Ano A - VI Domingo Comum
As crianças daquela escola brincavam no recreio, por detrás do edifício. Era um espaço limitado, vedado por um muro. Todas se lamentavam da falta de liberdade e suspiravam derrubar o que atrapalhava. Queriam alargar o campo dos seus jogos.
Um dia notaram que havia uma pequena brecha. Uns por curiosidade, outros de propósito, foram abrindo cada vez mais aquele buraco e o muro caiu.
- Até que enfim! Agora já podemos jogar com mais liberdade. Já não há barreiras a obstruir o nosso espaço.
Mas a surpresa tornou-se amarga. Por detrás do muro passava um riacho, pequeno mas profundo, de modo que a bola ia parar à água. Para evitar isso era necessário não alargar muito os lances da jogada. Assim o espaço, sem barreiras, veio a ficar ainda mais reduzido. Sonharam tanto deitar abaixo o muro para terem mais liberdade, mas afinal sucedeu precisamente o contrário.
“Naquele tempo Jesus disse: Não penseis que vim revogar a Lei e os Profetas; não vim revogar, mas completar.”
A Lei de Deus não oprime, liberta. Os Mandamentos do Senhor, não condicionam, proporcionam o bem. Pode parecer que Deus pede ao homem sacrifícios e mortificações. Deus quer a plena alegria do homem, por isso indica-lhe aquilo que traz a felicidade. Não é um colete de forças, mas um par de asas para alcançar a perfeição.
“Se quiseres, guardarás os mandamentos: ser fiel depende da tua vontade.”
O motorista, que por ser livre, não observe a sinalização da estrada, onde irá acabar?
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