terça-feira, 31 de dezembro de 2013

TE DEUM

Último dia deste ano.
Dia de dar graças a Deus e de pedir perdão.
 
Entre tantos exemplos podemos seguir o do Beato Carlos de Áustria, que repousa aqui na Madeira:
 
Para o beato Carlos de Áustria tudo foi dom de Deus, tanto as alegrias como as adversidades. Também gostava de repetir com frequência: Encontramo-nos nas mãos da divina Providência. Tudo o que nos acontece está bem. Apenas confiemos…
No dia 12 de novembro de 1918 foi proclamada a República e a queda da Monarquia. Os bens sujeitos ao Erário da corte foram confiscados e, na mesma tarde, Carlos com toda a sua família, teve que deixar Viena rumo à sua casa de caça em Eckartsau, mas antes de deixar o palácio fez uma visita de despedida ao Santíssimo.
Apesar desta situação ele continuou, todas as tardes, a rezar o Te Deum, e o fez cantar no dia 31 de dezembro de 1918, em ação de graças por tudo quanto o ano que expirava tinha trazido. Propuseram-lhe omiti-lo. Ele porém, respondeu que naquele ano muitas graças tinham sido alcançadas graças às quais devia agradecer. Declarou que, naquele ano o bom Deus tinha-lhe dado provas particulares de sua bondade, melhor: que o tinha cumulado com tais provas. Também se o ano parecia ter sido muito duro, poderia muito bem ter-se tornado ainda pior, e se da mão de Deus recebemos com gratidão o vem, então, devemos receber, com a mesma gratidão aquilo que é penoso. Ademais, naquele ano tinha-se terminado a terrível carnificina internacional.
A Sra. Maria Lackers, que estava com o seu marido no dia 31 de dezembro de 1921 na Madeira, conta como foi esta última passagem de ano na casa do Imperador quando verdadeiramente todo o mundo parecia desmoronar-se sobre o Beato:
À tarde, como devoção de encerramento do ano, houve na capela da casa uma solene bênção Eucarística. Estávamos apenas o Imperador. A Imperatriz e nós. Também foi rezado o Te Deum. Atrás de nós, ficava um ano que tinha sido o mais duro da vida do Servo de Deus. Ele encontrava-se longe da pátria, no exílio; na mais drástica necessidade material; estava separado de seus filhos e não sabia o que o dia seguinte haveria de lhe trazer de mal. Durante o Te Deum nós, um após o outro, fomos nos silenciando, porque a dor nos fazia fugir a voz. Somente o Servo de Deus manteve-se firme até ao fim, acentuando cada palavra… Olhei-o com admiração. Percebia-se com toda a evidência que para ele, naquele momento, existia apenas Deus – ninguém mais – e que aquele Te Deum era um íntimo diálogo entre Deus e o seu mais fiel servidor. Na época, ele não sabia se tornaria a ver os seus filhos, não sabia o que o dia seguinte haveria de lhe trazer, e contudo, rezou com muito fervor aquela oração de ação d e graças.

Giovanna Brizi, A vida religiosa do Beato Carlos da Áustria (último imperador da monarquia austo-húngara), Estudo dos documentos do Provesso de Beatificação, 2012, Edições Lumen Christi, Rio de Janeiro

 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Natal (34)

Conto breve de Natal

Naquele tempo, os pastores da Judeia não sabiam o que fazer com o ouro, o incenso e a mirra que José carpinteiro de Nazaré lhes deixou como prova da sua gratidão quando fugiu à pressa para o Egipto. Enterraram então tudo isso no fundo de um ribeiro… e nunca mais pensaram no assunto.
Mas ainda hoje há quem esteja à procura desses tesouros escondidos.
E é pena não terem ainda encontrado! Talvez assim terminassem as guerras e os conflitos naquela região.


(ouvido não sei quando, adaptado não sei donde, inventado não sei por quem, partilhado não sei porquê)

domingo, 29 de dezembro de 2013

Família Sagrada



É preciso contemplar no Presépio a Sagrada Família para que nos habituemos a ver na nossa família um verdadeiro presépio.

