No
início dos Jogos Olímpicos, Rio 2016, partilhamos o que o Pe. Dehon pensava,
praticava e ensinava acerca do desporto em geral e da atividade física.
1) Desporto e atividade física nalguns ESCRITOS do Pe. Dehon
1) Desporto e atividade física nalguns ESCRITOS do Pe. Dehon
“Em Bombaim os Jesuítas têm um
grande colégio, uma universidade onde todas as nações frequentam. Vi juntos jogarem
futebol indianos, muçulmanos, persas, ingleses, todos se compreendiam… em inglês.” (NQ 32, fevereiro, 1911)
“Futebol
americano e basebol
Estes
são as belas modalidades desportivas. Todas as cidades têm os seus ginásios. Há
uma competição entre as universidades, faculdades e clubes. A competição do
futebol entre as universidades de Harvard e Yale no outono fascina toda a
América como o grande prémio de Longchamp apaixona a França e Lederby Epsom a
Inglaterra. Há grandes somas de dinheiro nas casas de apostas. Da parte de
Harvard há bandeiras vermelhas no campo e flores artificiais. Do lado de Yale
tudo é azul. Os repórteres estão no terreno com fios especiais para enviar
notícias para toda a parte, máquinas de escrever são instaladas para registar
todos os detalhes da competição.
Há
chefes de claque e gritos de guerra especiais de cada cor. É como nas arenas
das touradas. Os jogadores são preparados por meio de uma vida sóbria e casta e
pelos exercícios de cada dia. Esta
paixão pelo desporto dá à América uma juventude robusta, forte formada para a
luta e livre de prazeres sensuais. Há qualquer coisa de espartana nesta
educação.” (NQ 27/67, outubro 1910)
“De
12 a 19, a bordo, com tantos americanos, estamos já na América. Eu aprecio o
povo americano. Eles insistem no vigor físico com uma dieta substancial e
regular com o desporto e o exercício físico. Há simplicidade e despreocupação
nas suas maneiras, por vezes até demais…. Eles passeiam a bordo para medirem o
exercício. Todos fazem os cem passos, homens, mulheres e crianças, todos se
dedicam ao desporto, à luta, aos jogos florais, mesmo os homens mais sérios.
É uma sociedade que herdou as qualidades de Esparta. Nós tentamos imitar o
desporto de outras paragens.” (NQ 25/46, agosto
1910)
“A
25 tivemos a bela festa desportiva com um milhar de ginastas. Estes jovens
de Vosges são calmos, robustos, sérios e cristãos. Oitenta soldados das
guarnições do Leste estiveram também presentes. Eles fizeram a adoração
noturna, eu preguei-lhes de manhã e presidi à procissão. Há 4 dos meus alunos
neste grupo”. (NQ 23/74, julho 1908)
“A 14 de novembro (Em Brusque, Brasil)
fiz uma peregrinação a Nossa Senhora de Caravaggio em Ajanbuja. Eu montei um
cavalo branco. (cf. Mil légua na América do Sul)
2) Desporto e atividade física na
VIDA do Pe. Dehon
Apesar de
fraca constituição física, nunca deixou de fazer o seu exercício físico:
- Desde moço
aprendeu a andar a cavalo e até em 1906 no Brasil, viajou assim.
- Como
estudante a visitar a Escócia não deu descanso aos remos da embarcação para atravessar
um lago debaixo de ma tempestade.
- No tempo
de estudante foi uma vez ou outra às corridas de cavalo em Paris e em Londres.
- No Egipto,
atravessou uma torrente com água pela cintura.
- Andou de
camelo durante algumas semanas e deu entrada em Jerusalém a pé, como verdadeiro
peregrino.
- Nas férias
em La Capelle, já como seminarista pede um cavalo manso ao pai para dar alguns
passeios.
-
Recomendava aos professores e formadores que não se podia descorar o exercício
físico quotidiano nos formandos.
- Caminhava
sempre direito, como um círio ou como se tivesse engolido u garfo.
