quarta-feira, 28 de julho de 2010

Pai Nosso da reconciliação

O Pai Nosso de cada dia (46)

Pai nosso, Pai de bondade,
tu fazes brilhar o sol
sobre justos e pecadores.
Pai de todos os homens,
único Pai, apesar das nossas diferença,
tu não pretendes ser o meu ou o teu Pai;
tu és sobretudo o nosso pai,
que o teu nome seja santificado.

Meu Deus, nós te clamamos
com toda a força dos nossos pulmões,
nós te suplicamos pela Paz:
que o teu Reino e a tua vontade
se realizem depressa sobre a terra;
que o Teu Espírito, derramado sobre nós,
invada a nossa vida.

Dá-nos, ó Pai, o pão nosso de cada dia:
o pão da Tua palavra,
que alimenta a inteligência com a verdade
e enraíza o nosso coração no amor;
o pão consagrado do Teu corpo,
que dá a vida em plenitude;
e o pão de farinha,
que sacia a fome das crianças,
fortifica o crescimento dos jovens
e traz Paz aos nossos lares.

Pai, perdoa-nos as nossas ofensas.
Custa-nos reconhecer a nossa maldade;
as nossas faltas e erros humilham-nos,
mas Tu conheces a nossa fraqueza;
tu sabes perdoar-nos.

Pai, os nossos pecados ferem os nossos irmãos
e abalam o convívio nacional:
os pecados contra os pobres,
contra os fracos, contra os abandonados;
os pecados que nos dividem, que nos opõem,
que nos afastam uns dos outros
e impedem o encontro fraterno.

Pai, que a nossa oração pela Pátria
lave a alma da Nação.
Esta alma tão bela, tão simples, tão solidária,
hoje está manchada pelo terrorismo,
pelo ódio e pelo rancor.

Pai, perdoa-nos as nossas ofensas
como nós perdoamos a quem nos tem ofendido:
a Igreja está crucificada como o Teu filho,
por Ti, irmão governante,
por Mim, católico empenhado,
por todos os irmãos cristãos,
quando nós deixamos de amar.

Ainda que nos custe,
ainda que nos humilhe,
ainda que nos magoe,
ajuda-nos a perdoar,
porque somos chamados a caminhar lado a lado
para construir a nova sociedade,
onde reinem o amor,
a justiça e a paz.

Livra-nos de todo o mal
e da tentação de o praticar;
que nunca digamos
a mentira em vez da verdade,
nem paguemos o mal com o mal.

Pai nosso, a Ti, a glória hoje e sempre,
a Ti, a honra e o poder. Ámen.

(Cf. Card. FRANCISCO FRESNO, Abbá Pai, in Suplemento de Fátima Missionária, 3, 1987).

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