O
nome Teresa vem do grego ‘teriso’ que se traduz por ‘cultivar ou cultivadora’,
ou então de ‘terao’ que significa ‘caçar ou caçadora’. Ambos os significados
encaixam muito bem na pessoa e na Santa de Ávila – Ela é a cultivadora de
virtudes e a caçadora de almas para levá-las ao Céu.
Teresa
de Jesus sentia-se muito atraída pelas imagens de Cristo ensanguentado, em
agonia. Certa ocasião, estando aos pés de um crucifixo que trazia as marcas das
chagas e muito sangue, ela perguntou:
-
Senhor, quem vos fez isso?
E
pareceu-lhe ouvir uma voz que vinha do crucifixo:
-
Foram as tuas conversas no parlatório que me puseram aqui, Teresa!
A
partir daquele dia nunca mais perdeu tempo com conversas inúteis e com amizades
que não levavam à santidade.
Outro
dia, ao repetir o hino ‘Vinde Espírito Santo’ foi arrebatada em êxtase e ouviu
no interior da sua alma estas palavras:
-
Não quero que converses com os homens, mas com os anjos.
Como
reformadora e fundadora, Teresa estabeleceu a mais estrita clausura e o
silêncio quase perpétuo. Reinava a maior pobreza, as religiosas vestiam toscos
hábitos, usavam sandálias em vez de sapatos e estavam obrigadas a perpétua
abstinência de carne. No início admitia apenas treze religiosas em cada
comunidade, mas mais tarde, nos conventos que não viviam só de esmolas mas que
tinham outras rendas, aceitou que chegassem a vinte e uma. Apesar de pobres
sabiam dar esmola: “Rezar pelos pecadores é uma esmola muito grande!” – dizia Teresa
de Jesus.
Também
não eram nenhuns anjos… e a mesma Teresa recordava: “Nas panelas também
encontramos a Deus!”
Que
Santa Teresa de Ávila nos ensine a fazer esmola também assim, e a encontrar a
Deus também desse modo!
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