sexta-feira, 31 de julho de 2020

Alma maior que o mundo


Memória de Santo Inácio de Loiola

Celebramos a memória de santo Inácio de Loiola que na sua bula de canonização foi reconhecido como tendo “uma alma maior que o mundo”.

 

Inácio de Loiola manteve a grandeza de alma porque:

De nobre passou a servo

De soldado do exército passou a soldado de Cristo

Da companhia do exército passou à Companhia de Jesus

Da vitória sobre os adversários passou à vitória sobre si mesmo

Dos exercícios físicos passou aos exercícios espirituais

Do poder do mundo passou à obediência do céu

De herói dos homens passou a herói de Deus

Da fama humana passou à maior glória de Deus

 

Também a nossa alma é maior que o mundo.

Sim, Deus deu-nos uma alma grande, mas a nossa vivência pode torná-la mesquinha…

A nossa alma vale mais que toda a riqueza desta terra.

Nós não nos tornamos grandes pelo bem que fazemos, mas tornamo-nos pequenos pelo mal que praticamos.

Somos grandes por natureza, não por mérito próprio, mas por graça a Deus.

Conservemos essa grandeza aos olhos de Deus.

Sejamos santos, com e como santo Inácio de Loiola.

 

Ver também:

Dehon e Inácio de Loiola

Papa Jesuíta

Inácio de Loiola

Retrato de um santo

Humilde, obediente e alegre

 

Para ouvir:

Clicar aqui para RAP sobre Inácio de Loiola

 


quinta-feira, 30 de julho de 2020

Parábola do oleiro


5ª feira – XVII semana comum

 

Para ler

“Desci à casa do oleiro e encontrei-o a trabalhar na roda. Quando o vaso que ele estava a moldar não saia bem, ele começava de novo e fazia outro vaso, como lhe parecia melhor.

Então o Senhor disse: Não poderei Eu tratar-Vos como este oleiro, ó casa de Israel? Como o barro nas mãos do oleiro, assim estais vós na minha mão, ó casa de Israel.” (Jer 18,1-6)


Para refletir

Diante do nosso Deus portai-vos como o barro nas mãos do oleiro.

Cada oleiro trabalha à sua maneira: começa por bater bem o barro, pisá-lo e virá-lo para o tornar maleável, sem que o barro lhe ofereça resistência alguma; ao contrário deixa-se moldar ao gosto do oleiro. Ele molda um vaso, depois, muitas vezes, quando o vaso já está meio moldado, transforma-o em massa informe para formar novamente o vaso projetado. (Cf. Libermann, 1842)

 

Para cantar

Eu quero ser, Senhor amado

Como um vaso nas mãos do oleiro

Quebra a minha vida e faz-me de novo

Eu quero ser, eu quero ser, um vaso novo.

 

Como tu queres, Senhor amado

Tu és o oleiro, e eu o vaso

Quebra a minha vida e faz-me de novo

Eu quero ser, eu quero ser, um vaso novo.

 

Para ouvir

Clicar aqui para ouvir versão portuguesa


Clicar aqui para ver o autor e a versão original

 

 

quarta-feira, 29 de julho de 2020

Chaves de Santa Marta


Memória de Santa Marta, irmã de Lázaro e de Maria

Santa Marta é representada como hospedeira do Senhor Jesus, tendo numa mão uma ou duas chaves e na noutra um pote de água.

 

As chaves lembram-nos a gestão atarefada da casa que acolhia Jesus e os seus discípulos.

Mas podemos ver outro significado mais existencial.

Marta mostra-nos as suas chaves para seguir Jesus:

- A chave do serviço

- A chave do diálogo

 

A chave do serviço – Marta servia Jesus e a sua comunidade. Não era só um serviço para o bem do corpo, mas também para o bem do espírito. Ela fazia aquilo que via Jesus fazer: Não só tratava do espírito, mas também do corpo, não só saciava a fome do corpo como também saciava o espírito. Marta lembra-nos esse duplo serviço a que também nós somos chamados para com o próximo, como bons hospitaleiros.

 

A chave do diálogo – Enquanto a sua irmã Maria só escutava, Marta dialogava com o Senhor Jesus, fazia-lhes perguntas e ouvia respostas. Não basta ouvir, é preciso dizer. Não basta falar é preciso escutar. Marta lembra-nos esta dupla atitude que é o diálogo que devemos ter para com o Senhor Jesus.