Fazer presépios é unir mundos:
O mundo humano – José, Maria, Pastores
O mundo divino – Jesus, anjos
O mundo animal – O boi, o jumento, os rebanhos
O mundo vegetal – a árvore de natal, as searas
O mundo mineral – a rochinha, a gruta

Quando nasce uma criança todos querem saber se é bonita como a mãe, se tem os olhos do pai… a quem é mais parecido, pois um bebé ao nascer é sempre parecido com alguém.
Jesus ao nascer com quem se parece? Com o pai? Com a mãe?
Nada disso.
Jesus não se parece connosco, nós é que devemos ser parecidos com Ele.

A oração à Sagrada Família composta pelo Papa Francisco e recitada no Angelus deste domingo:
ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA

Jesus, Maria e José,
em Vós, contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, a Vós, com confiança, nos dirigimos.
Sagrada Família de Nazaré,
tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, escolas autênticas do Evangelho e pequenas Igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré,
que nunca mais se faça, nas famílias, experiência de violência, egoísmo e divisão: quem ficou ferido ou escandalizado depressa conheça consolação e cura.
Sagrada Família de Nazaré,
que o próximo Sínodo dos Bispos possa despertar, em todos, a consciência do carácter sagrado e inviolável da família, a sua beleza no projeto de Deus.
Jesus, Maria e José,
escutai, atendei a nossa súplica.
Ámen.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Mártir = testemunha

Festa de santo Estêvão - Diácono e proto-mártir
 
1. Serviço e testemunha.
O serviço é um testemunho, o martírio é um diaconado.
 
2. Jesus nasceu na terra para que os homens possam nascer para o céu.
Precisamente porque Cristo nasceu, nós podemos renascer.
 
3. Martírio é a santificação.
Nos primeiros quatro séculos do cristianismo, todos os santos venerados pela Igreja eram mártires.
 
4. De presépio ao Calvário.
Do presépio à cruz, de Belém a Jerusalém, da aclamação à acusação.
 
5. Incentivo ao combate.
Os elefantes são estimulados a combater ao ver sangue. Assim nós ao contemplar o sangue do martírio de Estêvão somos estimulados a lutar pelo nosso ideal que é Cristo Jesus.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Natal na austeridade


Gratidão

Novena de Advento - 23 de dezembro


Gratidão é o oposto da inveja

Interessar-se/Conhecer
Agradecer/Congratular-se
Publicar/Bendizer
Amar/Guardar
Isto é GRATIDÃO

Alegrar-se com o mal do vizinho
Intristecer-se com o bem alheio
Falar mal do próximo
Desprezar os louvores dos outros
Isto é INVEJA

Natal (33)

O NATAL é sempre uma grande lição...


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Deus conta contigo


Novena de Advento - 20 de dezembro

O anjo disse a Maria:
- Avé ó cheia de graça divina... O Senhor conta contigo!

Os cursistas cumprimentam-se assim.
Um diz: Deus conta contigo!
E o outro responde: E eu com a Sua graça!

De facto Deus conta connosco como contou com a Virgem Maria.
Saibamos então contar sempre com a Sua graça!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Resposta de Deus

Novena de Advento - 19 de dezembro

O nascimento de João Baptista é um desafio a confiar no Senhor. O Anjo disse a  Zacarias: ‘Não temas porque a tua súplica foi atendida, terás um filho a quem porás o nome de João.’ O maravilhoso disto é que Zacarias e a esposa eram já muito idosos, tinham rezado a Deus pedindo um filho quando eram novos. Só agora é que veio a resposta. Deus responde sempre, umas vezes de imediato, outras quando o tempo já amadureceu ou até no silêncio.
Em Friburgo, na Suiça, há um antigo santuário, lugar sagrado onde é fácil rezar. As paredes estão cobertas com expressões de gratidão pelas graças aí alcançadas pela oração. Uma placa destoa de todas as outras: ‘Graças por não teres respondido à minha oração.’ Que teria aquela pessoa na ideia? Teria compreendido como a resposta pedida não estava nos planos de Deus? Teria entendido o silêncio de Deus? Teria assumido que a maneira de Deus ver o problema, fora melhor e mais esclarecida? Não sei, mas aquela oração, gravada numa pedra da parede da capela, é para mim uma importante lição. Os caminhos de Deus não são os meus. Ele sabe melhor quando e como responder aos meus anseios. Não conheço todos os seus planos, muitas vezes não os entendo. Devo aprender a confiar e a esperar.
Zacarias esperou até à velhice para receber a graça que pedira na juventude. 

