terça-feira, 31 de dezembro de 2013

TE DEUM

Último dia deste ano.
Dia de dar graças a Deus e de pedir perdão.
 
Entre tantos exemplos podemos seguir o do Beato Carlos de Áustria, que repousa aqui na Madeira:
 
Para o beato Carlos de Áustria tudo foi dom de Deus, tanto as alegrias como as adversidades. Também gostava de repetir com frequência: Encontramo-nos nas mãos da divina Providência. Tudo o que nos acontece está bem. Apenas confiemos…
No dia 12 de novembro de 1918 foi proclamada a República e a queda da Monarquia. Os bens sujeitos ao Erário da corte foram confiscados e, na mesma tarde, Carlos com toda a sua família, teve que deixar Viena rumo à sua casa de caça em Eckartsau, mas antes de deixar o palácio fez uma visita de despedida ao Santíssimo.
Apesar desta situação ele continuou, todas as tardes, a rezar o Te Deum, e o fez cantar no dia 31 de dezembro de 1918, em ação de graças por tudo quanto o ano que expirava tinha trazido. Propuseram-lhe omiti-lo. Ele porém, respondeu que naquele ano muitas graças tinham sido alcançadas graças às quais devia agradecer. Declarou que, naquele ano o bom Deus tinha-lhe dado provas particulares de sua bondade, melhor: que o tinha cumulado com tais provas. Também se o ano parecia ter sido muito duro, poderia muito bem ter-se tornado ainda pior, e se da mão de Deus recebemos com gratidão o vem, então, devemos receber, com a mesma gratidão aquilo que é penoso. Ademais, naquele ano tinha-se terminado a terrível carnificina internacional.
A Sra. Maria Lackers, que estava com o seu marido no dia 31 de dezembro de 1921 na Madeira, conta como foi esta última passagem de ano na casa do Imperador quando verdadeiramente todo o mundo parecia desmoronar-se sobre o Beato:
À tarde, como devoção de encerramento do ano, houve na capela da casa uma solene bênção Eucarística. Estávamos apenas o Imperador. A Imperatriz e nós. Também foi rezado o Te Deum. Atrás de nós, ficava um ano que tinha sido o mais duro da vida do Servo de Deus. Ele encontrava-se longe da pátria, no exílio; na mais drástica necessidade material; estava separado de seus filhos e não sabia o que o dia seguinte haveria de lhe trazer de mal. Durante o Te Deum nós, um após o outro, fomos nos silenciando, porque a dor nos fazia fugir a voz. Somente o Servo de Deus manteve-se firme até ao fim, acentuando cada palavra… Olhei-o com admiração. Percebia-se com toda a evidência que para ele, naquele momento, existia apenas Deus – ninguém mais – e que aquele Te Deum era um íntimo diálogo entre Deus e o seu mais fiel servidor. Na época, ele não sabia se tornaria a ver os seus filhos, não sabia o que o dia seguinte haveria de lhe trazer, e contudo, rezou com muito fervor aquela oração de ação d e graças.

Giovanna Brizi, A vida religiosa do Beato Carlos da Áustria (último imperador da monarquia austo-húngara), Estudo dos documentos do Provesso de Beatificação, 2012, Edições Lumen Christi, Rio de Janeiro

 

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

Natal (34)

Conto breve de Natal

Naquele tempo, os pastores da Judeia não sabiam o que fazer com o ouro, o incenso e a mirra que José carpinteiro de Nazaré lhes deixou como prova da sua gratidão quando fugiu à pressa para o Egipto. Enterraram então tudo isso no fundo de um ribeiro… e nunca mais pensaram no assunto.
Mas ainda hoje há quem esteja à procura desses tesouros escondidos.
E é pena não terem ainda encontrado! Talvez assim terminassem as guerras e os conflitos naquela região.


(ouvido não sei quando, adaptado não sei donde, inventado não sei por quem, partilhado não sei porquê)

domingo, 29 de dezembro de 2013

Família Sagrada



É preciso contemplar no Presépio a Sagrada Família para que nos habituemos a ver na nossa família um verdadeiro presépio.

Fazer presépios é unir mundos:
O mundo humano – José, Maria, Pastores
O mundo divino – Jesus, anjos
O mundo animal – O boi, o jumento, os rebanhos
O mundo vegetal – a árvore de natal, as searas
O mundo mineral – a rochinha, a gruta

Quando nasce uma criança todos querem saber se é bonita como a mãe, se tem os olhos do pai… a quem é mais parecido, pois um bebé ao nascer é sempre parecido com alguém.
Jesus ao nascer com quem se parece? Com o pai? Com a mãe?
Nada disso.
Jesus não se parece connosco, nós é que devemos ser parecidos com Ele.

A oração à Sagrada Família composta pelo Papa Francisco e recitada no Angelus deste domingo:
ORAÇÃO À SAGRADA FAMÍLIA

Jesus, Maria e José,
em Vós, contemplamos o esplendor do verdadeiro amor, a Vós, com confiança, nos dirigimos.
Sagrada Família de Nazaré,
tornai também as nossas famílias lugares de comunhão e cenáculos de oração, escolas autênticas do Evangelho e pequenas Igrejas domésticas.
Sagrada Família de Nazaré,
que nunca mais se faça, nas famílias, experiência de violência, egoísmo e divisão: quem ficou ferido ou escandalizado depressa conheça consolação e cura.
Sagrada Família de Nazaré,
que o próximo Sínodo dos Bispos possa despertar, em todos, a consciência do carácter sagrado e inviolável da família, a sua beleza no projeto de Deus.
Jesus, Maria e José,
escutai, atendei a nossa súplica.
Ámen.

