em herança a vida eterna. Com efeito, a única forma de mostrar o próprio amor a Deus é aceitar o seu projecto de amor para com toda a humanidade.
- O jovem rico já estava a mostrar que observava os mandamentos em relação a Deus e por isso Jesus pergunta-lhe apenas sobre os outros. De facto chama-o de Bom Mestre. Jesus responde que ninguém é bom senão Deus. Ora, se o jovem lhe chama bom, está a declarar que Jesus é Deus e que acredita nele.
E nós? Sabemos os mandamentos? Quais deles deixaria Jesus de perguntar por ver já realizados?

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Pedra ou Pão

5ª Feira - XXVII Semana Comum

Lc 11, 11-12

Posso uma vez por outra confundir
serpente com peixe, pedra com pão
ou mesmo um ovo com escorpião
e Deus com certeza ficará a rir:

- Repara bem, meu filho, sou teu Pai
não te dou nenhuma pedra ou serpente.
Repara que tudo é diferente.
Não é pedra mas pão que aí vai.

Relembro-me então daquela desgraça,
dificuldades por que já passei.
Custaram-me a suportar, bem sei,

mas foram acima de tudo graça:
Porque assim elas me alimentaram
e p’ra dura vida me prepararam.

quarta-feira, 7 de outubro de 2009

Em tempo de eleições

A Palavra do Pe. António Vieira
(Sermão da Primeira Dominga do Advento pregado na Capela Real, no ano de 1650)


Se o que elegestes furta (não o ponhamos em condicional, porque claro está que há-de furtar) furta o que elegestes, e furta por si e por todos os seus, como costumam os semelhantes; e Deus há-vos de pedir a conta a vós, porque o vosso voto foi causa de todos aqueles roubos.

Prove o que elegestes os ofícios de paz e guerra, nos que têm mais que peitar, deixando os que merecem e os que serviram; e vós haveis de dar a conta a Deus; porque o vosso voto foi causa de todas aquelas injustiças.

Oprime o que elegestes os pobres choram as viúvas, padecem os órfãos, clamam os inocentes; e Deus vos há-de condenar a vós, porque o vosso voto foi causa de todas aquelas opressões, de todas aquelas tiranias.

Matam-se os homens no governo dos que elegestes, arruínam-se as casas, desonram-se as famílias, vive-se como em Turquia; e vós o haveis de ir pagar ao Inferno, porque o vosso voto foi causa de todos aqueles homicídios, de todas aquelas afrontas, de todos aqueles escândalos.

Quebram-se as imunidades da Igreja, maltratam-se os ministros do Evangelho, impedem-se as conversões da Gentilidade para a propagação da Fé; e vós haveis de penar por isso eternamente, porque o vosso voto foi causa de todos aqueles sacrilégios, de todas aquelas impiedades e da perda irreparável de tantos milhares de almas.

Estas são as consequências da parte do indigno que elegestes.

E da parte dos beneméritos que deixastes de fora, quais serão?

Ficarem os mesmos beneméritos sem o prémio devido a seus serviços; ficarem seus filhos e netos sem remédio e sem honra, depois de seus pais e avós lho terem ganhado com o sangue, porque vós lha tirastes; ficar a república mal servida, os bons escandalizados, os príncipes murmurados, o governo odiado, o mesmo conselho em que assistis ou presidis, infamado, o merecimento sem esperança, o prémio sem justiça, o descontentamento com culpa, Deus ofendido, o Rei enganado, a Pátria destruída. São pesadas e pesadíssimas consequências estas? Pois todas elas nascem daquele voto ou daquela eleição de que vós porventura ficastes sem escrúpulo e de que recebestes as graças (e talvez a propina) com muita alegria. Dir-me-eis que não advertistes tais coisas. Boa escusa para um conselheiro sábio!
Se o não advertistes, pecastes, porque o devêreis advertir.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Amália Rodrigues

