domingo, 30 de junho de 2024

História de duas mulheres


Ano B – XIII domingo comum

Era uma vez duas mulheres.

Uma tinha 12 anos de vida;

Outra tinha 12 anos de doença.

Uma não queria crescer;

Outra não queria morrer.

Uma não queria ser mulher;

Outra não queria deixar de ser mulher.

Uma Jesus foi ter com ela;

Outra foi ter com Jesus.

Uma deixou-se tocar por Jesus;

Outra foi tocar Jesus.

Uma estava deitada;

Outra estava prostrada.

 

Ambas Jesus falou;

As duas Jesus curou.

Ambas foram levantadas.

As duas foram curadas.

Ambas venceram o medo,

As duas foram em frente.

Ambas mostraram fé

As duas tiveram vida nova.

 

Qualquer que seja a nossa vivência ou a nossa situação, Deus vem ter connosco ou espera que se vá ter com ele.

Também ele nos convida a levantarmo-nos.

Quem não se levanta, não pode ir em frente, não ultrapassa os seus obstáculos nem vai longe.


À margem

Se alguém perguntar (se é que ainda há este costume)o que é que o padre disse no sermão, podeis responder:

- Talitha Kum (em aramaico).

E se não conseguirem entender, dizei:

- Sursum corda (latim).

E se nem assim compreender, concluí em português:

- Corações ao alto!

De facto, estas três expressões, praticamente, significam o mesmo.


Ver também:

A menina está a dormir

Kum, isto é, levanta-te

Assim tocamos corações

Tocar o coração

Cordeirinha, levanta-te

Coragem e fé

Jovem, levanta-te

Talitha Kum

Tocar na orla da capa

 

sexta-feira, 28 de junho de 2024

Curando e ensinando


6ª feira – XII semana comum

 

Jesus curava ensinando

E ensinava curando.



- Por que é que Jesus curou muitos leprosos?

- Por que havia muitos naquele tempo, ou porque Jesus deixava que se aproximassem dele enquanto todos fugiam deles, ou porque naquele tempo não havia cura para essa doença?  Tudo isto pode estar certo, mas estou convencido que Jesus curava muitos leprosos para nos lembrar, então ou ainda hoje, que a única lepra que temos a recear é a da alma, isto é, o pecado. De facto, a pior lepra é a da alma - doença que nos torna insensíveis ao amor.

 

- Por que é que Jesus para curar o leproso estendeu primeiro a mão e depois disse – eu quero, fica curado?

- Porque Jesus intervém com ações, gestos e palavras. Ele confirmava as suas ações com as palavras para nos ensinar que devemos confirmar as nossas palavras com as nossas obras. 

 

- Por que é que Jesus disse ao curado da lepra – vai mostrar-te ao sacerdote?

- Para lembrar a ele e a nós que quem cura é sempre Deus. O milagre é sempre dom de Deus.

 

Ver também:

Deus quer, o homem reza

Não digas nada a ninguém

Lições de um encontro

PDF da vida espiritual

Prática do dia

Lepra e má língua

Veni, vidi, veci

Ser mão

Se Deus quiser

Deus quer

Dizer e fazer

Ouvir e ser curado

Lepras

Estender a mão

Calar e contemplar

 

quinta-feira, 27 de junho de 2024

Nossa língua é nossa pátria


A 27 de junho de 1214, D. Afonso II escreveu um texto que pode ser considerado um marco histórico – o dia do nascimento oficial da língua portuguesa.

Nunca antes dele, um rei, um estado, um soberano usara a nossa língua ou escrevera oficialmente em português.

Para celebrar a efeméride podemos recordar que a nossa língua é a nossa pátria e a nossa pátria é a nossa língua, segundo a inspiração de Fernando Pessoa (1888-1935).

