Solenidade de São José, Esposo da Virgem Maria
Um homem a caminho, peregrino de esperança
José aparece no Evangelho como um homem em viagem, que não para por nada. Ela se conecta com as raízes de um povo peregrino e nómade, em busca da sua terra natal, seu lar.
Ele caminha de Nazaré até Belém com Maria, que está prestes a dar à luz, para se registrar (Lc 2:1-5).
Ele foge para o Egito (Mt 2,13-15) e retorna para Nazaré (Mt 2,19-23).
Ele sobe a Jerusalém para a Festa da Páscoa (Lc 2:41-42).
Peregrino, nómade, pobre, refugiado, desprotegido, vivendo ao relento... José aprende a sabedoria da confiança dos pobres em Javé, que encontram refúgio somente em Deus.
O caminho dá a José o dom de acolher, de saber acolher. A fuga para o Egito e o retorno a Nazaré reproduzem os passos do povo de Israel e a sua liberdade. A vinda do Messias é um novo êxodo para Israel.
Ser peregrino é orar e orar é ser peregrino. Orar é
caminhar, não viver no passado. Orar é elevar-se continuamente em direção a uma
terra prometida que está além, é saltar continuamente do Egito, da nossa
escravidão, para a liberdade dos filhos de Deus. É subir a Jerusalém, a
celeste, a de cima, manter os olhos fixos naquela pátria definitiva, dar a cada
coisa o seu justo valor. Rezar como os peregrinos é aprender a viver na
precariedade, a confiar somente em Deus.
Servo fiel, humilde e silencioso,
Mártir da solidão em longo exílio,
São José nos ensina a caminhar na vida,
A edificar na fé a paz dos nossos lares
E a renovar o mundo
(Última estrofe do hino de Laudes da solenidade de
hoje, de António Moreira das Neves)
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