Recordo artigo partilhado por mim e publicado no Diário de Notícias há 10 anos

O Fado de Amália

Amália Rodrigues morreu na véspera da Festa de Nossa Senhora do Rosário. Esta coincidência traz-me ao pensamento uma pequena lição de Amália, registada nos arquivos do Diário de Notícias de Maio de 1954. Já nessa altura a fadista cantava com o seu jeito bem característico, a cabeça deitada para trás, os olhos cerrados, os dedos das mãos enlaçando-se e desenlaçando-se nervosamente… e todos ficavam suspensos da espantosa voz e da magnífica interpretação.
Um dos seus fados, “Há festa na Mouraria”, com versos de Gabriel Oliveira e música de Alfredo Marceneiro, evoca o humilde fervor religioso da procissão anual da Senhora da Saúde, desfilando através das ruas da velha Mouraria. Certa vez ao cantá-lo, passou-se qualquer coisa de extraordinário na interpretação de Amália. Ao cantar a sextilha:
“Após um breve rumor
Um fundo silêncio pesa
Por sobre o largo da Guia…
Passa a Virgem no andor…
Tudo se ajoelha e reza
Até a Rosa Maria…”
a artista detivera-se longamente após a palavra “Virgem. Não era esse o ritmo da música, nem a letra, pela sua contexto ou pela sua pontuação, recomendava a paragem. E no entanto foi precisamente nesse profundo silêncio, nesse apagar-se súbito da voz que se sentiu o mais alto momento da beleza da interpretação.
Quando, passados minutos, perguntaram a Amália, o que a levara a fazer aquela pausa, ela olhou interlocutor sorrindo, uma luzinha de espanto nos seus olhos escuros, e respondeu simplesmente, com admiração de que o seu amigo não tivesse encontrado sozinho a explicação:
- Mas, meu Deus… quando a Virgem passa, tudo o mais desaparece.
Só a voz, o sentir e a simplicidade de uma cantora como Amália é capaz de despertar esta emoção espiritual.
Que a Virgem Maternal, despida de ostentações, emocionante e piedosa, retratada pelo fado de Amália, seja bálsamo de consolação e de paz para a sua alma.

David Quintal, 09/10/1999

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Bom Samaritano

2ª Feira - XXVII Semana Tempo Comum

A Parábola do Bom Samaritana na interpretação de Orígenes (Século III):

O Homem que descia … = Adão
Jerusalém = O Paraíso
Jericó = O mundo
Os Salteadores = As forças do Maligno
O Sacerdote = a Lei
O Levita = Os Profetas
O Samaritano – Cristo
As Feridas = A Desobediência
O Azeite e o Vinho = O Sangue de Cristo
A Montada = O Corpo de Cristo
A Estalagem = A Igreja
O Estalajadeiro = Os Ministros de Cristo
A Promessa de voltar = O Segundo Advento
Vai e Faz o mesmo = Experimenta tu também !

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Os anjos estão onde

2 de Outubro - Memória dos Santos Anjos da Guarda

Aprendi na catequese que os Anjos são criaturas que estão na presença de Deus para O servir e glorificar.

Hoje a memória litúrgica lembra-nos que os Anjos estão ao nosso lado, são anjos da Guarda.

Afinal onde estão os Anjos? No céu junto de Deus ou na Terra junto a nós?
As duas coisas.
Estão onde está Deus e estão onde nos encontramos nós.
Estão no céu pois Deus está lá e nós estamos no coração de Deus.
Estão cá na terra pois´nós cá estamos e Deus deve estar no nosso coração.

Um só Coração

Ano B - XXVII Domingo Tempo Comum

O trecho do Evangelho deste Domingo tem duas opções: uma forma longa e outra breve. Uma vez proclamei a parte que se refere à indissolubilidade do matrimónio, omitindo a longa, em que Jesus abençoa as crianças e as apresenta como modelo. No final, alguém veio ter comigo:
- O Sr. Padre teve dificuldade em falar dos problemas do matrimónio, precisamente porque não leu a solução que Jesus apresenta a seguir.
Prometi a mim mesmo nunca mais cortar as palavras de Jesus. Se necessário fosse, passaria a reduzir o tempo da homilia mas nunca o Evangelho. Segundo aquela senhora, o êxito do casamento consistia em aprender das crianças.
Recordei então o que um autor dos nossos dias escreveu: “As crianças ensinam sempre a qualquer adulto três coisas:
- A ficar satisfeito com pequenas coisas
- A estar sempre ocupado
- A lutar com todas as forças por aquilo que realmente deseja.”
Nesse dia rezei pelos esposos, para que na sua vida conjugal fossem capazes de viver satisfeitos, sem grandes exigências mútuas, a estarem sempre ocupados, pois o ócio é o pai de todos os vícios, e a lutarem sem desânimo por aquilo que sonham.
Se toda a gente aprendesse assim das crianças, muitos dos seus problemas deixariam de existir.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Teresinha de Jesus

1 de Outubro

Memória de Santa Teresinha do Menino Jesus.

Pouco menos de um mês antes de falecer, com 24 anos, Teresa escreveu o seguinte pensamento no dia da Natividades de Maria Santíssima:
"Ó Maria, se eu fosse a Rainha do Céu e vós fôsseis Teresa, eu queria ser Teresa para que vós fôsseis a Rainha do Céu !!!"

Quem dera que todos gostassem de ser quem são.
Quem dera que todos deixassem os outros serem quem são.

Que felicidade ser a Rainha do Céu!