2ª feira – XXVIII semana comum
A multidão aglomerada exigia a Jesus um sinal
de sucesso.
Jesus mostrou-lhe, não um, mas dois sinais:
- Jesus é o próprio sinal – A sua mensagem
atrai muito mais do que Salomão e leva mais longe que a Rainha do Sul.
- Nós somos o sinal – Através da nossa
conversão mostramos o verdadeiro sucesso e o poder de Jesus.
O Cardeal Joseph Ratzinger (Papa Bento XVI)
no Retiro pregado no Vaticano em 1983:
“Esta geração pede um sinal". Também nós
esperamos a manifestação, o sinal do sucesso, tanto na história universal como
na nossa vida pessoal. Por isso, perguntamos se o cristianismo transformou o
mundo, se produziu esse sinal de pão e de segurança de que falava o diabo no
deserto (Mt 4,3s). De acordo com a interpretação de Karl Marx, o cristianismo
dispôs de tempo suficiente para estabelecer a prova dos seus princípios, para
provar o seu sucesso, para demonstrar que criou o paraíso terrestre; para Marx,
depois de todo este tempo, seria necessário apoiar-nos agora em princípios
diferentes.
Esta argumentação não deixa de impressionar muitos cristãos que chegam a pensar
que seria necessário, pelo menos, inventar um cristianismo muito diferente, um cristianismo
que renunciasse ao luxo da interioridade, da vida espiritual. Mas é
precisamente assim que eles impedem a verdadeira transformação do mundo, que se
baseia num coração novo, num coração vigilante, um coração aberto à verdade e
ao amor, um coração libertado e livre.
Na raiz deste pedido descarado de um sinal está o egoísmo, a impureza de um
coração que só espera de Deus o sucesso pessoal e uma ajuda para afirmar o
absoluto do eu. Esta forma de religiosidade é a recusa absoluta de conversão.
Mas quantas vezes não dependemos nós mesmos do sinal do sucesso! Quantas vezes
não reclamamos o sinal e recusamos a conversão!”
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