Memória de São João Bosco (1815-1888)
Presbítero, Apóstolo da Juventude
Sermão inspirado na pedagogia de São João Bosco
Um casamento perfeito
Foi amor à primeira e à milésima vista o casamento
entre a Razão e o Coração.
Parecia fácil o encontro destes noivos Razão e Coração, mas
foi necessário um esforço continuado para manter tal união. Chegar à lua não
foi tão longe como chegar do Cérebro ao Peito e vice-versa. De facto, as
maiores distâncias que devemos percorrer estão dentro de nós. Mas isso é amor para
sempre.
Desta união nasceram três filhas gémeas, perfeitamente
distintas, mas complementares.
- A primeira chama-se Educação. De facto, a Educação é obra do Coração. Da Razão herdou o dom da palavra. E do Coração recebeu o dom da música e da arte. De facto, a Razão fala em palavras, letras e conhecimentos, mas o Coração tem música, tem ritmo, emoção, sentimentos e faz-se canção. A Educação só é arte completa se for fruto da Razão e do Coração. A Educação sem o Coração é fria, insensível ou mecânica. Mas sem Razão torna-se caótica e perde objetividade.
- A segunda filha chama-se Alegria. Veste-se de felicidade e de santidade. A coisa mais agradável do mundo é estar na sua companhia. De facto, ela está sempre a sorrir. E quando sorri sem ter razão, Deus dá-lhe mil razões para sorrir. A Alegria é fruto conjunto da Razão e do Coração.
- A última filha chama-se Moderação. É muito parecida com os seus pais quanto ao equilíbrio e à humildade. Ela não se entusiasma demasiado quando a vida corre bem, mas também não fica demasiado deprimida quando nem tudo corre tão bem. E só consegue isto devido à sua dupla filiação.
Ainda hoje para termos Educação, Alegria e Moderação
precisamos de casar o Coração com a Razão.
Ver também: