Outras versões da parábola das 10 Virgens
1) Versão tradicional
Criada
pelo lendário autor grego Esopo (620-560 a.c.), a fábula da Cigarra e da
Formiga, tal como a conhecemos hoje deve-se ao poeta e fabulista francês Jean
de La Fontaine (1621-1695), traduzido por um grande poeta português Bocage (1765-1805).
A
Cigarra e a Formiga
Tendo
a cigarra, em cantigas,
Folgado todo o verão,
Achou-se em penúria extrema,
Na tormentosa estação.
Folgado todo o verão,
Achou-se em penúria extrema,
Na tormentosa estação.
Não
lhe restando migalha
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.
Que trincasse, a tagarela
Foi valer-se da formiga,
Que morava perto dela.
–
Amiga – diz a cigarra
– Prometo, à fé de animal,
Pagar-vos, antes de Agosto,
Os juros e o principal.
– Prometo, à fé de animal,
Pagar-vos, antes de Agosto,
Os juros e o principal.
A
formiga nunca empresta,
Nunca dá; por isso, junta.
– No verão, em que lidavas?
– À pedinte, ela pergunta.
Nunca dá; por isso, junta.
– No verão, em que lidavas?
– À pedinte, ela pergunta.
Responde
a outra: – Eu cantava
Noite e dia, a toda a hora.
– Oh! Bravo! – torna a formiga
– Cantavas? Pois dança agora!
Noite e dia, a toda a hora.
– Oh! Bravo! – torna a formiga
– Cantavas? Pois dança agora!
As
donzelas formigas
As
donzelas cigarras
As
donzelas formigas eram prudentes
As
donzelas cigarras eram insensatas
As
donzelas formigas levaram recursos consigo
As
donzelas cigarras não levaram recursos consigo
As
donzelas formigas ao chegar a noite entraram
As
donzelas cigarras ao chegar a noite desandaram
As
donzelas formigas ficaram no banquete
As
donzelas cigarras ficaram à porta
2) Versão ou agora ou nunca
R.
Hanina disse: Isto pode comparar-se a um viajante que saiu a caçar. Quando
começou a cair a tarde, chegou a um posto de soldados. O capitão da guarda
disse-lhe:
-
Vem abrigar-te das feras selvagens e dos bandidos na noite.
Mas
o viajante respondeu:
-
Não tenho o costume de pernoitar juntamente com os soldados.
Como
continuou o caminho, viu-se envolvido na noite escura e nas trevas mais
espessas. Regressou então ao posto dos soldados e com grandes gritos suplicou
que lhe abrissem a porta. Mas o Capitão responde:
-
Não costumo abrir o posto de soldados durante a noite, nem tenho ninguém
acordado para abrir a porta. Quando te propus, não aceitaste. Agora não posso
abrir-te a porta.
Do
mesmo modo o Santo diz: Procurai o Senhor enquanto Ele se deixa encontrar. (cf Filipe F. Ramos, El Reino en Parábolas,
Salamanca 1996)
Sem comentários:
Enviar um comentário