Em geral nós contemplamos e refletimos sobre a oferta da pobre viúva, num compromisso de fazermos o mesmo, de sermos tão caridosos e generosos.
Olhamos
mais para a oferta da viúva do que para a viúva da oferta.
Hoje
vamos olhar sobretudo para a viúva da oferta.
Quem
era essa viúva?
Há
quem diga que era Maria de Nazaré.
Era
viúva, tinha o rosto coberto, tinha entregado tudo o que tinha e tudo o que era
nas mãos de Deus – Eis a serva do Senhor.
Só
assim se compreende porque é que Jesus notou a presença daquela mulher,
anónima, discreta, escondida, humilde serva.
Era
a sua mãe e os seus olhos a identificavam, por mais disfarçada que estivesse.
Além
disso, como é que ele sabia que ofereceu duas moedas, até o seu valor, como é
que sabia que era tudo o que ela possuía, e que era generosa e desprendida?
Está
certo que Jesus sabia tudo, até o que se passava no íntimo do coração de
qualquer pessoa, mas neste caso, ele conhecia por experiência própria.
Ele
sabia quem tinha em casa…
E
Jesus não revelou a identidade desta pobre viúva por cumplicidade, para não
comprometer a sua própria mãe e para poder alargar assim a lição a todos.
Aliás,
podemos inverter os papéis de outra maneira – Esta pobre viúva cumpria a vontade
de Deus Pai e portanto era, com toda a propriedade e segundo as palavras de
Jesus, a sua Mãe…, as suas irmãs e os seus irmãos, pois quem eram sua mãe e
seus irmãos? Quem faz a vontade de seu Pai é que é sua mãe e seus irmãos.
Maria,
mãe de Jesus, foi a pobre viúva que entregou no templo tudo o que tinha. Ela
aponta assim para outra figura materna que é a Igreja… que oferece tudo o que
tem e tudo o que é no altar divino…
A
viúva da oferta é Maria, mãe de Jesus, para nos lembrar que a nossa mãe Igreja
é convidada a fazer o mesmo, a oferecer tudo, aquilo que é e aquele que tem no templo santo deste mundo divino.
Sem comentários:
Enviar um comentário