4 feira – III semana da quaresma
Quem transgredir um só dos mandamentos está a ensinar
assim os outros a transgredir também. Torna-se culpado, não só pelo seu incumprimento, mas também pelo incumprimento dos outros.
Conclusão, todos nós somos responsáveis pelo mal
ou pelo bem que os outros possam fazer.
Tudo o que fazemos ou deixamos de fazer contagia ou
influencia positivamente ou negativamente consoante fazemos o bem ou o mal.
Todos somos mestres, ensinando-nos uns aos outros. Por
isso, evangelizar é muito mais fácil do que as pessoas pensam.
- Eu não sei falar, não estudei para isso, não consigo
encarar as pessoas… Por isso não posso evangelizar.
- E quem te disse que para evangelizar é preciso
falar? Basta viver, basta dar bom exemplo…
Para pregar basta viver o que se quer ensinar e o
resto virá por acréscimo.
À margem:
Aplicando a linguagem moderna a esta página do Evangelho, podemos dizer que nós influenciamos quem está à nossa volta, quer fazendo o bem, quer fazendo o mal. Na nossa casa nós temos uma câmara de gravação que segue tudo o que fazemos, dizemos ou somos. Essa câmara grava tudo, indiscriminadamente. Essa câmara são os olhos de uma criança. Ela vê, segue, grava, conclui, e o mais grave é que nunca mais poderemos apagar. O que ela vê, ouve, presenceia, acompanha fica tudo gravado e vai se habituando com isto e aquilo, vai aprendendo ou desaprendendo. Somos os mais ignorantes quando lhes contagiamos com o negativo. Podemos ser grandes ou pequenos, como na parábola. Grandes, quando temos o cuidado de passar através da osmose tudo o que vale a pena. Ou então somos miseráveis quando com o nosso comportamento ou mau exemplo transformamos uma criança num adulto incoerente, negativo e não exemplar.
Ver também:
Fortiter in re suaviter im modo
1 comentário:
Jesus não veio revogar a lei, mas completá-la...
Sim, porque as leis não são abolidas, são aperfeiçoadas.
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