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Mártir = testemunha

Festa de santo Estêvão - Diácono e proto-mártir
 
1. Serviço e testemunha.
O serviço é um testemunho, o martírio é um diaconado.
 
2. Jesus nasceu na terra para que os homens possam nascer para o céu.
Precisamente porque Cristo nasceu, nós podemos renascer.
 
3. Martírio é a santificação.
Nos primeiros quatro séculos do cristianismo, todos os santos venerados pela Igreja eram mártires.
 
4. De presépio ao Calvário.
Do presépio à cruz, de Belém a Jerusalém, da aclamação à acusação.
 
5. Incentivo ao combate.
Os elefantes são estimulados a combater ao ver sangue. Assim nós ao contemplar o sangue do martírio de Estêvão somos estimulados a lutar pelo nosso ideal que é Cristo Jesus.

segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

Natal na austeridade


Gratidão

Novena de Advento - 23 de dezembro


Gratidão é o oposto da inveja

Interessar-se/Conhecer
Agradecer/Congratular-se
Publicar/Bendizer
Amar/Guardar
Isto é GRATIDÃO

Alegrar-se com o mal do vizinho
Intristecer-se com o bem alheio
Falar mal do próximo
Desprezar os louvores dos outros
Isto é INVEJA

Natal (33)

O NATAL é sempre uma grande lição...


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

Deus conta contigo


Novena de Advento - 20 de dezembro

O anjo disse a Maria:
- Avé ó cheia de graça divina... O Senhor conta contigo!

Os cursistas cumprimentam-se assim.
Um diz: Deus conta contigo!
E o outro responde: E eu com a Sua graça!

De facto Deus conta connosco como contou com a Virgem Maria.
Saibamos então contar sempre com a Sua graça!

quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Resposta de Deus

Novena de Advento - 19 de dezembro

O nascimento de João Baptista é um desafio a confiar no Senhor. O Anjo disse a  Zacarias: ‘Não temas porque a tua súplica foi atendida, terás um filho a quem porás o nome de João.’ O maravilhoso disto é que Zacarias e a esposa eram já muito idosos, tinham rezado a Deus pedindo um filho quando eram novos. Só agora é que veio a resposta. Deus responde sempre, umas vezes de imediato, outras quando o tempo já amadureceu ou até no silêncio.
Em Friburgo, na Suiça, há um antigo santuário, lugar sagrado onde é fácil rezar. As paredes estão cobertas com expressões de gratidão pelas graças aí alcançadas pela oração. Uma placa destoa de todas as outras: ‘Graças por não teres respondido à minha oração.’ Que teria aquela pessoa na ideia? Teria compreendido como a resposta pedida não estava nos planos de Deus? Teria entendido o silêncio de Deus? Teria assumido que a maneira de Deus ver o problema, fora melhor e mais esclarecida? Não sei, mas aquela oração, gravada numa pedra da parede da capela, é para mim uma importante lição. Os caminhos de Deus não são os meus. Ele sabe melhor quando e como responder aos meus anseios. Não conheço todos os seus planos, muitas vezes não os entendo. Devo aprender a confiar e a esperar.
Zacarias esperou até à velhice para receber a graça que pedira na juventude. 

Mas, afinal, Zacarias não era tão velho assim.
Uma pessoa só envelhece quando perde a capacidade de sonhar e quando os lamentos substituem os sonhos.
Zacarias, apesar dos seus longos anos, continuou a sonhar ... até o seu sonho se tornar realidade.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

Deus tão perto


Novena de Advento - 18 de dezembro

Que aprendamos de Maria e de José, entre tantas outras virtudes:

1º A colaborar nos planos de Deus.
2º A proteger a vida humana desde a sua conceção.
3º A não julgar ninguém.
4º A valorizar os amigos de Deus.
5º A obedecer a Deus, mesmo não entendendo...

Deus = Emanuel = Deus Connosco = Deus mais perto




terça-feira, 17 de dezembro de 2013

Lista telefónica

Novena de advento, 17 de dezembro

Parabéns ou PARA MUITOS BENS, PAPA FRANCISCO, no seu 77º aniversário natalício.

A reflexão é a que o aniversariante proferiu hoje na missa desta manhã, a propósito das leituras litúrgicas:

"O Evangelho de hoje com a genealogia de Jesus revela que Deus quis fazer caminho connosco, quis fazer caminho com os pecadores. Uma vez ouvi alguém que dizia: Mas esta passagem do Evangelho parece a lista telefónica! E não, é outra coisa: esta passagem do Evangelho é pura história é um argumento importante. É pura história, porque Deus, como dizia São Leão Papa, Deus enviou o seu Filho.
Deus fez-se história. Deus quis fazer-se história. Está connosco. Fez o caminho connosco.
Faz história connosco.
Mais: quando Deus quer dizer quem é, diz ‘Eu sou o Deus de Abraão, de Isaac, de Jacob.’
Mas qual é o apelido de Deus? Somos nós, cada um de nós. O apelido de Deus é cada um de nós.
Deus fez-se escrever a história por nós porque Deus é humildade, é paciente é...amor. Um Deus que nos dá tanto amor e ternura: A sua alegria, foi partilhar a sua vida connosco.

Aproximando-se o Natal, podemos pensar: se Ele fez a sua história connosco, se Ele ficou com o nosso apelido, se Ele deixou que nós escrevêssemos a sua história, pelo menos deixemos que Ele escreva a nossa história, E isto é santidade: Deixar que o Senhor nos escreva a nossa história. Este é um desejo de Natal para todos nós. Que o Senhor te escreva a história e que tu deixes que Ele a escreva, Assim seja!"

quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Deus é um pai babado

5ª Feira - II Semana Advento

“A leitura do Livro do Profeta Isaías, sublinhou não tanto o que o Senhor nos diz mas sim, como nos diz. Fala-nos como um pai e uma mãe falam ao seu menino.
Quando um menino tem um pesadelo, acorda, chora... o pai vai e diz: não temas, não temas, eu estou aqui. Assim fala-nos o Senhor. ‘Não temas vermezinho de Jacob, larva de Israel’ O Senhor tem este modo de falar: aproxima-se...Quando vemos um pai e uma mãe que falam com os seus filhos, nós vemos que eles tornam-se pequenos e falam com voz de criança e fazem gestos de criança. Quem olha de fora até pode pensar: Mas estes são ridículos! Porque o amor do pai e da mãe tem necessidade de aproximar-se e de baixar-se ao mundo do menino. E assim é o Senhor.
E depois o pai e a mãe dizem coisas um pouco ridículas ao menino: ‘Ah, meu amor, meu brinquedinho, meu brinquinho...’ e essas coisas assim. Também o Senhor o diz: ‘vermezinho de Jacob’, tu és como um vermezinho para mim, uma coisinha pequena, mas amo-te tanto. Esta é a linguagem do Senhor, a linguagem do amor de pai e de mãe. Palavra do Senhor? Sim ouvimos aquilo que diz mas também como o diz e nós devemos fazer aquilo que faz o Senhor: com amor, com ternura, com aquela condescendência para com os irmãos.”
OSenhor aproxima-se com aquela sonoridade do silêncio própria do amor. É a música da linguagem do Senhor:
Esta é a música da linguagem do Senhor, e nós na preparação para o Natal devemos ouvi-la: devemos ouvi-la, vai fazer-nos bem, muito bem. Normalmente, o Natal parece uma festa de muito barulho: faz-nos bem um pouco de silêncio e escutar estas palavras de amor, estas palavras de tanta proximidade, estas palavras de ternura... ‘Tu és um vermezinho, mas eu amo-te tanto!’
(Papa Francisco, missa do dia 12/12/13)




quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Sem fadiga


4a Feira - II Semana advento

- Oração da Colecta
Que não nos cansemos de aguardar a presença consoladora do Médico divino.

- 1ª Leitura
Deus eterno não se cansa nem se fatiga...
Os jovens cansam-se e fatigam-se...
Os que esperam no Senhor correm sem se fatigarem, caminham sem se cansar.

- Evangelho
Vinde a mim todos vós que estais cansados...
Achareis descanso para as vossas almas...
Porque o meu jugo é suave e a minha carga é leve...

- São João da Cruz
A alma que anda no amor não cansa nem descansa.

- Pe. Leão Dehon
Só o amor torna leve uma cruz...

- Sabedoria popular
Quem corre por gosto não cansa.



terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Falar ao coração


3ª Feira - II Semana Advento

- Da 1ª Leitura:
Consolar = Falar ao coração
Deus consola-nos e nós consolamos a Deus
porque nós falamos ao coração de Deus
e Deus fala ao nosso coração.

- Do Evangelho

segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Ponto de encontro


2ª Feira - II Semana Advento

Na 1ª Leitura:
No tempo do Senhor florescerão o deserto e o descampado.
Ficarão cheios de flores... 
A vida estéril e triste transformar-se-á em vida cheia de alegria e entusiasmo.
Isto porque uma casa sem flores é uma casa sem alegria.

No Evangelho
- Todos os caminhos vão dar a... JESUS. Ele é um verdadeiro ponto de encontro de tudo e de todos. 
- Todos ajudam todos. O paralítico não podia aproximar-se de Jesus devido à multidão, mas afinal foram os outros que o levaram assim ainda mais perto de Jesus. A multidão afinal não afasta ninguém de ninguém.
- Depois de se ter encontrado com Jesus, o homem curado voltou para a sua casa carregando o seu equipamento. Agora já não queria ser sobrecarregado para ninguém. 

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A diferença está onde?


5ª Feira - I Semana Advento

Duas casas em tudo igual, mas com destino diferente.
Onde se pode encontrar o motivo deste destino diferente?