Mas, afinal, Zacarias não era tão velho assim.
Uma pessoa só envelhece quando perde a capacidade de sonhar e quando os lamentos substituem os sonhos.
Zacarias, apesar dos seus longos anos, continuou a sonhar ... até o seu sonho se tornar realidade.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Deus tão perto


Novena de Advento - 18 de dezembro

Que aprendamos de Maria e de José, entre tantas outras virtudes:

1º A colaborar nos planos de Deus.
2º A proteger a vida humana desde a sua conceção.
3º A não julgar ninguém.
4º A valorizar os amigos de Deus.
5º A obedecer a Deus, mesmo não entendendo...

Deus = Emanuel = Deus Connosco = Deus mais perto




terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Lista telefónica

Novena de advento, 17 de dezembro

Parabéns ou PARA MUITOS BENS, PAPA FRANCISCO, no seu 77º aniversário natalício.

A reflexão é a que o aniversariante proferiu hoje na missa desta manhã, a propósito das leituras litúrgicas:

"O Evangelho de hoje com a genealogia de Jesus revela que Deus quis fazer caminho connosco, quis fazer caminho com os pecadores. Uma vez ouvi alguém que dizia: Mas esta passagem do Evangelho parece a lista telefónica! E não, é outra coisa: esta passagem do Evangelho é pura história é um argumento importante. É pura história, porque Deus, como dizia São Leão Papa, Deus enviou o seu Filho.
Deus fez-se história. Deus quis fazer-se história. Está connosco. Fez o caminho connosco.
Faz história connosco.
Mais: quando Deus quer dizer quem é, diz ‘Eu sou o Deus de Abraão, de Isaac, de Jacob.’
Mas qual é o apelido de Deus? Somos nós, cada um de nós. O apelido de Deus é cada um de nós.
Deus fez-se escrever a história por nós porque Deus é humildade, é paciente é...amor. Um Deus que nos dá tanto amor e ternura: A sua alegria, foi partilhar a sua vida connosco.

Aproximando-se o Natal, podemos pensar: se Ele fez a sua história connosco, se Ele ficou com o nosso apelido, se Ele deixou que nós escrevêssemos a sua história, pelo menos deixemos que Ele escreva a nossa história, E isto é santidade: Deixar que o Senhor nos escreva a nossa história. Este é um desejo de Natal para todos nós. Que o Senhor te escreva a história e que tu deixes que Ele a escreva, Assim seja!"

