domingo, 25 de julho de 2010

Pai Nosso da Conversão


O Pai Nosso de cada dia (43)


Cristo sintetiza no Pai Nosso a sua atitude unitária e global de vida, de sacerdócio, de serviço e de consagração. Não podemos ficar impassíveis perante essa atitude. Não podemos continuar a ser as mesmas pessoas depois de rezar o Pai Nosso. Deveríamos transformar-nos naquilo que rezamos.

Pai Nosso que estais nos Céus.
Já não somos os mesmos perante Deus: já não somos escravos, mas filhos, pois chamamos a Deus par.

Santificado seja o vosso nome.
Perante os homens sentimo-nos irmãos. Não podemos chamar a Deus nosso pai, se nos negamos a tratar qualquer homem como nosso irmão e a santificar o nome de Deus em cada rosto humano.

Venha a nós o vosso reino.
Perante a sociedade, actuamos decididamente para que ela se transforme no Reino de Deus. A nossa vida fica, assim, aberta à universalidade.

Seja feita a vossa vontade assim na Terra como no Céu.
Perante a História, concretamente perante a etapa nova que estamos a viver, queremos buscar e realizar a vontade do Pai – que todos vivam.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
Perante as coisas, os bens materiais, já não somos os mesmos. Queremos usá-los e saboreá-los em espírito de pobreza, liberdade e partilha.

Perdoai as nossas ofensas como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.
Perante nós mesmos, ao rezar esta oração, tomamos consciência de uma nova dimensão. Aceitamos o perdão e somos levados a perdoar e a trilhar caminhos de solidariedade e de amor.

Não nos deixeis cair na tentação mas livrai-nos do mal.
Perante a nossa vivência global, assumimos o compromisso de uma nova relação com Deus, com a sociedade, com o mundo e connosco mesmos. Afastamos a tentação do comodismo e da estagnação.

Ámen.
Prometemos a nós mesmos transformarmo-nos naquilo que acabámos de rezar.



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