domingo, 29 de setembro de 2024

Por que pecamos com o nariz


Ano B – XXVI domingo comum

 

Hoje na missa dominical na minha paróquia o sermão foi feito por 3 pessoas – um pai, uma criança da catequese e uma catequista.

O pai incentivou a todos a Participar – quem me dera que todos fossem profetas…

A criança motivou a agradecer – saibamos agradecer tal como Deus recompensa até mesmo um copo de água, porque tudo o que temos nos foi dado.

A catequista apelou a que todos possamos ser íntegros e inteiros – que ninguém precise de cortar nada como sinal de fraqueza.

Assim fizemos jus à mensagem da Palavra deste dia sendo Participativos, Agradecidos e Íntegros.

À margem

Um dia estava eu a pregar que Jesus nos convida a cortar com o mal, seguindo o texto do Evangelho de hoje – se a tua mão é para ti ocasião de pecado, corta-a.

E concluía eu – Se levássemos a sério esta palavra de Jesus todos seríamos cegos, coxos mudos etc… pois pecamos com o corpo todo, com os olhos, os ouvidos, os pés, a mãos, a cabeça, o coração.

Alguém pediu a palavra para dizer:

- Só não pecamos com o nariz!

- Aí é que te enganas – respondi – Pecamos sim com o nariz.

- Mas como?

- Pecamos quando metemos o nariz onde não somos chamados.

 

Ver também:

Participativos, agradecidos, íntegros

Muito obrigado

 

sexta-feira, 27 de setembro de 2024

A caridade é contagiante


Memória de São Vicente de Paulo (1581-1660)

Presbítero e fundador

Podemos contemplar o santo da caridade e a caridade de santo.

Mais do que valorizar as suas obras de caridade, aprecio sobretudo a sua capacidade de contagiar os outros a exercitar a mesma caridade. Ele vivia de tal modo a caridade que inspirava os outros a fazerem o mesmo.

De facto, a nossa caridade é altamente contagiosa. O critério para avaliar a nossa caridade é ver se ela se alastra aos nossos irmãos para fazerem o mesmo. Se ela não se contagiar, então não é sincera. 

 

Ver também:

Amar como Jesus amou

Amar os pobres

A força do coração

Vicente de Paulo

O santo da caridade

São Vicente de Paulo

 

Profissões de fé há muitas


6ª feira – XXV semana comum

- Pedro – Tu és o Messias o Filho do Deus vivo (Mt 16, 16). Esta profissão de fé levou um elogio de Jesus. Mas foi passageira, pois logo depois negou por três vezes conhecer Jesus.

- Tomé – Meu Senhor e meu Deus (Jo 20, 28). Esta profissão de fé surgiu e uma dúvida e por isso não mereceu elogio, mas foi antecedida por uma censura de Jesus.

Pedro vai da fé à negação. Tomé vai da dúvida à fé. As duas declarações afirmam o mesmo – as duas naturezas de Jesus.

Outras profissões de fé no evangelho:

- O Centurião vendo o que estava a acontecer disse – Este era verdadeiramente o Filho de Deus.

- Maria Madalena junto ao sepulcro, depois de ter ouvido Jesus dizer o seu nome, professa nele a sua fé – Rabuni, que quer dizer, Mestre!

- O Discípulo que Jesus amava, depois da pesca milagrosa, disse a Pedro apontando para Jesus ressuscitado – É o Senhor.

- Natanael foi o primeiro de todos a fazer a declaração de fé – Mestre, tu és o Filho de Deus (Quando soube que Jesus o tinha visto debaixo da figueira.

Mesmo antes de Pedro ou de outros apóstolos o dizerem, foi Natanael o primeiro a fazê-lo. Pedro, primeiro segue a Jesus e depois professa a sua fé.

Natanael, primeiro professa a sua fé e depois segue a Jesus.

Nós também por vezes precisamos de seguir a Jesus para aumentar a nossa fé e outras vezes precisamos de professar a nossa fé para continuarmos a segui-lo.

 

Conclusão – Isto mostra que na comunidade dos discípulos cada um faz a sua própria profissão de fé, consoante a sua situação existencial ou vivência pessoal.

