sexta-feira, 13 de novembro de 2020

É também para mim


Um pregador famoso estava no púlpito a exortar as pessoas da sua paróquia a mudar de vida, a corrigir as suas ações, a procurar rezar mais etc.

Enquanto a maior parte das pessoas se atemorizava com as palavras duras do pregador, um homem lá ao fundo da igreja que se ria. Quanto mais o pregador ameaçava com o castigo de Deus, e o final aterrador para aqueles paroquianos que não se convertessem, mais o homem lá do fundo se ria e se divertia.

E o padre levantava ainda mais a sua voz:

- Meus paroquianos, se continuais assim alheios aos apelos do Senhor, haverá muito choro e ranger de dentes….

E o ouvinte misterioso continua a rir como se estivesse a ser divertido. O que estava a seu lado perguntou-lhe:

- Então não fica atemorizado com as ameaças de Deus e com as palavras terríveis do nosso pároco?

- Eu não. Não sou desta paróquia. Isto é só para os de cá.

 

Nos dias de Noé, toda a gente vivia despreocupada, pensando que as mensagens de Deus eram apenas para os outros, que o convite à conversão ou mudança de vida aplicavam-se aos outros e não a si.

Tal como os contemporâneos de Lot pensavam que os apelos de Deus eram dirigidos aos outros e por isso continuavam o seu dia-a-dia como se nada fosse com eles e assobiavam para o lado…

E quando chegou o momento da verdade não tiveram tempo de tomar consciência, de levar a sérios os apelos de Deus e foram vítimas do seu próprio desprezo ou das suas omissões.

Conclusão – A Palavra de Deus foi proclamada precisamente para cada um de nós.

A Bíblia foi escrita para nós e fala de nós, da nossa vida, do nosso presente e do nosso futuro.

O nosso dia-a-dia, as nossa ocupações quotidianas, não nos podem distrair do essencial da nossa vida, porque tudo isto um dia acabará, mas a presença de Deus nunca terminará.

É preciso olhar para o hoje e olhar para o amanhã.

Que o hoje não tape o amanhã, nem este despreze o dia de hoje.

Alguma vez já choraste ao ler a Bíblia ou ao ouvir a Palavra de Deus?

Se sim é sinal de que levaste a sério a sua mensagem e que não assobiaste para o lado.

 

Ver também:

Dois olhares

 

quinta-feira, 12 de novembro de 2020

Deu a vida pelo povo


5ª feira – XXXII semana comum

 

O Reino de Deus está entre vós, ou seja, está no meio de vós.

A tradução devia ser – O Reino de Deus está dentro de vós.

É por isso que nós não o vemos.

Em última análise o Reino de Deus é o próprio Jesus Cristo. Onde está Ele?

Está no meio de nós (onde dois ou três reunidos em seu nome), mas está dentro de nós pela comunhão do seu Corpo e Sangue e pela sua palavra e pelo seu amor em nós.


Memória de São Josafat (1580-1623) Bispo da Ucrânia e mártir

Foi ortodoxo, passou à igreja católica, foi monge, padre, bispo.

Foi martirizado porque atraia o povo para a igreja católica.

 

1 - Pelo povo:

Da oração inicial: Tal como o Espírito Santo levou São Josafat a dar a vida pelo seu povo, também não hesitemos em dar a vida pelos nossos irmãos.

Ele deu a vida a Deus, dando a vida pelo povo.

Povo que é igreja, igreja que é povo.

Povo de Deus e Deus do povo.

Ele mais não fez que seguir o exemplo de Jesus que deu a vida pelo povo. Quem ama imita e quem imita ama.

 

2 – Íman de santidade

A santidade do bispo Josafat atraia o povo que queria seguir os seus exemplos de santidade.

A verdadeira santidade é altamente contagiosa. É um vírus que nos contagia desde o nosso interior.

