quinta-feira, 4 de setembro de 2025

Quem obedece nunca falha


5ª feira – XXII semana comum

Jesus convidou Pedro a lançar as redes, mas ele só via problemas:

- Lançar de novo as redes? Não pescámos nada durante toda a noite. Agora não é o momento adequado para pescar, em plena luz do dia. É muito longe ou muito profundo... O que é que percebes desta faina? Mas já que o dizes, lançarei as redes.

E assim fizeram e apanharam tão grande quantidade de peixes…

Porquê?

Porque Pedro não se baseou nas estratégias dos pescadores, que conhecia bem, mas na novidade de Jesus. Confiou em Jesus e os resultados ficaram à vista de todos.

De facto, para Jesus nada é impossível.

Pedro, pessimista, via um problema em cada solução.

Jesus, otimista, via uma solução para cada problema.

Quem obedece nunca se engana.

 

À margem

Pesca milagrosa – Multiplicação dos pães e dos peixes

Sobeja sempre, todos comeram quanto quiseram e ainda sobrou 12 cestos.

Apanharam tão grande quantidade de peixes que as redes começaram a romper-se… e encheram ambos os barcos de tal modo que quase se afundavam.

Quer dizer – A generosidade de Deus é maior do que a nossa necessidade. Deus é maior do que a nossa fome. A fonte divina é superior à nossa sede.

 

Ver também:

O barco é uma pregação

Um barco esquecido na praia

Pescar pessoas com rede

Jesus ensina como pregar

As lições de um barco

Perito em mudanças

O barco de Pedro

Deixar tudo

A barca de Jesus

Pesca evangélica

Jesus, a barca e a pesca

Três lições de uma barca

A arte de pescar

Barco = púlpito

Faz-te ao largo

Declaração de fé

Na mesma barca

Eu sou um barquinho

Arrumar os barcos

Mais além

Faz-te ao largo

Corpo e alma


 

quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Servo dos Servos de Deus


Memória de São Gregório Magno, 

Papa e Doutor da Igreja

São Gregório ditando as músicas sacras
que a Pomba do Espírito Santo
sugeria ao seu ouvido


De Prefeito de Roma a monge.

De monge a Papa da Igreja universal.


O Papa Gregório Magno nasceu na cidade de Roma no ano 540.

Após os seus estudos de Direito, Gregório empreendeu a carreira política e ocupou o cargo de Prefeito da cidade do Roma. Esta experiência o amadureceu e o levou a ter uma maior visão da cidade, as suas problemáticas e um profundo senso da ordem e da disciplina.

Alguns anos depois, atraído pela vida monacal, decidiu retirar-se da política, deu os seus bens aos pobres e fez da sua vila paterna, no bairro do Celio, um mosteiro dedicado a Santo André. Ali, dedicou-se à oração, ao recolhimento, ao estudo da Sagrada Escritura e dos Padres da Igreja.

No ano 590, foi eleito Papa. Teve que enfrentar um período difícil: corrupção dos Lombardos, abundantes chuvas e inundações, que provocaram numerosas vítimas e grandes prejuízos; a escassez atingiu diversas regiões da Itália; a epidemia da peste, que continuava a causar vítimas.

Ocupando a Cátedra de Pedro, Gregório reorganizou a administração pontifícia e cuidou da Cúria Romana, onde tantos eclesiásticos e leigos tinham interesses bem diferentes daqueles espirituais e caritativos. Deve-se a ele também as táticas políticas para salvar Roma – esquecida pelos imperadores – e os tratados com os Lombardos para assegurar a paz na Itália central; estabeleceu relações de fraternidade com eles e se preocupou pela sua conversão

O Papa Gregório I reformou ainda a celebração da Missa, tornando-a mais simples; promoveu o canto litúrgico, que recebeu o nome de gregoriano,

São Gregório Magno morreu em 12 de março de 604 e foi sepultado na Basílica de São Pedro

Poder-se-ia dizer que Gregório tenha sido o primeiro Papa a utilizar o poder temporal da Igreja, sem deixar de lado o aspeto espiritual do seu ofício. No entanto, permaneceu sempre um homem simples, tanto que, nas suas Cartas oficiais, se define “Servus servorum Dei” (“Servo dos servos de Deus”), um apelativo que os Pontífices mantiveram no tempo.

 

À margem 1

Música sacra gregoriana é oração.