- Nos obstáculos? - Não porque a tempestade foi igual tanto numa como noutra.
- No projeto? - Não porque eram casa com o mesmo formato.
- No local? - Não porque podiam estar lado a lado.
- No construtor? - Não porque tanto um como outro podiam construir diferente.
- No material? - Não porque, afinal, o material era o mesmo.
Então onde está a diferença?
A diferença está no tamanho.
Sim, a rocha e a areia são da mesma matéria, mas com tamanhos diferentes.
A rocha é grande, consistente e firme.
A areia é pequena, movediça e solta.

Como é que nós construímos a nossa vida?
Sobre ninharias, insignificâncias e coisas passageiras?
Ou construímos sobre algo consistente, eterno e firme?
São estes valores que realmente contam.

A diferença está no tamanho.
Que a rocha sobre a qual edificamos a nossa vida seja grandes, consiste e firme.
Não basta edificar sobre os valores insignificantes, dispersos ou passageiros.

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Quando o pouco vira muito


4ª Feira - I Semana Advento

Jesus disse-lhes:
- Tenho pena desta multidão, porque há três dias que estão comigo e não têm que comer. Mas não quero despedi-los em jejum… Quantos pães tendes?
Eles responderam-Lhe:
- Sete, e alguns peixes pequenos.
Jesus tomou os sete pães e os peixes e, dando graças, partiu-os e foi-os entregando aos discípulos e os discípulos distribuíram-nos pela multidão.
Todos comeram até ficarem saciados.

1º - Jesus nunca despede ninguém em jejum.
2º - Jesus nunca faz nada sozinho.
3º - Jesus abençoa o que é apresentado pelos homens.
4º - Jesus entrega e os homens distribuem.
5º - Jesus sacia plenamente.

Jogo
Por em ordem as palavras de modo a formar uma frase a propósito deste episódio evangélico:
 - Deus – nada – o muito – sem – é – muito – é – com – o pouco – Deus =

Completa a parte final de cada interrogação:
- Se tens a Deus, que te_________?
- Se te falta Deus, que __________?



Soluções:
O pouco com Deus é muito
O muito sem Deus é nada

Se tens a Deus, que te falta?
Se te falta Deus, que tens?


terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Horário de um santo


Um dia típico da vida de um santo, segundo uma carta escrita pelo próprio Pe. Prévot:

“Levanto-me logo de manhã. Às 4 estou na capela até às 5. Desço a escada com os sapatos na mão para não disturbar os confrades que dormem e aproximo-me do altar. Aqui posso facilmente falar com o Senhor, estar com ele em adoração e escutá-lo. Vêm-me à cabeça as necessidades da Igreja, da minha Congregação, da minha comunidade. Às 5 e 10 levanto-me dos degraus do altar e faço a via-sacra. Ainda estou nas últimas estações quando começam a descer os meus noviços para a oração da manhã.
Acabada a via-sacra procuro unir-me à comunidade com a oração da regra e com a santa missa.
Depois da missa faço uma meia hora de ação de graças. Depois vem o tempo da refeição.
Das 8 e um quarto até às 10, o noviciado faz a adoração por turnos. Eu fico pela minha meia hora. Ficaria todo o tempo, mas não me é possível. Depressa sou chamado e devo deixar o Senhor pelo Senhor, indo ao encontro a visitadores e confrades.
Das 10h15 às 11 abro a correspondência e trato de assuntos da casa.
Às 11h faço a conferência aos noviços.
De tarde das 14 às 17 leio ou escrevo os meus livros. Quando chegam os meus jovens para a direção espiritual e para as confissões estou só à sua disposição. Se me deixam livre recito a parte do breviário que me ficou suspensa.
A jornada não acaba sem falar aos meus confrades coadjutores no momento em que estão realmente livres, às 21h. É uma conversa de 15 minutos e dificilmente passa dos 20 minutos. Têm todos necessidade de repouso e não lhes posso reter mais tempo.
Faço um giro pelo noviciado para que tudo esteja em ordem e depois não posso ir dormir sem ir à igreja e desabafar com o Senhor Jesus, falando da jornada e dando-lhe graças.
(Cf. Paolo Tanzella, SCJ, Carta Bianca Vita di padre Andrea Prévot, Andria, Setembro de 1987 página 106)

Com muito amor!

Hoje é o Dia Internacional da Pessoa com Deficiência

Padroeiro das Missões

Memória de São Francisco Xavier

Ser missionário nos nossos dias, segundo o Papa Francisco na Exortação apostólica Evangelii Gaudium:

Uma Igreja «em saída»
20. Na Palavra de Deus, aparece constantemente este dinamismo de «saída», que Deus quer provocar nos crentes. Abraão aceitou a chamada para partir rumo a uma nova terra (cf. Gn12, 1-3). Moisés ouviu a chamada de Deus: «Vai; Eu te envio» (Ex 3, 10), e fez sair o povo para a terra prometida (cf. Ex 3, 17). A Jeremias disse: «Irás aonde Eu te enviar» (Jr 1, 7). Naquele «ide» de Jesus, estão presentes os cenários e os desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja, e hoje todos somos chamados a esta nova «saída» missionária. Cada cristão e cada comunidade há-de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho.

