3ª Feira - XXXIISemana Comum
Servos indignos sim, servos inúteis não!
“...depois de haverdes feito quanto vos foi ordenado, dizei: Somos servos inúteis, porque fizemos apenas o que devíamos fazer”.
A palavra grega utilizada - άχρειος – tem dois sentidos: inútil e indigno.
O sentido da afirmação de Cristo é de que a nossa condição perante Deus, depois de fazermos tudo que é do nosso dever realizar, é a de “servos indignos” e, jamais, de “servos inúteis”. Isto é, mesmo sendo bons crentes, dedicados, obedientes e cumpridores da vontade de Deus, não nos tornamos merecedores do favor divino, continuamos sem mérito, totalmente dependentes da graça e da misericórdia do nosso Pai celestial.
Servos indignos sim, servos inúteis nunca.
Todo o sentido é o da falta de mérito e não o sentimento de inutilidade, de não servir para nada.
Todos temos a consciência do chamamento de Deus para serví-lO, à sua Igreja e ao nosso próximo. Embora indignos, pela Sua graça, Deus precisa de nós, nos chama, nos usa, somos assim úteis nas Suas santas mãos.
Aliás não podemos ser inúteis, pois o trabalho que fazemos não é nosso, é Deus quem age em nós.
Como não somos merecedores de tal graça, somos sim indignos servos.
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