Ano
A – XXXII domingo comum
Vigiai
porque não sabeis o dia nem a hora do encontro com Deus…
De
facto, nós podemos ir ao encontro do Senhor a qualquer hora, qualquer dia, qualquer
momento – na eucaristia, na escuta da palavra, nos sacramentos na oração, junto
dos mais pobres e necessitados, na hora da nossa morte…
É
preciso estar atento e não deixar escapar essa oportunidade para não ficar fora.
Foi
o que aconteceu a 5 donzelas, descuidadas, distraídas, que ficaram fora.
Elas
podem ser o nosso retrato quando não aproveitamos o convite para o encontro do
Deus.
A – Voltar a fazer o mesmo
Um
padre ao apresentar esta parábola na sua pregação, foi interrompido por um ouvinte
atento:
-
Senhor Padre, estas 5 donzelas insensatas, são as mesmas do ano passado?
-
Sim, já ouvimos no ano passado o mesmo episódio. Porque pergunta isso?
-
Porque é bem feito o que lhes aconteceu. Se isso já tinha acontecido a mesma coisa no ano passado,
porque é que não aprenderam e voltam a fazer o mesmo?
Esta
censura não é apenas para as donzelas da parábola, mas para cada um de nós, que
voltamos a fazer os mesmos erros, não aproveitando as oportunidades, não
estando atentos e preparados para o encontro do Deus.
B
– De quem é a culpa
Podemos
ouvir as 5 donzelas insensatas a justificar-se porque ficaram fora do encontro ou
da festa:
-
A culpa foi do noivo que chegou bastante tarde
-
A culpa foi das outras 5 donzelas que não partilharam o azeite connosco
-
A culpa foi do vendedor que demorou muito tempo a abrir a loja para comprarmos
o azeite.
-
A culpa foi das lâmpadas que eram muito pequenas e não levam muito azeite
-
A culpa foi do cansaço acumulado
-
A culpa foi da discriminação do porteiro que só deixou entrar lâmpadas cheias
de azeite, ou seja, as donzelas mais ricas
-
A culpa foi do governo que não põe iluminação pública e por isso somos
obrigados a lâmpadas pessoais
-
A culpa foi dos impostos que tornam o azeite caro e por isso só temos que
poupar
-
A culpa foi da noite e da lua, pois se houvesse luar e céu limpo não
precisaríamos de lâmpadas
Tal
como elas nós também, arranjamos muitas desculpas para faltarmos a um encontro:
-
A culpa é do padre que demora muito
-
A culpa é da igreja que é pequena e abafada
-
A culpa é da família que tenho de cuidar
-
A culpa é do trabalho que não me deixa tempo livre
-
A culpa é do cansaço de toda a semana
-
A culpa é do frio, da chuva, do vento, do calor
-
A culpa é da religião que não se moderniza
-
A culpa é de quem lá vai e é pior que os outros
Conclusão
- A culpa é sempre dos outros
Que
aproveitemos o convite para o Encontro do Deus em cada momento para não cairmos
nos mesmos descuidos e assumirmos as culpas e não atribuí-las aos outros.
Ver
também:
Nem tanto ao mar nem tanto à serra
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