 

Marta, com as duas chaves na mão é apresentada como uma pessoa responsável e completa – alguém que serve (quer o corpo, quer espírito) e alguém de diálogo (que fala e escuta, isto é, que interage).

 

Ver também:

Por entre panelas

Hóspede e hospedeiro

Santa Marta

Dois mundos

Parar para escutar

Marta e Maria

Marta, Marta

Em defesa de Marta

Falar, escutar, servir

Ora et labora

Não precisa justificar-se

 

 


segunda-feira, 27 de julho de 2020

Fazer crescer


2ª feira – XVII semana comum

 

O cristão é como o fermento

O fermento é como o cristão.

 

O cristão e como o grão de mostarda

O grão de mostarda é como o cristão.

Ao comparar o Reino dos Céus ao fermento e ao grão de mostarda, Jesus dá-nos a entender que as dimensões desse Reino são maiores que as aparências, e que, apesar da pequenez, há um grande potencial de vida e de capacidades.

A pequenina semente tem a capacidade de crescer e se tornar um arbusto.

A pequena porção de fermento tem a capacidade fazer crescer toda a massa.

 

O cristão como a semente de mostarda faz crescer a si mesmo.

O cristão como o fermente faz crescer os outros.

 

É preciso fazer-se crescer. 

É preciso fazer crescer os outros.

É preciso ser grão de mostarda para si mesmo.

 É preciso ser fermento para os outros.

 

Ver também:

Lições do fermento

Sementes de humildade

Jesus é grão e fermento

Receita para mudar o mundo

 


domingo, 26 de julho de 2020

O tesouro de Deus


Ano A – XVII domingo comum



O tesouro de Deus é a humandade.

Em geral identificamos a parábola do tesouro e da pérola preciosa como sendo nós os procuradores de tesouros ou negociantes de pérolas e Deus é quem procuramos encontrar.

E se fosse o contrário?

Deus é esse procurador de tesouro ou o negociante de pérolas preciosas que somos nós. Ele não descansa até nos encontrar.

Afinal ele é o pastor à procura da ovelha perdida.

Cristo deixou tudo, deixou o Céu e veio procurar a pérola de maior valor que somos nós. Todo o trabalho e esforço é dele. Se nos encontramos na sua mão, não é por mérito nosso, mas pelo esforço e ação de Deus.

A pérola preciosa é a ovelha perdida 

e o negociante é o Bom Pastor.

 

Ver também

De mão beijada

A melhor joia

Coração sábio, santo, simples

Coração de oiro

Pérolas preciosas

Pérolas

 


sexta-feira, 24 de julho de 2020

Segundo o meu coração


6ª feira – VI semana comum

 

Jer 3,15

Dar-vos-ei pastores segundo o meu coração

que vos conduzirão com inteligência e sabedoria.



Cada sacerdote é uma promessa de Deus a seu povo.

Cada pastor é fruto do coração de Deus.

 

Como é o coração de Deus?

- É manso e humilde, como nos ensina Jesus.

 

Dar-vos-ei pastores mansos e humildes.

 

E com certeza Deus promete também:

- Dar-vos-ei um rebanho segundo o meu coração, isto é, um rebanho manso e humilde. Manso para deixar que os seus pastores se aproximem dele e humilde para que se aproxime dos pastores.

 


quinta-feira, 23 de julho de 2020

Sem catequese


O Quinto Evangelho


Festa de Santa Brígida – Co-padroeira da Europa

 

Santa Brígida nasceu na Suécia em 1303.

Casou muito jovem e teve oito filhos.

Já membro da Ordem terceira de S. Francisco, depois da morte do marido, iniciou uma vida de grande austeridade e penitência, continuando a viver na família.

Acabou por fundar uma Ordem Religiosa e, partindo para Roma, foi para todos exemplo de grande virtude.

Fez diversas peregrinações e escreveu muitas obras em que narra as suas experiências místicas.

Morreu em Roma em 1373.

É a santa mais famosa dos países escandinavos.

Com S. Catarina de Sena e S. Teresa Benedita da Cruz, é padroeira da Europa desde 1999.


Visão de Santa Brígida. Cristo ressuscitado inspira os escritos de Santa Brígida. Detalhe inicial da letra T, miniatura de 1530, Mosteiro de Sião, Inglaterra.

