quinta-feira, 27 de junho de 2024

A parábola das duas casas


5ª feira – XII semana comum

Há uma igreja na minha casa

Há uma casa na minha igreja


Era uma vez duas casas...

Jesus quer que cada um saiba construir uma igreja na sua casa ou uma casa na sua igreja.

Há duas maneiras de construir essa casa – Modelo A ou modelo B.

Jesus apresenta essas duas casas.

Aparentemente elas são iguais:

Têm a mesma forma ou estilo.

Têm a mesma área, a mesma largura e altura.

De facto, foram construídos com os mesmos materiais.

Têm também a mesma função de acolher gente, o mesmo conforto e o mesmo espaço.

Também enfrentam as mesmas tempestades, o mesmo vento e as mesmas chuvadas.

Mas aqui acabam as semelhanças:

Uma desaba e a outra casa continua firme.

Mas porquê se aparentemente eram iguais na forma, no tamanho, nos materiais de construção?

Ambas as casas passam por intempéries, dificuldades e problemas, porque é que uma desaba e a outra não?

O Mestre diz que uma foi edificada sobre a rocha e outra sobre areia; por isso uma ficou firme e outra caiu! 

A diferença está na profundidade ou superficialidade.

 

De modo semelhante é o discípulo: o que ouve a Palavra e a põe em prática está edificando a sua morada ou a sua vida sobre a rocha profunda – seja qual for a circunstância, nunca será abalado.

Por outro lado, o que é apenas ouvinte, tem sua morada ou a sua vida alicerçada na areia fugaz, qualquer embate a coloca no chão.

A comparação de Jesus é um desafio a cada um dos seus discípulos. 

Todos já ouvimos a Palavra; sabemos o que é preciso ser feito.  Se o meu cristianismo não for além deste ouvir, a minha vida está condenada ao fracasso e à ruína; mas se praticar a sua Palavra, continuarei firme sobre a rocha.

A diferença está na profundidade (ouvir e pôr em prática).

O problema está na superficialidade (ouvir e apenas dizer).

Construir sobre a rocha é segurar-se com convicção.

Construir sobre a areia é ficar na superficialidade.

É preciso ir ao fundo, apostar nos alicerces, investir naquilo que não se vê, mas que nos dá estabilidade, segurança e continuidade.


À margem:

Um dia perguntaram à esposa de um famoso político e governante  português, se o seu marido fosse peixe, que peixe é que seria.

Ela respondeu de imediato:

- Ele seria cherne!

- E por quê?

- Por que é um peixe de profundidade.

De facto, o cherne é conhecido em Portugal como o gigante das profundidades.

Assim também um verdadeiro discípulo de Jesus deve ser um autêntico cherne, um peixe de profundidade e não de superficialidade.

Peixe de escamas; corpo grande, alto e comprimido. A coloração é marrom avermelhado, algumas vezes mais clara no ventre; a margem da parte espinhosa da nadadeira dorsal é escura. Indivíduos jovens apresentam manchas brancas distribuídas regularmente em fileiras verticais e uma grande mancha escura no pedúnculo caudal, que se origina no dorso e atravessa a linha lateral. Pode alcançar 1,2m de comprimento total e 30kg. Existe uma espécie maior, o cherne negro, que atinge mais de 2m de comprimento total e cerca de 200kg.

É um peixe de profundidade, normalmente é capturado a profundidades a mais de 100m.

Além disso é um peixe de vida longa, podendo os machos ultrapassar os 80 anos e as fêmeas os 60 anos.


Ver também:

A igreja sobre a rocha

Só vendo

Gravar sobre a rocha

Areia, rocha; dizer, fazer

Construção civil

A diferença está onde

Palhacinho, Paulinho, Pedrinho

Construir sobre a rocha

Sobre a rocha

 

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