Ano C - XXI Domingo Comum
Contam as lendas que um dia um espião foi preso e condenado à morte. A sua sentença era o fuzilamento, mas o general tinha um hábito diferente e sempre oferecia ao condenado outra opção. E essa outra opção era escolher entre enfrentar o fuzilamento ou entrar por uma porta estreita. Com a aproximação da hora da execução o general perguntou-lhe:
- Escolhes a porta estreita ou o fuzilamento?
Não era fácil, por isso o prisioneiro ficou pensativo e depois deu a resposta:
- Prefiro o fuzilamento.
Quando a sentença foi executada o general queixou-se
- Assim é a maioria dos homens. Preferem o caminho conhecido ao desconhecido.
- E o que existe atrás da porta estreita? – Perguntou o ajudante.
- A liberdade – disse o general – poucos foram os homens corajosos que a escolheram.
Esta é uma característica do ser humano: optar sempre pelo caminho conhecido, por medo de enfrentar o desconhecido. Geralmente as pessoas não abrem mão da acomodação que uma situação previsível lhes oferece. É mais fácil ficar com o que já se sabe do que aventurar-se por caminhos novos. Mas nem sempre o caminho já batido conduz à liberdade. É preciso nadar contra a corrente, optar por uma porta estreita, para que se possa vislumbrar a felicidade.
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