 

À margem 1

Para o próximo ano assinala-se os 1700 anos do Concílio de Niceia (325) em que uma das principais afirmações foi reafirmar que Jesus é o Cristo, verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Um grupo de cristãos defendia que Jesus era apenas uma criatura feita por Deus (heresia ou falsa fé de Ário que deu origem ao arianismo.

Ário apareceu Concílio de Nicéia e tentou vender a ideia de que Jesus não era divino, São Nicolau lhe deu um soco no rosto.  Foi de facto, um argumento de peso, mas nem por isso o herético se retratou.

A resposta correta pode ser encontrada no que a Igreja nesse concílio chama de união hipostática. Para explicar, a Santíssima Trindade é um Deus em três Pessoas divinas: Pai, Filho e Espírito Santo. O ensinamento da união hipostática explica que Jesus Cristo, a segunda Pessoa da Santíssima Trindade, é totalmente Deus e totalmente Homem — não apenas um ou outro, não apenas parcialmente um e parcialmente o outro. Ainda hoje nós professamos a nossa fé com o texto saído do Concílio de Niceia, o Credo Niceno-constantinopolitano.

Em resposta à segunda pergunta de Jesus, Pedro simplesmente diz: “Tu és o Cristo.” E Ele está correto. As suas poucas palavras, reveladas a Ele pelo Pai e não por seu próprio entendimento, respondem a todos os mal-entendidos e heresias.

O Imperador Constantino, que estava no Concílio de Niceia teve de dar ordens de prisão a São Nicolau para que a violência não se alastrasse. Contam que na prisão São Nicolau recebeu a visita de Maria Santíssima e de Jesus. A Virgem perguntou ao guarda por que é que o bispo estava preso. Este respondeu – Por que esbofeteou um herege. Por sua vez Jesus perguntou ao próprio Nicolau por que estava ali. Porque vos amo muito – respondeu o santo bispo.

Ao ser solto e ao voltar ao convívio dos outros bispos, São Nicolau justificou-se da sua ação – Eu não consigo ser melhor que Jesus. No deserto ele expulsou o demónio para trás e usou um chicote para expulsar os vendilhões do templo. Ele que era manso e humilde de coração fez isso, eu não consegui resistir…

São Tomás de Aquino defendeu São Nicolau – É preciso suportar com magnanimidade as ofensas dirigidas a nós, mas não podemos tolerar sequer ouvir as injúrias feitas a Deus.

 

À margem 2

O contexto da pergunta e profissão de fé no Evangelho de Lucas é diferente de Mateus. Mateus enquadra na catequese do caminho para lembrar que a fé e a sua declaração é um caminho. Quem faz a sua profissão de fé vai longe porque Cristo é o Caminho…

Lucas, por sua vez enquadra esse diálogo e profissão de fé de Pedro em ambiente de oração. De facto, quem reza professa a sua fé e quem professa a sua fé já está em oração.  


Ver também:

Interrogações e respostas

Um messias desconhecido

Declaração de fé

A fé não se diz, vive-se

Quem é quem

Porta voz

Perguntar e responder

 

 

quinta-feira, 26 de setembro de 2024

Herodes queria ver Jesus


5ª feira – XXV semana comum

Herodes não era a única pessoa que procurava ver Jesus:

- Quem

- Como

- Onde

 

1º - Quem procurava ver Jesus?

2º - Qual a melhor maneira de ver Jesus?

3º - Qual o melhor lugar para ver Jesus?

 

1º - Quem

Há três categorias de pessoas que procuravam ver Jesus

- A multidão e o povo em geral

- Herodes, os fariseus, escribas ou doutores da lei

- Os apóstolos ou os discípulos em geral, bem como os pobres e necessitados

 

2º - Como

Cada uma destas categorias de pessoas encarna uma maneira específica de ver Jesus.

- A multidão procurava ver Jesus por curiosidade, isto é, sem compromisso. Seguiam Jesus para ver os milagres que Ele fazia.

- Herodes procurava ver Jesus por interesse, para colocá-lo ao serviço dos seus objetivos. Os fariseus e escribas procuravam ver Jesus para o apanhar nalguma coisa para o acusar e condenar. Eram interesseiros e oportunistas.

