2ª feira – III semana comum
Falta
de fé e de solidariedade
A
murmuração dos Escribas, no Evangelho de hoje, não era apenas uma blasfémia em
relação a Jesus, como também um pecado contra o próximo.
-
Era um pecado contra Deus, pois não acreditavam que Jesus fazia o bem com o poder
e o Espírito de Deus.
-
Era um pecado contra o seu próximo porque não ficavam felizes com a cura e o
bem que era feito aos seus irmãos.
Os
Escribas criticavam o bem que era feito a quem precisava de ajuda, não eram
solidários nem caridosos.
Hoje
peço a Deus que ilumine o meu coração para que me alegre sempre com o bem dos
outros, que seja sempre solidário com quem precisa e confie em Deus que está
sempre ao lado de todos, dos necessitados e seus cuidadores.
À
margem:
A Raposa
e as Uvas – É uma fábula de Esopo (Grécia, Delfos, +564 A.C.), reescrita por La
Fontaine (França, Paris, +1695).
Com pequenas
variações, basicamente conta a história de uma raposa que tenta, sem sucesso, comer
um cacho de apetitosas uvas penduradas numa alta vinha. Não conseguindo chegar
até lá, afasta-se, desculpando-se que as uvas estariam verdes.
Do
mesmo modo desculparam-se os Escribas frente a Jesus. Não conseguindo fazer o
que ele fazia, desculpavam-se dizendo que era fruto do maligno. Como a raposa
da fábula, era fácil para eles desprezar aquilo que não estava ao seu alcance.
Outras
expressões similares – Ah, mas são verdes:
Na
Pérsia – O gato que não pode alcançar a carne, diz que ela fede.
Na Escandinávia
– Onde não há vinhas dizem que as sorvas estão azedas.
Em Portugal – Quem desdenha quer comprar.
Versão
do poeta Bocage (Portugal, Lisboa, +1805):
Contam
que certa raposa,
Andando
muito esfaimada,
Viu roxos,
maduros cachos
Pendentes
de alta latada.
De
bom grado os trincaria,
Mas sem
lhes poder chegar,
Disse:
‘Estão verdes, não prestam,
Só os
cães os podem tragar!’
Eis
cai uma parra, quando
Prosseguia
o seu caminho,
E,
crendo que era algum bago,
Volta depressa o focinho.
Ver
também outras reflexões:
Sem comentários:
Enviar um comentário