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Deus é um pai babado

5ª Feira - II Semana Advento

“A leitura do Livro do Profeta Isaías, sublinhou não tanto o que o Senhor nos diz mas sim, como nos diz. Fala-nos como um pai e uma mãe falam ao seu menino.
Quando um menino tem um pesadelo, acorda, chora... o pai vai e diz: não temas, não temas, eu estou aqui. Assim fala-nos o Senhor. ‘Não temas vermezinho de Jacob, larva de Israel’ O Senhor tem este modo de falar: aproxima-se...Quando vemos um pai e uma mãe que falam com os seus filhos, nós vemos que eles tornam-se pequenos e falam com voz de criança e fazem gestos de criança. Quem olha de fora até pode pensar: Mas estes são ridículos! Porque o amor do pai e da mãe tem necessidade de aproximar-se e de baixar-se ao mundo do menino. E assim é o Senhor.
E depois o pai e a mãe dizem coisas um pouco ridículas ao menino: ‘Ah, meu amor, meu brinquedinho, meu brinquinho...’ e essas coisas assim. Também o Senhor o diz: ‘vermezinho de Jacob’, tu és como um vermezinho para mim, uma coisinha pequena, mas amo-te tanto. Esta é a linguagem do Senhor, a linguagem do amor de pai e de mãe. Palavra do Senhor? Sim ouvimos aquilo que diz mas também como o diz e nós devemos fazer aquilo que faz o Senhor: com amor, com ternura, com aquela condescendência para com os irmãos.”
OSenhor aproxima-se com aquela sonoridade do silêncio própria do amor. É a música da linguagem do Senhor:
Esta é a música da linguagem do Senhor, e nós na preparação para o Natal devemos ouvi-la: devemos ouvi-la, vai fazer-nos bem, muito bem. Normalmente, o Natal parece uma festa de muito barulho: faz-nos bem um pouco de silêncio e escutar estas palavras de amor, estas palavras de tanta proximidade, estas palavras de ternura... ‘Tu és um vermezinho, mas eu amo-te tanto!’
(Papa Francisco, missa do dia 12/12/13)




quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sem fadiga


4a Feira - II Semana advento

- Oração da Colecta
Que não nos cansemos de aguardar a presença consoladora do Médico divino.

- 1ª Leitura
Deus eterno não se cansa nem se fatiga...
Os jovens cansam-se e fatigam-se...
Os que esperam no Senhor correm sem se fatigarem, caminham sem se cansar.

- Evangelho
Vinde a mim todos vós que estais cansados...
Achareis descanso para as vossas almas...
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve...

- São João da Cruz
A alma que anda no amor não cansa nem descansa.

- Pe. Leão Dehon
Só o amor torna leve uma cruz...

- Sabedoria popular
Quem corre por gosto não cansa.



terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Falar ao coração


3ª Feira - II Semana Advento

- Da 1ª Leitura:
Consolar = Falar ao coração
Deus consola-nos e nós consolamos a Deus
porque nós falamos ao coração de Deus
e Deus fala ao nosso coração.

- Do Evangelho

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Ponto de encontro


2ª Feira - II Semana Advento

Na 1ª Leitura:
No tempo do Senhor florescerão o deserto e o descampado.
Ficarão cheios de flores... 
A vida estéril e triste transformar-se-á em vida cheia de alegria e entusiasmo.
Isto porque uma casa sem flores é uma casa sem alegria.

No Evangelho
- Todos os caminhos vão dar a... JESUS. Ele é um verdadeiro ponto de encontro de tudo e de todos. 
- Todos ajudam todos. O paralítico não podia aproximar-se de Jesus devido à multidão, mas afinal foram os outros que o levaram assim ainda mais perto de Jesus. A multidão afinal não afasta ninguém de ninguém.
- Depois de se ter encontrado com Jesus, o homem curado voltou para a sua casa carregando o seu equipamento. Agora já não queria ser sobrecarregado para ninguém. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A diferença está onde?


5ª Feira - I Semana Advento

Duas casas em tudo igual, mas com destino diferente.
Onde se pode encontrar o motivo deste destino diferente?

- Nos obstáculos? - Não porque a tempestade foi igual tanto numa como noutra.
- No projeto? - Não porque eram casa com o mesmo formato.
- No local? - Não porque podiam estar lado a lado.
- No construtor? - Não porque tanto um como outro podiam construir diferente.
- No material? - Não porque, afinal, o material era o mesmo.
Então onde está a diferença?
A diferença está no tamanho.
Sim, a rocha e a areia são da mesma matéria, mas com tamanhos diferentes.
A rocha é grande, consistente e firme.
A areia é pequena, movediça e solta.

Como é que nós construímos a nossa vida?
Sobre ninharias, insignificâncias e coisas passageiras?
Ou construímos sobre algo consistente, eterno e firme?
São estes valores que realmente contam.

