É mais fácil passar um camelo pelo fundo duma
agulha do que um rico entrar no reino de Deus.
Versão do salteador
Nas montanhas havia um passo conhecido como
olho da agulha, tão estreito que os mercadores tinham que desmontar dos seus
camelos, ficando assim vulneráveis aos salteadores. O camelo passava, mas o
rico ficava retido e despojado.
Um rico para entrar no reino dos céus precisa
de se apear, de desmontar do seu camelo, de despojar-se do que tem…
Versão do lavrador
O
Dinheiro é um bem deste mundo.
Antes
de ser dinheiro era terra e da melhor qualidade.
Terra
da melhor qualidade chama-se adubo.
O
dinheiro (ou as riquezas) e o adubo têm no mundo uma função semelhante:
Um monte de adubo não serve para nada, mas quanto mais espalhado mais fecunda a terra.
Um monte de adubo não serve para nada, mas quanto mais espalhado mais fecunda a terra.
Assim
também o dinheiro ou qualquer riqueza, quanto mais disperso mais útil e fecundo
se torna para a sociedade.
Vai
e espalha as tuas riquezas, e depois vem e segue-me!
Versão do cordoeiro
Mais
fácil é entrar um calabre pelo fundo de uma agulha, que entrar um rico no Reino
do Céu.
Que
remédio tem logo um rico para entrar no céu?
Eu
o direi.
Desfiar
o calabre, e logo fio a fio poderá entrar pelo fundo da agulha.
Vendei
o que tendes, e reparti-o com os pobres. (Sermão do Pe. António Vieira)
De facto Cirilo de
Alexandria dizia que a palavra Kamêlos (camelo) substituiu erradamente Kamilos
(corda ou cabo) gerando confusão. A fórmula inicial seria: É mais fácil passar
uma corda pelo fundo de uma agulha do que um rico entrar no reino de Deus.
Para isso basta desfiar a
corda e fazer passar cada fio pelo fundo da agulha, por mais apertado que ele seja.
Os ricos para entrarem no
reino de Deus precisam de repartir o que têm, distribuir, semear, dispersar ou
separar como os fios de uma corda.
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