terça-feira, 16 de julho de 2024

Credo da família carmelita


Memória da Virgem Santa Maria do Monte Carmelo

Credo carmelita

 

Creio no Carmelo
onde se espelha a beleza da Santíssima Trindade
e se encarna o esplendor da Sua comunhão de amor sobre a terra.

Creio no Pai fonte de toda a santidade
derramada nos santos, nos mártires,
nos doutores e nos místicos desta família.

Creio em Cristo, Livro Vivo,
Companheiro de caminho e Amigo que nunca falta,
o Rei do Castelo da nossa alma.

Creio no Espírito Santo, o Divino Hóspede do Castelo interior,
a Chama de Amor Viva  que abrasou os corações dos nossos pais
Teresa de Jesus e João da Cruz.

Creio no Carmelo como Casa de oração para todos os homens,
escola da união íntima com Deus
e da comunhão com os irmãos.

Creio no Carmelo que encontra em Maria e José,
na simplicidade do seu lar de Nazaré,
um modelo de interioridade, silêncio, oração e serviço.

Creio no Carmelo como Jardim de Deus
onde se restaura a beleza e pureza original
sonhadas pelo Criador no princípio de todas as coisas.

Creio no Carmelo como Casa de Comunhão
onde as famílias, os sacerdotes e os consagrados,
as crianças e os jovens, os adultos e velhinhos
são acolhidos, abraçados e amados.

Creio no Carmelo como um lar de amor e de paz,
radiante de santidade e alegria, onde os filhos se sentam felizes,
à volta da mesa da Palavra e da Eucaristia.

Creio no Carmelo, como o amor a arder no Coração da Igreja,
o amor missionário que abarca todo o espaço e lugar,

os que estão longe e os que estão perto, o tempo e a eternidade.

Creio nesta família carmelita onde nasci,

como uma família fecunda, chamada a saborear e a partilhar
com todos os mais saborosos frutos do Monte Carmelo. Ámen.

(CF. www.seculares.carmelitas.pt)

Carmelo significa jardim de Deus ou vinha de Deus, embora também possa ser traduzido simplesmente como pomar ou horto. Hoje é uma reserva natural de flora e fauna. O profeta Elias viveu nas suas grutas e realizou os seus maiores feitos no Carmelo.

No século IV, numerosos eremitas cristãos retiraram-se para viver nas grutas das montanhas. No século XII, um grupo de cruzados latinos dedicou-se a viver no dom de Jesus Cristo, imitando a Virgem Maria. Os Carmelitas nasceram na Terra Santa, no Monte Carmelo, que tiveram de abandonar ao longo do século XIII devido à pressão dos muçulmanos. Naquela época as pessoas normais tinham pouca roupa. Normalmente usavam apenas uma túnica, que era protegida com uma espécie de manto ou avental grande durante o trabalho. Essa vestimenta protetora era chamada de “escapulário”, porque caía das “escápulas” (ombros) e cobriam o peito e as costas.

Como os carmelitas se recusaram a ter qualquer senhor que os protegesse na terra, adotaram o hábito e o escapulário castanhos, feitos de lã de ovelha não tingida, que era o que usavam os pobres e deserdados. Entretanto, continuaram a confiar na ajuda de Maria.

Surgiu no início do século XIII a prática da recitação do Rosário ou do teço do Rosário.

A meados do mesmo século surgiu a devoção do Escapulário de Nossa Senhora do Carmo. As duas práticas complementam-se, são a arma e a armadura. A arma de conquista e a armadura de defesa e de proteção. O terço ajuda-nos a vencer. O Escapulário ajuda-nos a não sermos vencidos.

 

Ver também:

Escapulário

Arma e armadura

Monte Carmelo

 

Ver ainda sobre as leituras do dia:

Os meus milagres

Tolerância para todos

 

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