"Gosto de dizer. Direi melhor: gosto de palavrar. As palavras são para mim corpos tocáveis, sereias visíveis, sensualidades incorporadas. Talvez porque a sensualidade real não tem para mim interesse de nenhuma espécie – nem sequer mental ou de sonho -, transmudou-se-me o desejo para aquilo que em mim cria ritmos verbais, ou os escuta de outros. Estremeço se dizem bem. Tal página de Fialho, tal página de Chateaubriand fazem formigar toda a minha vida em todas as veias, fazem-me raivar tremulamente quieto de um prazer inatingível que estou tendo. Tal página, até de Vieira, na sua fria perfeição de engenharia sintática, me faz tremer como um ramo ao vento, num delírio passivo de coisa movida.

Como todos os grandes apaixonados, gosto da delícia da perda de mim, em que o gozo da entrega se sofre inteiramente. E, assim, muitas vezes, escrevo sem querer pensar, num devaneio externo, deixando que as palavras me façam festas, criança menina ao colo delas. São frases sem sentido, decorrendo mórbidas, numa fluidez de água sentida, esquecer-se de ribeiro em que as ondas se misturam e indefinem, tornando-se sempre outras, sucedendo a si mesmas. Assim as ideias, as imagens, trémulas de expressão, passam por mim em cortejos sonoros de sedas esbatidas, onde um luar de ideia bruxuleia, malhado e confuso.

Não choro por nada que a vida traga ou leve. Há, porém, páginas de prosa que me têm feito chorar. Lembro-me, como do que estou vendo, da noite em que, ainda criança, li pela primeira vez numa seleta o passo célebre de Vieira sobre o rei Salomão. “Fabricou Salomão um palácio…” E fui lendo, até ao fim, trémulo, confuso: depois rompi em lágrimas, felizes, como nenhuma felicidade real me fará chorar, como nenhuma tristeza da vida me fará imitar. Aquele movimento hierático da nossa clara língua majestosa, aquele exprimir das ideias nas palavras inevitáveis, correr de água porque há declive, aquele assombro vocálico em que os sons são cores ideais – tudo isso me toldou de instinto como uma grande emoção política. E, disse, chorei: hoje, relembrando, ainda choro. Não é – não – a saudade da infância de que não tenho saudades: é a saudade da emoção daquele momento, a mágoa de não poder já ler pela primeira vez aquela grande certeza sinfónica.

Não tenho sentimento nenhum político ou social. Tenho, porém, num sentido, um alto sentimento patriótico. Minha pátria é a língua portuguesa. Nada me pesaria que invadissem ou tomassem Portugal, desde que não me incomodassem pessoalmente. Mas odeio, com ódio verdadeiro, com o único ódio que sinto, não quem escreve mal português, não quem não sabe sintaxe, não quem escreve em ortografia simplificada, mas a página mal escrita, como pessoa própria, a sintaxe errada, como gente em que se bata, a ortografia sem ípsilon, como o escarro direto que me enoja independentemente de quem o cuspisse.

Sim, porque a ortografia também é gente. A palavra é completa vista e ouvida. E a gala da transliteração greco-romana veste-ma do seu vero manto régio, pelo qual é senhora e rainha."

(CF “Livro do Desassossego”, por Bernardo Soares. Vol. I, Fernando Pessoa)

 

Ver também:

Oito séculos da língua portuguesa

 

A parábola das duas casas


5ª feira – XII semana comum

Há uma igreja na minha casa

Há uma casa na minha igreja


Era uma vez duas casas...

Jesus quer que cada um saiba construir uma igreja na sua casa ou uma casa na sua igreja.

Há duas maneiras de construir essa casa – Modelo A ou modelo B.

Jesus apresenta essas duas casas.

Aparentemente elas são iguais:

Têm a mesma forma ou estilo.

Têm a mesma área, a mesma largura e altura.

De facto, foram construídos com os mesmos materiais.

Têm também a mesma função de acolher gente, o mesmo conforto e o mesmo espaço.

Também enfrentam as mesmas tempestades, o mesmo vento e as mesmas chuvadas.

Mas aqui acabam as semelhanças:

Uma desaba e a outra casa continua firme.