 

Ver também:

No meio de nós

Cruz e distância

Nas mãos de Deus

Onde está o Reino

 

 

quarta-feira, 11 de novembro de 2020

Capa partilhada


Memória de São Martinho de Tours (316-397)

 

Quantas vezes o fizestes a um dos meus irmãos pequeninos, a Mim o fizestes…

Porque é que Martinho cortou a meio a sua capa para agasalhar o mendigo e não lhe deu a capa inteira?

1 - Para certificar aos olhos do pedinte que a capa tinha sido partilhada. Tanto um como o outro precisavam de algo para se cobrir. Martinho não deu aquilo de que não precisava.

2 - Para que ninguém acusasse o pedinte de ter roubado uma capa.

3 - Para mostrar que o pobre estava vestido como Martinho e este estava vestido como o pobre. 

4 - Para que Cristo ficasse revestido como os dois e estes revestidos como Cristo.

5 - Para que o pobre e Martinho fizessem parte da mesma unidade, assim como cada metade fazia parte da mesma capa.

 

Ver também:

Notas soltas

Vinho de São Martinho

São Martinho

 

terça-feira, 10 de novembro de 2020

Sem fins lucrativos


3ª feira – XXXII semana comum

Memória de São Leão Magno

 

O Evangelho convida-nos a dizer que somos servos inúteis.

O Papa Francisco pegando nesta expressão “servos inúteis”, refere que esta “pode querer dizer também servos sem fins lucrativos” ou servos gratuitos. E conclui que “não trabalhamos para obter lucro. Gratuitamente recebemos, gratuitamente damos. Colocamos toda a nossa alegria em servir, porque somos servidos por Deus. A nossa vida, dom recebido, é para servir.”

Assim todos os discípulos de Cristo, todos os cristãos na Igreja são autênticos servos sem fins lucrativos.

 

Na memória do Papa São Leão Magno (390-461) podemos ser como ele:

- Autênticos leões, corajosos, zelosos e ardentes.

- Autênticos magnos, grandes. Nós fazemos o que fazemos não por sermos grandes, mas é aquilo que fazemos que nos torna grandes.

Assim dizia Leão Dehon: “Nosso Senhor disse que devemos chegar a ser ardentes como os leões para nos deixarmos imolar como cordeiros. (Carta ao Pe. Falleur, 09/09/1881, Inv. 465.08, AD: B22/11)

 

 

Ver também:

Indignos sim, inúteis não!

Ingrato = indigno

Servos indignos

 

segunda-feira, 9 de novembro de 2020

três igrejas


Festa da Dedicação da Basílica de Latrão

Tradução – Sacrossanta Igreja Lateranense, Mãe e Cabeça de todas as Igrejas da cidade e do mundo.


As nossas três igrejas:

- A igreja como lugar de culto onde se celebram as liturgias, as missas, onde nos reunimos para rezar, para nos encontrar com Deus e com os irmãos. Templo que é igreja e igreja que é templo

- A igreja que é povo de Deus, pedras vivas que revelam o corpo de Cristo não feito de pedras, mas de carne. Igreja que é povo e povo que é igreja.

- A igreja que é cada um de nós, habitação da santíssima Trindade. Alma que é igreja e igreja que é alma.

 

Maria é reflexo daquela igreja que cada um de nós deve ser:

Maria vai à igreja, isto é, vai ao templo. (ir - material)

Maria faz parte da igreja (fazer - comunitária)

Maria é igreja, é templo do divino (ser – pessoal))


Ver também:

Deus na igreja

Três casas

Ao colo de Deus Pai

Morada de Deus

 

domingo, 8 de novembro de 2020

Culpas e desculpas


Ano A – XXXII domingo comum

 

Vigiai porque não sabeis o dia nem a hora do encontro com Deus…

De facto, nós podemos ir ao encontro do Senhor a qualquer hora, qualquer dia, qualquer momento – na eucaristia, na escuta da palavra, nos sacramentos na oração, junto dos mais pobres e necessitados, na hora da nossa morte…

É preciso estar atento e não deixar escapar essa oportunidade para não ficar fora.

