sábado, 22 de setembro de 2012

Centenário

 
 
Comemorou-se no passado dia 20 de Setembro o CENTENÁRIO do nascimento do servo de Deus Pe. Martinho Capelli, dos Sacerdotes do Coração de Jesus.
Nasceu numa aldeia do Norte da Itália a 20 de Setembro de 1912, num ambiente muito cristão de uma família modesta. Aí frequentou a escola primária.
Aos 12 anos entrou no seminário menor dos Padres Dehonianos.
Fez a sua profissão religiosa a 29 de setembro de 1930 e foi ordenado sacerdote a 26 de junho de 1936.
Enviado a Roma para a licenciatura em Teologia, quando se falava muito dos mártires do México, apresentou o pedido para trabalhar nas missões da China e defendeu a tese sobre o culto dos mártires.
O seu ideal era ser missionário e mártir.
A 23 de junho de 1944, os alemães ordenaram o despejo da casa de Castiglione para transformá-la em hospital militar.
A presença de tropas alemãs no grande edifício do escolasticado tornou ainda mais perigosa a convivência, para além da confusão.
Os padres foram para as várias paróquias da região e, a 6 de julho de 1944, a comunidade de Castiglione transferiu-se para Burzanella, perto de Castiglione. 
No dia 29 de setembro de 1944, quando iam socorrer um ferido, o P. Capelli e o P. Comini, tidos como espiões, foram presos pelos alemães.
Os soldados serviram-se deles para o transporte de munições, fazendo-os subir e descer o monte sob a vigilância deles. Foram depois encarcedrados, juntamente com um numeroso grupo de outros prisioneiros, numa estrebaria da fiação de Pioppe de Salvaro. 
Depois de dois dias de cruel prisão, no domingo 1º de outubro, o P. Capelli e o P. Comini, juntamente com 44 prisioneiros, foram levados ao tanque da fiação e ali foram trucidados pelas metralhadoras das SS nazistas. Alguns, fingindo-se mortos sob o monte dos cadáveres, conseguirão salvar-se, depois da saída dos soldados alemães. Será um deles que recordará o último gesto sacerdotal de P. Martino: ferido mortalmente, ergueu-se com dificuldade, pronunciou ainda algumas palavras e deu a bênção. Fazendo aquele último gesto de bênção, caiu com os braços em cruz. Tinha somente 32 anos. Todos os seus vestígios e o dos outros mortos perderam-se alguns dias depois, quando foram abertas as entradas do tanque e a água arrastou os corpos para o rio Reno desaparecendo no mar Adriático.
 Tinha 32 anos.

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