A diferença está no tamanho.
Que a rocha sobre a qual edificamos a nossa vida seja grandes, consiste e firme.
Não basta edificar sobre os valores insignificantes, dispersos ou passageiros.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Quando o pouco vira muito


4ª Feira - I Semana Advento

Jesus disse-lhes:
- Tenho pena desta multidão, porque há três dias que estão comigo e não têm que comer. Mas não quero despedi-los em jejum… Quantos pães tendes?
Eles responderam-Lhe:
- Sete, e alguns peixes pequenos.
Jesus tomou os sete pães e os peixes e, dando graças, partiu-os e foi-os entregando aos discípulos e os discípulos distribuíram-nos pela multidão.
Todos comeram até ficarem saciados.

1º - Jesus nunca despede ninguém em jejum.
2º - Jesus nunca faz nada sozinho.
3º - Jesus abençoa o que é apresentado pelos homens.
4º - Jesus entrega e os homens distribuem.
5º - Jesus sacia plenamente.

Jogo
Por em ordem as palavras de modo a formar uma frase a propósito deste episódio evangélico:
 - Deus – nada – o muito – sem – é – muito – é – com – o pouco – Deus =

Completa a parte final de cada interrogação:
- Se tens a Deus, que te_________?
- Se te falta Deus, que __________?



Soluções:
O pouco com Deus é muito
O muito sem Deus é nada

Se tens a Deus, que te falta?
Se te falta Deus, que tens?


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Horário de um santo


Um dia típico da vida de um santo, segundo uma carta escrita pelo próprio Pe. Prévot:

“Levanto-me logo de manhã. Às 4 estou na capela até às 5. Desço a escada com os sapatos na mão para não disturbar os confrades que dormem e aproximo-me do altar. Aqui posso facilmente falar com o Senhor, estar com ele em adoração e escutá-lo. Vêm-me à cabeça as necessidades da Igreja, da minha Congregação, da minha comunidade. Às 5 e 10 levanto-me dos degraus do altar e faço a via-sacra. Ainda estou nas últimas estações quando começam a descer os meus noviços para a oração da manhã.
Acabada a via-sacra procuro unir-me à comunidade com a oração da regra e com a santa missa.
Depois da missa faço uma meia hora de ação de graças. Depois vem o tempo da refeição.
Das 8 e um quarto até às 10, o noviciado faz a adoração por turnos. Eu fico pela minha meia hora. Ficaria todo o tempo, mas não me é possível. Depressa sou chamado e devo deixar o Senhor pelo Senhor, indo ao encontro a visitadores e confrades.
Das 10h15 às 11 abro a correspondência e trato de assuntos da casa.
Às 11h faço a conferência aos noviços.
De tarde das 14 às 17 leio ou escrevo os meus livros. Quando chegam os meus jovens para a direção espiritual e para as confissões estou só à sua disposição. Se me deixam livre recito a parte do breviário que me ficou suspensa.
A jornada não acaba sem falar aos meus confrades coadjutores no momento em que estão realmente livres, às 21h. É uma conversa de 15 minutos e dificilmente passa dos 20 minutos. Têm todos necessidade de repouso e não lhes posso reter mais tempo.
Faço um giro pelo noviciado para que tudo esteja em ordem e depois não posso ir dormir sem ir à igreja e desabafar com o Senhor Jesus, falando da jornada e dando-lhe graças.
(Cf. Paolo Tanzella, SCJ, Carta Bianca Vita di padre Andrea Prévot, Andria, Setembro de 1987 página 106)

Com muito amor!

Hoje é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Padroeiro das Missões

Memória de São Francisco Xavier

Ser missionário nos nossos dias, segundo o Papa Francisco na Exortação apostólica Evangelii Gaudium:

Uma Igreja «em saída»
20. Na Palavra de Deus, aparece constantemente este dinamismo de «saída», que Deus quer provocar nos crentes. Abraão aceitou a chamada para partir rumo a uma nova terra (cf. Gn12, 1-3). Moisés ouviu a chamada de Deus: «Vai; Eu te envio» (Ex 3, 10), e fez sair o povo para a terra prometida (cf. Ex 3, 17). A Jeremias disse: «Irás aonde Eu te enviar» (Jr 1, 7). Naquele «ide» de Jesus, estão presentes os cenários e os desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja, e hoje todos somos chamados a esta nova «saída» missionária. Cada cristão e cada comunidade há-de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho.