Uma conhecida lenda permeia a relação de São Gregório Magno com a música sacra. A lenda diz que São Gregório promovendo as reformas no culto, teria recebido do Espírito Santo em forma de pomba a inspiração para compor as melodias a partir daí chamadas de gregorianas. Numa ilustração do Antifonário de Hartker do Mosteiro Beneditino de Saint Gallen na Suíça vemos um escriba sentado à frente do Papa Gregório (este paramentado e posicionado em sua cátedra), escrevendo as melodias cantadas por ele. No ombro direito do Papa há a pomba do Espírito Santo, com o bico bem próximo ao seu ouvido sugerindo melodias.

 

À margem 2

Conta-se que antes de ser Papa Gregório Magno foi abade de um mosteiro onde havia um monge que exercia com a sua licença a prática da medicina. Certa vez, porém, este monge havia aceitado sem a sua permissão uma moeda de três escudos de ouro, faltando, assim, gravemente ao voto de pobreza. Mais tarde arrependeu-se. E de tal forma lhe doeu esse pecado, que veio a adoecer e morrer em pouco tempo, porém em paz com Deus. No entanto, São Gregório, para inculcar nos seus religiosos um grande horror a este pecado, fê-lo sepultar fora dos limites do cemitério, num depósito de lixo, onde também enterrou a moeda de ouro.  Alguns dias depois pensou que talvez houvesse sido demasiado enérgico no seu castigo, e encarregou ao ecónomo mandar celebrar 30 Missas seguidas, durante 30 dias, pela alma do defunto. O ecónomo assim o fez. E aconteceu que no mesmo dia que terminaram de celebrar as 30 Missas, apareceu o morto a outro monge, chorando de alegria e dizendo que subia ao Céu, livre das penas do purgatório, por causa das 30 Missas celebradas pela sua alma. Hoje chamam essas 30 Missas são chamadas Gregorianas, em honra de São Gregório Magno. Em toda a Igreja é costume celebrá-las e, segundo revelações privadas, são muito agradáveis a Deus.

 

Ver também:

Gregório Magno

Pai Nosso de Comunhão

Magno Gregório

 

terça-feira, 2 de setembro de 2025

Sermão para mim mesmo


Em dia de aniversário, a pregação principal é para mim mesmo.

Vive,

Sem medo de morrer.

 

Ama,

Sem medo de te dar.

 

Canta,

Sem medo de desafinar.

 

Chora,

Sem medo de mostrar.

 

Anda,

Sem medo de tropeçar.

 

Corre,

Sem medo de cansar.

 

Sobe,

Sem medo de cair.

 

Salta,

Sem medo de aleijar.

 

Fala,

Sem medo de gaguejar.

 

Anuncia,

Sem medo de errar.

 

Denuncia,

Sem medo de sofrer.

 

Reza,

Sem medo de alcançar.

 

Luta,

Sem medo de perder.

 

Sonha,

Sem medo de acordar.

 

Morre,

Sem medo de ressuscitar.

 

Ver também:

Hoje já não faço anos, duro

Uma graça de Deus

 

Comunicador por excelência


3ª feira – XXII semana comum

 

Todos se maravilhavam com a doutrina de Jesus, porque falava com autoridade…

Jesus é a incarnação da comunicação.

Ele tinha o dom da palavra e a palavra oferecia Jesus como dom.

Jesus dava a palavra e a palavra dava Jesus.

Ninguém falou como Jesus.

Ele é o comunicador por excelência.

João 7, 44-46 – Porque não trouxeste o homem? Nunca ninguém falou como ele. Falava com autoridade e não como os escribas. É um orador fascinante.

Mateus distribui pelo seu evangelho 5 solenes discursos.

Marcos está mais atento às mãos e às obras e apresenta 2 discursos.

Lucas apresenta uma série de parábolas originais.

João realça sobretudo o discurso da última ceia (Jo 13, 17.

 

Ver também:

Ensinava com autoridade

Ele manda com autoridade

Jesus ensina sem palavras

Três vezes lusitanos

O Mestre perfeito

Lições de Cafarnaum

Autoridade de Jesus

O poder e a autoridade

Com autoridade

Cala-te e sai

Obedecer

Reagir

 

segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Duas etiquetas para Jesus


2 feira – XXII semana comum

Jesus foi a Nazaré onde se tinha criado…

E todos davam testemunho em seu favor e se admiravam das palavras cheias de graça que saíam da sua boca…

Depois disse-lhes que nenhum profeta é bem recebido na sua terra.

Então todos ficaram furiosos na sinagoga, levantaram-se, expulsaram Jesus da cidade e levaram-no até ao cimo da colina para o precipitarem dali abaixo.

Mas Jesus, passando pelo meio deles, seguiu o seu caminho.

 

Tanta palavra para afirmar apenas uma verdade.

