“A
vida é curta e a eternidade é longa. Preparemo-nos.” (Carta a um
confrade, 02/03/1910, Inv. 122.12, AD: B16/6bis.12)
“O Coração de Jesus resume toda a minha vida: por Ele vivi, por Ele morro.” (TRP Dehon, G. Konters, Bruges, 1930 I, 84)
No
dia do 179º aniversário do nascimento do Pe. Leão Dehon (1843-1925) ao
contemplarmos o todo da sua vida podemos equacioná-la em 5 etapas:
I
- Os primeiros 3 decénios de vida (1843-1871) – até aos 28 anos.
Infância, Família,
Igreja, Viagens, Roma.
Formação, Sacerdócio, Doutoramentos, Concílio Vaticano I.
II
- Qualquer coisa de novo: Padre diocesano e fundador (1871-1893) – dos 28 aos
50 anos.
Vigário Paroquial, iniciativas sociais.
Duplo parto – Colégio São João e Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus. Enquanto o Pe. Dehon foi superior de São João foram as duas instituições inseparáveis (1882). O Colégio permanece propriedade do Pe. Dehon até 1913, quando por causa da lei da separação se tornou uma instituição de antigos alunos que assume a sua gestão. O edifício destruído totalmente durante a guerra, será dado à diocese, mas permanece sempre, até à morte, no coração do Pe. Dehon.
III
- Decénio-ponte: empenho político e social na França (1893-1902) – dos 50 aos
59 anos.
Alguns
biógrafos consideram 1997 como o ano mais glorioso e rico de iniciativa da vida
do Pe. Dehon.
Pe. Dehon fala de Roma como de uma segunda pátria, a partir de 1860 e apresenta-se como um eclesiástico romano. Em 1903 morre Leão XIII, papa que de vários modos muito plasmou a visão do mundo do Pe. Dehon. É a fase mais ativa do Pe. Dehon: entre os 50 e 60 anos.
IV
- Viagens do Pe. Dehon e internacionalização do Instituto (1903-1914) – dos 59
anos aos 71 anos.
Por
duas vezes, entre 1903 e 1914 Dehon festeja o Natal fora da Europa: em 1906 no
Rio de Janeiro e em 1910 em Pogor, a sul de Jacarta na Indonésia.
A paixão pelas viagens que o Pe. Dehon tem desde os anos da juventude é transversal em toda a vida e liga-se com a situação missionária da congregação e assim deu os seus frutos. Entre as duas grandes viagens) América do Sul e Volta ao Mundo) em 1907 fez uma viagem mais breve a Moscovo e Helsínquia, para explorar ulteriores oportunidades missionárias. Aos 70 anos Dehon põe fim às suas grandes viagens. E, todavia, a sua vida, apesar da velhice, continuará a manter-se muito movimentada.
V
- A grande guerra e os últimos anos de vida (1914-1925) – dos 71 aos 82 anos
Dehon
levado a considerar o curso dos acontecimentos da guerra de um ponto de vista
providencial, vive estes últimos anos em grande parte sem contacto com o mundo
externo.
Os
biógrafos recordam outras duas questões que sinalizam a última fase da vida de
Dehon: O VIII capítulo geral em 1919 e a tentativa de encontrar uma sede em
Roma.
Pede
a Bento XV um altar em honra de Margarida Maria, canonizada em 1920. O desejo de
ter uma igreja particular em Roma, templo de Cristo Rei, hoje basílica do
Coração de Cristo Rei, para o qual recolhe fundos. Apesar de não ter
possibilidade de ver erguer-se o templo, não deixou de recolher fundos para
isso (inaugurado em 1934, do qual lançou primeira pedra em 1920). Morre aos 82
anos em Bruxelas apontando para a imagem do Coração de Jesus e dizendo: Por ele
vivi e por ele morro.
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