- Nos bancos
da capela, passava muitas horas a rezar de joelhos e nunca apoiava os braços no
branco…
- Durante a
Guerra mundial, retiro em São Quintino quase só, sem livros, sem arquivo…
encontrou uma maneira de estar ativo: cortar lenha, uma hora por dia. Faz-me
muito bem à saúde.
- No final
da vida apesar de debilitado continuou as suas caminhadas:
A partir de
março de 1922 o Pe. Dehon praticamente não sai de Bruxelas. Leva uma vida muito
regular: levanta-se às 5, celebra a missa às 7, às 8 sai para comprar os
jornais: “Saio todos os dias. Ao
caminhar, leio o meu pequeno livro…” (cf NQ 45, janeiro 1925)
- O Pe
Philipe e o Pe. Morel prestaram os últimos cuidados ao corpo inanimado do Pe.
Dehon na urna e testemunharam: Ficámos assombrados: Das suas coxas não restavam
mais que pele e osso, nada de musculatura. E assim, naquele homem que, dia a
dia, ia e vinha, subia e descia as escadas, se arrastava passeando… compreendemos o martírio de uma
vítima do Sagrado Coração.
- Apesar de
toda esta atividade física, o Pe. Dehon sempre se considerou mais um homem de
escrevaninha do que qualquer desporto ou exercício físico.
3) VALOR do
desporto e atividade física SEGUNDO o Pe. Dehon
Forma muitos
jovens
(Esta paixão pelo desporto dá à América uma juventude
robusta, forte e formada para a luta e livre de prazeres sensuais.)
Apaixona
muita gente
(A competição do futebol entre as universidades de
Harvard e Yale no outono fascina toda a América como o grande prémio de
Longchamp apaixona a França e Lederby Epsom a Inglaterra.)
Exercita a
personalidade
(Há qualquer coisa de espartana nesta educação
americana. É uma sociedade que herdou as qualidades de Esparta. Infelizmente
nós na França tentamos imitar o desporto de outras paragens.)
Forja
vontades
(Há simplicidade e despreocupação nas
suas maneiras, por vezes até demais…. Eles passeiam a bordo para medirem o
exercício. Todos fazem os cem passos, homens, mulheres e crianças)
Promove a
vida pura
(Os jogadores são preparados por meio de uma vida
sóbria e casta e pelos exercícios de cada dia. No prazer a juventude passa mais
depressa)
Robustece o
físico
(Eles insistem no vigor físico com uma dieta
substancial e regular, com o desporto e o exercício físico.)
Movimenta
muitas profissões
(Os repórteres estão no terreno com fios especiais
para enviar notícias para toda a parte…)
Envolve
muito dinheiro
(Há grandes somas de dinheiro nas casas de apostas…)
Favorece
vida cristã
(Estes jovens são calmos, robustos, sérios e cristãos.
Eles fizeram a adoração noturna, eu preguei-lhes de manhã e presidi à
procissão.)
Desperta
espírito comunitário
(Todos se dedicam ao desporto, à luta, aos jogos
florais, mesmo os homens mais sérios.)
Desenvolve a
colaboração e a união
(Vi juntos
jogarem futebol indianos, muçulmanos, persas, ingleses, todos se compreendiam)
Reforça a
saúde
(Encontrei
uma maneira de estar ativo: cortar lenha, uma hora por dia. Faz-me muito bem à
saúde.)
Anima as
virtudes
(Recomendo
aos professores e formadores que não descorarem o exercício físico quotidiano
dos formandos. A vida brindou a juventude com todos os elementos que servem
para as grandes empresas: entusiasmo, força e generosidade)
Resguarda a
alma
(Têm uma
vida casta, livre de prazeres
sensuais. A atividades física, a ordem e o asseio na vida humana correspondem
igualmente às disposições da alma.)
Ajuda o
ideal
(Há chefes de claque e gritos de guerra
especiais de cada cor que os incentivam... É como nas arenas das touradas.
Jovens, é preciso agir! Na vossa idade deve-se ter espírito de combatividade.)
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