 

Da peregrinação à Terra Santa, dizia: “Foram os mais belos quinze meses da minha vida". Foi na Terra Santa que "se cumpriu o mistério da nossa redenção e donde a Palavra de Deus se difundiu até aos confins do mundo... As pedras sobre as quais caminhou o nosso Redentor permanecem para nós carregadas de recordações e continuam a "gritar" a Boa Nova”.

A Terra Santa foi chamada de “quinto Evangelho”, porque nela podemos ver e tocar a realidade da história que Deus realizou com os homens, começando com os lugares da vida de Abraão até os lugares da vida de Jesus, desde a encarnação até o túmulo vazio, sinal de uma ressurreição. Sim, Deus entrou nesta terra, atuou connosco neste mundo. E podemos dizer mais ainda: a Terra Santa, por sua própria história, pode ser considerada um microcosmos que resume em si o esforçado caminho de Deus com a humanidade. 

Quem viaja pelo mundo está a ler o livro da Criação.

Quem viaja pela Terra Santa está a ler o Quinto Evangelho.

 

Conclusão:

Santa mística que ainda na terra entrava no Céu – familiaridade com Jesus a quem visitava no céu através das suas experiências mística.

Santa peregrina que vivia o céu aqui na terra – união com Jesus a quem descobria e fazia companhia nos caminhos deste mundo.

 

Ver também:

A caridade da oração

Segredos de Deus

Santa Brígida

 


segunda-feira, 20 de julho de 2020

Fazer, amar, ser


2ª feira – XVI semana comum

 

Do profeta Miqueias:

Já te foi indicado, ó homem, o que deves fazer, o que o Senhor exige de ti:

- Praticar a justiça

- Amar a misericórdia

- Ser humilde diante do teu Deus.

 

Deus espera de nós 3 verbos:

- Fazer

- Amar

- Ser

 

Deus indica apenas 3 virtudes:

- Justiça

- Misericórdia

- Humildade

 

Que as nossas obras sejam justas

Que o nosso amor seja misericordioso

Que a nossa vida seja humilde.

 

Ver também:

Sinal de Jonas

Sinal P

 

 


sábado, 18 de julho de 2020

O Pe. Dehon estava lá


Há 150 anos o Concílio Vaticano I proclamou o dogma da infalibilidade pontifícia. O Papa de então era Pio IX.

O Pe. Dehon estava lá como estenógrafo dos trabalhos do Concílio e deixou escrito no seu diário pessoal:

 

18 de julho de 1870

Quarta sessão do Concílio.

Te Deum laudamus!

Está terminado.

Com exceção de duas vozes dissidentes, o dogma da infalibilidade papal obteve unanimidade.

Com a sua abstenção, os opositores tornaram possível a unanimidade. Não compareceram à sessão cerca de oitenta bispos.

Uma terrível tempestade cercou Saint-Pierre, mergulhada quase na escuridão. O dogma foi proclamado debaixo de raios e trovões.

No meio da multidão, alguns do galicanismo pensaram ou disseram: isto é fim! Os outros pensaram no futuro e disseram: estamos no monte Sinai. Esta palavra responde melhor à minha fé. Parece-me que hoje estamos a sair do Egito e agora o mundo está desfaraonizado.

Para dizer a verdade, para onde vamos, o caminho pode ser longo, mas temos Moisés, melhor, mais que Moisés. 

Glória a Deus no céu e paz na terra aos homens de boa vontade! (NHV nº 8)

 

Na proclamação do dogma estavam presentes 535 bispos. Os dois votos negativos foram de D. Luís Riccio, Bispo de Caiazzo e de D. E. Fitzgerald, Bispo de Little Rock. Logo depois da definição os dois declararam a sua submissão à doutrina definida, ajoelhando-se diante do Papa e dizendo: Modo credo, Sancte Pater (Agora creio, Santo Padre)… E um raio de sol incidiu sobre o Papa.

 

 


quinta-feira, 16 de julho de 2020

Escapulário


Nossa Senhora do Carmo




Escapulário

 

1 - É uma espécie de avental que cai à frente e atrás das vestes.

É sinal de serviço = fazer o bem.

 

2 - É uma espécie de escudo de defesa.

É sinal de proteção ou defesa – evitar o mal.

 

3 - É uma espécie de imagem, de companhia.

É sinal de presença e oração – estar unido em oração.

 

4 - É uma espécie de farda ou de hábito de pertença uma confraria.

É sinal de fraternidade – formar comunidade.

 

5 - É um tecido de lã natural, castanho da cor da terra.

É sinal de humildade - viver na simplicidade.

