2ª feira – XXIX semana comum
1ª reflexão
Ser rico para possuir a terra ou para possuir
o céu?
Ser rico para possuir o céu – é preciso ter
muito amor, fé e esperança, ter muita humildade, generosidade e confiança.
Devíamos dedicar-nos tanto ou mais ainda em
conquistar o céu do que em conquistar a terra.
Somos capazes de fazer tudo para ser mais
ricos aqui e agora, tantas canseiras e preocupações, mas esquecemos de procurar
ser ricos para sempre no céu e não fazemos nenhum sacrifício ou investimento
nesse sentido.
Geralmente nos afeiçoamos demais às coisas
insignificantes e efémeras como são todos os bens deste mundo, mas todos eles
fazem pouca ou nenhuma diferença na felicidade com Deus.
Não quero ser como o homem da parábola que se
envergonhou de morrer rico.
De ouro só quero ter o meu coração.
De prata só quero ter os meus cabelos
brancos.
Guardo somente aquilo que dou e não terei
dado nada enquanto não tiver dado a mim mesmo.
Conclusão:
O homem rico nem sempre é sábio, mas o homem
sábio é sempre rico (Tales de Mileto).
O rico soberbo não possui, é possuído.
O rico não come oiro, mas o oiro come o rico.
2ª reflexão
Na parábola do rico insensato, mais ninguém é
nomeado. Nem a família, mulher, filhos, irmãos, nem mesmo os trabalhadores… Só
ele tem, só ele pensa, só ele faz, só ele se satisfaz ou disfruta
Ele só fala na primeira pessoa do singular -
EU
- Que hei de eu fazer
- Eu não tenho onde guardar
- Eu vou fazer assim
- Eu deitarei abaixo
- Eu construirei outros maiores
- Onde eu guardarei
- Eu poderei dizer
- A mim mesmo
- Tens muitos bens
- Descansa, come, bebe, regala-te
O pronome possessivo para os seus bens também
está na primeira pessoa, porque são só dele:
- A minha colheita
- Os meus celeiros
- Todo o meu trigo
- Os meus bens
- Minha alma
Quer isto dizer que a riqueza ou os bens
deste mundo isola-nos, cega-nos e ilude-nos:
1º - isola-nos, concentra-nos apenas em nós.
2º - cega-nos, pois não vemos mais nada e mais
ninguém.
3º - dá a ilusão de autossuficiência e de
liberdade, pois não depende de ninguém.
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