«Primeirear», envolver-se, acompanhar, frutificar e festejar
24. A Igreja «em saída» é a comunidade de discípulos missionários que «primeireiam», que se envolvem, que acompanham, que frutificam e festejam. Primeireiam – desculpai o neologismo –, tomam a iniciativa! A comunidade missionária experimenta que o Senhor tomou a iniciativa, precedeu-a no amor (cf. 1 Jo 4, 10), e, por isso, ela sabe ir à frente, sabe tomar a iniciativa sem medo, ir ao encontro, procurar os afastados e chegar às encruzilhadas dos caminhos para convidar os excluídos. Vive um desejo inexaurível de oferecer misericórdia, fruto de ter experimentado a misericórdia infinita do Pai e a sua força difusiva. Ousemos um pouco mais no tomar a iniciativa! Como consequência, a Igreja sabe «envolver-se». Jesus lavou os pés aos seus discípulos. O Senhor envolve-Se e envolve os seus, pondo-Se de joelhos diante dos outros para os lavar; mas, logo a seguir, diz aos discípulos: «Sereis felizes se o puserdes em prática» (Jo 13, 17). Com obras e gestos, a comunidade missionária entra na vida diária dos outros, encurta as distâncias, abaixa-se – se for necessário – até à humilhação e assume a vida humana, tocando a carne sofredora de Cristo no povo. Os evangelizadores contraem assim o «cheiro de ovelha», e estas escutam a sua voz. Em seguida, a comunidade evangelizadora dispõe-se a «acompanhar». Acompanha a humanidade em todos os seus processos, por mais duros e demorados que sejam. Conhece as longas esperas e a suportação apostólica. A evangelização patenteia muita paciência, e evita deter-se a considerar as limitações. Fiel ao dom do Senhor, sabe também «frutificar». A comunidade evangelizadora mantém-se atenta aos frutos, porque o Senhor a quer fecunda. Cuida do trigo e não perde a paz por causa do joio. O semeador, quando vê surgir o joio no meio do trigo, não tem reacções lastimosas ou alarmistas. Encontra o modo para fazer com que a Palavra se encarne numa situação concreta e dê frutos de vida nova, apesar de serem aparentemente imperfeitos ou defeituosos. O discípulo sabe oferecer a vida inteira e jogá-la até ao martírio como testemunho de Jesus Cristo, mas o seu sonho não é estar cheio de inimigos, mas antes que a Palavra seja acolhida e manifeste a sua força libertadora e renovadora. Por fim, a comunidade evangelizadora jubilosa sabe sempre «festejar»: celebra e festeja cada pequena vitória, cada passo em frente na evangelização. No meio desta exigência diária de fazer avançar o bem, a evangelização jubilosa torna-se beleza na liturgia. A Igreja evangeliza e se evangeliza com a beleza da liturgia, que é também celebração da actividade evangelizadora e fonte dum renovado impulso para se dar.


segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

O bem é sempre plural

2ª feira – I Semana Advento

Salmo:
Vamos com alegria para a casa do Senhor.
Conta-se que um vizinho perguntou ao seu amigo:
- Manel, para onde vais?
- Vou para a FEEESSSTAAA! – respondeu com entusiasmo.
Ao cair da noite encontram-se novamente os dois amigos:
- Manel, donde vens?
- Venho da festa… - murmurou o amigo, cansado, triste e sem forças…
Isto pode acontecer em muitos lugares, mas não nas nossas celebrações.
Se já vamos cheios de alegria, ao regresso a nossa alegria será ainda maior.
“À ida podemos ir a chorar levando as sementes, mas à volta viremos a cantar trazendo os molhos de espigas…”
Se já vamos cheios de alegria para a casa do Senhor, como é que havemos de voltar?
Voltaremos a transbordar de alegria

Evangelho:
O Centurião pediu não para si, mas para o seu servo.
O Centurião é que tinha uma grande fé, e o milagre aconteceu no seu servo.
Isto porque o bem é sempre plural, sempre comunitário, pois valoriza todos ao seu redor.
Mas o mal é sempre singular: Nunca mais acontecerá os justos pagarem pelos pecadores… (ou os pais comerem os figos e os lábios dos filhos ficarem estragados…)



quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Todo o prazo vence


5ª Feira - XXXIV Semana comum

Na 1ª leitura:
O que é que salvou Daniel da morte na cova dos leões?
- A falta de apetite dos leões?
- A integridade e a confiança de Daniel?
- A amizade e a esperança do rei Dario?
Nada disto.
O que salvou Daniel foi a misericórdia de Deus.
É sempre Deus quem nos salva.

No Evangelho:
"Quando estas desgraças começarem a acontecer, tomai ânimo e levantai a cabeça, porque a vossa libertação está próxima."

Quem é capaz de completar os seguintes provérbios ou ditados populares?

Não há bem que sempre dure nem ???????
Todo o fim tem o seu começo e ??????
Todo o prazo ??????

Completemos então:
Não há bem que sempre dure, nem mal que nunca acabe.
Todo o fim tem o seu começo e todo o começo tem o seu fim.
Todo o prazo vence.

