quarta-feira, 24 de julho de 2013

Sementeiras

4ª Feira - XVI Semana Comum

A – Sementeira do Pe. António Vieira, no Sermão da Sexagésima pregado em 1655:

“Enfim, para que os pregadores saibam como hão-de pregar e os ouvintes a quem hão-de ouvir, acabo com um exemplo do nosso Reino, e quase dos nossos tempos.
Pregavam em Coimbra dois famosos pregadores, ambos bem conhecidos por seus escritos; não os nomeio, porque os hei-de desigualar.
Altercou-se entre alguns doutores da Universidade qual dos dois fosse maior pregador; e como não há juízo sem inclinação, uns diziam este, outros, aquele.
Mas um lente, que entre os mais tinha maior autoridade, concluiu desta maneira:
- Entre dois sujeitos tão grandes não me atrevo a interpor juízo; só direi uma diferença, que sempre experimento: quando ouço um, saio do sermão muito contente do pregador; quando ouço outro, saio muito descontente de mim.”


B – A minha sementeira:

Às vezes somos semeadores e noutras somos terra de sementeira:
Como semeadores – é preciso semear sempre com confiança e esperança pois nós fazemos a nossa parte… Deus e o terreno farão o resto.
Como terra de sementeira – como tal nós temos partes pedregosas, partes com espinhos, partes calcadas, partes de terra lavrada. Só frutificará a semente que cair e penetrar mais fundo.



C – Outra sementeira:

Toda semente é um anseio de frutificar
e todo fruto é uma forma da gente se dar.

          Põe a semente na terra, 

          não será em vão
          Não te  preocupe a colheita, 

          plantas para o irmão

Toda palavra é um anseio de comunicar
e toda fala é uma forma da gente se dar.   

Todo tijolo é um anseio de edificar
e toda obra é uma forma da gente se dar.  

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