Ano C – VIII domingo comum
Porque
é que Jesus nos manda amar os inimigos?
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Porque é fácil.
Nós
fomos feitos para nos amarmos uns aos outros. Fazemos aquilo para o qual Deus
nos fez.
-
Porque é lógico.
Se
nos temos de amar a todos então também devemos amar os inimigos, os novos, os
velhos, isto é, amar a todos.
-
Porque dá resultado. Deus nos deu o exemplo. Ele nos manda fazer aquilo que ele
fez. Assim como vos amei, amai os vossos inimigos. Afinal é ele que ama em nós os nossos inimigos e é por isso que resulta.
Tal
como o concurso Totoloto (iniciado em 1985) do qual ainda hoje se diz que é
fácil, é barato e dá milhões, assim também o amar aos inimigos é fácil, é
lógico e dá resultado.
O
que é oferecer a outra face?
-
Não é fazer com que haja outra violência. É mostrar a outra face não da agredida,
mas outra face da mão que agrediu. De facto, mostrar a outra face não é dar a
oportunidade de voltar a ser agredido. É mostrar a face do bem a quem mostrou a
face do mal, é mostrar o positivo a quem mostrou o negativo…
Exemplo
de uma criança:
Havia
muita violência doméstica numa certa casa. Uma vez, talvez por excesso de
bebido o pai deu uma bofetada na cara do seu filho que tinha dito algo de mau
gosto.
O
filho, com o rosto vermelho e com as lágrimas nos olhos, pegou na mão do pai e
deu-lhe vários beijos.
Dizem
que a partir daí nunca mais houve violência doméstica.
As
crianças são capazes de viver heroicamente esta página do Evangelho de dar a
outra face.
Exemplo
de um soldado:
Aprendi
como capelão militar esta história, que não sei se foi real, mas de certeza é
verosímil.
Na
camarata do quartel, todas as noites havia um soldado que antes de se deitar
ajoelhava-se e fazia as suas orações. Claro que todos os seus colegas riam,
provocavam-no, chamavam-lhe nomes.
-
Deixa-te de pieguices, seu beato. És mesmo um atrasado mental, fundamentalista
e supersticioso etc…
O
rapaz continuava a rezar e parecia nem ouvir, tão concentrado estava.
Uma
noite um companheiro para o provocar, porque as palavras não tinham efeito,
levantou-se, fez pontaria e atirou-lhe as suas botas todas enlameadas. E, como
é suposto os soldados terem pontaria, acertou-lhe em cheio na cabeça. Ficou
atordoado e todo sujo, mas continuou a rezar, agora no meio de total silêncio.
Na
manhã seguinte o soldado que lhe tinha atirado as botas sujas, ficou chocado ao
ver junto da sua cama as suas próprias botas bem limpas e engraxadas.
Envergonhado não se manifestou, mas duas lágrimas escorreram pelo seu rosto.
Na
noite seguinte, nessa camarata, não houve um soldado de joelhos a rezar, mas
sim dois soldados. Alguém mostrou a outra face e valeu a pena.
E
também isto é fácil, é lógico e dá resultado.
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