- Os Apóstolos e os discípulos em geral bem como os pobres e necessitados seguiam Jesus por amor, para aprender com Ele e transformar a sua vida à sua imagem. De facto, quem ama não pode passar muito tempo sem ver a pessoa amada. E mais, quem ama vê em tudo a presença ou as marcas da pessoa amada.

 

3º - Onde

O próprio Jesus indica-nos onde o podemos encontrar ou ver.

O melhor lugar para ver Jesus é na cruz. De facto, ele sugere que todos hão de olhar para aquele que trespassaram. Também prometeu que quando fosse elevado atrairia todos a Ele.


Conclusão:

Eu também quero ver Jesus, sobretudo no meu coração!

 

Ver também:

Tanto Herodes como Zaqueu

Vaidade das vaidades

Querer ver para crer

A curiosidade de Herodes

Ver Jesus

Procurar ver Jesus

Pare, escute e olhe

 

 

terça-feira, 24 de setembro de 2024

Maria é uma de nós


3ª feira – XXV semana comum

No evangelho de hoje Jesus diz que os seus discípulos são a sua família, por fazerem a vontade do Pai do Céu.

Outra vez, uma mulher gritou do meio da multidão: Bem-aventurado o ventre que te trouxe... E Jesus corrigiu: Ante4s, bem-aventurados os que ouvem a Palavra de Deus e a guardam.

A grandeza de Maria está no seu papel materno na Encarnação, a par da sua total devoção à vontade de Deus que abraçou ao tornar-se Mãe da Palavra. Mas ela é antes de tido, discípula de Jesus, e um modelo para n´s de quão profundo e total esse relacionamento deve ser.

Maria é uma de nós.

Também nós dizemos sim à Palavra de Deus que se torna carne em nós., Carregados e danos à luz a Palavra no mundo.

Por fim, Maria ajuda-nos a entender que Jesus também é um de nós de todas as formas possíveis. No relacionamento com ele, aprendemos como ser humanos, a ser irmãos, e este é o nosso caminho para a vida divina.

 

Ver também:

Jesus não é exclusivo

Uma fotografia de família

Ser obediente é ser irmão

Familiares e amigos

Quem é minha mãe

Identificação

Grande família

A família de Jesus

Exemplo da mãe de Deus

Dimensões comunitárias

Aproximar-se

Minha mãe e meus irmãos

Quem são meus irmãos

 

domingo, 22 de setembro de 2024

Síndrome de Peter Pan


Ano B – XXV domingo comum

No Evangelho de hoje Jesus chama a atenção aos apóstolos, que sendo pequenos apresentam-se mais do que são, pois não querem ser pequenos, mas apenas grande e importantes.

Podemos ver que hoje passa-se precisamente o contrário. Os pequenos não querem crescer, não querem assumir a vida de maturidade e responsabilidade.

É o que se chama de síndrome de Peter Pan, que é o avesso da página do evangelho de hoje. 

Antigamente não queriam ser crianças e só gente grande e importante.

Hoje, são como Peter pan, pois não querem ser gente grande, mas só crianças sem crescer.

Peter Pan é esse rapazinho aí das histórias infantis, criado em 1902 para uma peça de teatro e que logo se popularizou como um homenzinho que não queria crescer.

Homenzinho que não queria crescer... existe na psicologia a Síndrome de Peter Pan. Essa síndrome é um desvio de personalidade. Ela é conceituada assim: síndrome que se caracteriza por determinados comportamentos imaturos em aspetos comportamentais psicológicos. de irresponsabilidade, rebeldia, ira, dependência e negação ao envelhecimento.

Na prática, como é que acontece? É aquela pessoa já crescida, que tem condição de administrar a própria vida, porque já tem tamanho, tem estudo, tem o seu trabalho, mas que não consegue levar a vida para frente porque não quer...

Não quer formar a sua família, não quer casar, não quer ter filhos, não quer sair da barra da saia da mamãe, porque tem medo de estar assumindo responsabilidade, e aí, ela prefere levar uma vida de Peter Pan: pequena, mas aventureira, que gosta de festa... só não quer crescer.

Essa é a pessoa com a Síndrome de Peter Pan, que pode ter afetada também, outra área importante da vida: por exemplo, a pessoa não consegue enfrentar o mercado de trabalho, não consegue trabalhar porque tem medo da responsabilidade que vai enfrentar lá fora.