Uma dificuldade é sempre temporária.
Ele pode durar um minuto ou uma hora, um dia ou um ano, mas finalmente ela acabará e alguma coisa tomará o seu lugar.
Se eu paro, desistir ou deixar-me abater por esse obstáculo, ele durará para sempre e ficará eternamente por resolver.


quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Tal como Jesus


4ª Feira - XXXIV Semana comum

Na 1ª Leitura:
Mené = contado
Téquel = pesado
Parsin = dividido
Isto quer dizer que Deus tem:
uma calculadora para nos contar
uma balança para nos pesar
uma tesoura para nos cortar ou dividir
Olhemos para Deus, mas sobretudo para nós mesmos que um dia Deus virá ao nosso encontro com uma calculadora, uma balança e uma tesoura.
Mas quem não deve não teme!

No Evangelho:
Deitar-vos-ão as mãos e perseguir-vos-ão...
Se vivermos como Jesus viveu deitar-nos-ão as mãos e hão de perseguir-nos!
E se não nos perseguirem, será mau sinal.
Se nos lisonjearem, patrocinarem os nossos projetos e acorrerem com pompa e elogios aos nossos funerais... quer dizer que nós não vivemos como Jesus vivia!


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Há 100 anos no paraíso


Os últimos momentos cá na terra

No dia 23 de novembro de 1913 o Pe. Prévot estava de manhã cedo na igreja como em todos os domingos, como todos os dias do ano. Tudo normal aos olhos da comunidade de Brugelette. Mas nessa manhã ele esteve sentado durante o tempo da sua meditação. Coisa insólita, absolutamente inédita. Devia estar muito mal para mudar assim o seu comportamento. Olhando para o seu rosto percebia-se uma certa falta de ar. A sua mão trémula apoiava o rosto pálido.
Celebrou a missa com o fervor do costume, apesar dos seus olhos estarem agora avermelhados. De vez em quando tossia, mas nada especial por causa da sua idade.
Foi dado o alarme durante o pequeno-almoço em que não tocou em nada. Seria uma pneumonia? Apesar desta suspeita fez questão de estar presente no refeitório juntamente com toda a comunidade. Esforçava-se para se mostrar forte, sorridente às vezes, mas a palidez da cara denunciava-o. Ao sair disse ao Pe. Jacquemin, Mestre de noviços, que preferia retirar-se para o quarto para um pouco de repouso. Voltou a descer ao almoço, mas apenas provou a refeição e o seu estômago se revoltou. Ficou à mesa até ao final da refeição comunitária. Depois voltou para o quarto. Veio o médico e ordenou-lhe repouso absoluto, pois os pulmões estavam muito afetados.
No dia seguinte, não desceu à capela. Tinha febre alta e a respiração era lenta e pesada. Veio outro médico que achou a situação agravada
No dia 25 recebeu o viático.
Ao expetorar sangue, o Pe. Prévot compreendeu que o seu estado era grave e dizia:
- Amanhã cedo chegará o Superior Geral. Quero que seja ele a administrar-me a santa unção... Quero que seja ele a entregar-me a Deus para a eternidade.
O Pe. Dehon encontrava-se em São Quintino. Logo que recebeu o telegrama pôs-se a caminho. Passou a noite em Mons de modo que chegou tarde demais.
À noite o Pe. Prévot pediu o seu breviário.
- O breviário ajudar-me-á a ter a mente ocupada...
- Recitá-lo-ei eu em voz alta - prontificou-se o noviço enfermeiro. E rezou vésperas e completas.
O Pe. Prévot aconselhou o enfermeiro que fosse descansar no quarto ao lado... Enquanto lá estava ouviu algo cair ao chão. Correu para a enfermaria e encontrou o Pe. Prévot de pé, com o terço na mão e o relógio caído no chão.
- Para onde vai? Não pode levantar-se...
- Lá... - foi o que conseguiu dizer apontando com a cabeça em direção à capela.
Acorreram outros padres... deitaram o enfermo na cama e começaram as orações dos agonizantes.
Às Zero Horas e Quinze Minutos do dia 26 de novembro, quarta-feira, o Pe. Prévot deixou a terra para ir para o céu festejar Santo André, seu santo patrono.
Logo pela manhã chegou o Pe. Dehon.
- Como está o Pe. Prévot?
- Está no céu! Morreu esta noite quando ia para a capela.
- Não esperou por mim... - Foi tudo o que, a soluçar, o Padre Fundador conseguiu dizer pela partida de um dos seus mais queridos filhos espirituais.
(Cf. Paolo Tanzella, Carta Bianca - vita di padre Andrea Prévot, Ed. Dehonane, Nápoli 1987, pag. 189 ss)

Prévot neste Quintal


Começam hoje as comemorações dos 100 anos da partida do Pe. André Prévot, ilustre dehoniano.

Até aqui foram publicados neste Quintal alguns textos sobre a vida, a obra e a santidade deste confrade:

- Modelo sacerdotal = 09/11/2009
- Bem-aventuranças dos sacerdotes = 21/11/2009
- Morte de um santo = 26/11/2009

sábado, 23 de novembro de 2013

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Presidente Kennedy

Onde estava eu no dia em que o Presidente Kennedy morreu?
Não me recordo absolutamente, pois eu tinha apenas 6 anos, ainda não andava na escola, nem havia televisão na minha casa nem na Madeira. Mas tinha familiares e amigos espalhados por todo o mundo…
É que encontrei esta relíquia lá em casa e só pode ter vindo de alguém da América, pois nunca lá estive.
Não estava lá há 50 anos, mas isto está comigo.
Nunca lá fui, mas isto veio até mim.
E guardo tudo religiosamente.
Ele faz-me lembrar o meu pai que era mais velho apenas 50 dias, pois nasceu a 7 de abril de 1917.

