terça-feira, 6 de dezembro de 2022

Um pastor perdido de amor


3ª feira – II semana de advento

 

Podemos orientar o nosso olhar para duas personagens diferentes.

- Para a ovelha perdida

- Para o Pastor da ovelha

Não sei se é o Pastor que tem os olhos parecidos com os da ovelha ou se é a ovelha que tem os mesmos olhos que o seu Pastor. Também não sei se é o Pastor que tem o cheiro da ovelha ou se é a ovelha que tem o cheiro do seu Pastor. Nem sei se é o Pastor que encosta a sua cabeça à ovelha ou se é esta que encosta a sua cabeça à do Pastor. Só sei que ambos têm um mesmo olhar de ternura.


- Em primeiro lugar nós dizemos que é a parábola da ovelha perdida, mas com toda a propriedade devíamos chamar de Parábola da ovelha encontrada.

De facto, o mais importante não foi que a ovelha se perdeu, mas que foi encontrada. Nós continuamos a realçar sempre o negativo e não o positivo. Tenho a impressão que Jesus, como bom pastor, deixou que a ovelha se perdesse para que fosse encontrada. O mais importante não é a primeira situação, mas a segunda.

Não falemos naqueles que se perderam, mas naqueles que se encontraram.

 

- Depois olhemos para o Pastor da ovelha que foi encontrada.

Ele é que é um pastor perdido. Ele é perdido de amor para com o seu rebanho, é um pastor perdido de amor por cada uma das suas ovelhas. Não pode haver mais nenhuma ovelha perdida, porque o Pastor é perdido de amores por elas.

 

Ver também:

As 99 que ficaram

A ovelha desobediente

Apazcentar

 

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