3ª Feira - XXX Semana Comum
Lições do fermento
1º
O fermento não se intimida com o tamanho da massa.
O fermento está em desvantagem em
comparação com as medidas de farinha, mas nem por isso deixa de cumprir a sua
missão.
O desafio parece ser muito grande,
talvez haja apenas um crente numa casa, mas não há que ter medo. O cristão está
colocado na sua família, comunidade, trabalho, sociedade, região ou nação para
ser fermento de Deus. Os cristãos serão poucos, mas serão sempre fermento;
poucos, mas bons.
2º O fermento parece ser insignificante.
Parece que não vai surtir efeito na
massa. Quem olha para o fermento não imagina a sua capacidade de fazer levedar
a massa. Parece incapaz de por si só fazer qualquer coisa.
Um cristão talvez esteja a rezar por
alguém, animando, convidando ou orientando para a igreja ou para Deus e parece
que tudo isso não vai surtir efeito, mas vai sim, porque a obra é de Deus, porque
a palavra de Deus não volta sem cumprir a sua missão.
3º O fermento trabalha calmamente.
Hoje em dia existe o fermento químico
que age instantaneamente, mas antigamente para fazer pão, o fermento tinha que
ficar na massa várias horas ou até de um dia para o outro. O fermento trabalha
calmamente, sem confusão, sem gritaria, sem barulho.
Normalmente o testemunho cristão vale
mais que a pregação. Coerentemente as nossas atitudes devem corresponder com a
nossa pregação. É preciso calma, discrição e interioridade.
4º O segredo do fermento é o calor.
Para que o fermento possa fazer levedar
é preciso abafar a amassadura, protegê-la, aconchegá-la. É preciso criar um
ambiente de aconchego, de amadurecimento, de calor ou de amor para que o
fermento contagie toda a massa.
Sem amor nem aconchego ninguém pode ser
fermento no seu meio.
5º
O fermento torna leve a massa.
O pão ázimo é duro, pesado e deprimido.
O fermento dá à massa agilidade e leveza. E depois de misturado não se separa
nunca mais. Não se sabe onde está o fermento, mas vemos a sua ação na
amassadura.
Assim um bom cristão na comunidade. A
sua presença torna leve e livres todos os que estão à sua volta. Levedar é
tornar leve, é fazer livre ou fazer libertar alguma coisa.
6º
O fermento tem de ser espalhado.
Não basta colocar o fermento dentro do
alguidar. É preciso misturá-lo bem com a farinha, fazer com que se espalhe por
toda a parte. Fermento acumulado não serve para nada.
Os cristãos, como fermento da
comunidade, não podem ficar fechados em si mesmos, mas devem dispersar-se,
chegar a toda a parte… para que nenhuma periferia fique desfalcada da sua
presença.
7º
O martírio do fermento na massa.
Ao ser amassado com a farinha e água, o
fermento passa por verdadeiros tormentos. É sovado, batido, esmagado, triturado.
Mas se não passar por isso, não cumpre a sua missão.
Não pensemos que por sermos fermento
tudo vai ser um mar de rosas. Virão lutas, provações, tribulações para nos
amassar e pressionar, mas isso vai fazer crescer e levedar toda a massa.
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