Tudo isso é explicado pela psicologia e se chama Síndrome de Peter Pan, ou seja, a pessoa cresce em estatura, avança na idade, porém os seus comportamentos são infantis, são imaturos, a pessoa tem atitudes de criança.

Dentro da igreja, para nossa surpresa, muitas vezes encontramos pessoas com a Síndrome de Peter Pan na vida espiritual.

É uma analogia. Apóstolo Paulo não teve acesso ao personagem Peter Pan, mas ele já falava sobre pessoas que não querem crescer, que não querem amadurecer espiritualmente, que não querem ter responsabilidades com o reino de Deus, com as coisas de Deus.

 

Ver também:

Jesus é o maior

Ser pequeno

O maior

Ser grande

Servo dos servos

Grande

 

 

quarta-feira, 18 de setembro de 2024

Se eu não tiver a caridade


4ª feira – XXIV semana comum

Testemunho de Fernando Pessoa

 

Ali não havia electricidade.

Por isso foi à luz de uma vela mortiça

Que li, inserto na cama,

O que estava à mão para ler —

A Bíblia, em português (coisa curiosa!), feita para protestantes

E reli a «Primeira Epístola aos Coríntios».

Em torno de mim o sossego excessivo de noite de província

Fazia um grande barulho ao contrário,

Dava-me uma tendência do choro para a desolação.

A «Primeira Epístola aos Coríntios»...

Relia-se à luz de uma vela subitamente antiquíssima,

E um grande mar de emoção ouvia-se dentro de mim...

 

Sou nada...

Sou uma ficção...

Que ando eu a querer de mim ou de tudo neste mundo?

«Se eu não tivesse a caridade».

E a soberana luz manda, e do alto dos séculos,

A grande mensagem com que a alma é livre...

«Se eu não tivesse a caridade»...

Meu Deus, e eu que não tenho a caridade!...

 

CF. 20-12-1934, Poesias de Álvaro de Campos. Fernando Pessoa. Lisboa: Ática, 1944 (imp. 1993)

13/06/1888 - Lisboa - 30/11/1935

Ver também:

Dançar ou chorar com Jesus

Chorar ou cantar

Aspirai às coisas do alto

Cântico de amor

 

terça-feira, 17 de setembro de 2024

Jovem, levanta-te...


3ª feira – XXIV semana comum

O episódio do jovem, filho da viúva de Naim, carece de esclarecimentos.

Uns estudiosos dizem que não foi bem assim.

O jovem não estaria fisicamente morto, mas é uma parábola da morte social, familiar ou motivacional ou psicológica.

Era órfão de pai, filho único, era levado pelos outros, deixava a mãe sozinha, estava às portas da cidade, abandonado ou abandonando, rebelde talvez. Era imaturo e não queria assumir responsabilidade. 

Já não havia mais nada a fazer com ele (levavam-no a sepultar).

- Jesus aproximou-se, teve iniciativa e recompôs a vida do jovem.

- Mandou parar quem o arrastava, tocou o coração de todos (sensibilizou-os).

- E deu uma ordem (jovem precisava de uma autoridade).

- Jovem (Jesus reconhece a sua juventude, a sua imaturidade ou rebeldia)

- Eu te ordeno (Jesus dá um empurrão à sua falta de querer… Não tinha regras, nem aceitava ordens. Jesus manda em quem não manda em si)

- Levanta-te (deixa de rastejar, deixa de andar deprimido, olha mais alto, sê homem).

- O jovem sentou-se (ele assentou a sua vida, estabilizou)

- E começou a falar (entrou em comunicação, interagiu, reabilitou a união de vida e de projeto familiar).

- E Jesus entregou-o à mãe (como se depois das lágrimas do parto ele tivesse nascido de novo). De facto, assumir a responsabilidade, construir a sua personalidade é um novo nascimento.

 

Tal acontece com muitos jovens ainda hoje.

Andam à procura do seu lugar e fazem experiências radicais.

Querem deixar a família, abandonam tudo e deixam-se levar.

Tocam extremos tanto do bem como do mal para encontrar uma média, o seu lugar de equilíbrio.