Que ambos estejam na paz do Deus em quem acreditaram.



A multiforma de ensinar

6ª Feira - XXXIII Semana comum

Jesus entrou no templo de Jerusalém e começou a expulsar os vendedores…
Jesus ensinava todos os dias no templo.

Jesus ensinava com gestos, com obras, com milagres, com curas e com palavras.
Há tantas maneiras de ensinar, mas só uma de aprender: fazendo.
Façamos então a sua vontade… mas estejamos atentos, pois ele tem muitas maneiras de ns ensinar.




quinta-feira, 21 de novembro de 2013

A felicidade da fé

A felicidade da fé ou a fé dá felicidade!


Apresentação = Dedicação


Apresentação de Maria

A propósito da comemoração da dedicação de uma basílica, lembramos a dedicação de Maria ao Templo de Jerusalém para valorizarmos a dedicação que a Virgem Maria fez de si mesmo a Deus todo-poderoso.
A propósito da abertura de um edifício, lembramos a entrada de Maria no templo de Jerusalém para valorizarmos a entrada de Deus na vida de Maria.
A propósito da construção de um templo, lembramos que Maria habitou num Templo para valorizarmos o templo que Deus habitou, isto é, o seio de Maria Santíssima.

Nós também entrámos neste templo para podermos transformarmo-nos em Templo de Deus através da comunhão.

Recordamos as belas palavras de João Paulo II:
Se Jesus é a Vida, Maria é a Mãe da Vida.
Se Jesus é a Esperança, Maria é a Mãe da Esperança.
Se Jesus é a Paz, Maria é a Mãe da Paz, Mãe do Príncipe da Paz.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Crer


ZAQUEU


3ª Feira - XXXIII Semana comum
 
 
ZAQUEU & JESUS OU JESUS & ZAQUEU
 
Subir para ver
Quando o coração é pequeno e humilde, é preciso agir como Zaqueu, que não era grande e subiu a uma árvore para ver Deus.
Devemos fazer assim quando somos baixos, quando temos o coração pequeno e pouca caridade: é preciso subir à árvore da mui santa cruz e de lá veremos e tocaremos Deus.
Com efeito, quando a alma se eleva deste modo, vê as benfeitorias da bondade e do poder do Pai, vê a clemência e a abundância do Espírito Santo, esse amor inexprimível que prega Jesus ao madeiro da cruz.
Nem os pregos nem cordas podiam prendê-Lo ali: somente a caridade.
Subi a essa santa árvore onde se encontram os frutos maduros de todas as virtudes que o corpo do Filho de Deus nos traz.
(Santa Catarina de Sena, Carta 119)
 
Sobe tu também à árvore do perdão
Jesus no seu caminho rumo a Jerusalém entra em Jericó. Esta é a última etapa de uma viagem que resume em si o sentido de toda a vida de Jesus, dedicada à procura e à salvação das ovelhas perdidas da casa de Israel. Mas quanto mais o caminho se aproxima da meta, tanto mais se vai estreitando ao redor de Jesus um círculo de hostilidades.
E no entanto, em Jericó tem lugar um dos acontecimentos mais jubilosos narrados por são Lucas: a conversão de Zaqueu. Esse homem é uma ovelha perdida, é desprezado, é um excomungado porque é um publicano; aliás, é o chefe dos publicanos da cidade, amigo dos odiados ocupantes romanos, é um ladrão e um explorador.
Impedido de se aproximar de Jesus, provavelmente por causa da sua má fama, e dado que era pequeno de estatura, Zaqueu sobe a uma árvore para poder ver o Mestre que passa. Este gesto exterior, um pouco ridículo, exprime contudo a atitude interior do homem que procura elevar-se acima da multidão para entrar em contacto com Jesus. O próprio Zaqueu não conhece o sentido profundo deste seu gesto, não sabe por que o faz, mas fá-lo; nem sequer ousa esperar que possa ser superada a distância que o separa do Senhor; resigna-se a vê-lo só de passagem. Mas quando chega perto daquela árvore, Jesus chama-o pelo nome: Zaqueu, desce depressa, porque hoje tenho que ficar em tua casa. Aquele homem pequeno de estatura, rejeitado por todos e distante de Jesus, vive como que perdido no anonimato; mas Jesus chama-o, e aquele nome, Zaqueu, na língua daquela época tem um significado bonito, cheio de alusões: com efeito, Zaqueu quer dizer Deus recorda.
E Jesus vai à casa de Zaqueu, suscitando as críticas de todos os habitantes de Jericó (porque também naquele tempo as pessoas bisbilhotavam muito!), que diziam: — Mas como? Com todas as pessoas boas que vivem na cidade, Ele vai ter precisamente com aquele publicano? Sim, porque ele estava perdido; e Jesus diz: Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão. A partir daquele dia, na casa de Zaqueu entrou a alegria, entrou a paz, entrou a salvação, entrou Jesus.
Não há profissão nem condição social, não existe pecado nem crime de qualquer tipo que possa eliminar da memória e do coração de Deus um só dos seus filhos. Deus recorda sempre, não se esquece de nenhum daqueles que Ele criou; Ele é Pai, sempre à espera vigilante e amorosa de ver renascer no coração do filho o desejo de voltar para casa.
Olhemos para Zaqueu hoje, na árvore: o seu gesto é ridículo, mas é uma atitude de salvação. E eu digo-te: se tiveres um peso na consciência, se sentires vergonha de tantas coisas que cometeste, pára um pouco, não te assustes. Pensa que alguém te espera, porque nunca deixou de se recordar de ti; e este alguém é o teu Pai, é Deus que te espera! A exemplo de Zaqueu, também tu sobe à árvore do desejo de ser perdoado; garanto-te que não ficarás dececionado. Jesus é misericordioso e nunca se cansa de perdoar! Recordai-vos bem disto, Jesus é assim.
Irmãos e irmãs, deixemos também nós que Jesus nos chame pelo nome! No fundo do nosso coração, ouçamos a sua voz que nos diz: Hoje tenho que ficar em tua casa, ou seja, no teu coração, na tua vida. E acolhamo-lo com alegria: Ele pode mudar-nos, pode transformar o nosso coração de pedra em coração de carne, pode libertar-nos do egoísmo e fazer da nossa vida uma dádiva de amor. Jesus pode fazê-lo; deixa-te olhar por Jesus!
(Papa Francisco, Angelus de 3/11/2013)
 
