2ª
feira – I semana da quaresma
Um cartaz:
Ama
a todos:
Porque o próximo é Jesus
Porque Jesus é o próximo
Uma
paráfrase
Eu
tive fome, e tu deste a minha comida ao teu gado de exportação.
Eu
tive fome, e tu continuaste a banquetear como o ricaço da minha parábola.
Eu
tive fome, e tu plantaste, no lugar do meu feijão, imensidades de
cana-de-açúcar.
Eu
tive fome, e tu fabricaste da cana-de-açúcar combustível para o teu automóvel.
Eu
tive fome, e tu mataste com o esgoto da tua fábrica os peixes de nosso rio que
diminuíram
tantas
vezes a minha fome.
Eu
tive fome, e tu destruíste o mato onde eu colhia tanta coisa para comer.
Eu
tive fome, e tu destruíste no óleo 80.000 pintinhos para manter o preço alto.
Eu
tive fome, e tu despejaste no rio milhares de litros de leite, leite salvador
para milhares de vida infantis.
Eu
tive fome, e tu jogaste no lixo toneladas de comida preciosa que sobrava dos
ambientes de luxo.
Eu
tive fome, e tu me expulsaste da minha roça, com teu Projeto Pró-Álcool, para
uma favela da cidade.
Eu
tive fome, e tu vendeste o stock de comida, por milhões de dólares, na
exportação.
Eu
tive fome, e tu me encheste com armamentos destruidores de civilização.
Eu
tive fome, juntamente com milhares de criancinhas, e tu deixaste morrer mil
delas por dia só na tua terra, que eu tanto abençoei com a riqueza natural.
Eu tive fome, e tu não me deste de
comer.
Cf. Pe.
Guilherme, Rio de Janeiro
Uma
canção:
Senhor, dai pão a quem tem fome
E fome de justiça a quem tem pão.
Dai-me
seguir a mesma estrada
Que
termina onde todos são irmãos.
Dai-nos
fé, dai-nos amor,
Dai-nos
coragem de morrer
Para
que os homens
Tenham
medo de matar.
Dai-nos
fé, dai-nos amor,
Dai
um caminho para todos,
Pois
muitos já não sabem onde andar.
Senhor,
dai-nos paz que não é trégua
E
voz que não reboa pra ferir,
Prudência
pra falar primeiro,
De
nunca usar a força,
Mas
de ouvir.
Dai-nos
fé, dai-nos amor,
Dai-nos
coragem de sorrir
Para
que os homens
Tenham
medo de odiar.
Dai-nos
fé, dai-nos amor,
Dai
um caminho para todos,
Pois
muitos já não sabem mais amar.
Cf.
Pe. Zezinho
À
margem:
Quando te fizemos isso?
Quando
é que não te prestamos assistência?
De
facto, muitas vezes não sabemos quando fazemos o bem ou quando deixamos de
fazer porque é necessário fazê-lo sem olhar a quem.
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