As
uvas do Menino Jesus
Ao
entrar no Carmelo de Lisieux Santa Teresinha recebeu a incumbência de ornar com
flores uma imagem do Menino Jesus e ficava feliz quando recebia flores para
esse fim.
Já
doente oferecia uvas e vinho ao Menino Jesus e gostava de acariciar a sua
imagem.
A
infância de Jesus acompanhou Teresinha toda a sua vida. A sua relação com Jesus
foi um Natal continuado. Para ela o Natal era todos os dias.
Nos
seus Últimos Conselhos e Recordações de 25 de Julho de 1897, sessenta e poucos
dias antes do seu falecimento, podemos ler:
“Olho para as uvas e
penso – são bonitas, e têm aspeto de serem boas.
Depois como um bago; esse não
o dou ao Menino Jesus, é Ele que mo dá a mim.”
Para
além da ternura e da cumplicidade entre Teresinha e o Menino Jesus, podemos ver
a relação das uvas à eucaristia (vinho da nova Aliança) e à Paixão (sangue
derramado como sacrifício e sofrimento tanto Dele como dela própria)
“A
primeira vez que me deram uvas na enfermaria, disse ao Menino jesus: Que boas
são as uvas! Não compreendo que espereis tanto tempo para me levar, já que sou
um pequeno cacho de uvas e dizem que estou tão madura!"
Na
explicação dos Brasões:
“A
videira que separa em dois o brasão, é a figura d’Aquele que se dignou dizer-nos:
Eu sou a Videira e vós os ramos. Quero que me produzais fruto.
Os
dois ramos que contornam, um a Santa Face, outro o Menino Jesus, são a imagem
de Teresa, que não tem senão um desejo aqui em baixo: o de se oferecer como um
cachinho de uvas para refrescar Jesus Menino, para O divertir, para se deixar
espremer por Ele conforme os seus caprichos e poder também matar a sede ardente
que sentiu durante a sua paixão.”
Sem comentários:
Enviar um comentário