Mas porquê se aparentemente eram iguais na forma, no tamanho, nos materiais de construção?

Ambas as casas passam por intempéries, dificuldades e problemas, porque é que uma desaba e a outra não?

O Mestre diz que uma foi edificada sobre a rocha e outra sobre areia; por isso uma ficou firme e outra caiu! 

A diferença está na profundidade ou superficialidade.

 

De modo semelhante é o discípulo: o que ouve a Palavra e a põe em prática está edificando a sua morada ou a sua vida sobre a rocha profunda – seja qual for a circunstância, nunca será abalado.

Por outro lado, o que é apenas ouvinte, tem sua morada ou a sua vida alicerçada na areia fugaz, qualquer embate a coloca no chão.

A comparação de Jesus é um desafio a cada um dos seus discípulos. 

Todos já ouvimos a Palavra; sabemos o que é preciso ser feito.  Se o meu cristianismo não for além deste ouvir, a minha vida está condenada ao fracasso e à ruína; mas se praticar a sua Palavra, continuarei firme sobre a rocha.

A diferença está na profundidade (ouvir e pôr em prática).

O problema está na superficialidade (ouvir e apenas dizer).

Construir sobre a rocha é segurar-se com convicção.

Construir sobre a areia é ficar na superficialidade.

É preciso ir ao fundo, apostar nos alicerces, investir naquilo que não se vê, mas que nos dá estabilidade, segurança e continuidade.


À margem:

Um dia perguntaram à esposa de um famoso político e governante  português, se o seu marido fosse peixe, que peixe é que seria.

Ela respondeu de imediato:

- Ele seria cherne!

- E por quê?

- Por que é um peixe de profundidade.

De facto, o cherne é conhecido em Portugal como o gigante das profundidades.

Assim também um verdadeiro discípulo de Jesus deve ser um autêntico cherne, um peixe de profundidade e não de superficialidade.

Peixe de escamas; corpo grande, alto e comprimido. A coloração é marrom avermelhado, algumas vezes mais clara no ventre; a margem da parte espinhosa da nadadeira dorsal é escura. Indivíduos jovens apresentam manchas brancas distribuídas regularmente em fileiras verticais e uma grande mancha escura no pedúnculo caudal, que se origina no dorso e atravessa a linha lateral. Pode alcançar 1,2m de comprimento total e 30kg. Existe uma espécie maior, o cherne negro, que atinge mais de 2m de comprimento total e cerca de 200kg.

É um peixe de profundidade, normalmente é capturado a profundidades a mais de 100m.

Além disso é um peixe de vida longa, podendo os machos ultrapassar os 80 anos e as fêmeas os 60 anos.


Ver também:

A igreja sobre a rocha

Só vendo

Gravar sobre a rocha

Areia, rocha; dizer, fazer

Construção civil

A diferença está onde

Palhacinho, Paulinho, Pedrinho

Construir sobre a rocha

Sobre a rocha

 

terça-feira, 25 de junho de 2024

Aumentai a porta estreita


3ª feira – XII semana comum

Por que o Senhor afirma que a porta é estreita e que muitos tentarão e não conseguirão? 

Será que Deus nos preparou uma armadilha?

A porta é estreita porque nos tornamos grandes demais, autossuficientes demais, prepotentes demais, demasiadamente cheios de nós mesmos, inchados!

A porta é estreita porque os nossos defeitos são largos…

Portanto, há um combate a ser travado em nós, para nos adequarmos ao Reino de Deus. 

O Reino é para os pequenos, e nos tornamos gigantes pelo orgulho, pela soberba e pela autossuficiência. 

O Reino é para as crianças, e nos tornamos adultos no sentido da desconfiança, do cinismo, do cálculo segundo a carne!


Quando Miguel de Unamuno morreu, encontraram na sua mesa de trabalho estes versos:

"Aumenta a porta, meu Pai, para que eu possa passar!

Tu a fizeste para as crianças e eu cresci, a meu pesar!

