Solenidade de Todos os Santos
Os santos são nossos amigos
Os nossos amigos são santos
A festa de Todos os Santos tem, pois, um triplo
sentimento:
- Em primeiro lugar, de gratidão e liberdade,
porque a santidade de Deus se manifesta nos santos.
- Em segundo lugar, de comunhão e intercessão,
para que eles, unidos a Cristo, intercedam por nós e nos acompanhem na
caminhada.
- Em terceiro lugar, de esperança e de
chamamento, porque todos os fiéis são chamados a participar dessa mesma glória,
vivendo as grandes aventuras no dia-a-dia.
Como dizia S. Bernardo, a memória dos santos não
aumenta a sua glória, mas aumenta-nos o desejo de seguir os seus passos.
O exemplo e a intercessão dos santos convidam-nos:
- a elevar o nosso olhar para o Céu,
- a buscar e a preparar as realidades futuras,
- a viver com a esperança de um dia partilhar também
essa santidade na glória de Deus.
À margem 1
A santidade sempre foi, é e será…
A santidade foi sempre um sonho de Deus e o destino do
homem
Santidade é sempre um dom de Deus e uma conquista do
homem
Santidade será sempre a alegria de Deus e a felicidade
do homem
À margem 2
Aprendi nos Açores a tratar as outras pessoas como
santas.
É comum dizer a alguém como vocativo:
- Ó meu santo!
- Ó sagrado!
- Ó alma santa!
Habituei-me a ser tratado assim e a tratar os outros
de igual modo.
Uma vez recebi a visita de alguns ‘continentais’. A
meio da conversa saiu-me a expressão:
- Ó minha santa…
Vi que a pessoa a quem eu falava ficou surpreendida.
Então corrigi:
- Desculpe. Se não quer que a trate assim, então,
direi – ó minha pagã!
- Ó não, por favor. Trate-me segundo a primeira
fórmula. Sabe tão bem!
Noutra ocasião eu disse a mesma expressão a uma
criança e dessa vez eu é que fiquei surpreendido com a resposta.
Eu disse-lhe:
- Ó minha santa…
Ela humildemente respondeu-me:
- Às vezes, às vezes…
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