terça-feira, 12 de dezembro de 2023

Deus, o pastor e o rebanho


3ª feira – II semana do advento

Não é da vontade de Deus que se perca um só destes pequeninos.

O povo de Israel aprendeu a reconhecer a Deus vendo o humilde, fatigante e difícil trabalho do pastor, como se expressa no Salmo 22, O Senhor é meu pastor. Observando este antigo protagonista das economias nómadas, compreendeu melhor a gramática da Aliança, aprendeu algo mais da natureza do seu Deus diferente, sem imagens e com nome impronunciável. Não olhou para os reis, os faraós, os homens poderosos do povo; pelo contrário, conheceu Deus olhando para o trabalho humano, observando, até nos mínimos pormenores, a ação de um trabalhador, com o cheiro das ovelhas às cavalitas, empoeirado, analfabeto, pobre de língua. Recorda-nos que aprendemos quem é Deus, observando os homens, porque é precisamente na vida concreta dos seres humanos que Deus se nos revela.

Por isso sempre que não soubermos identificar a Deus, podemos olhar as pessoas que trabalham e aí reconhecer os traços divinos.  Jesus, integrado nesta escola humana e laboral, aponta para a analogia entre a profissão de pastor e o seu Deus. E assim a metáfora do pastor torna-se a imagem de Deus que nunca falta, mesmo quando uma ovelha se encontra perdida.

 

Ver também:

Um pastor perdido de amor

 

 

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