Ano
C – II domingo da quaresma
Olha
para o céu e conta as estrelas…
Assim
será a tua descendência… (Gen 15,5)
Os
filhos de Deus são como estrelas
Quais
as caraterísticas de uma estrela?
1.
Ela está acima, lá no alto
Uma
estrela não rasteja. Ela tem a sua habitação nas alturas.
Os
filhos de Deus têm a sua pátria lá no Céu.
2.
Ela brilha na noite
É
na escuridão que se salienta a luz das estrelas.
Os
filhos de Deus são estrelas e brilham nas trevas mais densas!
3.
Quando sai o Sol, elas desaparecem
Não
vemos as estrelas ao meio-dia.
Os
filhos de Deus são pessoas humildes, libertadas do orgulho, e que se prostram
quando se veem face a face com o seu Senhor...
4.
Elas são de diferentes magnitudes
Há
estrelas grandes e estrelas pequenas.
Quando
olhamos para o céu vemos apenas um pontinho luminoso.
No
reino de Deus há também grandes e pequenos.
Os
filhos de Deus não se conformam com a mediocridade; eles podem crescer e
brilhar mais.
5.
Elas são distantes, mas parecem próximas
Os
filhos de Deus podem ser vistos ora tão próximos, ora tão distantes... pois
como são estrelas de Deus, os seus corações estão no céu, os seus corações buscam
os bens do alto.
6.
Elas sempre estão lá
Todas
as noites as estrelas aparecem. As nuvens podem tapá-las, o tempo nebuloso pode
cobri-las, mas elas estão lá!
As
dificuldades da vida podem querer cobrir os filhos de Deus, mas eles continuam
na presença de Deus.
7.
Elas são quentes
Aprendi
que as estrelas são quentes. As estrelas de coloração vermelha possuem uma
temperatura em torno de 2.500 a 3.000 graus! Depois vem as amarelas e as de cor
laranja... Mas as de cor azul, podem ter temperatura de até 50 mil graus. Elas
são quentes!
Os filhos de Deus não são pessoas frias, desanimadas... enquanto todo o mundo anda dizendo: isto vai mal, vai de mal à pior... os filhos de Deus, os filhos de Deus devem dizer: Deus toma conta de nós. Com deus somos estrela, com ele brilharemos.
Transfiguração:
Todos
os anos, no primeiro domingo da Quaresma, recordamos o retiro de Jesus no
deserto e as tentações.
Da
mesma forma, todos os anos, no segundo domingo da Quaresma, lembramos a
transfiguração de Jesus.
Muda
o evangelista de quem tomamos o texto e as outras leituras, mas a mensagem é a
mesma nestes dois primeiros domingos da Quaresma.
Por
quê?
Por
uma razão simples: a cena das tentações nos lembra que a nossa realidade humana
está sujeita a dificuldades, contradições e sofrimentos; enquanto a cena da transfiguração
nos lembra que essas limitações não podem ser a última palavra na nossa vida,
porque estamos destinados a ser transfigurados com Cristo, a nos revestir de
luz, a nos encher da vida de Deus.
As
tentações falam-nos da nossa realidade histórica, da nossa experiência
quotidiana.
A
transfiguração nos indica o objetivo da nossa jornada.
Se
perseverarmos com Cristo e vencermos as tentações com ele, também seremos
glorificados e viveremos a vida de Deus para sempre.
Mas
a transfiguração é apenas uma amostra da glória futura. Não é um estado
permanente. Temos que descer do Tabor e continuar caminhando, lutando todos os
dias para vencer as tentações e assemelhar-nos com Cristo.
Que
ele nos acompanhe em nossa jornada.
Ámen.
Ver
também:
Sacrificar, testemunhar e transfigurar
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