quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Sobre a Rocha

5ª Feira - I Semana Advento

Construir sobre a Rocha
Porquê?

Porque quer queiramos quer não, teremos de enfrentar sempre as mesmas adversidades:
Tanto a casa construída sobre a areia como a casa construída sobre a rocha enfrentaram as mesmas adversidades:

- Vindas de cima = caiu a chuva

- Vindas de baixo = vieram as torrentes

- Vindas dos lados = sopraram os ventos.

A casa construída sobre a areia ruiu, não por causa das adversidades, mas porque não estava firme.
A casa construída sobre a rocha não ruiu, não porque isenta de adversidades, mas porque estava firme sobre a rocha.

Recuperação da história dos 3 porquinhos:

Era uma vez três porquinhos, três irmãos que viviam junto à floresta.
O mais novo chamava-se Palhacinho, descontraído, divertido, mais interessado em gozar a vida do que em trabalhar…
O do meio chamava-se Paulinho, mais equilibrado, mas sem grandes aspirações, queria apenas viver das aparências.
O mais velho chamava-se Pedrinho, sério, trabalhador, responsável… Não se furtava a esforços para viver com segurança e realismo, com os pés bem assentes na terra.
Cada um tinha construído a sua própria casa.
Cada um escolhera o material da casa fazendo jus ao seu nome próprio:
O Palhacinho tinha uma casa de PALHA.
O Paulinho, construíra uma casa de PAU, isto é, de madeira.
O Pedrinho edificara uma casa de PEDRA.
E todos viviam felizes, cada um à sua maneira, consoante as suas opções de vida.
Um gozando a vida, outro à sombra das aparências, e o mais velho com toda a seriedade e responsabilidade.
Um dia veio um aviso: Atenção! Um lobo mau saiu da floresta e, esfomeado, anda à procura de presas…
Os três irmãos refugiaram-se cada um dentro da sua casa.
O lobo mau sentiu logo o cheiro do Palhacinho, pois a casa de Palha não conseguia disfarçar.
Aproximou-se então e começou a soprar de todos os lados com toda a força… a palha começou a voar.
A sorte do Palhacinho é que a palha saltou para os olhos do lobo mau, pois enquanto ele esfregava os olhos, conseguiu refugiar-se na casa do seu irmão Paulinho.
Ali sentiu-se mais seguro. A casa era de pau, isto é, de madeira, e não voaria com o soprar do lobo mau.
Pelas brechas das tábuas, os dois irmãos mais novos viram o devorador aproximar-se. Estavam à espera que ele começasse a soprar, mas não.
O animal começou a escavar um buraco junto às paredes de madeira e depois levantou a casa, derrubando-a…
Os dois irmãos saltaram e refugiaram-se em casa do seu irmão mais velho, Pedrinho
Aí estariam em segurança, pois a casa era de pedra e não podia ser derrubado como a de palha ou a de madeira.
O lobo mau soprou por todos os lados e a casa continuou igual, apenas levantou um pouco de poeira.
Tentou então derrubar as paredes, escavar junto às paredes e não conseguia nada, ele é que estremecia e sentia-se de rastos.
Então esperou pela noite. Se não conseguia pelos lados, ou por baixo, havia de conseguir por cima.
Noite escura subiu ao telhado e começou a descer pela chaminé.
Os três irmãos estavam sentados à lareira a aquecer-se…
O lobo mau já ia a meio percurso da chaminé quando todos começaram a sentir um forte cheiro a queimado: era o rabo do lobo mau que estava a arder…
O lobo mau saltou então para fora da chaminé, fugiu para a floresta e nunca mais apareceu… dizem as más línguas, que não apareceu não por não ter fome, mas por ter vergonha do rabo queimado…
(esta é a fábula que já existia nas recolhas escritas no século XVIII. Disney deu-lhe animação em 1933…)

Isto quer dizer que a casa somos nós... A nossa casa é a montra da nossa vida...
Se alguma vez nos sentimos derrubados ou de rastos, a culpa não é das pancadas que recebemos, mas da nossa falta de firmeza.
Se estivermos unidos a Deus, podem tirar-nos o tapete (de baixo), podem espremer-nos (dos lados) ou reduzir-nos (de cima) que não conseguirão derrubar-nos.


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