domingo, 24 de dezembro de 2017

Natal (56)


As uvas do Menino Jesus

Ao entrar no Carmelo de Lisieux Santa Teresinha recebeu a incumbência de ornar com flores uma imagem do Menino Jesus e ficava feliz quando recebia flores para esse fim.
Já doente oferecia uvas e vinho ao Menino Jesus e gostava de acariciar a sua imagem.
A infância de Jesus acompanhou Teresinha toda a sua vida. A sua relação com Jesus foi um Natal continuado. Para ela o Natal era todos os dias.

Nos seus Últimos Conselhos e Recordações de 25 de Julho de 1897, sessenta e poucos dias antes do seu falecimento, podemos ler:
“Olho para as uvas e penso – são bonitas, e têm aspeto de serem boas. 
Depois como um bago; esse não o dou ao Menino Jesus, é Ele que mo dá a mim.”
Para além da ternura e da cumplicidade entre Teresinha e o Menino Jesus, podemos ver a relação das uvas à eucaristia (vinho da nova Aliança) e à Paixão (sangue derramado como sacrifício e sofrimento tanto Dele como dela própria)
“A primeira vez que me deram uvas na enfermaria, disse ao Menino jesus: Que boas são as uvas! Não compreendo que espereis tanto tempo para me levar, já que sou um pequeno cacho de uvas e dizem que estou tão madura!"
Na explicação dos Brasões:
“A videira que separa em dois o brasão, é a figura d’Aquele que se dignou dizer-nos: Eu sou a Videira e vós os ramos. Quero que me produzais fruto.
Os dois ramos que contornam, um a Santa Face, outro o Menino Jesus, são a imagem de Teresa, que não tem senão um desejo aqui em baixo: o de se oferecer como um cachinho de uvas para refrescar Jesus Menino, para O divertir, para se deixar espremer por Ele conforme os seus caprichos e poder também matar a sede ardente que sentiu durante a sua paixão.”
























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