«Primeirear», envolver-se, acompanhar, frutificar e festejar
24. A Igreja «em saída» é a comunidade de discípulos missionários que «primeireiam», que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam. Primeireiam – desculpai o neologismo –, tomam a iniciativa! A comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou a iniciativa, precedeu-a no amor (cf. 1 Jo 4, 10), e, por isso, ela sabe ir à frente, sabe tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos. Vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva. Ousemos um pouco mais no tomar a iniciativa! Como consequência, a Igreja sabe «envolver-se». Jesus lavou os pés aos seus discípulos. O Senhor envolve-Se e envolve os seus, pondo-Se de joelhos diante dos outros para os lavar; mas, logo a seguir, diz aos discípulos: «Sereis felizes se o puserdes em prática» (Jo 13, 17). Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta as distâncias, abaixa-se – se for necessário – até à humilhação e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo. Os evangelizadores contraem assim o «cheiro de ovelha», e estas escutam a sua voz. Em seguida, a comunidade evangelizadora dispõe-se a «acompanhar». Acompanha a humanidade em todos os seus processos, por mais duros e demorados que sejam. Conhece as longas esperas e a suportação apostólica. A evangelização patenteia muita paciência, e evita deter-se a considerar as limitações. Fiel ao dom do Senhor, sabe também «frutificar». A comunidade evangelizadora mantém-se atenta aos frutos, porque o Senhor a quer fecunda. Cuida do trigo e não perde a paz por causa do joio. O semeador, quando vê surgir o joio no meio do trigo, não tem reacções lastimosas ou alarmistas. Encontra o modo para fazer com que a Palavra se encarne numa situação concreta e dê frutos de vida nova, apesar de serem aparentemente imperfeitos ou defeituosos. O discípulo sabe oferecer a vida inteira e jogá-la até ao martírio como testemunho de Jesus Cristo, mas o seu sonho não é estar cheio de inimigos, mas antes que a Palavra seja acolhida e manifeste a sua força libertadora e renovadora. Por fim, a comunidade evangelizadora jubilosa sabe sempre «festejar»: celebra e festeja cada pequena vitória, cada passo em frente na evangelização. No meio desta exigência diária de fazer avançar o bem, a evangelização jubilosa torna-se beleza na liturgia. A Igreja evangeliza e se evangeliza com a beleza da liturgia, que é também celebração da actividade evangelizadora e fonte dum renovado impulso para se dar.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O bem é sempre plural

2ª feira – I Semana Advento

Salmo:
Vamos com alegria para a casa do Senhor.
Conta-se que um vizinho perguntou ao seu amigo:
- Manel, para onde vais?
- Vou para a FEEESSSTAAA! – respondeu com entusiasmo.
Ao cair da noite encontram-se novamente os dois amigos:
- Manel, donde vens?
- Venho da festa… - murmurou o amigo, cansado, triste e sem forças…
Isto pode acontecer em muitos lugares, mas não nas nossas celebrações.
Se já vamos cheios de alegria, ao regresso a nossa alegria será ainda maior.
“À ida podemos ir a chorar levando as sementes, mas à volta viremos a cantar trazendo os molhos de espigas…”
Se já vamos cheios de alegria para a casa do Senhor, como é que havemos de voltar?
Voltaremos a transbordar de alegria

Evangelho:
O Centurião pediu não para si, mas para o seu servo.
O Centurião é que tinha uma grande fé, e o milagre aconteceu no seu servo.
Isto porque o bem é sempre plural, sempre comunitário, pois valoriza todos ao seu redor.
Mas o mal é sempre singular: Nunca mais acontecerá os justos pagarem pelos pecadores… (ou os pais comerem os figos e os lábios dos filhos ficarem estragados…)