Se não aumentas a porta, diminui-me, por piedade!

Faz-me voltar à idade em que viver era sonhar!".

 

É isso mesmo. Voltar a ser criança, a ser pobre, a ser confiante, pequeno, diante do Senhor!

Deixar que o Senhor reine em nós, que o seu reino nos invada!

Mas parece difícil porque crescemos, queremos nós mesmos controlar a nossa vida, decidir de modo autónomo, sem Deus, os nossos passos!

Seguindo a nossa lógica, os nossos instintos, as nossas paixões, não entraremos nessa porta do Reino de Deus.

Não entrará no Reino quem primeiro não deixar o Reino entrar em si, no seu coração e na sua vida! (Cf. D. Henrique Soares da Costa)

 

Ver também:

Procurar a porta estreita

A porta estreita é a cruz

A porta continua estreita

Porta humilde e estreita

Porta elegante e fina

Caminho apertado

A porta da Cruz

As aparências enganam

Porta estreita e baixa

Porta estreita

 

segunda-feira, 24 de junho de 2024

A alegria de João Baptista


Solenidade do Nascimento de São João Baptista

Pintura de Greg Olsen  intitulada "O Caminho da Alegria"
que retrata um encontro entre João Baptista e Jesus

Normalmente identificamos São João Baptista com a sua vida austera e penitente no deserto, mas esquecemos que o evangelho une a sua figura à verdadeira alegria.  De facto, o povo simples celebra São João Baptista com renovada alegria, fazendo parte dos santos mais populares.

Não faltam exemplos nos Evangelhos para provar essa alegria:

- O anjo disse-lhe: - Não temas, Zacarias, porque Isabel, tua esposa, te dará um filho, ao qual lhe darás o nome de João. Será para ti motivo de grande alegria e muitos hão de alegrar-se com o seu nascimento (Lc 1:13-14).

- Isabel exclamou: - Logo que chegou aos meus ouvidos a voz da tua saudação, o menino exultou de alegria no meu seio (Lc 1,44).

- Quando João nasceu, os seus vizinhos alegraram-se com ela (Lc 1,58).

- João disse: - O esposo é aquele a quem pertence a esposa; mas o amigo do esposo, que está ao seu lado e o escuta, sente muita alegria com a voz do esposo. Pois esta é a minha alegria. E tornou-se completa! Ele é que deve crescer e eu diminuir (Jo 3,30).

- Jesus disse: João era uma lâmpada ardente e luminosa e vós por instantes quisestes alegrar-vos com a sua luz (Jo 5,35).

 

Com Santo Agostinho podemos concluir: João não tem alegria em si mesmo. Quem quer encontrar em si mesmo a causa da sua alegria, ficará sempre triste; Mas quem quiser encontrar a sua alegria em Deus será sempre feliz, porque Deus é eterno.

Queres ter alegria eterna?

Segue o exemplo de João Baptista.

 

Para rezar com alegria

Oração Colecta:

Concedei à vossa família o dom da alegria espiritual e guiai o coração dos fiéis no caminho da salvação e da paz.


Prefácio:

Anunciamos as vossas maravilhas ao celebrarmos hoje a glória do precursor que antes de nascer exultou de alegria, sentindo a presença do Salvador; quando veio ao mundo muitos se alegraram pelo seu nascimento.

 

Pós comunhão:

Concedei à vossa Igreja, que se alegra com o nascimento de São João Baptista, o dom de reconhecer o autor do seu renascimento espiritual…

Ver também:

O austero santo popular

Benefício de Deus

O Ponteiro de Deus

Música e penitência

Quem será este menino

O precursor e o seguidor

Preparar, discernir, diminuir

Mysterium lunae

Resposta de Deus

Ficar mudo

João Baptista

Nova luz se levanta

O ritmo de Deus

Nascimento de João Baptista

 

domingo, 23 de junho de 2024

O Senhor que acalma o mar


Ano B – XII domingo comum

Podemos interpretar de 3 maneiras diferentes a barca atormentada pela tempestade do evangelho de hoje.

