IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos
O salmo da velhice
O Papa Francisco inspirou-se no Salmo (70, 9)
para a mensagem do IV Dia Mundial dos Avós e dos Idosos, a ser celebrado a 28
desde mês – Na velhice, não me abandones.
De facto, o Salmo 70 (71) é considerado o
salmo da velhice.
É o salmo da esperança cristã desde a
juventude à velhice.
O salmista, homem já avançado em anos, repete
muitas vezes as mesmas ideias. Pede auxílio a Deus em quem se refugia (1-4),
que é a sua esperança e proteção desde a juventude (5-6), a quem louva (7-8).
Suplica-lhe que o não rejeite na velhice por causa dos que espiam os seus
passos (9-12), aos quais deseja ignomínia e confusão pelo mal que lhe têm feito
(13). Repete os seus motivos de esperança (14-15), lembra o que Deus tem feito
por ele desde a juventude à velhice (16-18), proclama a justiça e as obras do Senhor
e também quanto ele o fez sofrer (19-21) e como sabe que receberá de novo a
ajuda promete que há de louvar e celebrar os benefícios de Deus (22-24).
Diz o Papa na sua mensagem: Deus nunca
abandona os seus filhos; nem sequer quando a idade vai avançada e as forças já
declinam, quando os cabelos ficam brancos e a função social diminui, quando a
vida se torna menos produtiva e corre o risco de parecer inútil.
A molesta companheira da nossa vida de idosos
e avós é, com frequência, a solidão.
A solidão e o descarte tornaram-se elementos
frequentes no contexto em que estamos imersos. Têm múltiplas raízes: nalguns
casos, são o resultado duma exclusão planeada, uma espécie de triste «conjura
social»; noutros, trata-se infelizmente duma decisão própria; noutros ainda,
suportam-se fingindo que se trata duma opção autónoma. Cada vez mais «perdemos
o gosto da fraternidade».
Rezando com e pelos avós e idosos:
- Pelos avós e pelos idosos que sofrem com a
solidão e o abandono,
pelos que encontram sempre quem cuide deles
com ternura e amor,
e pelo testemunho de fé que partilham aos
mais jovens,
oremos irmãos.
- Ouvi-nos, Senhor.
Oremos:
Senhor, Deus dos vivos, que mediante o pão da
vida e o banho da regeneração, concedeis perene juventude à vossa Igreja, não
nos abandoneis no tempo de velhice, mas fazei que cumpramos a vossa vontade na
prosperidade e na desgraça, e sempre celebremos na alegria a vossa fidelidade.
Por Nosso Senhor…
À margem 1
Quando é que alguém é velho?
Perguntaram à Joana, de seis anos, quando é
que uma pessoa é velha?
- Uma pessoa é velha quando tem o cabelo
branco?
- Não. A minha avó tem o cabelo branco, mas
não é velha. Nunca se cansa de brincar comigo.
- Uma pessoa é velha quando aparecem as
rugas?
- Não. O avô do Francisco está cheio de
rugas, mas tem a cara bonita como o sol.
- Uma pessoa é velha quando anda numa cadeira
de rodas?
- Não é verdade. O meu maninho, levamo-lo a
passear no carrinho de bebé, mas não é velho.
- Conheces então alguém que seja velho?
- Oh, sim. A senhora Marcelina.
(A Senhora Marcelina tem 50 anos, veste-se
com elegância, caminha como se tivesse metade da sua idade).
- E por que dizes que ela é velha?
- Ela nunca se ri!
De facto, uma pessoa só é velha quando deixa
de rir ou de sorrir.
À margem 2
Quem imita quem?
Ao celebrarmos a memória de São Joaquim e de
Santa Ana a quem devemos imitar?
Não é para imitarmos os santos avós, ou a mãe
de Deus, mas para imitarmos a Jesus Cristo. De facto, nem todos somos avós, nem
pais, mas todos somos filhos e netos.
Concedei-nos, ó Deus, por intercessão de São
Joaquim e de Santa Ana, pais da Virgem Maria, Mãe de Deus, a graça de imitarmos
cada vez mais a Cristo, para um dia participarmos na sua glória.
À margem 3
Por que é que na velhice os passos são
lentos?
Não é porque os joelhos têm artrose, nem
porque as forças já não são muitas. Na velhice os passos são lentos, porque um
idoso carrega uma criança, um jovem e um adulto na sua própria história.
Ver também:
Sem comentários:
Enviar um comentário