Foi o que aconteceu a 5 donzelas, descuidadas, distraídas, que ficaram fora.

Elas podem ser o nosso retrato quando não aproveitamos o convite para o encontro do Deus.

A – Voltar a fazer o mesmo

Um padre ao apresentar esta parábola na sua pregação, foi interrompido por um ouvinte atento:

- Senhor Padre, estas 5 donzelas insensatas, são as mesmas do ano passado?

- Sim, já ouvimos no ano passado o mesmo episódio. Porque pergunta isso?

- Porque é bem feito o que lhes aconteceu. Se isso já tinha acontecido a mesma coisa no ano passado, porque é que não aprenderam e voltam a fazer o mesmo?

Esta censura não é apenas para as donzelas da parábola, mas para cada um de nós, que voltamos a fazer os mesmos erros, não aproveitando as oportunidades, não estando atentos e preparados para o encontro do Deus.

 

B – De quem é a culpa

Podemos ouvir as 5 donzelas insensatas a justificar-se porque ficaram fora do encontro ou da festa:

- A culpa foi do noivo que chegou bastante tarde

- A culpa foi das outras 5 donzelas que não partilharam o azeite connosco

- A culpa foi do vendedor que demorou muito tempo a abrir a loja para comprarmos o azeite.

- A culpa foi das lâmpadas que eram muito pequenas e não levam muito azeite

- A culpa foi do cansaço acumulado

- A culpa foi da discriminação do porteiro que só deixou entrar lâmpadas cheias de azeite, ou seja, as donzelas mais ricas

- A culpa foi do governo que não põe iluminação pública e por isso somos obrigados a lâmpadas pessoais

- A culpa foi dos impostos que tornam o azeite caro e por isso só temos que poupar

- A culpa foi da noite e da lua, pois se houvesse luar e céu limpo não precisaríamos de lâmpadas

Tal como elas nós também, arranjamos muitas desculpas para faltarmos a um encontro:

- A culpa é do padre que demora muito

- A culpa é da igreja que é pequena e abafada

- A culpa é da família que tenho de cuidar

- A culpa é do trabalho que não me deixa tempo livre

- A culpa é do cansaço de toda a semana

- A culpa é do frio, da chuva, do vento, do calor

- A culpa é da religião que não se moderniza

- A culpa é de quem lá vai e é pior que os outros

Conclusão - A culpa é sempre dos outros

 

Que aproveitemos o convite para o Encontro do Deus em cada momento para não cairmos nos mesmos descuidos e assumirmos as culpas e não atribuí-las aos outros.

 

Ver também:

Nem tanto ao mar nem tanto à serra

Outras versões

Ser responsável

De poeta e de louco

Parábola das donzelas

Cinquenta por cento

 

 

sexta-feira, 6 de novembro de 2020

Sem desânimo


Memória de São Nuno de Santa Maria

Qual foi a maior vitória de São Nuno de Santa Maria Álvares Pereira?

- A batalha de Aljubarrota em que com 6.500 soldados derrotou o exército de Castela com 32.000 homens?

- A edificação do Convento do Carmo, em Lisboa?

- Conseguir libertar-se dos ofícios régios de Condestável?

- A sua maior vitória foi conquistar-se a si mesmo, desprender-se de tudo e consagrar a sua vida a Deus na Ordem do Carmo. A sua maior batalha vitoriosa foi a sua santificação.

Assim rezamos na coleta: Senhor que destes a São Nuno a graça de combater o bom combate e o tornastes exímio vencedor de si mesmo, concedei-nos que dominando como ele as seduções do mundo nos tornemos alcancemos a vitória na pátria celeste.

 

É fácil conquistar o mundo, como o português Fernão de Magalhães quando em 1522 concluiu a primeira volta ao mundo.

