segunda-feira, 26 de novembro de 2018

Da oferta da viúva à viúva da oferta

2ª feira – XXXIV semana comum






















Em geral nós contemplamos e refletimos sobre a oferta da pobre viúva, num compromisso de fazermos o mesmo, de sermos tão caridosos e generosos.
Olhamos mais para a oferta da viúva do que para a viúva da oferta.
Hoje vamos olhar sobretudo para a viúva da oferta.

Quem era essa viúva?
Há quem diga que era Maria de Nazaré.
Era viúva, tinha o rosto coberto, tinha entregado tudo o que tinha e tudo o que era nas mãos de Deus – Eis a serva do Senhor.
Só assim se compreende porque é que Jesus notou a presença daquela mulher, anónima, discreta, escondida, humilde serva.
Era a sua mãe e os seus olhos a identificavam, por mais disfarçada que estivesse.
Além disso, como é que ele sabia que ofereceu duas moedas, até o seu valor, como é que sabia que era tudo o que ela possuía, e que era generosa e desprendida?
Está certo que Jesus sabia tudo, até o que se passava no íntimo do coração de qualquer pessoa, mas neste caso, ele conhecia por experiência própria.
Ele sabia quem tinha em casa…
E Jesus não revelou a identidade desta pobre viúva por cumplicidade, para não comprometer a sua própria mãe e para poder alargar assim a lição a todos.
Aliás, podemos inverter os papéis de outra maneira – Esta pobre viúva cumpria a vontade de Deus Pai e portanto era, com toda a propriedade e segundo as palavras de Jesus, a sua Mãe…, as suas irmãs e os seus irmãos, pois quem eram sua mãe e seus irmãos? Quem faz a vontade de seu Pai é que é sua mãe e seus irmãos.
Maria, mãe de Jesus, foi a pobre viúva que entregou no templo tudo o que tinha. Ela aponta assim para outra figura materna que é a Igreja… que oferece tudo o que tem e tudo o que é no altar divino…
A viúva da oferta é Maria, mãe de Jesus, para nos lembrar que a nossa mãe Igreja é convidada a fazer o mesmo, a oferecer tudo, aquilo que é e aquele que tem no templo santo deste mundo divino.


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