Ano B – XVI domingo comum
Jesus convidou os seus discípulos:
- Vinde comigo para um lugar isolado e descansai…
Perguntei na missa de hoje qual é a melhor
maneira de descansar.
Antes de começarem a responder que aguardassem
em silêncio.
E todos responderam por sua vez que a melhor
maneira de descansar é ficar em silêncio e em paz.
No trecho do evangelho o narrador não disse
como é que os discípulos descansaram.
Mas, de certeza foi num lugar calmo, isolado,
em silêncio e desfrutando a paz interior e exterior.
Só descansamos em silêncio e em paz porque
aprendemos a ouvir outras coisas, a compreender outras linguagens, a expressar-nos
através de gestos, de nos reencontrarmos connosco mesmos, com Deus, com os
outros e com a natureza. Só há verdadeiro descanso quando nos envolvemos em paz
com todos estes parceiros.
O Cardeal Sarah afirma: O silêncio da vida
quotidiana é uma condição indispensável para a convivência com os outros. Sem a
capacidade de silêncio, o homem é incapaz de ouvir, amar e compreender as
pessoas ao seu redor. A caridade nasce do silêncio. Ela procede de um coração
silencioso, capaz de ouvir, de escutar e de acolher. O silêncio é uma condição
para a alteridade e uma necessidade para compreender a si mesmo. Sem silêncio
não há descanso, nem serenidade, nem vida interior. O silêncio é amizade e
amor, harmonia interior e paz. O silêncio e a paz têm o mesmo batimento
cardíaco.
Sem silêncio não há descanso.
E sem descanso não há silêncio nem paz.
À margem 1
Jesus viu uma grande multidão e compadeceu-sede
toda aquela gente, porque eram como ovelhas sem pastor.
1. Jesus não quer nenhum rebanho sem pastore
nem nenhum pastor sem rebanho.
2. Um rebanho sem pastor é um rebanho cansado
e um rebanho cansado é um rebanho que mete dó.
À margem 2
Há tempo para ir e tempo para regressar.
Há momentos para pregar e momentos para rezar,
Hora para falar de Deus aos homens e hora
para falar dos homens a Deus.
Há tempo para falar e tempo para calar.
Há tempo para trabalhar e tempo para
descansar.
À margem 3
E começou a ensinar-lhes muitas coisas
Diz começou, mas não diz que acabou. Porquê?
Porque começou para nunca mais acabar.
Começou a ensinar aquela gente e continua a
ensinar-nos a nós.
Começou e continua a ensinar todos, em
qualquer lugar e para todo o sempre.
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