É fácil conquistar a lua, como os americanos em 1969, a caminhar sobre a sua superfície.

É fácil conquistar o Monte Evereste, como João Garcia, o primeiro português a fazê-lo em 1999.

 

O mais difícil é conquistar-se a si mesmo.

Para isso basta não desanimar, nunca começar a desistir nem desistir de começar.

 

Diabo quis vender seus instrumentos de trabalho. Fez uma exposição com cada um e o respetivo preço. Todos foram vendidos, exceto um:

 – O desânimo

- Porquê? Era assim tão caro?

- Não. Ele não quis desfazer-se porque era o instrumento mais útil que tinha. Com o desânimo ele sabia entrar em qualquer homem e uma vez aí podia manobra-lo à vontade. O desânimo nunca foi posto à venda, porque o diabo precisa sempre dele para conquistar as almas.

 

Peçamos a Deus, através de São Nuno de Santa Maria, a graça de nunca desanimar para nos conquistarmos para Deus. Que seja essa a nossa principal batalha e a coroa da nossa vitória.

… E as almas conquistam-se de joelhos.

Ver também:

São Nuno

O Santo da Batalha

São Nuno de Santa Maria

Rezar é combater

Ecos de um santo

Condestável

 

quinta-feira, 5 de novembro de 2020

Uma festa no Céu


5ª feira – XXXI – semana comum


- Qual é a única coisa que um pecador pode fazer no céu?

- Uma festa!

A coisa que um pecador pode fazer no céu é uma festa entre os anjos.

De facto, diz Jesus que haverá alegria entre os Anjos de Deus por um só pecador que se arrependa.

O céu é um lugar para pecadores arrependidos.

Jesus veio do Céu à Terra para estar junto dos pecadores de modo que os pecadores estejam junto dele no Céu.

É por isso que eu gosto dos santos pecadores, ou dos pecadores santos.

Encomendo-me às suas orações porque não os vejo tão longe de mim, lá nas alturas…

Sinto-me mais identificado com os santos que foram mais pecadores para que eu seja como eles, um pecador mais santo.

Versão invertida

A miopia das ovelhas

Parece que as ovelhas sofrem de miopia, pois não conseguem ver para além de 20 metros.

Precisam por isso de alguém que as ajude a ver mais além.

Os pastores são assim os olhos das ovelhas para as conduzir por caminhos seguros, até onde possam comer, beber e repousar. Se não forem conduzidas, não conseguem ir longe. Além disso precisam estar juntas em rebanho para não se perderem de vista, umas das outras.

Havia uma vez uma ovelha que queria encontrar-se com o seu pastor. Queria sentir o seu cheiro, as suas carícias, ouvir a sua voz, fixar o seu olhar meigo. Começou então a andar por todo o lado para o encontrar. Apesar de estar acostumada a olhar para baixo, bem se esforçava a olhar em frente para descobrir o seu pastor, mas nada desvendava. Correu, mirou à esquerda e à direita e quanto mais procurava, mais isolada e agitada ficava…

Depois de muito andar sem saber por onde, entre espinhos, pedras, sem ter que comer ou beber, sentiu duas mãos fortes a agarrar-lhe pelas costas. Pensou logo que era o seu fim. Foi grande o seu espanto quando se viu colocada aos ombros de alguém. Era o seu pastor. Agora sim ela bem o reconhecia. Até que enfim que o tinha encontrado.

E o pastor caminhou assobiando com a ovelha às costas rumo às noventa e nove que deixara no redil.

Todo o rebanho estava curioso e bombardeou a ovelha recém-regressada com muitas perguntas e acusações:

- O que é que te aconteceu?

- Porque fugiste da nossa companhia?

- És uma aventureira ingrata!

- Não imaginas os perigos a que te expuseste.

- Por tua causa nós ficamos aqui sozinhas.

- Se querias ir embora, então porque voltaste?

- Vens bem tratada, bem se vê, magra, ferida, descuidada.

