3ª feira – II semana de advento
Podemos orientar o nosso olhar para duas personagens diferentes.
- Para a ovelha perdida
- Para o Pastor da ovelha
Não
sei se é o Pastor que tem os olhos parecidos com os da ovelha ou se é a ovelha
que tem os mesmos olhos que o seu Pastor. Também não sei se é o Pastor que tem o cheiro da ovelha ou se é a ovelha que tem o cheiro do seu Pastor. Nem sei se é o Pastor que encosta a sua cabeça à ovelha ou se é esta que encosta a sua cabeça à do Pastor. Só sei que ambos têm um mesmo olhar de ternura.
- Em primeiro lugar nós dizemos que é a parábola da ovelha perdida, mas com toda a propriedade devíamos chamar de Parábola da ovelha encontrada.
De facto, o mais importante não foi que a ovelha se perdeu, mas que foi
encontrada. Nós continuamos a realçar sempre o negativo e não o positivo. Tenho
a impressão que Jesus, como bom pastor, deixou que a ovelha se perdesse para
que fosse encontrada. O mais importante não é a primeira situação, mas a
segunda.
Não falemos naqueles que se perderam, mas naqueles que se encontraram.
- Depois olhemos para o Pastor da ovelha que foi encontrada.
Ele é que é um pastor perdido. Ele é perdido de amor para com o seu
rebanho, é um pastor perdido de amor por cada uma das suas ovelhas. Não pode
haver mais nenhuma ovelha perdida, porque o Pastor é perdido de amores por elas.
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