 

6 - É uma peça que se põe aos ombros (escápula).

É sinal do jugo suave ou de carga leve - viver no amor de Deus.

 

7 - É uma peça de roupa que se veste que nos dignifica.

É sinal de que todos devemos ser revestidos de Cristo e da sua graça - viver na santidade e na dignidade de filhos de Deus.



Quem traz o escapulário é abençoado, isto é, quem vive as virtudes que ele representa ou aponta é uma pessoa abençoada:

- serviço

- defesa ou proteção

- oração

- fraternidade

- humildade

- amor

- santidade.

 

Ver também:

Arma e armadura

Monte Carmelo

 

 


terça-feira, 14 de julho de 2020

Os meus milagres


3ª feira – XV semana comum

 

Naquele tempo, começou Jesus a censurar duramente as cidades em que se tinha realizado a maior parte dos seus milagres, por não se terem arrependido.

 

Uma vez alguém, maliciosamente, perguntou-me:

- O Senhor padre já fez algum milagre?

- Já sim… e com certeza tu também já fizeste vários milagres.

- Eu?! Impossível.

- Repara bem. Milagre não é Deus fazer a minha vontade, mas eu fazer a vontade de Deus. Portanto sempre que tu fizeste a vontade de Deus, fizeste um milagre. Além disso, sempre que alguém corrige a sua vida, arrepende-se, converte-se está a fazer um milagre. Com certeza que tu já mudaste alguma coisa para melhor na tua vida. Isso é um milagre de conversão.

 

É este o tema do Evangelho de hoje. Jesus lamenta-se que em Cafarnaum muita gente não foi capaz de fazer nenhum milagre. Viram tantos milagres, mas não quiseram fazer nenhum, isto é, não quiseram fazer a vontade de Deus ou não quiseram arrepender-se e converter-se.

 

 

 


sábado, 11 de julho de 2020

O desafio é semear


Ano A – XV domingo comum


















A) Para refletir

Um dos sermões mais famosos do Padre António Vieira foi o sermão da Sexagésima, pregado na Capela Real em 1655. Eis algumas linhas de cada uma das 10 partes dessa obra:

 

I

E se quisesse Deus que este tão ilustre e tão numeroso auditório saísse hoje tão desenganado da pregação, como vem enganado com o pregador! Ouçamos o Evangelho, e ouçamo-lo todo, que todo é do caso que me levou e trouxe de tão longe.

 

II

A semente é a Palavra de Deus. O trigo que semeou o pregador evangélico, diz Cristo que é a palavra de Deus. Os espinhos, as pedras, o caminho e a terra boa em que o trigo caiu, são os diversos corações dos homens. Os espinhos são os corações embaraçados com cuidados, com riquezas, com delícias; e nestes afoga-se a palavra de Deus. As pedras são os corações duros e obstinados; e nestes seca-se a palavra de Deus, e se nasce, não cria raízes. Os caminhos são os corações inquietos e perturbados com a passagem e tropel das coisas do Mundo, umas que vão, outras que vêm, outras que atravessam, e todas passam; e nestes é pisada a palavra de Deus, porque a desentendem ou a desprezam. Finalmente, a terra boa são os corações bons ou os homens de bom coração; e nestes prende e frutifica a palavra divina, com tanta fecundidade e abundância, que se colhe cento por um.

 

III

Fazer pouco fruto a palavra de Deus no Mundo, pode proceder de um de três princípios: ou da parte do pregador, ou da parte do ouvinte, ou da parte de Deus. Para uma alma se converter por meio de um sermão, há de haver três concursos: há de concorrer o pregador com a doutrina, persuadindo; há de concorrer o ouvinte com o entendimento, percebendo; há de concorrer Deus com a graça, alumiando.

 

IV

Mas como em um pregador há tantas qualidades, e em uma pregação tantas leis, e os pregadores podem ser culpados em todas, em qual consistirá esta culpa? No pregador podem-se considerar cinco circunstâncias: a pessoa, a ciência, a matéria, o estilo, a voz. A pessoa que é, e ciência que tem, a matéria que trata, o estilo que segue, a voz com que fala. Todas estas circunstâncias temos no Evangelho.

 

V

Será porventura o estilo que hoje se usa nos púlpitos? Um estilo tão empeçado, um estilo tão dificultoso, um estilo tão afetado, um estilo tão encontrado a toda a arte e a toda a natureza? Boa razão é também esta. O estilo há de ser muito fácil e muito natural. Por isso Cristo comparou o pregar ao semear.

