3ª
feira – II semana do advento
O
povo de Israel aprendeu a reconhecer a Deus vendo o humilde, fatigante e
difícil trabalho do pastor, como se expressa no Salmo 22, O Senhor é meu
pastor. Observando este antigo protagonista das economias nómadas, compreendeu
melhor a gramática da Aliança, aprendeu algo mais da natureza do seu Deus
diferente, sem imagens e com nome impronunciável. Não olhou para os reis, os
faraós, os homens poderosos do povo; pelo contrário, conheceu Deus olhando para
o trabalho humano, observando, até nos mínimos pormenores, a ação de um
trabalhador, com o cheiro das ovelhas às cavalitas, empoeirado, analfabeto,
pobre de língua. Recorda-nos que aprendemos quem é Deus, observando os homens,
porque é precisamente na vida concreta dos seres humanos que Deus se nos
revela.
Por
isso sempre que não soubermos identificar a Deus, podemos olhar as pessoas que
trabalham e aí reconhecer os traços divinos.
Jesus, integrado nesta escola humana e laboral, aponta para a analogia
entre a profissão de pastor e o seu Deus. E assim a metáfora do pastor torna-se
a imagem de Deus que nunca falta, mesmo quando uma ovelha se encontra perdida.
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