Quem me dera que cada jovem pudesse encontrar sempre algum Cristo que o recupere, que console a sua família.

 

Ver também:

A função das lágrimas

Ações de Jesus

Filho único de sua mãe

A Igreja é viúva

Quando Deus visita

Jesus afasta-nos do mal

Deus visitou o seu povo

 

Estigmas de São Francisco


Memória da Impressão das Chagas de São Francisco de Assis (1224)

800 anos dos estigmas de São Francisco de Assis

A pouca distância de Chiusi della Verna, na província de Arezzo, na Itália situa-se o chamado Monte Alverne que, segundo a tradição, no século XIII um homem nobre teria oferecido a S. Francisco de Assis para ele se retirar em oração e contemplação.

As fontes históricas referem que no ano de 1224 S. Francisco de Assis, depois de um período de grande atividade apostólica, ali encetou um tempo de oração, reflexão e contemplação. Num ambiente de intenso amor a Jesus, desejando vivamente configurar-se a Ele no corpo e na alma, a 17 de setembro Francisco «foi por Deus favorecido com a seguinte visão: pairando acima dele, apareceu-lhe um homem em forma de Serafim, com seis asas, preso a uma cruz, os braços estendidos, unidos os pés.» No final da aparição «eis que nas suas próprias mãos e pés vê surgir os mesmos sinais dos cravos que pouco antes vira no misterioso homem crucificado». (Cf. 1 Cel. 3, 94-95)

 

Oração

Ó Francisco,

homem ferido pelo amor, crucificado no corpo e no espírito,

olhamos para ti, adornado com os sagrados estigmas,

para aprender a amar o Senhor Jesus

os nossos irmãos e irmãs com o teu amor, com a tua paixão.

Contigo é mais fácil contemplar e seguir

Cristo pobre e crucificado.

Dá-nos, Francisco

a frescura da tua fé,

a certeza da tua esperança,

a doçura da tua caridade.

Intercede por nós

para que nos seja doce carregar os fardos da vida

e que nas provações possamos experimentar

a ternura do Pai e o bálsamo do Espírito.

Que as nossas feridas sejam curadas pelo Coração de Cristo,

para que sejamos, como vós, testemunhas da sua misericórdia,

que continua a curar e a renovar a vida

de quem o procura com um coração sincero.

Ó Francisco, tornado semelhante ao Crucificado

fazei que os vossos estigmas sejam para nós e para o mundo

sinais luminosos de vida e de ressurreição

para que indiquem novos caminhos de paz e de reconciliação.

Ámen. 

(Papa Francisco)

 

Canção – Rosas de Sangue

 

Rosas de sangue floresceram,

revivendo no seu corpo a Paixão.

Francisco foi ferido de amor,

nas mãos, nos pés, no coração.

 

Semeou a paz e o bem pelo caminho,

Juntou muitos irmãos a seu lado.

Nele o evangelho foi carne viva,

Cristo foi novamente crucificado.

 

As suas mãos acolheram os pobres

e partiram o pão com o mendigo.

Como ele quero amar a todos.

Que o Senhor conte também comigo!

 

sexta-feira, 13 de setembro de 2024

São João Boca Santa


Memória de São João Crisóstomo

Bispo e Doutor da Igreja (349-407)

1ª Nota

Aqui nos Açores chamamos Boca Santa a quem tem uma palavra apropriada, uma verdade revelada ou um bom conselho.

Se São João Crisóstomo vivesse aqui nos Açores seria chamado não Crisóstomo, mas Boca Santa.

Saibamos aprender a ter uma boca santa, e a apreciar a boca santa do nosso próximo.

 

2ª Nota

As aparências iludem porque São João Crisóstomo que quer dizer Boca de Ouro porque tinha palavras ricas de santidade e unção, não tinha lá muito boa apresentação. Era pequenino, careca e mal-encarado. A sua voz era sumida, as suas pregações muito demoradas e enfadonhas, mas penetravam no íntimo da alma e levavam à conversão. Aparentemente ninguém lhe dava importância, mas os seus ensinamentos eram os mais valiosos.

 

Ver também:

Lições da boca de ouro

Padre é mais que pai

Boca de ouro

João Crisóstomo

Limpar e ornamentar