 

VI

Será pela matéria ou matérias que tomam os pregadores? Usa-se hoje o modo que chamam de 'apostilar' o Evangelho, em que tomam muitas matérias, levantam muitos assuntos e quem levanta muita caça e não segue nenhuma não é muito que se recolha com as mãos vazias. Boa razão é também esta. O sermão há de ter um só assunto e uma só matéria. Por isso Cristo disse que o lavrador do Evangelho não semeara muitos géneros de sementes, senão uma só. Semeou uma semente só, e não muitas, porque o sermão há de ter uma só matéria, e não muitas matérias.

 

VII

Será porventura a falta de ciência que há em muitos pregadores? Muitos pregadores há que vivem do que não colheram e semeiam o que não trabalharam. Depois da sentença de Adão, a terra não costuma dar fruto, senão a quem come o seu pão com o suor do seu rosto. Boa razão parece também esta. O pregador há de pregar o seu, e não o alheio. Por isso diz Cristo que semeou o lavrador do Evangelho o trigo seu. Semeou o seu, e não o alheio, porque o alheio e, o furtado não é bom para semear, ainda que o furto seja de ciência.

 

VIII

Será finalmente a causa, que tanto há buscamos, a voz com que hoje falam os pregadores? Antigamente pregavam bradando, hoje pregam conversando. Antigamente a primeira parte do pregador era boa voz e bom peito. E verdadeiramente, como o mundo se governa tanto pelos sentidos, podem às vezes mais os brados que a razão. Boa era também esta, mas não a podemos provar com o semeador, porque já dissemos que não era ofício de boca. Porém o que nos negou o Evangelho no semeador metafórico, nos deu no semeador verdadeiro, que é Cristo.

 

IX

As palavras que tomei por tema o dizem. A semente é a Palavra de Deus. Sabeis, Cristãos, a causa por que se faz hoje tão pouco fruto com tantas pregações? É porque as palavras dos pregadores são palavras, mas não são palavras de Deus. Falo do que ordinariamente se ouve. A palavra de Deus (como diria) é tão poderosa e tão eficaz, que não só na boa terra faz fruto, mas até nas pedras e nos espinhos nasce. Mas se as palavras dos pregadores não são palavras de Deus, que muito que não tenham a eficácia e os efeitos da palavra de Deus?

 

X

Dir-me-eis o que a mim me dizem, e o que já tenho experimentado, que, se pregamos assim, zombam de nós os ouvintes, e não gostam de ouvir. Oh, boa razão para um servo de Jesus Cristo! Zombem e não gostem embora, e façamos nós nosso ofício! A doutrina de que eles zombam, a doutrina que eles desestimam, essa é a que lhes devemos pregar, e por isso mesmo, porque é mais proveitosa e a que mais hão mister.

 

B) Para ouvir

Certa manhã o semeador

 

Certa manhã o semeador
Saiu ao campo para semear.
Certa manhã o semeador
Na minha vida quis plantar.

 

Cada manhã o semeador
Semeia no meu coração.
Cada manhã o semeador
Espera o trigo do meu pão.

 

Certa manhã o semeador
Semeou na estrada entre os espinhos.
Certa manhã o semeador
Não pôde entrar nos seus domínios.

 

Certa manhã o semeador
Em boa terra quis semear.
Certa manhã o semeador
Somente espinhos pôde achar.


Certa manhã o semeador
deitou o grão em terra mexida,
certa manhã o semeador 
Pôs a semente em minha vida.


Clicar aqui para ouvir o original

 

C) Para cantar

Uma sementinha…

 

Uma sementinha de trigo

Caiu no chão e brotou

Caiu no chão e brotou

Foi crescendo, foi crescendo

E em pão da vida se tornou

 

Clicar aqui para ouvir e cantar

 

D) Para fazer

O nosso desafio é ser o versículo 3 de Mateus 13 – O semeador saiu a semear.

É este o desafio de todos nós – ser semeadores, semear a Palavra de Deus.

Todos somos semeadores.

É preciso semear porque haverá sempre uma semente que encontrará terra boa para germinar e dar bom fruto.

O desafio é semear

 

E) Para recordar

Ver também:

Corações há muitos

Tipos de terreno

Jesus é a semente

A semente é a Palavra

Semeador

Semeando

Semeia sempre

Sementeiras

Pregar é semear