 

1ª – Interpretação Eclesiológica

Tradicionalmente é identificada com a comunidade (a Igreja ou a Humanidade). Esse barco é a imagem da Igreja que navega no mar deste mundo entre perigos e contradições. Às vezes parece que Jesus está dormindo e nos deixa sozinhos. Temos a impressão de que as dificuldades vão afundar esta barca de Pedro. Porém, na hora certa, Jesus acalma a tempestade e nos dá a paz. Ao longo da história quantas vezes a Igreja em dificuldades e contradições parecia sucumbir? Mas a última palavra é sempre de Deus, pois a Igreja é seu projeto.

 

2ª – Interpretação Cristológica

Este episódio pode ser a metáfora ou a parábola da vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus. Uma tempestade abateu-se sobre Jesus com a acusação, julgamento e condenação. Com a morte na cruz, os discípulos ficaram assustados e pensaram que tudo estava acabado. Cristo, porém, acordou do sono da morte na ressurreição e deu-lhes a paz – Sou eu não temais.

 

3ª – Interpretação individual

É isto o que nos acontece pessoalmente. A barca em dificuldades é, afinal de contas, a vida de cada um. Quando as dificuldades se multiplicam, parece que tudo se afunda sob os nossos pés. Mas temos que continuar pedindo ajuda a Cristo que parece adormecido ou ausente. Na realidade Ele nunca nos abandona, apesar de nós o abandonarmos ou deixarmo-nos adormecer. Com Ele venceremos todas as tempestades, todas as dificuldades, porque é mais forte do que o pecado, a doença ou a morte.

 

À margem

As 3 perguntas e suas respostas do evangelho de hoje.

- Porque é que surgiu uma tempestade?  

- Jesus permitiu que a barca enfrentasse uma tempestade para que os discípulos chegassem à conclusão que os amigos de Jesus não estão livres de dificuldades e tempestades. Em geral nós dizemos – o que é que eu fiz para que Deus me mande esta tormenta? As dificuldades acontecem a todos, até mesmo aos amigos de Jesus.

 

- Por que é que Jesus dormia no meio da tempestade?

- Pra que os discípulos pudessem pedir-lhe ajuda. Se ele estivesse acordado não precisariam de pedir socorro.

 

- Por que é que concluíram que até o vento e o mar obedeciam a Cristo?

- Para que todos não esquecessem que também deviam obedecer a Cristo. No meio das dificuldades e de toda a espécie de violência ninguém esqueça de obedecer, como nos lembra o vento e o mar neste episódio.

 

Para cantar:

Põe tua mão na mão do meu Senhor 

da Galileia,

põe tua mão na mão do meu Senhor 

que acalma o mar.

Meu Jesus, que cuidas de mim 

noite e dia sem cessar!

Põe tua mão na mão do meu Senhor 

que acalma o mar.

 

Para ouvir

clicar AQUI

 

Para rezar

Hino da Liturgia das Horas

 

1. Se me envolve a noite escura

E caminho sobre abismos de amargura,

Nada temo porque a Luz está comigo.

 

2. Se me colhe a tempestade

E Jesus vai a dormir na minha barca,

Nada temo porque a Paz está comigo.

 

3. Se me perco no deserto

E de sede me consumo e desfaleço,

Nada temo porque a Fonte está comigo.

 

4. Se os descrentes me insultarem

E se os ímpios mortalmente me odiarem,

Nada temo porque a Vida está comigo.

 

5. Se os amigos me deixarem

Em caminhos de miséria e orfandade,

Nada temo porque o Pai está comigo.

 

6. Se me envolve a noite escura

E caminho sobre abismos de amargura,

Nada temo porque a Luz está comigo.

 

(Completas (II) de Domingo

Letra de Manuel de Jesus Ferreira (século XX)

 

Ver também:

No mar da vida

Navegar com Jesus

Envergonhados

Jesus dormia

Tempestade e bonança