A ovelha ouviu tudo com humildade e paciência e por fim disse simplesmente:

- Eu apenas fui à procura do meu pastor… E fui encontrá-lo tão longe!

E todas deram um béééé... prolongado e disseram em coro:

- Não somos nós a procurar o pastor…. É sempre ele quem nos procura.

 

Ver também:

A ovelha despastorizada

Consolai

O pastor e a ovelha perdida

À cata da ovelha perdida

Ovelha perdida

Quem é a ovelha perdida

À procura da ovelha perdida

Ovelha tresmalhada

Ovelhas perdidas

Ovelha encontrada

A cruz do Bom Pastor

Nova versão

Parábola matemática

Aos ombros do Bom Pastor

 

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Conquistar de joelhos


Memória de São Carlos Borromeu

Carlos Borromeu nasceu em 2 de outubro de 1538 e morreu aos 46 anos vítima de contágio da febre dos doentes a quem prestava auxílio.

Seu tio era o Papa Pio IV que o levou para o Vaticano para o ajudar no governo da Igreja.

Participou no Concílio de Trento (1545-1563).

Foi arcebispo de Milão.

Foi o primeiro bispo a fundar seminários para a formação do clero, aplicando as reformas ordenadas pelo Concílio de Trento.

Sentindo-se atraído pela vida contemplativa, pensou em renunciar à arquidiocese. Mas seu amigo Sã o Bartolomeu dos Mártires, arcebispo de Braga, dissuadiu-o dessa ideia, convencendo-o de que, naquele século em que o alto Clero tantas vezes dava mau exemplo, seria melhor que ele, altamente colocado na escala social e ademais sobrinho de um Papa, desse o bom exemplo de vida santa como arcebispo. Foi o que ele fez.

Dizia: “As almas conquistam-se de joelhos! Não podes cuidar da alma dos outros, se permitires que a tua se debilite.”

À margem:

Das margens do Lago Maggiore pode-se ver a estátua de São Carlos Borromeu, que predomina sobre a cidadezinha de Arona que o viu nascer: construída no século XVII, tem 35 metros de altura, incluindo sua base. A escultura em cobre e ferro representa o Arcebispo de Milão que abençoa, conhecida como o colosso de São Carlos ou o São Carlão. No entanto, o monumento tem uma particularidade: pode ser visitado por dentro, graças a uma longa escadaria. Quem consegue subir os numerosos degraus, pode admirar o mundo subjacente por meio de duas aberturas nos olhos de Borromeu. Nisto consiste o ensinamento deste Santo: olhar o mundo através dos seus olhos, isto é, através da sua caridade e humildade.

 

Ver também:

São Carlos Borromeu

 

terça-feira, 3 de novembro de 2020

À mesa com Jesus


3ª feira – XXXI semana comum


Lembrava o Pe. António Vieira, num sermão do século XVII, que “todas as vezes que o Filho de Deus se assentou à mesa dos homens, sempre foi o melhor prato a sua doutrina. Comia o que regulava a temperança e ensinava o que ditava a prudência. A matéria era a que lhe dava a ocasião. E Ele sobre a ocasião estendia, ilustrava e definia a matéria.”

Porque é que Jesus preferia estar à mesa para ensinar a palavra do Reino

 

1 - Porque aí, todos estamos mais recetivos a receber o pão para o corpo, para a alma e para o coração.

 

2 - Porque aí todos nos sentimos mais irmãos, mais iguais e mais carentes de tudo.

 

3 - Porque alimentar-se é a nossa necessidade mais básica e assim recordar outras necessidades ainda mais importantes.

 

4 - Porque é o lugar onde mais se pode servir, dar e dar-nos uns aos outros.

 

5 - Porque Jesus não queria apenas viver para comer, mas comer para viver e despertar para uma vida nova.