Jesus & Zaqueu
Jequeu & Zasus

Zaqueu não conhecia Jesus,
mas Jesus conhecia Zaqueu.

Zaqueu pensava que não era conhecido,
mas Jesus conhecia o que o Zaqueu pensava.

Zaqueu queria ver no anonimato,
mas Jesus chamou pelo seu nome.

Zaqueu quis esconder-se numa árvore,
mas Jesus quis ficar na sua casa.

Zaqueu olhou para Jesus de cima para baixo,
mas Jesus olhou para Zaqueu de baixo para cima.

Zaqueu achou Jesus mais pequeno do que era,
mas Jesus considerou Zaqueu maior do que aparentava.

Zaqueu procurava e foi encontrado,
mas Jesus encontrou quem procurava.

Zaqueu queria ver e foi visto,
mas Jesus foi visto e viu o que queria.

Zaqueu queria ver de passagem,
mas Jesus queria ficar.

Zaqueu subiu para descer,
mas Jesus aproximou-se para entrar e sentar-se à mesa.
 

quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Semana dos seminários (4)



Cruz e distância

5ª Feira - XXXII Semana comum

Quando virá o reino de Deus?

Quando não sei nem Cristo nos diz.
Apenas fiquei a saber como virá:
Como luz forte (como relâmpago) que tudo e todos iluminará. 
O reino de Deus iluminará, esclarecerá tudo e todos, revelará a plena verdade.
O reino porá em claro todo o mistério.

Mas antes que isso aconteça são necessárias duas coisas, uma para Jesus e outra para nós.
É preciso que Jesus sofra muito. É o mistério da cruz, pois sem batalha não há vitória, sem cruz não há ressurreição.
É preciso que esta geração rejeite este projeto. É o mistério do afastamento: nós só valorizamos a saúde quando ficamos doentes; só admiramos a luz quando sentimos a sua falta. É preciso então passar por uma privação, um afastamento ou um distanciamento para darmos importância àquilo que temos e às oportunidades que o Senhor nos dá.
Cruz e distância significa dar um passo atrás para poder ir em frente com maior determinação.
É perdendo que se ganha.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Semana dos seminários (3)





ingrato = indigno


3ª feira - XXXII Semana Comum

Uma vez o pai quando lhe foi dar as boas noites ao filho perguntou-lhe se já tinha agradecido a Deus o dia que então terminava.
O miúdo respondeu que não, justificando-se assim:
- Não aconteceu nada para agradecer.
- De certeza? meu filho, pensa melhor.
- Pois não. Ainda não recebi o jogo que o pai me prometeu, a mãe ainda não me comprou a tshirt de marca que escolhi, não fui passear nem jantar fora…
Então o pai foi-lhe perguntando calmamente:
- Estiveste doente hoje? Não tiveste nada comer hoje? Não tens onde dormir? Os teus pais desprezaram-te?
Não tiveste amigos com quem brincar?
O miúdo foi fechando os olhos pouco a pouco, agradecendo silenciosamente tantas graças recebidas, mas esquecidas. E duas lágriamas sinceras foram a melhor expressão da sua eterna gratidão.
E o pai saíu satisfeito, pois o seu filho, que à primeira vista era como os 9 leprosos, afinal sabia agradecer.
Quem não agradece, não merece nada daquilo que tem.
Ser ingrato é ser indigno de tudo o que recebeu.

1. É bom agradecer.
2. É bom ter algo para agradecer.
3. É bom ter a quem agradecer.
4. É bom ter com quem agradecer.
5. É bom saber agradecer.


terça-feira, 12 de novembro de 2013