domingo, 20 de novembro de 2011

Família Real

Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo
Rei do Universo


Olhar em 3 direções:
Olhar para Cristo, Rei do Universo
Olhar para nós mesmos, como participantes dessa realeza
Olhar para e eternidade, para o encontro entre Deus e nós, nós e Deus.

 
1ª Reflexão
Olhar para Cristo Rei do Universo
É preciso reconhecer que o Papa Pio XI, quando instituiu esta festa em 1925 no fim do Ano Santo, teve uma feliz intuição: A figura de Cristo não só sintetiza todo o ano litúrgico, mas também nos recorda que Deus é o nosso Senhor, nosso Rei e que nós também participamos da sua realeza.
O ano litúrgico é uma espécie de puzzle ou de construção. Ao longo do ano vamos formando a sua figura. Agora é altura de pôr ponto final, de colocar a coroa.
A solenidade de Cristo Rei é o coroamento desse puzzle.
Mas não é nada de que não estejamos habituados:
Sempre que dizemos que Deus é nosso Senhor, estamos a chamá-lo de Rei.
Sempre que rezamos o Pai Nosso, dizemos Venha a Nós o Vosso Reino, estamos a chamá-lo de Rei.
Que Ele seja de facto nosso Rei e Senhor.
Somos Dele, a Ele pertencemos, a Ele prestamos obediência.

2º Reflexão
Olhar para nós mesmos, como participantes desse realeza
De facto no dia do nosso baptismo todos nós somos declarados membros de Cristo, sacerdote, profeta e rei. Isto quer dizer que todos nós somos participantes da realeza de Cristo.
Dizer que Cristo é rei, é dizer que ele é o Nosso Senhor, somos dele, a ele pertencemos.
Deixemos que ele reine em nós…
Dizer que participamos da realeza de Cristo é dizer que nós fomos feitos não para sermos dominados mas sim para dominar as forças deste mundo, nós não somos escravos, mas senhores e reis. Não estamos subjugados ao mundo, nós é que governamos o mundo. Nós é que regemos o mundo e não o contrário, as riquezas deste estão sob a nossa alçada e não o contrário… O mundo está ao nosso serviço, pois Deus tudo nos submeteu.
Estamos aqui na terra como vencedores, Cristo vence, Cristo impera através de nós.

3ª Reflexão
Olhar para e eternidade, para o encontro entre Deus e nós, nós e Deus.
Somos cidadãos do Reino de Deus. A Ele havemos de prestar contas.
“Credes, mortais, que há-de haver juízo? Uma de duas é certa: ou o não credes, ou o não tendes” (assim pregava o Pe. António Vieira).
“Chegou ao tribunal de Deus um cristão feliz:
- Vede, Senhor, as minhas mãos. Estão imaculadas, pois não cometi pecado algum, nada fiz de mal… vede as minhas santas mãos limpas…
- Tens razão – rexpondeu Pedro – as tuas mãos estão limpas, mas estão também vazias… pois não fizeste aquilo que podias ou devias fazer…”
Assim acontecerá connosco. Seremos julgados não por aquilo que fizemos, o muito ou o pouco, mas por aquilo que deixámos de fazer…Deus indicar-nos-á sobretudo não as nossas acções, mas as nossas omissões… porque tive fome e não me destes de comer, não me destes de vestir, não me visitastes, não me prestastes assistência…

Unção pós-baptismal:
“Deus todo-poderoso,
Pai de nosso Senhor Jesus Cristo,
Deu-vos uma vida nova pela água e pelo Espírito Santo,
E concedeu-vos o perdão de todos os pecados;
Agora que fazeis parte do seu povo,
Ele vos assinala com o Crisma da salvação,
Para que sejais eternamente
Membros de Cristo, sacerdote, profeta e rei.”


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