sexta-feira, 26 de agosto de 2016

Outras versões

6ª feira - XXI semana comum

Outras versões da parábola das 10 Virgens

1) Versão tradicional
Criada pelo lendário autor grego Esopo (620-560 a.c.), a fábula da Cigarra e da Formiga, tal como a conhecemos hoje deve-se ao poeta e fabulista francês Jean de La Fontaine (1621-1695), traduzido por um grande poeta português Bocage (1765-1805).

A Cigarra e a Formiga

Tendo a cigarra, em cantigas,
Folgado todo o verão,
Achou-se em penúria extrema,
Na tormentosa estação.

Não lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.

– Amiga – diz a cigarra
– Prometo, à fé de animal,
Pagar-vos, antes de Agosto,
Os juros e o principal.

A formiga nunca empresta,
Nunca dá; por isso, junta.
– No verão, em que lidavas?
– À pedinte, ela pergunta.

Responde a outra: – Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora.
– Oh! Bravo! – torna a formiga
– Cantavas? Pois dança agora!

As donzelas formigas
As donzelas cigarras

As donzelas formigas eram prudentes
As donzelas cigarras eram insensatas

As donzelas formigas levaram recursos consigo
As donzelas cigarras não levaram recursos consigo

As donzelas formigas ao chegar a noite entraram
As donzelas cigarras ao chegar a noite desandaram

As donzelas formigas ficaram no banquete
As donzelas cigarras ficaram à porta

2) Versão ou agora ou nunca
R. Hanina disse: Isto pode comparar-se a um viajante que saiu a caçar. Quando começou a cair a tarde, chegou a um posto de soldados. O capitão da guarda disse-lhe:
- Vem abrigar-te das feras selvagens e dos bandidos na noite.
Mas o viajante respondeu:
- Não tenho o costume de pernoitar juntamente com os soldados.
Como continuou o caminho, viu-se envolvido na noite escura e nas trevas mais espessas. Regressou então ao posto dos soldados e com grandes gritos suplicou que lhe abrissem a porta. Mas o Capitão responde:
- Não costumo abrir o posto de soldados durante a noite, nem tenho ninguém acordado para abrir a porta. Quando te propus, não aceitaste. Agora não posso abrir-te a porta.
Do mesmo modo o Santo diz: Procurai o Senhor enquanto Ele se deixa encontrar. (cf  Filipe F. Ramos, El Reino en Parábolas, Salamanca 1996)


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