 

6 - Porque é a oportunidade mais comum, aquilo que fazemos todos os dias, e Jesus aproveita todas as oportunidades para fazer parte a nossa vida.

 

7 - Para nos lembrar que Jesus é o nosso verdadeiro alimento para a vida eterna.

 

8 – Para nos mostrar que assim como ele está connosco à mesa, aprendamos a estar com ele no trabalho.

 

9 – Porque Jesus com alegria se sentava à mesa com os pecadores, para que os pecadores nunca sentissem medo de se sentarem com Ele com alegria.

 

10 – Porque Jesus aceitava o convite para o banquete aqui na terra para que todos pudessem aceitar o seu convite para o banquete eterno.

 

11 – Porque se Jesus os convidasse para um trabalho duro, com certeza que muitos não iriam, mas para conviverem, sempre é mais apelativo.

 

12 - Porque Jesus queria estar sempre ao lado dos homens em todos os momentos, para que os homens pudessem estar sempre ao seu lado.


Conclusão:

- Porque é que Jesus ensina à mesa?

- Porque fazendo da refeição um ensino, quer que façamos do seu ensino uma refeição. Jesus fez da refeição uma pregação, para nos ensinar a fazer da pregação uma refeição.

 

Trabalho para casa:

Parece que as desculpas, na parábola, para não aceitar o convite de Jesus estão desatualizadas.

Cada um apresente as desculpas atuais para faltar ao Banquete de Jesus.

Basta fazer um exame de consciência pessoal.

 

 

Ver também:

Desculpas esfarrapadas

Parábola das desculpas

Banquete do reino

Casa cheia

 

segunda-feira, 2 de novembro de 2020

Desafios para novembro

 

3 gestos ou compromissos para o mês de novembro

1º - gesto de fé – para com Deus – oração

Participar numa missa, num dia de semana, em nome ou em vez dos nossos familiares e amigos falecidos.

Assim eles continuarão a participar na missa e na comunidade através da nossa presença orante.

 

2º - gesto de caridade – para com o próximo – esmola

Dar um género alimentar para os mais necessitados, em nome ou em lugar dos nossos familiares e amigos falecidos.

Assim eles continuarão a praticar a caridade através das nossas ações.  

 

3º - gesto de esperança – para com a criação – cuidar do planeta

Plantar uma árvore ou um vaso de flores em memória dos nossos familiares e amigos falecidos.

Assim eles continuarão, através de nós, a cuidar e a enfeitar esta terra que é a nossa casa comum.

Porque devemos rezar pelos nossos defuntos? 

 

1º Porque é bom.

Porque são da nossa família. Devemos rezar com eles e por eles pelo amor que lhes temos. As almas do purgatório são nossos irmãos.

 

2º Porque é caridade.

Fazer aos outros o que gostaríamos que nos fizessem a nós. Assim esperamos que alguém também por nós reze um dia, rezando pelas almas do purgatório.

 

3º Porque é gratificante.

É fonte de alegria. Ao entrarmos no céu iremos ver muitos dos nossos irmãos vindo em nossa direção agradecendo-nos. Perguntaremos quem são e eles dirão - uma pobre alma do purgatório pela qual rezámos.

 

4º Porque é fácil

Basta com devoção dizer do fundo do nosso coração: Dai-lhes, Senhor, o eterno descanso, entre os esplendores da luz perpétua. Descansem em paz. Ámen. Ou então: Que as almas dos fiéis defuntos pela misericórdia divina descansem em paz.

 

5º Porque é preciso

Os nossos falecidos precisam, nós precisamos, Deus é glorificado. Os nossos defuntos não nos abandonaram. Também nós podemos abandoná-los. Continuamos unidos.

Nós rezamos para que eles estejam com Deus.

Eles rezam para que Deus esteja connosco.

 

 

Ver também:

Que seja pelas almas

Canção do dia

Memória e esperança

Celebrar óbito

Saudade sim, tristeza não

Dia de finados

Viagem sem retorno