sexta-feira, 9 de julho de 2010

Pai Nosso Ámen


O Pai Nosso de cada dia (32)

O Pai Nosso é a oração da comunidade. Na liturgia eucaristia dos séculos passados era recitado apenas pelo sacerdote, a que a assembleia lhe juntava na última invocação Mas livrai-nos do mal. Era a maneira de esta sentir o Pai Nosso como oração sua.
Recitando hoje por todos, é mais fácil ser entendido como oração de todos, embora o modo de participação se pudesse obter de outras formas. Assim, a tradição peninsular, em vigor até ao século XI em toda a Península Ibérica, tinha uma forma diferente de participação. Conhecida tradicionalmente pelo nome de visigótica ou moçárabe, esta liturgia fez intervir o povo com um Ámen aclamativo depois de cada invocação do Pai Nosso recitado pelo sacerdote.
Vamos hoje associar-nos a essas gerações, rezando juntos a oração do Senhor, acrescentando-lhe esse Ámen aclamativo.


Pai Nosso que estais nos Céus,
Santificado seja o vosso nome.
Ámen.

Venha a nós o vosso reino.
Ámen.

Seja feita a vossa vontade
Assim na Terra como no Céu.
Ámen.

O pão nosso de cada dia nos dai hoje.
Ámen.

Perdoai as nossas ofensas,
Assim como nós perdoamos
A quem nos tem ofendido.
Ámen.

E não nos deixeis cair em tentação,
Mas livrai-nos do mal.
Ámen.


A resposta Ámen não pertence, nem ao texto evangélico do Pai Nosso, nem ao texto litúrgico actual. Usam-no hoje os fiéis na recitação privada, bem como resposta a outras orações litúrgicas. Esta palavra pode ser considerada o resumo da atitude interior do homem na oração:

Ámen!
Assim seja!
Faça-se!
Aceito!
Vamos a isto!
Seja como tu quiseres!
O meu querer é o teu!
Mas, como certeza, Senhor!
Ámen!

(Cf. JOSÉ FERREIRA, O uso do Pai Nosso na Liturgia, in Bíblica 92, 1970, páginas 294-298)


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