6ª feira – XXIX semana comum
As mudanças do tempo
e o tempo das mudanças
Na Palestina, o vento que vem do mar
(ocidente) traz chuva, o vento que vem do deserto (sul) traz calor.
Eram sinais que o povo observava e comprovava.
Mas outros sinais eram dados observar, mas
o povo via, mas não enxergava; ouvia, mas mão escutava. Tantos convites para a
conversão, mas ninguém atendia.
Os tempos fazem o que devem – mudam.
Os discípulos de Cristo devem fazer aquilo
que o tempo faz – mudar.
Contemplando a mudança do tempo, cada um deve
fazer do seu tempo uma mudança.
Santo Agostinho ensinava que a natureza, a
criação, foi o primeiro livro que Deus escreveu. Por meio dela Deus nos ensina,
por exemplo, que o tempo muda, e que cada criatura deve mudar ou melhorar, fiel
ao seu Criador.
A Bíblia, a Sagrada Escritura, é o segundo
livro escrito por Deus. Nele não só se diz que devemos mudar, mas sobretudo como
devemos mudar.
Como pessoas inteligentes, devemos ler não só
o primeiro livro, mas sobretudo o segundo que nos ensina como e em que devemos
mudar.
Qual é o sinal dos tempos?
O sinal dos templos é a mudança.
Saibamos mudar, crescer, melhorar a nossa
relação, aperfeiçoar a nossa vida, converter o nosso coração.
Se o tempo muda, porque é que nós não mudamos?
Assim concluiu o grande poeta Camões:
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades,
Muda-se o ser, muda-se a confiança;
Todo o mundo é composto de mudança,
Tomando sempre novas qualidades.
Continuamente vemos novidades,
Diferentes em tudo da esperança;
Do mal ficam as mágoas na lembrança,
E do bem, se algum houve, as saudades.
O tempo cobre o chão de verde manto,
Que já coberto foi de neve fria,
E enfim converte em choro o doce canto.
E, afora este mudar-se cada dia,
Outra mudança faz de mor espanto:
Que não se muda já como soía.
Ver também:
Os sinais dos tempos e o tempo dos sinais
1 comentário:
O tempo muda, às vezes para melhor, outras para pior.
Que sejamos mais inteligentes, mudando sempre para melhor.
Enviar um comentário