Jesus seguiu o seu caminho, entre quem o elogiava e o expulsava.

Tão depressam os seus ouvintes mudaram de opinião, de um extremo ao outro.

Só Jesus continuou igual.

Ele era sempre o mesmo:

Não se sentia maior quando era elogiado, nem se sentia diminuído quando o vituperavam.

Quando alguém o elogiava nada acrescentava a Jesus.

Quando alguém o desprezava nada tirava dele.

Jesus está para além de qualquer etiqueta.

Ele é a verdade.

Nenhuma etiqueta, positiva ou negativa, altera quem ele é na verdade.

 

Ver também:

Ou carpinteiro ou profeta

Jesus na sinagoga de Nazaré

Olhos de Deus fixos em nós

Jesus é Cristo, é apóstolo

Humildade versus orgulho

Pregação de Jesus

Anunciar e denunciar

Primeiro sermão de Jesus

Sem olhar a quem

Fel e mel

Ungido e enviado

Profeta na sua terra

Santos de casa

Sobre mim

Sem fronteiras

Ninguém é profeta na sua terra

 

domingo, 31 de agosto de 2025

Sentar-se à mesa com Jesus


Ano C – XXII domingo comum


Jesus entrou, num sábado, em casa de um dos principais fariseus para tomar uma refeição. Todos o observavam. Ao notar como os convidados escolhiam os primeiros lugares, Jesus disse-lhes esta parábola... 

Naquele tempo, ao notar como as pessoas comportavam à refeição, Jesus disse esta parábola:

Quando fores para um almoço ou um jantar… não leves o telemóvel contigo:

- porque o telemóvel é um convidado indesejado…

- porque o telemóvel é um ladrão e um intruso

- porque o telemóvel dispersa em vez de unir.

Podemos alagar a lista das razões para dispensar o telemóvel tão útil para a nossa vida, mas tão dispensável nas nossas refeições:

- Mais vale sentir a vibração do coração do que a vibração dos telemóveis…

- Que nada se interponha entre o tu e os teus amigos…

- A melhor mensagem que receberás durante essa refeição é a presença transparente de todos sem vícios digitais…

- Olha para os olhos dos seus amigos contigo na mesa em vez de teres os olhos presos ao ecrã do telemóvel…

- Precisas ter as tuas mãos livres para usares os talheres e copos da refeição do que os dedos colados no telemóvel.

- Se usares o telemóvel durante o jantar… mais valia ficares no quarto e receberes as imagens dos teus pratos preferidos para te saciares assim…

- O telemóvel é sempre um convidado indesejável ou uma presença intrometida. É como levar alguém que não foi convidado.

- É preferível colocar uma fotografia na tua cadeira do que estares ocupado com o telemóvel

- Usar o telemóvel durante as refeições é um crime emocional e…sanitário.

- Usar o telemóvel à mesa é roubar atenção, espaço e valor à família ou aos amigos.

- O telemóvel dispersa a atenção durante as refeições, quando à mesa deviam estar todos unidos num só corpo, num só coração e numa só alma…

 

À margem 1

Estávamos todos sentados à mesa de um restaurante em cavaqueira amena à espera que os pratos encomendados fossem servidos.

Pouco a pouco as vozes fossem-se calando e um a um, cada qual começou a usar o seu telemóvel, as duas mãos a segurá-lo, os olhos fixos no ecrã, os dedos a deslisar agilmente e um sorriso de satisfação no rosto…

Como não sou pessoa de ser melhor nem diferente dos outros, com toda a calma, saquei da minha mochila um livro, um romance grosso para que todos vissem e fingi que lia…

Também um por um, cada qual engoliu a seco a censura velada e não foi preciso mais nada para que de novo a conversa comum animasse toda a malta.

 

À margem 2

Quando fores convidado para um banquete não tomes o primeiro lugar…

Sê tu semelhante a Jesus e não forces os outros a isso.

A mãe estava a preparar panquecas para o pequeno almoço dos seus filhos – Kevin de 5 anos e Ryan de 3 anos. Os rapazes começaram a discutir quem ficaria com a primeira panqueca. Então a mãe, piedosamente diz:

- Se Jesus estivesse aqui, ele diria: Eu deixo para o meu irmão a primeira panqueca porque eu posso esperar.

Imediatamente Kevin vira-se para o seu irmão e diz-lhe:

- Ryan, tu és o Jesus.

 

Ver também:

À mesa com Jesus

H antes de G

Os presentes das pessoas e as pessoas presentes

Trampolim da humildade

Sem esperar retribuição

Humilhar-se