domingo, 24 de novembro de 2024

Eu sou o Alfa e o Ómega


Ano B – Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo

 

A Festa de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei, com esta denominação, foi instituída pelo Papa Pio XI, em 11 de dezembro de 1925, com a Carta Encíclica Quas Primas. Os tempos apresentavam-se sombrios e turvos e os céus nublados como os de hoje, e Pio XI, homem de ação, que já tinha fundado a Ação Católica em 1922, instituiu então esta Festa de Cristo Rei com o intuito de promover a militância católica e ajudar a sociedade a revestir-se dos valores cristãos. A Festa de Cristo Rei era então celebrada no último domingo de outubro.

A reorganização da Liturgia no pós Concílio passou esta Festa para o último domingo do Ano Litúrgico, alterando-lhe a denominação para Solenidade de Nosso Senhor Jesus Cristo, Rei do Universo.

Nesta solenidade são proclamadas 4 leituras:

- Do livro de Daniel

- O salmo 92 (93)

- Do Apocalipse

- Do Evangelho de São João.

 

Vamos recolher uma mensagem de cada uma delas, por ordem de antiguidade.

 

1º - O salmo – O Senhor é rei.

É uma verdade eterna dizer que o Senhor reina.

E a igreja acrescenta – o Senhor é rei num trono de luz.

É a cruz esse trono de luz no qual reina Jesus.

Nesse trono ele está de baços abertos para nos abraçar a todos.

 

2º - O livro de Daniel – O seu poder é eterno

Não passará jamais porque o seu reino não será destruído.

Nem os atentados da história, nem os combates e invetivas dos gentios, nem os nossos abusos e pecados darão cabo do reino de Deus, porque é um reino eterno.

 

3º - O evangelho – O meu reino não é daqui

Jesus diz que o seu reino não é deste mundo.

Se ele disse isso foi para que possamos concluir que nós, concidadãos desse reino, também não somos daqui.

A nossa pátria está nos céus.

Porque é que nos afadigamos para alcançar isto ou aquilo neste mundo, para gozar meia dúzia de anos?

Devíamos investir antes no que podemos gozar por toda a eternidade no reino de Deus que não é deste mundo.

 

4º - O Livro do Apocalipse – Eu sou o Alfa e o Ómega

Jesus é aquele que é, que era e que há de vir.

É o princípio e o fim, o alfa e o ómega.

Ele é o Senhor do universo, o Senhor do tempo e da eternidade.

Ele é o nosso Senhor hoje e sempre, nossa origem e destino.


Conclusão:

Sempre que olharmos para Cristo na Cruz lembremo-nos que ele é Rei de braços abertos para abraçar a todos.

Sempre que contemplarmos o Alfa e o Ómega lembremo-nos que Jesus é o Nosso Senhor, nossa origem e nosso destino.


Mensagens avulso:

1ª – Jesus é o reino de Deus em pessoa ou autobasileia, na linguagem de Orígenes (185-254)

 

2ª – Jesus é o réu que afinal era rei

Condenado que afinal era coroado

Escravo que afinal era senhor

Cruz que afinal era trono

Fraqueza que afinal era fortaleza

Morte que afinal era vida.

 

3ª – No reino de Cristo ninguém é promovido acima de servo nem abaixo de amigo.

 

4ª – Tu és um rei, meu Deus, sem fim, pois o que tens não é um reino emprestado. Quando o Credo diz: O seu reino não tem fim, é quase sempre um presente especial para mim. Louvado sejas, Senhor, e te abençoe para sempre; Em suma, o teu reino durará para sempre” (Santa Teresa de Jesus, Caminho da Perfeição 22,1).

 

5ª – Jesus manifesta a sua realeza durante o julgamento diante de Pilatos e no momento da crucificação (Jo 18,33-37). Jesus mostra o seu poder na fraqueza, ele reina servindo os homens até dar a vida por eles.

 

Ver também:

Um rei com cetro de cana

O rei no trono da cruz

A coroa de espinhos

Rei de amor

Família real

O único Rei é Cristo

Cristo é Rei

Sorrir para Deus

 

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